Internautas organizam protesto contra fechamento do Bar Bambus

Smic interditou o bar nesta quinta-feira. Foto: Carolina Guterres/PMPA/Jornal do Comércio

Um grupo de internautas está organizando, para a noite desta sexta-feira (27), um protesto contra o fechamento do Bambus, tradicional bar da noite porto-alegrense que foi interditado pela Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic) na tarde de ontem.

Por meio de uma página criada no site de redes sociais Facebook, o grupo está mobilizando frequentadores do bar para “reagir”, ocupando o espaço na frente do bar. Mais de 2,4 mil pessoas já confirmaram a presença no protesto. O Bambus está localizado na esquina das ruas Independência e Barros Cassal.

Em publicação na página, os manifestantes afirmam que “alegando ‘algazarra’, a prefeitura dá continuidade a uma política conservadora e autoritária que vem restringido o funcionamento dos bares em Porto Alegre”.

Em nota, a Smic afirmou que o bar foi fechado “devido ao funcionamento irregular”. “O bar funciona com grande aglomeração de pessoas em frente ao estabelecimento, consumo de bebidas na via pública, e denúncias de frequentes brigas e algazarras dos frequentadores”, afirma o texto.

Na ação de ontem, além do Bambus, a Smic também fechou o Café Moinhos, o Lord Lanches e o Gato Félix.

Jornal do Comércio



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27 respostas

  1. Olha, os jovens inteligentes de PoA com certeza não frequentam a Pe. Chagas, pode ter certeza.

    Toda a vanguarda intelectual e cultural da cidade vem de lugares como o Bambu’s, o Tutti Giorni, etc. Nada relevante sai de uma noite de playbas do Moinhos, quem produz cultura em PoA frequenta os bares “podrões”.

  2. Porto alegre, cidade dormitório.
    Uma das piores noites do Brasil.
    Acho que algumas ( e muitas) pequenas cidades do interior tem uma cena noturna bem melhor.
    A saída é o aeroporto. Restará os velhos e os ranzinzas, a produção de ponto da cidade. E este estoque não acaba. Aqui neste blog está cheio de bundinha.

  3. Interessante os argumentos daqueles que se manifestam contra o fechamento do bar. Falam que é o unico lugar que dá para ficar na rua com tranquilidade? tranquilidade para quem? Pergunto se não ha como de se divertir sem ficar gritando até as seis da manha? Sem jogar lixo nas calçadas, sem urinar nos predios, sem vomitar nas calçadas? Perguntem para os porteiros dos predios como é ter que limpar todas as manhãs a porcaria que os ilustres frequentadores do bar promovem. pegunte ao cara da farmacia (que fica ao lado) que trabalha de segunda a segunda para se sustentar e tem que perder tempo lavando a calçada antes de poder abrir o estabelecimento. Falam em burquesia. Quem é burques? Os comerciarios, enfermeiros, estudantes (serios) etc. gente que tem que ralar muito (maioria dos moradores) ou os ilustres frequentadores que se dão ao luxo de ficarem enchendo a cara e fazendo todo tipo de algazarra até o amanhecer porque certamente não tem nada para fazer no dia seguinte?
    Por ultimo, se ficar bebendo, se drogando, gritando a madrugada toda promove a inteligencia realmente me preocupo com o futuro.

    • Que mentirada heim seu Felipe…pessoal do bar SEMPRE no final limpa e lava tudo por ali, inclusive a farmácia. Agora se o pessoal vai até a outra esquina fica dificil. Vão fazer o que com a mendigada que fica ali cagando e mijando?matar?

  4. Como eu disse, o dono do bar não tem culpa se as pessoas ficam ali, e se com o bar fechado eles continuarem, vão fazer o que?
    Fechar a avenida?
    haha

  5. O Bambus é bar bom pois congrega a juventude porto-alegrense há uma década no mínimo. Até por ser um local aberto, onde cada um que vai não necessariamente tem que consumir o que há lá dentro visto que se pode ficar bem tranquilo na rua. Por incrível que pareça, ali na frente do Bambus era um dos únicos locais à notie em Porto Alegre que está tranquilo, curtindo a noite.
    Precisamos de mais espaços em Porto Alegre com o mesmo intuito: curtir a noite sem precisar ficar pagando preços absurdos. Ou mesmo sem pagar nada se quiser só ficar por ali. Enquanto isso, restringem-se as opções sem dar alternativas. Daqui a pouco o que vai sobrar é ir no Dado Bier, do Bourbon Country.

    • Exatamente. E, se fecharem o bar não restará mais nada aberto e com movimento num bom trecho da Independência…já tem um monte de mendigo e drogado no entorno do bar, se fechar só fica mais fácil praticar assaltos e coisa do gênero. Fora que no bambus sequer som tem, e ele não disponibiliza mesas na calçada atrapalhando o fluxo como certos outros por aí…quem quer o que bar feche não tem noção nenhuma de como é a região ali. Mas ele não fechar, porque o dono tem alvará para tanto…ele vai reabrir e deveria pedir lucros cessantes por esse absurdo.

      • Discordo. Os mendigos não impedem os moradores de dormir à noite. Os bêbados do Bambus, indo embora transitando pela Independência e fazendo a maior gritaria, sim. Mas claro, não estou dizendo que são todos os frequentadores, mas um bom número de pequenos grupinhos, sim.

  6. Qual e’ o jovem inteligente que frequenta essa pocilga? rsrs E’ cada um… Alem do mais, o fato de uma cidade ter varios bares nao e’ causa para ter mais jovens, e’ mera consequencia. Quanto mais publico houver, mais bares havera’ para suprir a demanda. E’ capitalismo desde 1500BC.

    • Olha Ricardo, caso esteja mal informado, que é o caso, eu poderia te dizer que 90% da classe artística dessa cidade frequenta ou frequentou em alguma época o Bambus. Gente que estuda, gente que pensa sim. E gente que gasta dinheiro ali, ninguem tá ali pedindo favor. Junto com o Garagem Hermética forma um mini circuito conhecido no país inteiro por músicos de bandas underground e artistas em geral. Assim como tu, o pessoal em geral é muito mal informado quanto a movimentos artisticos underground. Uma pena.

    • Olha, dos meus conhecidos a correlação entre ser inteligente e frequentar Bambus/bares baratos da Cidade Baixa é bastante forte. Assim como os menos inteligentes costumam ir nas Padre Chagas e Café Segredo da vida. Pra mim é bem clara a relação, basta frequentar todos esses ambientes que qualquer um nota. Mas cada um cada um.

  7. Ótima iniciativa! Desse tipo de ”vida noturna’, Porto Alegre não precisa. Infelizmente para alguns um bom bar tem que ter apenas bebida barata e drogas, por isso protestam tanto. Depois acontece o que acontece lá naqueles lados e não sabem porque.

  8. Já contra a precariedade da educação eles nao protestam justamente por que senão teriam que deixar de ir no bambus pra estudar.

    • Na verdade existem vários estudos nos EUA mostrando como cidades com uma vida noturna mais diversificada e acessível atraem jovens mais qualificados, pois as pessoas mais criativas e inteligentes são as que mais demandam uma vida noturna “interessante”, coisa que Porto Alegre está destruindo.

      Diversão é fechada, comportada e pra quem pode pagar.

      • Vale dar uma lida nesse texto. Se Porto Alegre quer jovens inteligentes e qualificados, tem que parar de deixar a vida deles chata e desencorajar outros de migrarem. Acabar com tudo que é mais espontâneo na vida noturna é o caminho pra expulsar jovens inteligentes.

        http://www.washingtonmonthly.com/features/2001/0205.florida.html

        Sobre trabalhadores altamente qualificados:

        “They favor active, participatory recreation over passive, institutionalized forms. They prefer indigenous street-level culture—a teeming blend of cafes, sidewalk musicians, and small galleries and bistros, where it is hard to draw the line between performers and spectators. They crave stimulation, not escape. They want to pack their time full of dense, high-quality, multidimensional experiences.”

        The people I talked to also desired nightlife with a wide mix of options. The most highly valued options were experiential ones—interesting music venues, neighborhood art galleries, performance spaces, and theaters. A vibrant, varied nightlife was viewed by many as another signal that a city “gets it,” even by those who infrequently partake in nightlife.

      • Eu sempre disso isso. Pra Porto Alegre voltar a ser uma cidade de ponta, precisa manter os jovens inteligentes/criativos e atrair esses mesmos jovens.
        No entanto, não é com o Bambus que vamos fazer isso. Todo mundo sabe que aquele bar é um lixo, ponto de droga e brigas. Sei que “bar bom” vai da concepção de cada um. Mas no mínimo aquele bar tem que ter uma acústica boa, ser limpo, o tráfico banido… Enfim…

    • E votar no Cristóvão Buarque ninguém quis! Ou seja, tem aproximadamente 95% da população brasileira se lixando pra educação…falar é fácil

    • A maioria das pessoas que foram nesse protesto estudam na Puc, Ufrgs e Ipa, eles não tem com o que se preocupar, até por que o problema da educação no Brasil ta na parte que não gera votos, no primeiro e segundo grau, e com essa idade, a maioria deles odeiam estudar.

  9. E com o pessoal bebendo na rua sem o bar, o que vão fazer?
    Mandar a policia cagar todo mundo a pau?

    Ótima iniciativa, vai mostrar que fechar tudo não vai mudar em nada…

    E eu não gosto desse bar, ja fui ali e não vi nada de mais, mas concordo com a idéia e se eu não tivesse compromisso, iria participar…

    Mas os donos do bar tambem deveriam resolver as irregularidades, caso envolvam documentos ou coisass do tipo..

    • ‎”A secretaria ressalta que, conforme legislação vigente, os proprietários do estabelecimento são responsáveis pelo “impacto gerado no entorno”. no SUL21

      Só aqui em Porto Triste isso acontece, mas imaginem se: o futebol que acaba depois da meia noite SEMPRE E DESDE SEMPRE, e nunca foi proibido por “algazarras no entorno”!

      Mas os bares do cartel de preço de cerveja como pinguim, natalício, pedrini, só comes e por aí vai, nunca serão “autuados”, pois neles se paga 10 pilas a ceva e não 5 ou 6 pilas como no ja fechado “woodstock”, e como no Bambu’s.

      Pq a SMIC não busca verificar o cartel praticado tanto no preço das bebidas como no dos petiscos nesses “pub’s” “butecos de luxo”?? baita cartel, isso sem falar que os bares que ainda funcionam na CB, como os supracitados, são administrados por não mais do que 5 pessoas

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