População ignora problemas trazidos por óleo de cozinha

A Capital conta hoje com 138 postos de coleta de óleo de cozinha. Contudo, grande parte da população ainda não dá a devida importância ao depósito correto deste material ou tem dificuldade de encontrar os locais de destino. O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) tem distribuído os locais de coleta em escolas, empresas e entidades interessadas em participar do projeto. Além disso, os postos são identificados por cartazes que indicam o responsável pelo setor, que deve ser chamado quando os recipientes estiverem cheios. Atualmente, duas empresas estão conveniadas com o DMLU para realizar esse trabalho de busca e de reutilização de óleo. A Faros utiliza o material como base para a produção de ração animal e a Ecológica reaproveita o material na fabricação do biodiesel.

“Esse projeto, que visa a educação ambiental, quer que as pessoas tenham mais atenção quando estão utilizando o óleo. A população precisa ter consciência de que quando a substância é depositada diretamente na pia, ela entope a rede de esgoto residencial”, explica Jairo Armando dos Santos, diretor de Projetos Sociais do DMLU. Por ser menos denso que a água, o óleo acaba formando uma película, o que provoca retenção de sólidos, entupimentos e problemas de drenagem em redes de esgoto quando colocados em pias e vasos sanitários.

Para o meio ambiente, o descarte incorreto deste produto é ainda mais prejudicial. Ao passar pelas redes residenciais, ele acaba sendo despejado dentro dos rios e provoca a contaminação da água. Eduardo Rolim de Oliveira, professor do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), afirma que o óleo cria uma camada acima da água que leva centenas de anos para se decompor. “O descarte incorreto causa, nas fontes naturais, a proliferação de microrganismos e também impede que o oxigênio e a luz do sol entrem em contato com a água. Com isso, toda a parte da vida biológica do rio será comprometida”, diz.

Segundo o professor, produtos que muitas vezes parecem inofensivos, na verdade, contêm uma série de substâncias agressivas. Esse é o caso também das lâmpadas e pilhas, que devem ter o seu destino também diferenciado. “Antigamente, acreditava-se que o óleo era inofensivo, por isso não havia a separação. Agora a conscientização está começando”, completa. Os 138 pontos de coleta estão no site do DMLU (www2.portoalegre.rs.gov.br/dmlu).

Jornal do Comércio



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8 respostas

  1. Poderiam por isso em algumas praças…
    Acho que o povo teria uma facilidade pra levar…

    Regiões residenciais, sei la….

  2. O problema é que eu nunca vi divulgarem sobre isso…

    Eu sei que tem locais de coleta, mas acho que muita gente não tem idéia.

    La em casa quase não usamos mais oleo (infelizmente, odeio essa merd* de moda geração saude que resolveram impor la em casa, por sorte, posso me estragar no meu almoço)… mas minha madrasta costumava guardar o oleo, não sei como ta fazendo agora.. nunca mais vi…

    Aqui no meu trabalho eles coletam, até tem uma boa quantia de pessoas que trazem…

    • Não tinha a menor idéia disso.

      Acabei de guardar em um vidro o do almoço.

      Alguém sabe quais são estes locais onde devemos levar o óleo?

      • http://www2.portoalegre.rs.gov.br/dmlu/default.php?p_secao=94

        Abaixo do texto tem uma chamada assim: “Clique aqui para acessar os 138 locais,
        por bairro e ordem alfabética, onde pode
        ser entregue o seu óleo de fritura usado.” Aí vc fará o download de uma planilha de excel com os locais.

      • Marcelo Morais, embaixo do viaduto Tiradentes, (acho que é esse o nome) que passa sobre a Protásio Alves na rua Silva Só, embaixo dele entre a Protásio e a Ipiranga tem um posto do DMLU que recebe o oleo e o azeite usados acondicionados em garrafas pet, também aceita as lâmpadas florescente de todos os tamanhos, outro lixo perigosíssimo que a população joga pelas ruas sem o menor constrangimento.
        Acho muito difícil conscientizar este povo mal educado. Há muito tempo que recolho o oleo e sempre levava neste posto do DMLU. Agora já não tenho tanto trabalho pois aqui no meu condomínio há algum tempo foi solicitado que os condôminos fizessem isso devido aos entupimentos nas redes de esgoto. O lixo seco também é separado e todos os dias sai uma gaiola cheia de vários materiais de plástico, papelão e etc. Acredito no entanto que muita gente aqui no meu condomínio não participe disso, infelizmente.

        • O DMLU não recebe mais lampadas fluorescentes, tentei entregar no DMLU da visconde do Herval. Nem eles sabem aonde podem ser entregues as lampadas. Os Vereadores fizeram em 2005 uma Lei TR(tira da reta) e passaram o problema ao cidadão e as Empresas( e os impostos?), quando o responsável deveria ser a Prefeitura recolhendo todo o lixo e enviando a reciclagem.

  3. Vou bolar um informativo sobre isso e vou espalhar no face. Isso é uma coisa muita séria. Assim como a separação do lixo, separar o óleo usado é uma conduta que deve fazer parte do dia a dia das familias.

  4. Informação importante! Não adianta ficarmos reclamando do dilúvio poluído se colocamos óleo pelo ralo. Vale lembrar que maionese, margarina e manteiga também é óleo.

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