Rafael Vigna, de Buenos Aires
De olho em um dos 17 mercados prioritários da Embratur para a atração de turistas durante a Copa do Mundo em 2014, a terceira edição do Goal to Brasil desembarcou em Buenos Aires, na Argentina. Ao longo de todo o dia de ontem, cerca de 300 pessoas, entre agentes de viagem, autoridades locais e representantes da imprensa, puderam conhecer um pouco melhor as atrações oferecidas por cada uma das doze sedes brasileiras no Mundial. O evento, que já passou por Colômbia e Chile, reforça a meta de ampliar os atuais 5 milhões de visitantes estrangeiros para 10 milhões em 2020, em razão dos reflexos diretos dos eventos esportivos realizados no País nos próximos anos.
Desta vez, o diferencial foi Porto Alegre, que esteve em alta no posto de cidade-anfitriã. Em cada edição, uma região é escolhida por critérios de proximidade e, por isso, a Capital gaúcha ocupou posição de destaque na programação, que envolveu a realização de workshops, palestras, mostras gastronômicas, apresentações musicais e exposições fotográficas. Além disso, Bento Gonçalves, Torres e Nova Petrópolis também estiveram representadas na atividade.
A julgar por manifestações do público, a missão foi cumprida com sucesso, pois de acordo com alguns operadores de turismo presentes, “somente os brasileiros se sentirão mais em casa do que os argentinos”. A máxima atesta o principal objetivo, conforme explica o diretor de Relações Internacionais da Embratur, Marcelo Pedroso, que aposta alto no potencial turístico dos eventos esportivos realizados no País em 2013, 2014 e 2016.
Segundo ele, a projeção é de que 25% dos 600 mil estrangeiros esperados para a Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas façam algum tipo de passeio após o término das competições. Por isso, o órgão trabalha na promoção de cinco segmentos prioritários: ecológico, negócios, esportivo, praias e cultural.
“No caso da Argentina, temos a noção de que nossas ofertas não são concorrentes, e sim complementares. Se temos praias, a Argentina tem neve, por exemplo, e não há motivos para que destinos sul-americanos deixem de se beneficiar com isso também”, analisa, ao exaltar os investimentos de US$ 40 milhões em campanhas publicitárias para 100 países ao redor do mundo, entre eles a Argentina.
A secretária de Turismo do Rio Grande do Sul, Abigail Pereira, ainda esclarece que trabalha com o mote de que os noventa minutos de uma partida de futebol são o tempo exato de deslocamento de um voo entre Porto Alegre e Buenos Aires. “Este é o tempo que nos separa, mas também o tempo que nos une, principalmente em nossa paixão pelo futebol”, afirma.
Para o secretário municipal de Turismo, Raul Mendes da Rocha, a capacidade aeroportuária da Capital gaúcha, com mais de 300 voos diretos para São Paulo e Rio de Janeiro, além de outras ligações com cidades-sedes, reforça o potencial de Porto Alegre para receber o público durante o Mundial.
Ações de promoção reforçam destinos do Estado
Além da programação oficial do Goal to Brasil, a comitiva gaúcha elaborou um mapa com os principais roteiros turísticos do Estado com destaques para a Serra, o Pampa e o Litoral gaúcho. A ideia é promover a distribuição massiva em pelo menos quatro shoppings e também em diversas estações de metrô da capital argentina.
Segundo explica a secretária de Turismo do Rio Grande do Sul, Abgail Pereira, a proposta é consolidar novos destinos e trabalhar em programas de atendimento voltados aos roteiros por terra, fundamentados nas fronteiras secas entre os países. Isso porque, em 2011, o país vizinho foi o maior emissor, com 1.593.775 mil visitantes, o que equivale a 29,33% dos estrangeiros que ingressam no Brasil.
“Se considerarmos que 80% destes turistas entram pelo Estado por terra, percebemos o imenso potencial deste mercado. Por um longo tempo, fomos apenas uma passagem para os argentinos. Agora, queremos fortalecer nossos destinos. Se a busca não é apenas por sol e mar, temos uma infinidade de outras atrações a oferecer”, salienta.
Jornal do Comércio
Para POA eu queria, Dinamarca, Alemanha, Holanda, Suecia, Republica Tcheca, Colombia e USA se se classificarem. Ta ai as tipas que eu gostaria de ver andando por POA..hehehehehe
Não faz sentido, um argentino sair de la, morando em Buenos Aires, ou proximo de Buenos Aires para ver…. Porto Alegre… haha
Porto Alegre precisa mudar muita coisa para isso dar certo, se não, só vai queimar o próprio filme, ae quando a cidade realmente mudar (la por 2099), vai ser dificil de tirar a fama.
Isso é um ERRO monstruoso que já vejo políticos repetirem continuamente, querendo que a Argentina joque em Porto Alegre na Copa de 2014.
Se isso acontecer, sem dúvida alguma teremos mais visitantes, mas quem virá, nesse caso, serão torcedores bate e volta, que chegaram via terrestre, ficarão o dia do jogo apenas e depois irão embora deixando um rastro de destruição, como uma orda de bárbaros.
Por favor sejam mais inteligentes, não precisamos de quantidade, mas de qualidade. Mandem a Argentina para Cuiabá ou Manaus e atraiam seleções europeias.