ARTIGO: O Mercado dos radares móveis em Porto Alegre e a EPTC

Por Eduardo Zottis

Inicialmente, antes que alguém venha tentar me crucificar, deixem que eu esclareça algumas ponderações: Não sou contra a EPTC ou tão pouco contra o DETRAN, apesar da minha notória antipatia com relação a esta autarquia, muito em função dos inúmeros escândalos e das taxas absurdas cobradas contra quem possui um veículo automotor no Brasil.

Igualmente esclareço que não acho bonito alguém conduzir um veículo a 80 km/h em uma via residencial, e também não fico aplaudindo quando um ser dirige bêbado, e, empregando velocidade excessiva, culmina fazendo um “strike” em uma parada de ônibus. Acho tudo isto revoltante, como qualquer pessoa minimamente sensata.

Desta feita, creio como necessárias as fiscalizações, as barreiras, a aplicação de multas e etc., mas deve haver pelo menos um bom senso, fato que tristemente não tem se percebido neste rincão.

Indubitavelmente, o trânsito no Brasil caracteriza-se como um grande redutor populacional, muito em virtude do grande número de pessoas brutalmente assassinadas por ano nas suas ruas e rodovias.

Porto Alegre não foge desta estatística cruel, mas percebe-se que grande parte desta tragédia possui duas características centrais e comuns: As madrugadas e o uso de álcool em excesso.

A justificativa da EPTC para a implementação dos radares móveis é muito bonita, pois publicamente afirma que tal medida ajuda a combater a violência e os excessos no trânsito, pois naturalmente o condutor, com receio de tomar uma multa, passa a dirigir com maior cuidado, através do “peso no bolso” e nos pontos da CNH.

Todavia, acho que a EPTC não age de maneira correta em Porto Alegre no que tange ao uso desta tecnologia, sendo míster citar o ditado popular que, “de boa intenção o inferno está cheio”, ainda mais no Brasil, um país imerso em uma cultura de corrupção e abusos com o dinheiro público.

Neste sentido, algumas coisas devem ser questionadas em Porto Alegre, como por exemplo, o uso de radares móveis em grandes e largas avenidas, onde não existem sinaleiras próximas, nem pessoas atravessando, nem escolas, nem comércio, NEM NADA, com largas faixas, vias essencialmente com a função de fluir e aperfeiçoar o trânsito, dando agilidade e locomoção para a cidade, como é o caso da Ipiranga, de boa parte da Terceira Perimetral, ou até mesmo a própria Av. Juca Batista, aqui, na zona sul.

Parece-me claro que as via supramencionadas deveriam ter um limite de velocidade maior, algo como 70 km/h. Desta forma, teríamos um trânsito mais ágil, sem este engodo que causa confusões, com carros trocando de faixa o tempo todo, o que na minha visão concorre para a produção de inúmeros acidentes.

O grande “massacre” causado pelo trânsito não esta no limite de velocidade estabelecido para vias essencialmente rápidas, pois não se defende que se possa conduzir um carro a 140 km por hora nestes lugares, mas sim a 70 km por hora. Trata-se de uma velocidade bem razoável, que terminaria reduzindo o número de acidentes assim como a quantidade vertiginosa e vergonhosa de multas aplicadas, que na sua imensa maioria não possuem qualquer caráter punitivo ou educativo. Mas o estado realmente quer isto?

O fato é que, lamentavelmente a EPTC preocupa-se muito mais em multar um motorista que trafega na av. Diário de Notícias a uma velocidade de 68 km/h, ao passo que não fiscaliza pessoas que estacionam em fila dupla, ou em vagas para deficientes, ou aquelas que ultrapassam pela contramão em vias como a av. Oscar Pereira, isto de modo imprudente a muito corriqueiro. Juro que nunca vi a EPTC agir por ali, pelo menos não no dia-dia, fato que é necessário.

Neste diapasão, há de ser mencionado um fato peculiar: Ainda neste ano testemunhei muitas vezes agentes da EPTC escondidos com um radar móvel na av. Ipiranga durante a manhã e a tarde, com o trânsito pesado daquela via.

Porém, no período da noite e da madrugada, não havia qualquer tipo de fiscalização, e todos sabemos que é neste momento que bêbados conduzem seus veículos imprimindo alta velocidade, fato que de regra não ocorre às 17h, com fluxo intermitente e contínuo, onde é óbvio que há muito mais lucro para esta empresa pública.

Assim, não há como dissociar deste tema a seguinte conclusão: Os radares móveis são utilizados como máquinas de “fazer dinheiro”, e não possuem qualquer função social. Não há quem consiga me convencer do contrário, não do jeito como está.

Barbaridades no trânsito ocorrem todos os dias, o tempo todo, mas parece-me mais conveniente e lucrativo para a EPTC quedar-se inerte em uma via rápida a espera de motoristas desavisados, geralmente em locais onde obviamente a velocidade máxima permitida de 60 km/h é incompatível com a própria dinâmica do local, fazendo um circo com as finanças públicas, preocupando-se unicamente em arrecadar fundos, ao invés de efetivamente cumprir a sua função de policiar o andamento da cidade, o vaivém frenético de carros e pessoas.

Se houvesse uma real preocupação com o combate a violência no trânsito os agentes utilizariam estes mecanismos durante a madrugada, pois este é o momento onde ocorrem as maiores atrocidades no trânsito na cidade, a exemplo dos “rachas”. Igualmente é nesta hora onde pessoas trafegam comumente a mais de 130 km/h em locais como na av. Diário de Notícias, ali no bairro Cristal.

Afirmo e volto a repetir: Sou totalmente a favor ao uso de barreiras nas madrugadas, com a ação conjunta entre a EPTC e a Brigada Militar, principalmente no intuito de combater roubos de carro e uso de drogas e álcool.

Inclusive, defendo maior rigor por parte do poder legislativo no sentido de que crimes de trânsito passem a ter penas mais rigorosas (a exemplo do que ocorre no caso do dolo eventual), ainda que Código Brasileiro de Trânsito seja muito mais atual e justo que o patético e caduco Código Penal.

Mas a EPTC não pode valer-se de premissas falsas para angaria recursos de condutores desavisados, principalmente utilizando-se de má-fé, como é o caso dos radares escondidos em grandes avenidas, sem qualquer função ou propósito social.

Assim, percebe-se que a sistemática adotada pela EPTC em Porto Alegre constitui uma grande “máquina caça-níqueis”, onde não há uma real preocupação com o terrível número de acidentes, e sim, com o perverso e recorrente hábito do estado de extorquir dinheiro dos contribuintes, de maneira repetitiva e covarde.

* Eduardo Zottis é colunista do Porto Imagem



Categorias:Meios de Transporte / Trânsito

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58 respostas

  1. Como me causa desconforto alguém defender aumento de velocidade em Porto Alegre. No passado associava isso a uma suposta redução de escolaridade de quem emitia esse tipo de opinião. Depois vi que não, vinha em especial de pessoas com melhores condições sócio-econômicas. Dói ver minha mãe tentando atravessar a Felipe Camarão, rua estreita e num bairro residencial do Bom Fim. O esforço que ela faz para atravessar uma rua daquele porte é comovente. Ela sequer é tão idosa, tem 70 anos. Para aumentar a velocidade do deslocamento na cidade a solução passa pelo transporte público de boa qualidade. Não falo em níveis europeus, isso é demais para nós, brazucas. Mas copiar sistemas de países pobres como Equador, Colômbia e México já seria de boa monta. Tenho certeza que o nosso prefeito não se deu ao trabalho de ver como é excelente o sistema de Quito, bom e barato. Lá, tu te deslocas por USD 0,25 em alta velocidade média ( em torno de 45km por hora, quase padrão metrô) no seu bem modelado sistema de BRT mixto – diesel e trólebus. No México vi dois sistemas excelentes de BRT, na capital Federal e em Guadalajara. Em Cartagena e Lima vi a construção de outros. Em Bogotá, mega cidade vi um excelente sistema de BRT, muito inteligente, embora tenha gente demais naquela cidade…acho que deveriam ter feito pelo menos uma linha de metrô no trecho de maior densidade. Porto Alegre é pequena, e não tem previsão de crescimento populacional O metrô será um erro, pois será caríssimo para construir, demorado e oneroso para manter. É um mito dizer que a manutenção do sistema de transportes de passageiros por trilhos é mais barato que o de pneus. Para rentabilizar o sistema, tem que haver muitos passageiros. O modelo do metrô prpoposto não transportará 150.000 pessoas por dia. Um excelente BRT pode transportar com folga 45.000 por hora. Bons sistemas de BRT com 4 ou 5 terminais estrategicamente posicionados certamente dariam um salto de qualidade no transporte público de Porto Alegre; aquele cara que prefere o conforto do seu carro, poderia, aos poucos, optar pela rapidez e redução de custo do sistema público. Mas do jeito que é nosso transporte público entendo o cara ficar no conforto do carro mesmo que num engarrafamento, do que migrar para o desconforto do ônibus com horários que não te dão confiança. Aumento de velocidade média de deslocamento é a mudança revolucionária do sistema público de transporte. Porto Alegre poderia conhecer o BRT, com o custo entre 2 e 3% do metrô subterrâneo, conforme várias publicações da Revista Ferroviária ( http://www.revistaferroviaria.com.br). Mas somos porto alegrenses e gaúchos…..somos brasileiros……..gostamos de gastar….e mal. Enfim!

    • Engraçado os contra-tudo em Porto Alegre.

      O que o colunista defendeu foi aumento do limite de velocidade em vias rápidas, o que não é o caso da rua Felipe Camarão.

      Certamente existe uma máfia de multas em Porto Alegre..mas este povo manso acaba aceitando.

      Os opositores da idéia parecem que sequer digirem.

      Eu sou taxista, e sei da importancia do aumento da velocidade.

      No mais..talvez alguns prefiram carroças circulando por Porto Alegre..

      • Um adendo…sei que interpretar textos nem sempre é o forte das pessoas…..aliás, o que menos quis foi vincular a Felipe Camarão na solução proposta…..quanto a vias rápidas, atravessar uma rua do porte da Juca Batista é um martírio com carros vindo a 60Km……se vierem a 70km, será bem pior……10 km/h representam acréscimo de 16,66 na velocidade……tomara que nossos vereadores, que custam caro demais para a sociedade, diga-se de passagem, não adiram a essa absurda idéia…..oremos!!!

      • Não são todos eu até acho que deve ser uma minória, mas aumentar a velocidade, imagine alguns taxistas vão se sentir donos das vias, em Porto Alegre, em qualquer dia até em dia que as pessoas deveriam estar passeando(domingo) é impossivel andar a 40km/h em lugar que a velocidade é 40km/h é uma missão dificil.

      • Vou dizer uma grande bobagem para o momento, mas em um futuro não tão distante as pessoas vão voltar a andar de carroça, se alguem em 1980 falasse que em 2012 haveria tanta gente andando de bicicleta muitos diriam que seria uma besteira.

      • Olá, André. Você entende muito mais da vivência do trânsito do que eu, certamente. Mas acho que você está confundindo velocidade com fluidez. Não adianta a velocidade ser mais alta se o trânsito não flui.

        Eu também questiono alguns limites de velocidade. Onde moro, existe uma avenida de grande fluxo local em que a velocidade permitida é de 40 km/h. Acho pouco. Pelas condições da via, poderia ser tranquilamente 50 Km/h.

        Agora o caso da Juca Batista e de outra grande avenidas, como Protásio Alves, Bento Gonçalves, Assis Brasil… o aumento de 60 para 70 é, na minha visão, muito temerário. São vias que não tem condições até de segurança pra suportar esse aumento. Acho que só a Ipiranga e a Perimetral teriam condições. Mesmo assim, ressalto que o problema maior é a fluidez.

  2. RicardoUK, minha fonte é a página oficial da Comissão Europeia, no link transportes -> segurança de tráfego.

    “(…)The general speed limit for rural roads in EU Member States is mostly 80 or 90 km/h and for urban roads 50 km/h.”

    http://ec.europa.eu/transport/road_safety/specialist/knowledge/speed/speed_limits/current_speed_limit_policies.htm

    • O termo “general” da a entender claramente que esses limites nao sao regras, como tu supos, ao afirmar “agora cita UM exemplo na Europa”. Foi o que eu fiz, citei UM exemplo, no caso Londres, onde ha’ limites de mais de 50km/h (bem mais).

  3. Portoalegrenses deveriam conhecer mais outras cidades fora deste mundinho.
    Perguntaram se tem no Brasil vias urbanas com velocidade maior que 60 km/h.

    Algumas:

    – Avenida da orla de Salvador – parece que a velocidade é 70

    – Avenida Sernambetiba, da orla da Barra da Tijuca, no Rio – 70 por hora

    – avenida da orla do Leblon e Ipanema – 70 por hora

    – Avenida Atlantica, em Copacabana – 70 por hora

    – Avenida das Americas, que anda dentro da Barra – 80 por hora

    – Todos os grandes tuneis do Rio – 90 por hora

    – Aterro do Flamengo – 90 por hora

    – Avenida Epitacio Pessoa, que circunda a Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio – 70 por hora

    – Beira Mar Norte, em Florianopolis – 70 por hora

    • Agora cita UM exemplo na Europa que seja a mais de 50km/h.

    • Ciclista falando bobagem acima. Em Londres, por exemplo, ha’ vaaarias avenidas onde o limite e’ 40mph (ou 64km/h), o que ja’ acaba com tua teoria. Alias, as arterias principais tem limite de 50mph, ou 80km/h (seriam equivalentes ao que e’ a Terceira Perimetral em POA, com a diferenca que nao ha’ sinaleiras a cada 200m igual os jumentos fizeram em POA). Eu sei porque eu dirijo em Londres e tive que fazer o teste pra tirar a carteira, decorar o Codigo de Transito e tudo e, portanto, o que tu falou e’ “nonsense”. Em outras capitais (Berlim, Paris) o limite tambem e’ maior que 50km/h nas principais avenidas da area urbana. E’ bem verdade tambem que, nessas avenidas de 80km/h o trafego de bicicletas e’ proibido. Deveriam fazer o mesmo em POA, porque a Perimetral, por exemplo, nao e’ lugar pra andar de bicicleta.

  4. Além de quebra-molas, que são incômodos para quem dirige, há outras estratégias de moderação de tráfego (“traffic calming”) que poderiam ser mais usadas, conforme a situação. Essas estratégias levam os motoristas a instintivamente aliviarem o pé, como por exemplo ruas com faixas um pouco mais estreitas, mais sinuosas, com vagas de estacionamento alternando os lados (três vagas de um lado, depois mais três do outro, e assim por diante), e o próprio pavimento feito de blocos intertravados de concreto em vez de asfalto (como na Santa Teresinha, entre a Venâncio e a José Bonifácio), que passam a mensagem subliminar de que ali não é lugar para correr.

  5. Tenho certeza absoluta de que se fizesse um estudo no perfil das multas da EPTC, concluiríamos que 95% delas são durante o horário comercial, onde as pessoas usam o carro para a locomoção, e o limite excedido é muito pequeno.Em compensação, nos horários em que os “malucos” saem pra rua há pouca fiscalização.

    • Tu captou a essência do problema que está pessimamente exposto no post principal. Outro problema é que a maior parte dos acidentes graves ocorre com motos, mas os radares móveis não multam motos pois elas não tem placa na frente.

      Minha sugestão: com a lei de acesso as informações, poderíamos pedir os laudos técnicos que basearam a escolha dos locais dos radares móveis e pardais. Basta isso para verificarmos se realmente a única intenção é evitar riscos à vida.

      Olhando no maparadar.com, dando zoom para pegar a maior parte da cidade, a impressão é que os radares foram espalhados pela cidade de forma a interceptar o maior número de motoristas possível, como se estivessem colocados de forma que cada motorista sempre acabasse se deparando com pelo menos um deles no seu caminho diário. Se a característica do local fosse critério predominante, imagino que teríamos uma distribuição menos uniforme de radares.

      Eu apoio termos só radares móveis, sem aviso de local, com abordagem do motorista para que sua carteira seja anotada na hora e ele então seja plenamente educado. Perto de escolas acho que o ideal são os quebra-molas mesmo.

  6. Boicote a “indústria da multa”: respeite o limite de velocidade.

    • Apoiado!

      Em pouco tempo esses radares móveis (e fixos) seriam desnecessários e a EPTC poderia utilizar seu efetivo para outras funções de trânsito.

  7. Na União Europeia inteira (inclusive na Alemanha das AutoBahns), não se pode andar a mais de 50km/h em NENHUMA área urbana.

    Cidade não é lugar para correr. Ponto.

  8. É só o condutor andar dentro do limite (inclusive há uma tolerância de 10%) que não será multado. Simples.

    E o aumento da velocidade como uma maneira para diminuir o congestionamento chega a soar como algo inocente, já que o problema está muito mais na quantidade de veículos na vias do que simplesmente a velocidade permitida.

  9. Se dividirmos o total de multas por todas os recursos que a EPTC perde (se perdeu é porque a EPTC estava errada) tem-se o índice de acertos das multas da EPTC. Alguém sabe esse índice?

  10. Essa discussão da velocidade máxima é inócua por que poa não é muito espalhada, é bastante densa. Boa parte das pessoas ganharia muito pouco ou nada com o aumento do limite pois o problema real é congestionamento.

    Mas é claro que tem sempre algum político tentando capitalizar votos assim em de resolver o problema realmente, que é bem mais difícil.

  11. Lógico que vias mais rápidas tem a ciclovia a uma distância bemm ais segura, tem locais especiais para a travessia de pedrestres, e pricipalmente, a avenida tem que ser sem acesso direto a lotes lindeiros. Ninguém é imbecil de botar avenida de 80 por hora em avenidas comuns que não comportam isso. Mas é isso que muitas pessoas assustadas estão escrevendo aqui no blog.

    Uma cidade grande tem que incvestir muitissimo em transporte puvlico. Mas tambem que ter algumas soluções de porte para o transito,ao menos am alguns locais. Uma coisa não exclui a outra.

    Uma coisa só exclui a outra quando começamos a pensar filosoficamente, emocionalmente e ideologicamente. O que estou vendomuito aqui.

    Em tempo: eu sou cliclista. Desde sempre. E tambem ando de onibus.

    • Georgeano,

      Me dá um exemplo de avenida que possa ser rápida aqui em POA ?

      O CTB diz bem claro: pedestre é obrigado a usar a faixa de segurança e/ou passarela caso essa esteja a 50m. Em outras palavras, “locais especiais para a travessia de pedrestres” para via rápida tem que ser poucas, entao a via nao pode ter muitos pedestres usando.

      Pega o caso da maior parte das rodovias aqui do estado que atravessa a via urbana, todas elas são 60km/h o limite. tudo por causa da população que mora na rodovia que tem que ter segurança tb. Passarela não adianta muito (em rarissima ocasião), mas aí é outro problema.

      Já falou que a solução é transporte público. Via rápida nenhuma cidade evolui com essa ideia.

      Acho que quase todos andam ou alguma vez andaram de bicicleta. Acho que esse é teu caso. Mas pelo que eu conheco (vou todos os dias trabalhar de bike do Teresopolis até o centro), todos os ciclistas não gostam de locais que os carros ficam a 60km/h. Aumentar a velocidade vai ser extremamente perigoso para essa parte da população.

      “Ciclovia” em POA somente da ipanema e aquela bosta do Barra Shopping. Agora tb da icarai e da restinga. Se nao tiver sorte de morar e transitar so nesses locais, vai ver que se quiser usar a bicicleta em POA vai ter que usar a pista. E com velocidade alta e bicicleta não combina.

  12. Porto Alegre é umacidade grande e precisa de vias rápidas e expressas emalgumas partres dela. Não digo que todas as avenidas tem que ser assim. Mas umas 3 ou 4 avenidas poderiam ser mais ligeiras. Mas aqui nunca se pensa um pouco mais ousadamente, em assunto nenhum.

    Isso não quer dizerque significa dar prioridade para os carros. Porto Alegre precisa de transporte público muito melhor, pois a soução é essa, transporte público. Mas uma coisa não exclui a outra.

    Várias capitais tem várias avenidas de 70 por hora, ou mais. Mas claro, Porto Alegre é superior e o mundo inteiro está errado, esqueci disso.

    • Favor listar as capitais com estas avenidas e se as mesmas não são congestionadas.

    • Qual avenida por exemplo tem que ser de transito rápido ?

      Só pra lembrar, existem normas tecnicas para o municipio mostrar que é de via rápida. Mas pelo meu conhecimento de cidade, somente a Castelo Branco tem esses requisitos em POA.

      Lembrando que a prefeitura não é capaz de aumentar o limite para 70km/h mas sim fazer a via ser de transito rápido (obedecendo claro as normas).

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