Novo pacote de Dilma inclui ferrovia que liga São Paulo a Rio Grande

Para vice-governador Beto Grill, construção será importante na exportação dos produtos gaúchos

Novo pacote de Dilma inclui ferrovia que liga São Paulo a Rio Grande Crédito: Ricardo Stuckert / Presidência / Divulgação CP

O Programa de Investimentos em Logística, anunciado nesta quarta-feira pela presidente Dilma Rousseff, inclui a construção da ferrovia Norte-Sul, que engloba o trecho responsável por ligar a cidade de São Paulo ao porto de Rio Grande. Os investimentos do pacote, que também abrangem as principais rodovias do País, totalizam R$ 133 bilhões, sendo que R$ 79,5 bilhões serão investidos nos primeiros cinco anos. Para as estradas, o total investido será R$ 42 bilhões e para as vias férreas, o programa de investimentos soma R$ 91 bilhões.

O vice-governador do Rio Grande do Sul, Beto Grill, afirmou que a criação da ferrovia será extremamente benéfica para a economia do Estado. “A construção desse trecho será importante para exportar e escoar os produtos gaúchos”, resumiu.

O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, detalhou o cronograma da obra, que segundo ele, começa com os estudos em fevereiro de 2013. “Através dessa avaliações, faremos os projetos do percurso e os tipos de trabalho que precisam ser realizados. Em março, faremos audiências públicas e em maio os editais serão lançados”, relatou.

O cronograma até a construção da ferrovia segue com as licitações em junho e com a elaboração do contrato, que deve ocorrer até setembro do próximo ano.

Correio do Povo

Com informações do repórter da Rádio Guaíba Fábio Marçal



Categorias:ferrovias, Meios de Transporte / Trânsito

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55 respostas

  1. É só olhar no jeito do sorriso dela.

    Parece uma propagandista na TV querendo vender o que todo mundo já tem!

    Tenho que levar para o lado cômico, se não a gente “pira”, de tanta coisa que está errada nesta terra!

    Ah! Haja paciência para aturar tantas coisas quixotadas, que os que dirigiam e dirigem este país aprontaram, e aprontam!

  2. Ricardo
    Infelizmente não foram só os militares que acabaram com as ferrovias no Brasil, para teres uma ideia mais completa vou colocar uma lista da variação da malha ferroviária do brasil de 1953 até 1993 (não consegui dados depois desta data.
    1954 158
    1955 -98
    1956 -43
    1957 373
    1958 545
    1959 -257
    1960 577
    1961 -739
    1962 -976
    1963 -1.223
    1964 -1.087
    1965 -398
    1966 -1.547
    1967 -135
    1968 -128
    1969 885
    1970 -1.091
    1971 -330
    1972 -584
    1973 -505
    1974 44
    1975 336
    1976 -509
    1977 -522
    1978 173
    1979 70
    1980 -362
    1981 -422
    1982 -73
    1983 43
    1984 -265
    1985 835
    1986 37
    1987 19
    1988 99
    1989 405
    1990 -208
    1991 185
    1992 -14
    1993 79
    (não tenho dados organizados a partir desta data, mas por volta de 2010 o comprimento da malha permaneceu praticamente o mesmo)
    (fonte http://vfco.brazilia.jor.br/Planos-Ferroviarios/evolucao-quilometrica-das-ferrovias-no-Brasil.shtml)

    O que se vê é que de 1854 até 1954 foram construídos 37.190km de ferrovias, sendo este ano, 1954, o último ano em que a malha cresceu continuamente (nenhum ano com variação negativa de quilometragem. Em 1955 começa um processo de eliminação de linhas que segue com uma taxa de aproximadamente 215km/ano.

    Por coincidência a indústria automobilística de verdade, conforme pode-se ver no site da ANFAVEA (http://www.anfavea.com.br/50anos/136.pdf) começa na realidade em 1957, ou seja, a noção de transporte rodoviário começa nesta época.

    • E quem estava no poder na época?

      JK, por isso, enquanto muitos adoram esse cara, eu o tenho como o pior político da história brasileira. Nesse período crescemos 50 em 5, pode ser, mas ficamos 50 anos, no mínimo, pagando a conta desse projeto econômico com inflação, divida externa e interna, juros altos, sistema de transporte caro e ineficiente… Só com o Plano Real começamos a consertar o erros cometidos por esse pseudovisionário.

      • E tem um detalhe que todos esquecem, na época de JK importamos indústrias sucateadas para produzirem porcarias no Brasil que nem eram mais fabricadas nos países de origem.
        Romi Isetta: Itálialiano: 1953 – 1956
        ………………..Brasil 1956-1961
        Aero Willys: USA 1952-1955 (Willys Aero)
        ………………..Brasil 1960-1971
        Volkswagen (Fusca): Origem República Tcheca 1936 T97 – Copiada por Ferdinand Porche e início da fabricação em 1938 (http://en.wikipedia.org/wiki/Tatra_97)
        ……………….Brasil 1959
        DKW: Alemanha – Auto Union 1953-1957 projeto anterior a Guerra
        ……………….Brasil 1956

        Em resumo, compramos sucata dos USA, Alemanha e Itália, e com uma legislação de substituição de importações ficamos até o governo Collor tendo que pagar aos paulistas por estas porcarias.

  3. Acho engraçado, será que ela pensa que descobriu o “Ovo de Colombo”, com esta história de ferrovias?

    Elas já existiam no século passado, os “Grandes Militares” no golpe de 1964 acabaram com tudo que rodava sobre trilhos!

    Creio que até decepcionou em não divulgar que as mesmas também seriam para o
    transporte de passageiros.

    Creio que não talvez não demore, quem está no poder deve estar esperando a hora certa para divulgar esta notícia, estão aguardando 2014 chegar, as eleições, entendem?

    Dos políticos devemos esperar de tudo, para vencer as eleições eles deixam estas “cartas”
    para as últimas horas, oportunistas e calculistas, todos políticos de todos partidos, são humanos, são inconfiáveis! Farinhas do mesmo saco!

  4. Pablo e Julião.

    Quanto a estatização ou não do transporte ferroviário, no lugar de ficarmos discutindo ideologia vamos aos fatos:
    .
    Antes da privatização a RFFSA gerava um déficit operacional anual do entorno de 500 milhões, déficit este proveniente principalmente dos transporte de passageiros e de linhas consideradas deficitárias, por exemplo a linha de trem que ia até Jaguarão e outras, estas linhas na época eram deficitárias e provavelmente hoje em dia com o aumento do preço dos combustíveis, pedágios (que não existiam) e outros fatores seriam rentáveis.
    .
    Com a privatização todo o passivo trabalhista ficou com a União e os ativos com as empresas que ficaram com a malha.
    .
    Quando foi feita a privatização, os preços de venda foram superados aproximadamente em alguns leilões em 260% (leilão que diga-se de passagem não é um leilão, a empresa vem com um envelope fechado e se abre o mesmo, a que oferecer o preço mais alto ganha! Para mim isto não é leilão!).
    .
    O que foi arrecadado não atingiu a 5% do que foi gerado de passivo trabalhista que teve que ser pago pela União.
    .
    O déficit do passivo trabalhista, a indenização dos ferroviários que ainda trabalhariam uns dez anos foi algo em torno 10% do déficit operacional da RFFSA.
    .
    E agora vem o mais importante:
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    Todas as linhas de transporte de passageiros foram simplesmente extintas, só restando hoje em dia uma linha operada há muito tempo (antes da privatização) pela Vale do Rio Doce (linha Vitória para Belo Horizonte).
    .
    O volume do tráfego de mercadorias DIMINUIU.
    .
    As tarifas do tráfego de mercadorias AUMENTOU.
    .
    O comprimento da malha ferroviária DIMINUIU.
    .
    Em resumo, a privatização não aumentou a quantidade do transporte ferroviário (nos últimos anos é que o volume anterior foi superado), suprimiu-se o transporte de passageiro, alijou-se cidades do modal encarecendo o transporte de mercadorias para estas, a malha diminuiu, os investimentos são mínimos.
    .
    Com isto tudo, pergunto: Para que foi feita esta privatização? Só deu prejuízo ao governo, ao povo brasileiro e imensos prejuízos a cidades que foram privadas do transporte ferroviário.

    • Tem um erro, onde está escrito:

      “O déficit do passivo trabalhista, a indenização dos ferroviários que ainda trabalhariam uns dez anos foi algo em torno 10% do déficit operacional da RFFSA.”

      Leia-se:

      “Déficit operacional da RFFSA anual era aproximadamente 10% do déficit do passivo trabalhista, a indenização dos ferroviários que ainda trabalhariam uns dez anos.”

    • Para mim tem algo muito errado aí… Eu entendo que a ALL tenha dado prioridade ao transporte de carga do que passageiros já que é mais lucrativo.

      Mas a diminuição do comprimento da malha e tráfego de mercadorias, se estes dados estiverem corretos, deve ter algo por trás…

      • Simples… para fazer estradas, acessos, pagamento policiais rodoviários, pontos de fiscalização é com dinheiro público (todo mundo paga), já a ferrovia é só dinheiro privado, ou seja, só “dinheiro suado”.

    • Pra mim a privatização RFFSA foi só o último ato de processo de degradação que estava acontecendo a quase 50 anos. Na década de 90, o governo se deu conta que precisa investir no sistema ferroviário, mas não tinha dinheiro para isso, porque recém havia estabilizado a economia, as contas públicas estavam descontroladas e estavamos numa fase de eliminar os esqueletos esquecidos no armário que eram camuflados pela inflação e pela falta de transparência.

      O erro do governo não foi a privatização, mas não ter selecionado empresas concessionárias competentes para administrar o sistema, além de não ter cobrado com a ênfase necessária, e nos prazos estabelecidos, os investimentos prometidos por esses concessionários.

      Poderia ter feito diferente? Talvez, mas naquela época não haviam instrumentos aperfeiçoados de financiamento público, como PPPs, capitalizações, mercado de ações, etc e o BNDES estava limitado em suas funções.

  5. Talvez esse anúncio de ferrovias tenha a ver com a tentativa do governo de reduzir os acidentes limitando as horas de trabalho dos caminhoneiros e quem sabe reduzir a quantidade de rebites que eles tomam…

    • Não tem haver com: ai, o que eu faço agora? Já sei vou chamar os empresários para assumirem os problemas que não consegui resolver depois de uma década no poder e depois poss culpa-los por não conseguirem mudar a situação.

      • Você prefere ferrovias estatais?

      • Não, só estou dizendo que os empresários não conseguirão nem de perto cumprir o cronograma apresentado (não por culpa dele, mas da própria burocracia do Estado brasileiro) e com isso serão acusados daqui por diante das crises econômicas vindouras.

      • Mas, sobre sua pergunta, como não tenho compromiso com ideologias, nem defendo ideias em bloco, SIM, eu preferiria ferrovias estatais.

      • Aliás, já defendi esse ponto de vista aqui, o transporte coletivo deveria ser majoritariamente estatal, porque essa atividade não cria riqueza por si só, mas gera, bem estar e qualidade de vida que facilitam a criação de riquezas pelos cidadãos, então não vejo problema em serem sustentados ou subsidiados pelo dinheiro público. E esse raciocínio vale para o transporte ferroviário de carga e de passageiros.

  6. Cada caminhão que sai da estrada deve ser comemorado.

  7. Eu só acredito, vendo, e se eu viver. É muita mentira neste Brasil. FHC, LULA, DILMA….estou com vergonha. Muito papo, muito roubo.

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