Aeroporto terá sistema antineblina em 2013

Novo sistema permitirá pousos e decolagens mesmo com nevoeiro

O sistema antineblina deve entrar em funcionamento em julho de 2013 no Aeroporto Salgado Filho, segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). O nome da empresa vencedora da licitação, a Telear Tecnologia Eletro Eletrônica e Construção Civil Ltda, foi anunciado ontem pela autarquia. Receberá R$ 18,8 milhões para instalar o novo sistema de iluminação e alargar a pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho, na zona Norte de Porto Alegre. A instalação do ILS-2 deve melhorar as condições de visibilidade do terminal aéreo.

A licitação durou 14 meses, desde o lançamento do edital até a divulgação da vencedora. A empresa deve instalar as luzes de aproximação – que ficam fora da pista – até o final deste ano. Até a metade do ano que vem, as luzes de centro de pista, que também terá o acostamento alargado, devem começar a operar.

O sistema ILS-2 reduzirá o teto de pouso (altitude das nuvens) para 30 metros. Atualmente, o Salgado Filho opera com teto de 60 metros. As melhorias devem reduzir o número de horas que o aeroporto fica fechado em dias de forte neblina na Capital.

Correio do Povo



Categorias:Aeroporto Internacional Salgado Filho

Tags:, ,

10 respostas

  1. Eu voei no Webjet B-737-300, eu não vi o Shopping Navegantes, percebi solo quando estavamos quase em cima da linha do Trensurb. Num outro voo, eu vi o solo quando estava em cima da Assis Brasil.

  2. ILS 3 nível “C”, este deveria ser o sistema no Salgado Filho. Dúvidas?

    Assistam, é de arrepiar.

    British Airways Boeing 777-200 CAT III ILS into London Gatwick Cockpit HD

  3. A visibilidade para o CAT II é de 350m e não 30m, que é o teto requerido. A razão de descida deve estar em torno de 500 ft/min. Esses 30m (100 ft) serão percorridos em aproximadamente 12 seg. Existe uma diferença importante então entre haver ou não uma DA (altitude de decisão), tanto que no CAT III, em que é possível não haver DA, a aterragem automática é requerida no avião. De forma complementar, antes de avistar a pista, o piloto deve estar visualizando as luzes do ALSF e dos demais auxílios visuais requeridos, como as luzes de centro de pista, e que na verdade é o que está sendo instalado agora. Seria maravilhoso se essa expressão antineblina fosse abolida, tendo em vista que no equipamento não há nada que combata a neblina, como um ventilador ou um aquecedor, por exemplo

    • Edmar
      Agora melhorou, 350m não são 30m, são 12 vezes mais que os 0,74s segundos calculados com o ângulo de decida de 30º dado pelo Marcelo. Agora compreendi, 12s dá para fazer muito.

      • Gostaria apenas de fazer uma correção, pois a razão de descida irá variar de acordo com a velocidade na aproximação final. Depende da rampa do procedimento, mas usando a carta do CAT I, a velocidade máxima da final é 190 Kt, com razão de 1000ft/min, o que daria 6 seg naquela conta.

  4. Não precisava terminar o prolongamento da pista antes? Tinha algo de interferência do viaduto Leonel Brizola..

    • É muita informação desencontrada por parte da Infraero e do governo. As vezes tenho a impressão de que nem ao menos estão falando do mesmo aeroporto. Hora é obsoleto e não deverá receber recursos, hora é o foco de ampliações e melhoramentos. No meio desse tiroteio ficamos sem conseguir entender afinal o que será feito.

      • Mateus

        Acho que estou pior ainda, não entendi nada.

        Eu só fico pensando numa coisa, se a visibilidade para o sistema ILS-2 é de 30m qual é a diferença de não ter visibilidade nenhuma. Um avião quando pousa está entre 250km/h a 300km/h, nesta velocidade o tempo de aproximação de 200m (função da altura que o mesmo está) é de aproximadamente 1,5s. Alguém me explique qual a diferença de se ter 1,5s para reagir ou não ter nada. Eu preferia perder este 1,5s de pânico.

        Não entendo como funciona isto realmente, se alguém pode dar algum esclarecimento seria grato.

        • A velocidade de um 737 no momento do touch é no máximo 80 kts – normalmente 65kts – o que dá 120Km/h. Quando aterrissando o avião não está em uma queda vertical, ele desce a uma razão suave diagonal em 30º à pista. Sim o piloto ainda tem poucos segundos para decidir se vai arremeter mas é bem mais do que 1,5s.

        • Marcelo

          O teu dado de 30º significa exatamente o que falei, se a visibilidade é de 30m o piloto vê o solo quando ele está a 52m de altura do solo, a velocidade de stall de um 737-400 carregado com 60000kg é de 146 nós (Stall Speed, Stall Warning,
          & Limitations on Maneuvering Flight – manual de operação da Boeing) e pelo que eu saiba um avião não anda abaixo da velocidade de stall. Logo se são 146nós isto representa 250km/h, ou seja 250.000m/h ou seja 70m/s, se ele tem uma distância de 52m do início da pista isto significa T=52/70=0,74s. A onde está o meu erro?

Faça seu comentário aqui: