Inadmissível

Da coleção de coisas inadmissíveis numa capital de estado:  no cruzamento da Voluntários com a Pinto Bandeira, na Praça Osvaldo Cruz, não há sinaleiras de pedestres, as faixas de segurança estão desbotadas, o asfalto esburacado e caduco. Como não aconteceu ainda um atropelamento sério ali eu não sei: ônibus apressadamente dobram vindos da Voluntário, carros partem com velocidade da sinaleira da Pinto Bandeira, e não há nada para proteger e orientar os pedestres que tem que atravessar o cruzamento.

Como sempre, na montagem, uma idéia de organização. Mas a prefeitura precisa de uma montagem para se tocar?

Clique para ampliar

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Tá bom, vou atravessar e…cadê as sinaleiras de pedestres???

E peraí, cadê a faixa de segurança???

Há algo mais irritante que postes tortos???????

 

Simples!

 

PS: Não vou nem comentar da poluição visual barata nesses lindos prédios antigos que seria assunto para outro post!



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13 respostas

  1. Havia uma época em que não havia licitações e se haviam não tinham a repercussão que tem hoje. Cada praça em Porto Alegre tinha o seu jardineiro ( talvez o mesmo atendesse a mais de uma praça) funcionário de Prefeitura. O chafariz da Pça da Alfândega funcionava todas as noites e ela não precisava de revitalização porque todos os dias era cuidada assim como todas as outras praças.
    Costumo situar os acontecimentos como Antes e Depois da Inflação. Antes da Inflação é que estas coisas aconteciam. Havia manutenção. A cidade estava sempre limpa, as praças bem cuidadas com suas árvores e plantas ornamentais podadas e os canteiros de flores bem cuidados e suas fontes funcionando. Durante a Inflação enquanto os preços subiam todas estas coisas foram deixadas de lado ou abolidas para sempre. Quando a inflação foi debelada todos já haviam esquecido as coisas que se fazia antes dela.
    Muito acharão uma bobagem o que escrevi, mas, um exemplo do que falo é aquele Ficus da Pça Otavio Rocha que foi abatido sem dó nem piedade, durante anos e anos ele foi apenas uma pequena árvore ornamental podada, talvez, todos os meses, quando foi esquecido cresceu, como cresceu a inflação e os desmandos deste pais, ele caiu, o resto não cairá jamais……

    • Este é um bom exemplo do que se pode fazer em termos de diminuir custos. Se há uma atividade que é contínua no tempo e depende de verba de custeio (caso de conservação de praças), estas atividade deveriam ser feitas por funcionários do quadro, e no caso das praças é simples, cada funcionário fica responsável por um número fixo de praças. Se por acaso o serviço não for feito, fica fácil atribuir responsabilidades.

      As licitações deveriam ficar para obras singulares (construção de viadutos, alargamento de ruas, etc.). Com isto não sobrecarregaria o setor de licitações, que além de fazer o edital, lança-lo tem que definir perfeitamente o objeto do mesmo.

      Chamo a atenção, que licitais para a construção de um Metrô tem praticamente a mesma burocracia do que comprar papel higiênico. O tipo de complexidade de uma licitação depende do valor, e ultrapassado um dado valor a burocracia é a mesma.

      Para quem nunca trabalhou ou como servidor público ou como participante de licitações sugiro que tente ler a lei 8666/93, são páginas e páginas de normas para a licitação e quanto mais complexa a lei, mais dá motivos para problemas jurídicos.

  2. Caro Marcelo

    Os motivos para a não manutenção das faixas de segurança, colocação de postes na vertical e mais outras coisas simples e baratas é muito simples, NÃO GERAM GRANDES CONTRATOS!
    Por motivos óbvios é mais “lucrativo” para o executivo municipal e para os edis da situação o lançamento de grandes obras que podem ser “negociadas” com um só interlocutor do que pequenas obras de manutenção, que podem ser feitas por funcionários da EPTC ou por funcionários da própria prefeitura. Isto se agrava principalmente em época de eleições!

  3. Parabéns senhor Marcelo Bumbel, bela sacada! Esta região chega a dar medo de passar e como vemos, poderia-se melhorar muito, com muito pouco. Em pleno centro da cidade!!! É o retrato do descaso, falta de vontade, falta de respeito e da total incompetência gestora, para com o cidadão, principalmente os pedestres e os deficientes. Depois da olimpíada que assistimos, cheia de misturas legais… do culto à rebeldia do rock´n roll aos ótimos exemplos de urbanidade vem aí a copa do Imundo e a olimPIADA, da vergonha, imoralidade, violência num país que não valoriza educação, esporte, cultura e nem sequer a saúde e bem estar de seus sofridos contribuintes. Não tem como não se revoltar!

  4. As fotos não contemplaram a Pça. Oswaldo Cruz, que é bem pequena, mas esta cheia de ambulantes. Esta mal tratada e mal cuidada, nela tem uma paineira maravilhosa que na época da floração encanta os olhos e este lugar tão esquecido……
    É como eu sempre digo: nesta cidade não existe manutenção, tudo se deteriora e quando chega num ponto que não dá mais, gastam milhões para REVITALIZAR, quando eu escuto esta palavra me dá um arrepio……

    • Realmente, aquela praça está horrível. E na minha opinião, quando deixaram fazer aquele prédio enorme colado nela, sem recuo nenhum, já começaram a deteriorar a região.

    • Juliana

      Projetos de revitalização são executados por empresas maiores e com maiores orçamentos, algo mais interessante!

      Obras de manutenção poderiam ser executadas por um corpo mínimo de profissionais com vínculo direto ao serviço público. Mesmo estes profissionais trabalhando com o pé no freio e com todos as dificuldades inerentes ao serviço público, o uso de mão de obra própria ainda é bem mais barato do que a contratação de empresas para pequenas obras. O motivo desta paradoxal conclusão, uso de pessoal vinculado a quadros da Prefeitura, funcionários da EPTC, por exemplo, decorre das seguintes situações.

      O custo de lançamento de editais para licitação é um custo fixo, logo em pequenas obras este valor fica significativo, a contratação de um serviço por preço unitário e com pagamento por medição, envolve custos adicionais de fiscalização e e medição, que só no tempo de profissionais de nível superior para se deslocar antes, durante e depois para realizar a fiscalização e medição, supera o custo do próprio corpo técnico de nível superior que a empresa contratada teria que alocar na obra. Por serem as empresas que executam estes serviços, empresas de pequeno porte, a qualificação dos executores e fiscais destas obras deixa muito a desejar. Se por um acaso uma pequena obra entra em litígio com a prefeitura por desavença de medição ou aceitação da mesma os custos do setor jurídico da prefeitura pode superar o preço do desacordo.

      Isto tudo que descrevi no último parágrafo, só é conhecido por quem milita no ramo, tanto do lado do empreendedor como do lado do setor público, e muitas críticas são feitas sem que se saiba os problemas que existem nesta interface contratado-contratante.

      Grandes obras necessariamente devem ser licitadas (desde que com projeto correto!), pois como a necessidade não é constante ao longo do tempo, fica extremamente oneroso e anti-didático manter equipes de funcionários longos períodos parados esperando um próximo surto de obras na cidade.

  5. Como tudo no Brasil, o que falta é alguns atropelamentos para daí a prefeitura fazer algo. O governo sempre age reativamente, quando age.

  6. Por incrível que pareça, nas fotos a Voluntário ficou menos pior do que “ao vivo”. Essa rua é tão feia (não gosto de usar essa palavra, por que ela não é feia, é mal-cuidada) que eu mal conheço esses prédios, só passo por ela correndo sem nem olhar pros lados. Mas também vamos reconhecer as coisas boas, esse prédio marrom da esquina não tem nada de publicidade barata, ele estava caindo aos pedaços e foi reformado recentemente, ficou lindo. A placa é bem discreta.

  7. De nada adianta ter asfalto bonito e sinalizado se a silaneira para pedestres é inútil. Refiro-me ao caso daquela na Nilo Peçanha, defronte ao shopping Iguatemi (sentido centro – bairro). De nada adianta o botão para os pedestres apertar, pois o sinal demora MUITO para fechar, e quando fecha dá apenas uns pouquíssimos segundos para o pedestre atravessar. Imagino como fazem as pessoas com dificuldade de locomoção…

  8. Realmente é inadmissível… No caso das pinturas, não é algo tão caro quanto viadutos.

    Em PoA a pintura de todas a faixas de retenção, divisória de fluxo e de segurança estão péssimas! Há regiões onde as faixas antigas foram cobertas por uma camada de piche, no entanto com o tempo o piche protegeu a faixa antiga enquanto as novas foram desgastadas. O resultado é um festival de faixas que não se entende.

    Veja que há países onde as ruas ficam cobertas de neve e gelo e os carros circulam com cravos nos pneus, em outros países a temperatura é constantemente alta por meses, mesmo durante a noite, de modo que o asfalto literalmente derrete formando uma manta de piche e mesmo assim as pinturas não ficam tão desgastadas como em Porto Alegre.

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