APROVADA PPP DO METRÔ DE PORTO ALEGRE

Manifestação de Interesse para a construção será feita em setembro Foto: Ivo Gonçalves/PMPA

O Comitê Gestor de Parceria Público-Privada de POA aprovou, por unanimidade, nesta quinta-feira, 16, a proposta de PPP para o Metrô de Porto Alegre. No dia 10 de setembro, será liberada a Proposta de Manifestação de Interesse (PMI), em que estarão estabelecidos todos critérios necessários para o Projeto do MetrôPoa. As propostas deverão apresentar diferentes métodos construtivos, tipo de trem, sinalização, controle e informação ao usuário, bem como concepção dos terminais e estações. No dia 12 de novembro, serão recebidas as propostas. No primeiro trimestre de 2013 será escolhido a melhor proposta e o lançamento da licitação. A previsão de inicio das obras é para o terceiro trimestre de 2013.

Estiveram presentes na reunião o secretário estadual de Planejamento, João Motta, os secretários municipais de Gestão, Urbano Schmitt, e da EPTC, Vanderlei Cappellari, representantes da OAB, Sociedade de Engenharia do RS e Federasul, além de outros membros do Comitê Gestor das PPPs de POA.

O avanço no desenvolvimento do projeto foi possível a partir da publicação, no último dia 8, da Medida Provisória do governo federal que autorizou a modelagem financeira proposta para Porto Alegre. O documento, que trata das regras para licitação e contratação de parceria público-privada, autoriza a liberação do recurso federal previsto para o projeto durante a execução da obra e ainda prevê a não incidência de tributos federais.

A Implantação do Metrô visa qualificar o sistema de transporte com um modal de alta capacidade e segregado do sistema viário, além de induzir a reurbanização e paisagismo das avenidas Assis Brasil e Farrapos e do Centro Histórico. Também prevê a utilização dos espaços hoje ocupados pelos corredores de ônibus para usos de modais não motorizados (ciclovias e passeios de pedestres), adotando uma tecnologia ambiental sustentável, com matriz energética mais limpa.

Veja o vídeo (wmv) da matéria, clicando aqui.

Informações gerais do MetrôPoa

Metrô-leve:

Traçado:

Fase 1: 15 quilômetros, da Fiergs até o Centro, com 13 estações

Fase 2: 11 quilômetros, da Andradas até Antônio de Carvalho, com 10 estações

  • Funcionamento integrado com as redes de ônibus, BRTs e Trensurb.
  • Tarifa única para Porto Alegre e integrada com linhas metropolitanas e Trensurb
  • Capacidade do veículo: entre 1 mil e 1,2 mil passageiros (máximo 6 passageiros/m²)
  • Velocidade média na hora pico: 35 km/h
  • Intervalo entre viagens estimada na hora pico: entre 1 e 2 minutos
  • Demanda prevista na hora pico: entre 20 mil e 22 mil passageiros/hora/sentido
  • Demanda diária prevista: entre 312 mil e 325 mil passageiros
  • Capacidade máxima: até 40 mil passageiros por hora e sentido
  • Distância média entre estações: 800 metros

O que deverá ser implementado para o funcionamento do Metrô:

  • Obras de infraestrutura dos túneis
  • Obras de desvio de macro drenagem e redes
  • Estações modernas
  • Pátio de manutenção dos trens
  • Reurbanização viária
  • Central de operação e controle
  • Subestações de energia elétrica
  • Sistemas de sinalização e segurança
  • Material rodante (trens)

Como será a PPP:

  • Prazo de concessão: 34 anos, sendo 4 investimento e 30 de operação
  • Investimento nas obras e aquisição dos trens: 1º ao 4º ano
  • Investimento adicional com compras de novos trens: 16º ano
  • Os projetos eleitos serão remunerados pelo vencedor da licitação

O que caberá ao parceiro privado:

  • Apresentação dos projetos
  • Execução das obras: via permanente (trilhos), túneis, sistemas de apoio, estações, estrutura administrativa e pátio de manutenção
  • Operação do metrô e atividades complementares
  • Manutenção das edificações, equipamentos, material rodante e da via permanente

Composição Financeira Preliminar

  • Isenções R$ 265 milhões
  • Aportes do Estado e Município R$ 880 milhões
  • Aporte da União R$ 1 bilhão
  • Parceiro Privado R$ 323 milhões
  • TOTAL DO INVESTIMENTO R$ 2.468 bilhões

Prefeitura de Porto Alegre



Categorias:Meios de Transporte / Trânsito, Metro Linha 2

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25 respostas

  1. Uma das melhores formas de modernizar e atualizar os sistemas de trens de passageiros em locais em que ainda se utilizam da bitola métrica é a implantação de bitola em 1,6 m a exemplo do que acontece nas maiores metrópoles brasileiras, observando, uma foto frontal postada, como destas composições de Salvador-BA, Teresina-PI, Campos do Jordão-SP e o bonde Santa Teresa-RJ em bitola de 1,1 m, e que já sofreram múltiplos descarrilamentos e com mortes, pode se visualizar a desproporção da largura da bitola, 1,0m com relação largura do trem “l”=3,15 m x altura “h”= 4,28 m ( 3,15:1) conforme gabarito, o que faz com que pequenos desníveis na linha férrea provoquem grandes amplitudes, oscilações e instabilidades ao conjunto, podendo esta ser considerada uma bitola obsoleta para esta função, tal situação é comum na maioria das capitais no nordeste, exceto Recife-PE.

    Para que esta tarefa seja executada sem grandes transtornos, inicialmente devem ser planejadas e programadas as substituições dos dormentes que só permitem o assentamento em bitola de 1,0 m por outros em bitola mista, (1,0 + 1,6 m ) preferencialmente de concreto, que tem durabilidade muito superior ~50 anos, ou plástico reciclado, principalmente os que possuem selas, para após realizar a mudança, observando que para bitola de 1, 6 m o raio mínimo de curvatura dos trilhos é maior .

    Entendo que deva haver uma uniformização em bitola de 1,6 m para trens suburbanos de passageiros e metro, e um provável TMV- Trens de passageiros convencionais regionais em média velocidade, máximo de 150 km/h no Brasil, e o planejamento com a substituição gradativa nos locais que ainda não as possuem, utilizando composições completas, já com ar condicionado que as concessionárias colocam periodicamente em disponibilidade em cidades como Teresina-PI, Natal-RN, Maceió-AL, João Pessoa-PB, Salvador-BA que ainda as utilizam em bitola métrica, com base comprovada em que regionalmente esta já é a bitola nas principais cidades e capitais do Brasil, ou seja: São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife, e Curitiba (projeto), e que os locais que não as possuem, são uma minoria, ou trens turísticos.

    Assim como foi feito em São Paulo, que se recebeu como doação, composições usadas procedentes da Espanha na qual originalmente trafegavam em bitola Ibérica, de 1,667m, e que após a substituição dos truques, (rebitolagem) trafegavam normalmente pelas linhas paulistanas em 1,6 m, com total reaproveitamento dos carros existentes, o mesmo poderá ser feita com estes trens que trafegam nestas cidades do Brasil, lembrando que este é um procedimento relativamente simples, de execução econômica, com grande disponibilidade de truques com motores elétricos de baixo consumo e recuperação de parte da energia elétrica na frenagem no mercado nacional e facilitando a manutenção e expansão dos serviços, uma vez que todas as implantações das vias férreas pela Valec no Norte e Nordeste rumo ao Sul já são nesta bitola.

    Esta será uma forma extremamente econômica e ágil de se flexibilizar, uniformizar, racionalizar e minimizar os estoques de sobressalentes e ativos e a manutenção de trens de passageiros no Brasil.

    Não é só o motor o responsável pelo consumo de energia elétrica em uma composição ferroviária de passageiros, pois além dele temos em menor escala, e não menos importante, o ar condicionado, compressores, iluminação etc, e os truques modernos já possuem motores elétricos de baixo consumo e recuperação cinética de parte da energia elétrica na frenagem, algo que não esta contemplado nesta substituição.

  2. Penso que o trajeto mais racional para a 1ª fase seria Azenha – Triângulo pois teria mias densidade. Sistemas de Metrôs geralmente não se deslocam até periferias, ficando reservados para zonas de alta densidade já que a filosofia é liberar o trânsito dessas zonas conturbadas. Um exemplo é o metro de Buenos Aires que possui linhas que cobrem bem a zona central e não vão até a periferia. Das estações Triangulo e Azenha a cobertura a demais regiões deveriam ser feitas em BRT.

    • Essa linha chegará até a FIERGS porque lá existe espaço para fazer uma área de manobras, galpões para manutenção, depósitos, e outra edificações necessárias em função do metrô.

  3. PPP onde o povo dá 2,1 BILHÕES e alguns míseros outros gatos pingados dão 0.2 bilhões para seu próprio e ÚNICO lucro PRIVADO, por 34 LONGOS ANOS… parece mais Putaria-Público-Privada do que Parceria-Publico-Privada.. E assim caminha a humanidade brasileira.. E viva o Brasil de que TEM $$$$ !!!!!!!!!!!!!

  4. 60 DIAS PARA A APRESENTAÇÃO DE “CONCEPÇÃO” DOS TERMINAIS E ESTAÇÕES?
    E OS PROJETOS? QUANTO TEMPO? QUEM FARÁ? QUEM IRÁ APROVAR?
    SEM CONCURSO PÚBLICO?
    SEM METODOLOGIA CONSTRUTIVA PRÉ DEFINIDA?
    PELO MENOR PREÇO, NOVAMENTE?
    QUE TIPO DE EMPRESA IRÁ ENTRAR NESTA CONCORRÊNCIA?
    ERAM 25 ANOS DE CONCESSÃO, AGORA JÁ SÃO 34… CHEGAREMOS FÁCIL AOS 100?
    SEM SONDAGENS E ESTUDOS TÉCNICOS DE QUALIDADE, SEM ESTUDO DE IMPACTO URBANO, SEM ESTUDOS PRÉVIOS, SME RELAÇÕES COM O ENTORNO?
    COMO SERÃO ENCAMINHADAS AS APROVAÇÕES?
    A COMUNIDADE, ENTIDADES, COMERCIANTES, MORADORES… ALGUÉM SERÁ OUVIDO DURANTE O PROCESSO?

    IMPROVISAÇÃO, PRESSA, FALTA DE PLANEJAMENTO, PROJETOS “GAMBIARRA”?
    ISENÇÕES FISCAIS PARA OS AGENTES PRIVADOS?
    APORTES PÚBLICOS DE MAIS DE 85% PARA A OBRA CONTRA MENOS DE 15% DO FUTURO CONCESSIONÁRIO PRIVADO…?

    É ESTE MESMO O METRO QUE QUEREMOS PARA PORTO ALEGRE?

    “PERGUNTAR NÃO OFENDE”?

    GINCANA DOS 60 DIAS PARA DECIDIR COMO SERÁ O METRO:
    “No dia 10 de setembro, será liberada a Proposta de Manifestação de Interesse (PMI), em que estarão estabelecidos todos critérios necessários para o Projeto do MetrôPoa. As propostas deverão apresentar diferentes métodos construtivos, tipo de trem, sinalização, controle e informação ao usuário, bem como concepção dos terminais e estações. No dia 12 de novembro, serão recebidas as propostas.”

    “Composição Financeira Preliminar
    Isenções R$ 265 milhões
    Aportes do Estado e Município R$ 880 milhões
    Aporte da União R$ 1 bilhão
    Parceiro Privado R$ 323 milhões
    TOTAL DO INVESTIMENTO R$ 2.468 bilhões”

    • Totalmente de acordo com o que tu falou Tiago!
      Acho que podemos nos mobilizar para que o metrô de Porto Alegre não seja um desastre arquitetônico, financeiro e de planejamento.
      A sociedade civil precisa se manifestar.

      Vamos fazer uma série de artigos, e enviar para a prefeitura e até podemos pensar em mover uma ação contra este imbrólio.

      O fmobus do Blog tem condições de escrever algumas críticas construtivas e vocês também do IAB podem elaborar um documento. Não me importo que atrase mais ainda o metrô se for pra sair um projeto decente.

      Aguardo contato de interessados para organizarmos essa ação.

      • Caro Gilberto,
        Muito nos preocupa também que um investimento deste porte em um equipamento fundamentala para o futuro da cidade seja realizado de maneira tão “atabalhoada”, para dizer o mínimo.
        Estamos preparando um documento formal para fundamentar esta iniciativa.
        Contamos com o prestígio deste portal como espaço de discussão e construção de soluções melhores para a cidade.
        Abr.
        T,

  5. 99 anos depois de Buenos Aires, Porto Alegre começa se mexer…

    • Que comparação, hein?! Buenos Aires tem quase o dobro da idade de Porto Alegre, e ainda é capital de país. Cada coisa…! Nada a ver uma coisa com a outra? Bom, quando se inaugurou o metrô de Buenos Aires, em 1913, a mesma já possuia o numero de habitantes que temos hoje em Porto Alegre.

  6. Que boa notícia! Ao invés dos “agoureiros” de plantão, espero que o metrô venha logo para agilizar nosso transporte.

  7. Como funciona essa história de PPP? Podem participar empresas estrangeiras?

  8. 6 pessoas por metro quadrado não é de mais?

  9. Acho triste essa notícia na real. Como já dispus aqui várias vezes, esse projeto tem vários erros e agora, com essa aprovação, estes erros estão praticamente escritos na pedra.

    Nada que me surpreenda. Nunca me iludi que os tomadores de decisão desse assunto (basicamente as pessoas nessa foto) sequer saibam o que é transporte coletivo.

    • Mobus

      Não entendesse nada, o importante é lançar o edital antes das eleições para poder “negociar” com os interessados, agora se o projeto sair incompleto e a obra só começar no terceiro trimestre de 2014 é um problema para o próximo candidato a Prefeito, não deste!

    • O trecho na Farrapos paralelo a atual linha 1 na Voluntários é um erro gravissimo! O traçado deveria seguir pela benjamin – parcão – osvaldo – ufrgs – salgado filho – mercado.

    • Caro Manolo.

      Não sou especialista em transporte, mas para em dez meses (12 de novembro até terceiro trimestre de 2013) fazer tudo o que está se propondo fazer, qualquer estudante de engenharia ou arquitetura do terceiro ou quarto ano sabe que é inviável. Não precisa ser especialista de coisa nenhuma.

      Agora quem acredita em papai noel, coelhinho da páscoa e bicho papão acha tudo isto maravilhoso!

    • 1) Esse projeto tem erros tão óbvios que nem precisa ser especialista; o exemplo maior é não ter estação na terceira perimetral
      2) Os especialistas podem tomar as decisões que mais facilitem e barateiem a engenharia da coisa, mas o que importa é o que os USUÁRIOS querem. É evidente que os usuários não estão sendo ouvidos.
      3) Você está evidentemente usando um nome falso, o que vai contra as nossas regras. Identifique-se ou volte a comentar no Terra.

  10. Só me esclareçam: depois dessa aprovação, vai abrir uma licitação e vão aprovar impacto urbano, eia-rima, sei lá mais o que, ou simplesmente uma empresa vai começar a construir logo?

    • Lucas

      Este é o problema, a prefeitura com meia dúzia de arquitetos e engenheiros da própria prefeitura poderia já ter começado estes projetos iniciais logo que se falou na possibilidade de se ter um metrô em Porto Alegre, seria um custo relativamente baixo, e estes estudos e burocracias iniciais estariam vencidos, agora vão querer a toque de caixa que a empresa faça os estudos preliminares como sondagens, cadastro de redes e licenciamento em três ou quatro meses. Depois disto vão ter mais ou menos o mesmo tempo para definir as estações, a formatação do metrô, os projetos executivos arquitetônico, estrutural, viário, controle…. Para no terceiro trimestre de 2013 ou seja menos de um ano comecem as obras.

      Para iniciar a construção de um edifício a partir do nada, como o que se tem do metrô, um empresário que seja rápido com uma equipe completa demora no mínimo três trimestres, é um pouquinho menos do que querem para começar as obras do metrô.

      O problema é que as eleições são neste ano, e no ano que vem é que vão descobrir que este prazo é inviável! Me engana que eu gosto!

  11. Fantástico, mesmo com o projeto capenga, mal posso esperar pra ver as obras em andamento. Vocês viram a placa do viaduto da Bento lá na tal esquina? Vi hoje.

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