A partir do início de outubro Porto Alegre deverá contar com as primeiras estações para aluguel de bicicletas. Na tarde desta quinta-feira (19), o prefeito José Fortunati e o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, assinaram o edital de chamamento para as empresas interessadas apresentarem propostas de implantação e operação do sistema. O estudo técnico desenvolvido pela equipe da EPTC prevê o mínimo de 250 bicicletas e 30 estações distribuídas na cidade, em pontos de grande circulação. As empresas terão prazo de 30 dias para apresentar propostas técnicas.
O aluguel de bicicletas em Porto Alegre deverá ser estruturado com base nas experiências de cidades como Barcelona, na Espanha, e Rio de Janeiro e São Paulo. O usuário terá a facilidade de pegar a bicicleta em um ponto e devolver em outro. A gestão do sistema será feita de forma eletrônica, identificando necessidades de reposições e manutenções dos modelos.
Cartão TRI – O serviço poderá ser acessado por meio de aplicativo no celular, acesso na internet ou callcenter. Será necessário efetuar cadastramento junto à operadora para segurança do sistema. A EPTC está estudando a possibilidade de as bicicletas serem liberadas também por meio do cartão TRI, a exemplo da ampliação da bilhetagem eletrônica que ocorrerá nas lotações.
Com informações da Prefeitura de Porto Alegre
SUL 21
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Tenho muito medo da forma como vão distribuir as 30 estações na cidade. Se forem distribuir meio “equitativamente” pela cidade, 30 estações me parece MUITO POUCO para o tamanho da cidade. Pra esse tipo de sistema funcionar, tem que ter uma estação a cada duas ou três quadras.
Se vocês olharem a implementação de São Paulo[1], verão que a objetivo do sistema é implantar TRÊS MIL estações pela cidade até o final de 2013. Eles estão implementando pequenos blocos de cada vez, pois faz muito mais sentido cobrir um bairro de estações e depois progredir para o próximo. Nesta matéria que linkei, dá pra ter uma noção da densidade que considero ideal; na imagem, contei umas 89 estações numa área que seria equivalente ao espaço entre do Centro até a Terceira Perimetral (29km^2). Isso dá uma densidade de 3,06 estações por quilômetro quadrado. Com 30 estações, usando essa densidade, teríamos no máximo 9,8km^2 – área que sequer chega na segunda perimetral.
Enfim, é um projeto porco para conseguir uma graninha pras empresas que pegarem. Sempre achei muito idiota a ideia de ter todo um sistema de aluguel de bicicleta (sistema caro e complexo) antes de sequer ter paraciclos convencionais (obra ridiculamente simples e barata).
[1] http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/1123213-bike-sampa-expande-sistema-de-emprestimo-para-bairros-como-jardins-e-moema.shtml
Antes que digam que São Paulo é muito maior e que lá caberia ter 3000 estações: calculando pelas áreas, São Paulo terá uma densidade de 1.96 estações por km^2. A mesma densidade na área de Porto Alegre requer 973 estações – quase duas ordens de magnitude acima do que a prefeitura está propondo.
Não precisa fazer isso perto de ciclovias… façam isso em locais como o centro, digamos de algum terminal de onibus até outro, ou proximo da 3 perimetral onde nos finais de semana eles fecham os corredores…
Coisas do tipo… até o momento, são os lugares onde vai ter uma aceitação maior…
Desesperados criando factóides para outubro próximo …
Importante é ter esses pontos próximos às ciclovias. Se o aluguel de bicicletas não tiver relação com ciclovias dificilmente vai funcionar.
Quais ciclovias?
sahusasusahuashuahuas
É essa a ideia! Fazer com que essa pergunta apareça na cabeça das pessoas, entenda-se prefeitura.
Tomara que as bicicletas e o sistema como um todo sejam de altíssima qualidade. Para suportar dezenas de pessoas usando o dia inteiro as bikes NÃO PODEM ser que nem essas de 300 pila de supermercado. No Rio, antes de vingar o sistema das “laranjinhas”, fizeram um sistema que nem a cara deles, que durou apenas alguns meses (e depois serviu de desculpa pra não fazerem um bem feito: “porque o pessoal depreda, porque não teve aceitação, blablablá”)
Proponho às empresas interessadas que estudem sistemas que deram certo, e como são parrudas e praticamente indestrutíveis como as BIXI, usadas em Toronto e Londres, por exemplo.
Oremos.