Placas indicando altura de elevadas buscam evitar acidentes

Veículo bateu na passarela de pedestres em frente à Rodoviária Crédito: PEDRO REVILLION / CP MEMÓRIA
Na próxima semana, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) deverá abrir processo de licitação para a confecção de limitadores físicos, com placas indicando a altura dos viadutos e elevadas da Capital. Esses instrumentos devem ficar em um pórtico à distância de 60 metros do local.
A medida, de acordo com o presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, se deve aos constantes incidentes – quando caminhões ficam trancados nas elevadas e viadutos. “O caminhoneiro que insistir em passar, trancará primeiro no pórtico. Assim, quando, por exemplo, o caminhoneiro estiver na avenida Goethe, já nos 60 metros antes da passarela, terá o aviso da altura da construção”, exemplificou o presidente.
De acordo com Cappellari, o Código de Trânsito Brasileiro estipula a altura limite dessas construções (4,5 metros), não sendo necessário colocar na entrada da cidade placa indicativa. A advertência só deve ser feita quando o viaduto ou a elevada tiver uma altura inferior a essa. “Não há lei que determine a colocação de avisos quando os viadutos e as elevadas tiverem a altura limite”, afirmou o presidente da EPTC.
Além dessa iniciativa, a instituição, que administra o trânsito na Capital, está usando a tecnologia de ponta para minimizar o problema. A EPTC georreferenciou as construções desse tipo no Google. Esses dados podem ser acessados no GPS, pelo caminhoneiro. Atualmente, conforme Cappellari, a grande maioria dos motoristas de caminhão usa esse equipamento. Assim, quando o profissional entra em determinada via de Porto Alegre, o GPS dará o alerta de que em um ponto específico tem um viaduto ou construção semelhante e a altura do mesmo. “Esse expediente está disponível desde o início deste ano. É uma ferramenta importante, pois a maioria deles opera com GPS”, disse Cappellari. Correio do Povo
Caminhões trancados viram rotina
Caminhões trancados em passarelas ou viadutos da Capital viraram uma rotina. No último dia 4, um Scania atingiu a passarela de pedestres na frente da Estação Rodoviária de Porto Alegre, na Rua da Conceição, no Centro. O veículo, com um contêiner vazio na carroceria, tentou passar pelo local, mas bateu fortemente na estrutura de concreto. A frente do contêiner entortou e pedaços de concreto se desprenderam da construção.
Um dia antes, um caminhão-baú também colidiu contra a passarela da Conceição, ficando preso. O veículo, com placas de São Paulo, ficou “entalado” por cerca de 30 minutos, até que os pneus traseiros fossem parcialmente esvaziados e o veículo desse marcha à ré. O caminheiro havia entregue uma carga e retornava à capital paulista.
Em 10 de julho deste ano, uma carreta-baú Volkswagen, com placas de Poços de Caldas (MG), carregada com quatro toneladas de latas de refrigerante compactadas para reciclagem, ficou trancada ao tentar cruzar pela passarela da Estação Rodoviária. Na época, a estrutura tinha passado por uma reforma, que custou aos cofres públicos R$ 250 mil, depois de ser atingida por um outro caminhão, em outubro do ano passado, que provocou a ruptura de alguns cabos de proteção da parte inferior. Nesse acidente, porém, a construção não foi danificada.
Também há registros de incidentes na passarela da avenida Goethe, mas em menor escala, e no viaduto Loureiro da Silva, na Perimetral, onde um caminhão que carregava um silo vazio ficou preso no viaduto, próximo à Ufrgs, no ano passado. Foi preciso esvaziar os pneus para que o veículo pudesse se movimentar e liberar o trânsito.
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Eu não sei qual a altura sob um viaduto ou passarela em países de 1º Mundo. Só sei dizer que sendo conforme nosso Código de Trânsito apenas 4,40 m, eu fico pensando que é uma altura muito baixa. Olhando a cortina da minha sala eu fico abismado de ela ter 4,20 de altura e em vias públicas apenas 4,40 m. O viaduto por onde passa o trem metropolitano localizado na esquina da A.J. Renner com a Farrapos, estação Farrapos-IPA, está totalmente raspado no seu teto, confirmando que muitas dezenas de veículos raspam ao passar por ali. Por que tão baixo? O dia que tivermos ônibus de dois andares(?) nenhum vai conseguir passar sob nenhum viaduto ou passarela aqui da Capital.
Os caminhões estão irregulares e o estado não sabe a altura correta, fiscalizar. Verdadeira bagunça. Brasil é uma bagunça..
É surpreendente o presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, não saber que a altura máxima é 2,40m e não 2,50m. Talvez ele não saiba também que veículos acima das dimensões são proibidos de trafegar na cidade.
Devíamos mandar para ele um código atualizado!
Não vai adiantar, eles sabem a altura dos caminhoões que dirigem, eles sempre vão tentar passar.. só se forem muito burros mesmo..
Quero saber quando vão instalar pórticos alertando para as calçadas esburacadas e pros cruzamentos perigosos pros pedestres.
Ah, já sei: nunca.
Parabens, belo comentario.
Meu coroa, tempos atras, tropecou num buraco no Centro, se lanhou todo, chegou a quebrar um pedaco das costelas (nada grave, mas enfim…). Essas calcadas sao armadilhas para idosos, um verdadeiro caso de policia.
Para que complicar? Se o limite de altura pelo código nacional de trânsito é 4,40m (e não 4,50m – vide RESOLUÇÃO Nº 210 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006 do Contran) todo o veículo acima desta altura necessita de escolta especial. Se este limite for ultrapassado o veículo deve ser retido e por consequência o proprietário deverá pagar os danos.
Leis foram feitas para serem obedecidas.
Concordo. É só doer no bolso que as pessoas vao comecar a obedecer!