Vandalismo custa R$ 1 milhão por ano em Porto Alegre

Em 2012, até junho, foram 40 atos contra monumentos e bens da Capital

Preservação do patrimônio público: placas de bronze e bustos estão em local protegido

Os atos de vandalismo contra o patrimônio público em Porto Alegre resultam em prejuízo anual de R$ 1 milhão para a prefeitura entre o roubo de placas de bronze e bustos, pichação de monumentos, depredação de sinaleiras e paradas de ônibus, postes e luminárias, sinalização e outros bens públicos. No ano passado, a Guarda Municipal de Porto Alegre, vinculada à Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Segurança, registrou quase 60 ocorrências contra o patrimônio público e privado entre pichações, depredações e roubo de placas de bronze. Em 2011, foram 22 detenções.

De janeiro a junho deste ano, os guardas municipais atenderam a 40 casos e cerca de 20 pessoas, a maioria jovens, foram detidas. A ação dos vândalos está concentrada no Centro, nos bairros Partenon, Farroupilha, Praia de Belas, Restinga, Sarandi e Teresópolis. O chefe da Guarda Municipal de Porto Alegre, Eliandro Almeida, ressaltou que a instituição atua com um efetivo de 554 e atende 24 horas por dia.

“Inauguramos, em 2006, o Disque-Pichação, que integra o programa Vizinhança Segura e permite à população denunciar atos contra os prédios e monumentos, pelo telefone 153”, acrescenta. Mesmo com a vigilância, o Parque da Redenção ainda é um local visado em função dos monumentos. “Existem grupos que frequentam o local à noite e depredam a iluminação pública”, ressalta Almeida.

Conforme o chefe, após receber a chamada, a Guarda Municipal vai ao local, aborda o infrator e o encaminha à Polícia Civil ou à Delegacia da Criança e do Adolescente (Deca). “A iniciativa possibilita traçar, pela primeira vez, um perfil do pichadores que atuam em Porto Alegre, danificando monumentos e desvalorizando pontos turísticos, além de mapear as ocorrências”, destaca. A equipe, com cerca de 30 agentes da Guarda Municipal, atende 24 horas por dia, trabalha em rodízio e é integrada por rádio com a Brigada Militar.

Os pichadores flagrados são autuados no procedimento de apuração de ato infracional na Lei de Crime Ambiental 960.598, artigo 65, que prevê pena de três meses a um ano, com prestação de serviço à comunidade ou reparação do dano. O administrador da Redenção, Paulo Jardim, explica que, em função dos furtos frequentes no local, a administração decidiu retirar todas as placas de bronze e bustos. “Nós nos antecipamos e resolvemos escondê-los porque as quadrilhas estavam preparadas para levar todo o material do parque.”

O supervisor da Secretaria Municipal do Meio Ambiente Mauro Moura revela que a prefeitura dedica atenção especial para garantir mais segurança aos usuários e preservar o patrimônio público. Segundo ele, estudo é desenvolvido para instalar videomonitoramento na Redenção e no Marinha do Brasil.

Monumentos são alvos

Crédito: arthur puls

Na praça Garibaldi, na confluência da rua José do Patrocínio com a avenida Venâncio Aires, nem o monumento de Anita e Giuseppe Garibaldi escapou da ação dos vândalos. Sete dos dez dedos da estátua que representa Anita foram arrancados. O Monumento aos Açorianos, na avenida Loureiro da Silva, permanece pichado e é frequente o uso do espaço como “banheiro público” por moradores de rua. Uma sem-teto tem feito do local sua moradia nas últimas semanas.

Correio do Povo



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12 respostas

  1. Vandalismo existe em qualquer lugar, porem, ninguem pune ninguem nessa terrinha, e isso acaba fazendo com que tudo fique mais caro.

  2. AVISO: COMENTÁRIOS COM E-MAILS FALSOS NÃO SÃO LIBERADOS NO BLOG.

  3. Do texto:
    “…O administrador da Redenção, Paulo Jardim, explica que, em função dos furtos frequentes no local, a administração decidiu retirar todas as placas de bronze e bustos. “Nós nos antecipamos e resolvemos escondê-los porque as quadrilhas estavam preparadas para levar todo o material do parque…..”

    E’ pra chorar….entao em vez de punirem e cagarem a pau esse bando de marginais, nossa autoridades resolvem recolher as obras de arte??

    Cortem metade dos CCs e invistam em seguranca!!

  4. Entrem no portal Transparência, vejam quanto ganha um “guarda municipal “. Depois pensem se não é mais negócio fechá-la e investir na Brigada ….

    • Eu bem queria entrar pra guarda municipal, pena que no último concurso eu ainda não tinha idade. O salário me agradou. hahaha

  5. Quero só ver quanto tempo vão durar as estações dos BRTs… Um das paredes de vidro pro Trensurb ao lado do mercado público já está destruída por uma pedrada… Acho que esses animais pensam assim: “está inteiro? precisa ser destruído.”

    • Animais não fazem isso, humanos fazem isso quando não recebem a punição adequada.

    • Eu até tava estranhando que tava durando, essa semana que passou eu notei o vidro quebrado, lamentavel.

      E duvido que esse caso tenha sido de play boy, até por que o centro na noite quase não tem isso… hhaha

      Alias, tudo no centro ta destruido, lixeiras, terminais, paradas de onibus… é triste…

      Eu vi ano passado que iam reformar o terminal do mercado, tinha até um aviso no onibus que ele iria parar acho que ali na entrada do trensurb, até hoje não vi essa reforma.

      Até fizeram uma limpa e pintaram algumas coisas no terminal, durou uns 3 dias e ja meteram uns cartazes, lamentavel.

      Alias, que infeerno que ta esse centro, é politico torrando o saco todo dia, que desgraça.

  6. Quando estes vândalos forem punidos exemplarmente sendo obrigados a limpar a sujeira que fizeram e pagar pelos danos causados ao patrimônio público e quando menores os pais serem responsabilisados, e quando reincidentes pagarem uma multa alta, garanto que o vândalismo acaba….

  7. De tempos em tempos aparece uma reportagem dessas, contabilizando os gastos com o vandalismo em Porto Alegre. Promessas são feitas por parte da prefeitura, e no fim fica tudo na mesma.
    O problema é que a quase totalidade desses crimes é cometida por menores de idade intocáveis. São presos e rapidamente liberados. Sei disso por experiência própria: As paradas de ônibus aqui perto de casa são sempre pichadas e quebradas por gangues locais. Já vimos essas pessoas sendo presas em diversas ocasiões, e elas sempre voltam na mesma semana. Voltam e já picham tudo de novo, e atiram pedras nos postes, e fazem o que bem entendem.
    E pra ajudar, tem muito “intelequitual”, vereador, etc. que capitalizam com a defesa desses vândalos. Quantos aqui no blog já ouviram uma dessas almas penadas defendendo a pichação como uma forma de expressão, uma forma de arte das ruas? Quantos já ouviram que é a sociedade opressora/capitalista/liberal que força o adolescente a quebrar uma estátua ou roubar uma placa? Quando um vândalo desses é preso por quebrar um orelhão ou pichar a lateral de um prédio, logo aparece alguém pra reclamar que a polícia deveria “ir atrás de bandido de verdade”.
    Enquanto for essa a opinião vigente, nada vai mudar.

  8. Isso é uma coisa que me deixa muito triste. Impossível olhar nossas lindas obras de arte como o monumento a Julio de Castilhos, da Anita e Garibaldi, Viaduto da Borges, quase todos na verdade, em total estado de abandono, e não sentir uma dor nos olhos. Hoje mesmo destruíram pela quarta vez desde o início do ano a placa com o nome de uma rua aqui perto, em Teresópolis. O pior é que o poste estava há três dias “deitado” depois de uma batida de carro. Se tivessem levantado na hora, talvez, não tivessem arrancado a placa. Pelo menos o número de novas pichações está diminuindo. A maior parte das que ficam na rua são bem antigas, algumas de 5, 6 anos atrás. Isso pode significar duas coisas: ou os pichadores estão se extinguindo ou não tem mais nenhum espaço pra novas pichações. Fico com a segunda.

  9. Não é mais fa´cil com esse valor criar um sistema de vigilância, punir que faz, e investir na guarda municipal? Jogar dinheiro fora com vandalismo, que mesmo arrumando vem (os que não tem nada pra fazer) e destroem…. Educação nessa cidade não existe….

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