Grupo de trabalho acompanha implantação da passagem de nível na III Perimetral

Construção na Cristóvão Colombo e na Dom Pedro II integra obras para a Copa

Crédito: REPRODUÇÃO / CP

A construção de uma passagem de nível no cruzamento das avenidas Cristóvão Colombo e Dom Pedro II terá o acompanhamento de um grupo de trabalho composto por representantes dos moradores e da Prefeitura de Porto Alegre. O anúncio da criação do grupo foi feito nesta semana, durante audiência pública promovida pela Câmara Municipal no bairro Higienópolis.

Durante a audiência, técnicos da EPTC apresentaram o projeto de construção da trincheira que permitirá o tráfego de veículos pela Cristóvão, por baixo da III Perimetral.

A gerente de Planejamento de Trânsito da EPTC, Carla Meinecke, informou que, atualmente, no cruzamento das vias, circulam em torno de 84 mil veículos. “Os semáforos no local não são mais suficientes para controlar o trânsito, o que provoca congestionamentos diários”, ressaltou. Conforme Carla, o projeto da passagem de nível atingirá 20 imóveis na área, sendo 18 afetados nos recuos de jardim e outros dois em parte dos prédios. Ainda segundo a arquiteta, os desvios na Cristóvão Colombo durante a obra serão realizados pelas ruas Marquês do Pombal, Couto de Magalhães e Luzitana.

Na III Perimetral, haverá bloqueio parcial de um terço da via a cada etapa da obra. A previsão de conclusão é de 18 meses. Os moradores da região da Cristóvão Colombo estão preocupados com a obra, especialmente com seu impacto sobre o comércio local e as moradias vizinhas e quanto ao desvio do tráfego por vias secundárias.

O presidente em exercício da Associação de Moradores do bairro Higienópolis, Vendelino Gnewuch, destacou que, na construção da III Perimetral, o trânsito de veículos na rua Luzitana foi alterado e “virou um caos em função dos desvios”.

A Câmara Municipal pretende encaminhar à Smam um pedido de audiência pública para debater o impacto ambiental da obra. A construção da passagem de nível da Cristóvão Colombo com a Dom Pedro II faz parte das obras para a Copa do Mundo de 2014.

Correio do Povo



Categorias:Meios de Transporte / Trânsito

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22 respostas

  1. Sr Rogério:
    Não sei que em bairro o senhor mora. Mas gostaria de lhe informar: Estas obras já estavam previstas a serem executadas durante a construção da IIIª Perimetral e não foi realizada pois acabou a verba.
    Agora lhe pergunto: O que o senhor faria se ocorresse uma obra na frente da sua casa, e tem rocha pura, devendo-se usar dinamite.
    Naturalmente, a sua casa poderia sofrer abalos na estrutura. O senhor ficaria calado?
    Afinal que atitude o senhor tomaria?
    Eu, como presidente em exercício da Associação, tenho 16.000 moradores no bairro, estamos trabalhando para humanizar cada vez mais, já conseguimos alguma coisa, nós não somos contra a obra, mas esta obra não pode prejudicar ninguém e estamos abertos para um acordo que sirva para todos.

    • Como já tivemos problemas em que pessoas escrevem em nome de entidades, gostaria que se identificasse quem está escrevendo em nome da Associação dos Amigos do Bairro Higienópolis, por favor.

    • Caro senhor.

      Compreendo a sua preocupação, sou engenheiro civil e sei que obras mal conduzidas podem causar danos as residências do entorno.

      Eu me bato aqui neste blog em nome de projetos corretos e não feito a toque de caixa como alguns estão sendo feitos, porém chamo a atenção que a escavação em rocha feita por profissionais competentes não trazem risco a residências do seu entorno.

      Se o senhor se der o trabalho de procurar os meus comentários aqui neste BLOG, deixei IMPLÍCITO VÁRIAS VEZES QUE OBRAS DE ESCAVAÇÃO PRECISAM PRIMEIRO UM BOM ESTUDO GEOTÉCNICO.

      Agora por outro lado vou me referenciar ao passado, já em 1928 foi realizada uma obra no centro de Porto Alegre, o viaduto Otávio Rocha, que foi escavado a “fogo”. Lembro que a profundidade do viaduto é em torno de duas três vezes maior do que o viaduto previsto para a Cristóvão, e com duas outra grandes diferenças, estamos em 2012 e a tecnologia de escavação com explosivos evoluiu e evoluiu muito. A segunda diferença, é que as casas que existiam na época na Rua Duque de Caxias, eram casas construídas no fim do século XIX ou início do século XX, logo as fundações eram diretas e executadas com muito menos tecnologia que as fundações dos dias atuais. Há uma terceira e importante observação, se o viaduto vai passar por um espigão rochoso, provavelmente as fundações em torno da obra estão assentes também em rocha.

      Falar que algo vai ser escavado com dinamite, é mais uma forma mediática de impressionar o público em geral, rocha sempre se escava com explosivos.

      O que vocês devem cobrar da Prefeitura é um projeto executivo que descreva com clareza a metodologia que será empregada e o perfil dos profissionais que a firma vencedora deverá ter para executar a obra. Agora achar que meus colegas Engenheiros Civis especializados neste tipo de trabalho derrubarão as casas no entorno é simplesmente desprezar o trabalho de profissionais que dedicam a sua vida a este estudo.

      • Sr Rogério
        O meu mais profundo respeito em relação a sua atividade e agradeço as informações.
        Quem sabe possamos trocar outras idéias objetivando desenvolvimento da cidade.
        A Associação tomou conhecimento do projeto no dia 04.09.2012, durante a audiencia pública realizada, e já nos confrontamos com inúmeros problemas de ordem que deverão resolvidos.
        Vendelino Gnewuch
        Presidente em exercício

        • Temos que exigir projetos detalhados, se for no OBA-OBA realmente tem tudo para dar errado. Isto que me bato sempre, devemos respeitar o trabalho de profissionais da engenharia.

          Algo que poderia ser feito no edital, por exemplo, é a exigência de profissionais com experiência neste tipo de obras, não é difícil encontrar, pode sair caro para a empresa que o contratar, mas sairá extremamente barato para quem morar nas vizinhanças.

        • Quanto a trocarmos idéias estou sempre a disposição, não posso contribuir quanto a maiores detalhes pois não tenho formação específica, e não tenho o costume de me comprometer em assuntos que não conheço a fundo, agora posso contribuir quanto a questões gerais e se for o caso faço isto de forma não remunerada. Estou aqui para contribuir e não para retirar proveito próprio.

  2. Tem que ouvir é ninguém, faz e pronto. E ainda cobra contribuição de melhoria, para ficar esperto.

    • Quando o Getúlio Vargas construiu a Avenida Brasil ele desapropriou uma largura muito superior ao necessário para a avenida, construiu esta e vendeu os terrenos beneficiados pela construção da avenida. Pagou com isto o preço da construção.

      Mas era o Getúlio!

  3. Se querem essas obras pra Copa, deviam ter feito esse tipo de participação popular desde a época da concepção do projeto, para se certificar do apoio dos locais. Felizmente está-se mostrando desastroso para a prefeitura o modelo de fazer os projetos no escuro e começar as obras sem que ninguém saiba de nada. Um grupo de trabalho acompanhado dos moradores é o mínimo (ou menos que o mínimo). Todos tem o direito de se manifestar sobre obras em sua região (e por que não, em toda a cidade). Infelizmente os políticos e os técnicos da prefeitura ainda acreditam que a população aceita tudo passivamente, sem saber de nada.

    Como consta na reportagem, as pessoas não estão preocupadas com “impacto ambiental”, como falou o Rodrigo, mas com o impacto no comércio local e na vizinhança com relação aos desvios DURANTE a obra. Visto que já se observou várias vezes que a EPTC está longe de ser a dona da verdade, nada mais justo que “ajudar”, nesse longo processo que vai ser a obra, a organizar o trânsito da região, com a opinião daqueles que moram e sentem no dia-a-dia o tráfego.

    Dito isso, acredito que não vá haver uma mobilização como houve na Anita, porque não vai haver grandes alterações físicas na região (como uso de ruas internas para deslocamentos, após a conclusão da obra).

    • Muito bem colocado. E além do mais, quando o Brasil foi escolhido pra ser sede da Copa? Mes passado? Ano passado? Não! Então por que aqui sempre deixam tudo pra ultima hora???? Eita paizinho esse, viu?

    • Com certeza! Acho que no fundo os políticos são extremamente inseguros em relação às obras. Vejo que eles escondem tudo o que podem, escondem projetos, cronogramas, nomes, especificações… Isso só pode ser medo!

    • Só para exclarecer realmente as pessoas não estão preocupadas com “impacto ambiental” o problema é que qualquer obra em POA é um Deus nos acuda, é uma polemica, um parto, a cidade não anda! ai tem uns que são contra tudo e ficam inventando picuinhas para tal obras não saírem, como POA do jeito que esta fosse boa! trânsito parado, transporte público péssimo, êconomia estagnada! POA parece que parou no tempo! Ainda mais com essa mentalidade de que nada pode (em matéria de obras, construções) Uma vez um certo vereador (Pedro Ruaz) disse que 6 prédiozinos de 6 ou 8 andares mudaria o “micro-clima” do bairro menino Deus, não sou engenheiro, não sou ambientalista, mas por favor! Sou um Porto Alegrense que quero que minha cidade cresça, se desenvolva, gere empregos, afinal POA é uma cidadezinha qualquer ou é uma METRÓPOLE? chega de atrazo,não pode prédios altos, não pode pontal do estaleiro, não pode cais do porto, não pode viadutos, não pode trincheiras, não pode metro, não pode fazer avenidas, não pode isso, não pode aquilo! Que é isso minha gente, nós merecemos mais!

  4. POA deve ser o único lugar no mundo que um viaduto, ou uma trincheira entre o asfalto e o concreto causa “impacto ambiental” imaginem se São Paulo fosse assim!

  5. Tomara que as neneinzinhas não chorem mais né…

  6. Cada vez que leio “grupo de trabalho composto por representantes dos moradores ” me dá um frio na espínha, pois pelo visto só serve pra atrasas obras, vide o da Anita.

    • O problema é que o Prefeito não quer perder nenhum votinho ou mesmo nenhum financiamento para a sua campanha.
      Até o fim do segundo turno vai ser esta enrolação toda, depois vai ser a correria para assinar tudo, e principalmente se ele perder o segundo turno!

  7. Acho que a medida que os que moram próximo a região de Anita estão tão contra a passagem de nível na Anita a prefeitura deveria simplesmente retirar a sinaleira na Anita com a Perimetral aliviando por completo o trafego nesta rua, quando quiserem atravessar para outro lado simplesmente vão para a Nilo ou para a Plínio.

  8. E afinal, o da Anita vai sair??

  9. Algo é certo, em alguns pontos da terceira perimetral deverão ser feitos trincheiras ou viadutos, se em cada ponto se verificar que causa prejuízos ao moradores do entorno, se acaba não construindo nada. Resultado, toda a cidade será perturbada com a não implantação dessas obras.

    Falta simplesmente coragem da prefeitura em colocar isto aos moradores locais e minimizar o máximo as interferências.

    Outra solução era bloquear por completo o acesso entre os dois lados da perimetral e quem quisesse passar para o outro lado que comprasse outro carro!

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