A coleta automatizada de lixo em Porto Alegre, através de contêineres que permitem à população descartar o lixo a qualquer hora, completa um ano neste mês. A modificação do sistema de coleta trouxe facilidades para a população, como os focos específicos para o depósito de resíduos. Por outro lado, o sistema enfrenta críticas, principalmente no que diz respeito à localização dos recipientes, que muitas vezes impedem a acessibilidade dos pedestres nas calçadas.
Dos 1.300 contêineres licitados no ano passado, 1.168 estão nas ruas, 126 são reservas e seis foram perdidos por acidentes de trânsito. O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) afirma que ocorreram vários casos de incêndio. O descarte incorreto de lixo seco, que fazia muito volume, diminuiu bastante. Além disso, o número de reclamações diárias recebidas pelo DMLU baixou de 30 para quatro nestes 12 meses.
“A nossa avaliação desse primeiro ano é positiva. Claro que no início houve problemas por desconhecimento do sistema, e alguns moradores não gostavam do contêiner na frente de suas casas, mas depois aceitaram. O Centro Histórico, que tem a tradição de foco de lixo, diminuiu essa quantidade em 90%. Só não chegamos a 100% pela falta de colaboração de poucas pessoas”, afirma o diretor-substituto do DMLU, Carlos Vicente Bernardoni Gonçalves.
Para a implantação do serviço, o município paga à empresa Conesul Soluções Ambientais, responsável pela coleta automatizada de lixo domiciliar na cidade, R$ 508 mil por mês. “Porto Alegre não compra o serviço, ela contrata, e esse é um bom investimento. A coleta por meio de contêineres é uma evolução da tradicional, feita pelos garis”, diz Gonçalves.
Para Joelcir Soares Leite, proprietário de um mercado localizado na avenida João Pessoa, a instalação dos contêineres foi de muita utilidade. “Antes, o caminhão só passava à noite, e o lixo era guardado durante o dia nos fundos do mercado, atraindo todo tipo de insetos. Agora, nós descartamos quatro sacos de 100 litros por dia no contêiner”, afirma Leite.
A localização dos contêineres, contudo, tem sido criticada. Muitas vezes, eles prejudicam a visibilidade dos motoristas e a acessibilidade dos pedestres. O vereador Adeli Sell (PT) considera o sistema implantado na Capital muito ultrapassado. “Nós temos, em outras cidades, ferramentas muito mais modernas para a coleta do lixo, pois elas diferenciam o destino dos materiais orgânico e seco. Além disso, depois que é colocado o lixo, ele não pode mais ser retirado, evitando as atuais sujeiras em torno dos contêineres”, relata.
O parlamentar considera que, além da falta de informação da população sobre o que colocar dentro dos recipientes, a coleta do material depositado deveria ser diária. Adeli critica ainda o local onde os contêineres foram colocados. “Quando ficam nas calçadas, muitas vezes não existe espaço para o pedestre passar. Nas esquinas, alguns são colocados de maneira que impedem a visibilidade dos motoristas. O Código Brasileiro de Trânsito define uma distância dos cruzamentos para se estacionar. Os contêineres não estão respeitando isso”, conclui.
Nos próximos dias, será aberto um novo edital de licitação para a ampliação do serviço. Serão mais 1.300 contêineres atendendo por completo a três novos bairros, Auxiliadora, Mont’Serrat e Bela Vista, e, parcialmente, outros três locais, Petrópolis, Higienópolis e São João. Os bairros Praia de Belas, Rio Branco e Moinhos de Vento, antes atendidos em parte, ficarão com o sistema completo. Após a empresa vencedora iniciar o trabalho, serão 11 locais de total atendimento na Capital.
Jornal do Comércio
Categorias:Coleta mecanizada de lixo, Meio Ambiente
Péssimo sistema, muito caro e com vários equívocos, além destes enunciados por Adeli.
Dificulta a acessibilidade do catador, os conteines e, poucos meses estão deteriorados, fedem muito e ainda acumulam a montanha de resíduos nas suas adjacências. Enfim, alguém deve estar lucrando muito com isto.
Espero que acabem com esta palhaçada.
Pra mim, os catadores que dificultam o sistema de coleta.
Ve se pode, antes de tudo, nem deveriam existir catadores, viver mechendo no lixo dos outro sem proteção alguma.
O correto é que pretendem fazer, separar o lixo e botar os catadores para trabalharem em empresas para isso.
bom é quando as sacolas com papel higienico ficam nas calçadas….pelo amor de Deus!
Infeliz o comentário do Adeli, ou pelo menos do jeito que foi publicado.
Temos que agradecer e muito a essa coleta mecanizada, se entendermos que é apenas o começo! Certamente avanços virão. É óbvio que iria haver muita reclamação tanto por falhas das pessoas, como por falha da prefeitura. Acredito que ainda estamos em fase de adaptação e assim será em cada novo bairro onde for implantada a novidade.
Ao contrário do que o lucasfeijo disse, nenhum mendigo incendeia conteiner – quem o faz é a gurizada dos “bondes”. Por sinal, alguns mendigos até dormem dentro, o que chega a ser uma situação estapafúrdia. Creio que até o trabalho dos catadores (e catador é diferente de mendigo) “melhorou”, pois agora eles estraçalham as sacolas plásticas dentro do conteiner mesmo. E creio que só vão parar de emporcalhar a cidade MESMO quando as pessoas realmente separarem o lixo. Enquanto eles souberem que tem coisa reciclável dentro do lixo comum, eles continuarão a abrir. A não ser que se ponha um brigadiano do lado de cada sacola plástica.
O que aprendemos: os mendigos gostam de incendiar coisas.
Hora de expandir para outros bairros.
Bah, o sistema fez uma diferença enorme mesmo. Trabalho na região do centro e vejo como a questão da coleta melhorou nesse último ano!
Tem que punir quem entra dentro dos containers para tirar lixo… estes infelizes fazem a maior sujeira e não limpam depois.
Aliás, tinha que punir quem põe lixo errado lá dentro também.
Adriel, neste pais não se pune ninguém por estas coisas, aqui pode-se fazer o que quizer porque as pessoas tem pena deste tipo de gente. Pode ser algum trauma de infância, ou quem sabe por ser pobre e muitas outras baboseiras, então fica tudo assim mesmo….
Eu digo isso a muito tempo. Quando falam que os cidadão são os culpado da sujeiro da cidade, eu sempre digo que a maior sujeira é feita por alguns cidadãos: carroceiros e catadores em geral, mendigos e moradores de rua, pichadores, etc.
Será que quando implantarem na região da Anita Garibaldi vai ter protesto também? hehehe
O barulho dos caminhões da coleta vão destruir o ecosistema fazendo com que as arvores morram…
bóóó
Que comentário babaca este Guilherme….
Eu leio todos os comentários deste blog, gasto um tempo, mas, muitas vezes nem comento nada por achar que não vale a pena por tantas bobagens que eu leio aqui….
9 pessoas não acharam meu comentario babaca.
E eu não te obrigo a ler meus comentarios…
Outro detalhe, ja assumo faz tempo que eu me puxo pra fazer comentarios idiotas aqui no blog, na maioria pra provocar algumas pessoas com idéias pequenas… 😀
Mas te dou uma dica, quando aparecer um GUILHERME antes do comentario, não leia… barbada assim..
Não da pra dizer que o sistema não funcionou, por que a diferença foi gritante.
Mas falta os conteiners para o lixo seco, acabar com os flanelinhas que espalham lixo, e tirar os mendigos de dentro dessas “casas”..
Mas a mudança nas regiões em que foram instalados, foi grande.