Vocês que acompanham o blog sabem da minha luta contra a plantação única e exclusiva de Jerivás que tomou conta da cidade: não existe empreendimento, praça, espaço vazio ou qualquer coisa que não seja brindado com algumas mudas de Jerivás. Repito à exaustão que palmeiras não dão sombra, como não marcam as estações. De como não se plantam mais em massa Jacarandás e outras árvores de porte.
Agora quero propor um contra ponto eu mesmo, e compartilhar como o uso de palmeiras, juntamente com o plantio de árvores, pode ser magnífico também.
Ao meu ver, o erro está na escolha do Jerivá, que não é assim nenhuma brastemp! Ele empresta um ar sergipano. O que precisamos são washingtonia robustas, tamareira das canárias e palmeiras majestosas.
Fênix, Arizona: magníficas avenidas!
San Jose, na California. Clique, a imagem é bem grande.
Abaixo uma Avenida em Cannes. OK OK Cannes. Hmmmmm… Que comparação, eu sei! Mas o que eu quero mostrar é como usando as espécies certas e plantando muitas palmeiras quase que coladas umas as outras em conjunto com um ajardinamento aos seus pés pode ficar magnífico! Posso imaginar esse paisagismo aplicado na orla de Ipanema, e na orla do Guaiba no trecho do Marinha do Brasil e até à volta do Gazômetro. Mas o que tenho visto ali é a plantação aleatória de Jerivás. Falta um projeto amplo, complexo, feito por paisagístas de renome, para coordenar o ajardinamento geral da cidade como um todo. A SMAM precisa de um plano profissional e ambicioso para isso.
Palmeiras podem e devem ser usadas, mas vamos usá-las com critério e bom gosto. Já temos Jerivás demais. (e não nos esqueçamos de plantar árvores também, pelo amor de deus!)
Clique para ampliar!
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Que ignorância! Como pode uma planta NATURAL DO RIO GRANDE DO SUL dar um”ar sergipano”? A escolha pelos jerivás não é ruim, trata-se de uma palmeira NATIVA, ao contrário das washingtonias, que apesar de belas são exóticas. Hoje em dia se faz com cautela o uso de espécies exóticas em paisagismo urbano.
Sobre a discussão de palmeiras versus árvores, saibam que palmeira não é árvore, uma não substitui a outra. Palmeira serve para ornamentar, criar eixos, como um elemento decorativo, já árvores possuem outras características.
Bah Rodrigo, chega desta bobagem de PLANTA NATIVA!!!! O mundo não é estático, plantas são levadas de continentes para continentes e disseminadas e acabam se tornando parte da paisagem com o tempo! Só porque é “nativa” tem que ser bonita e usada pra tudo, pelo amor de deus, me poupe né?
Esse é o grande problema. “Paisagismo urbano” virou “extensão forçada de reserva florestal” onde se prioriza a não-modificação num sistema natural (que na verdade NÃO EXISTE dentro das zona urbana fora morros e alguns poucos parques) em degradação do real sentido de arborizar uma cidade que é a estética e amenização da temperatura. Jerivás não cobrem nenhum dos dois itens, e convenhamos que árvores de lugares frios são muito mais belas que as nativas, com a transformação através das estações. Fora outro tópico que eu não quero me aprofundar, mas várias árvores que a SMAM classifica como nativas não são oriundas nem de regiões próximas da RMPOA. Parece que, pra eles, nativa significa ser de qualquer lugar mais quente de Porto Alegre (sim, plantam árvores tropicais, nada a ver com nosso clima, então o tal “ar sergipano” é uma verdade)
Post perfeito, nem tenho o que acrescentar.
Esses nossos jerivas sao muito feinhos….tem cara de palmeira de “pobre”.
prontofalei#
Exatamente!
O tópico devia ser NÃO USE PALMEIRAS.
grama aqui não da certo infelizmente, não dura muito em seguida a terra toma conta… basta olhar para se ter um exemplo a av. osvaldo aranha.. porque aqui no Brasil a manutenção praticamente não existe, a solução mais adequada para as cidades brasileiras seria algo que não necessitasse de reparos, cortes, e etc..
Acho que estas que sugeres não são nativas…
Mas sei lá, não sou fã dessa arquitetura pasteurizada com palmeiras. Gosto de vegetais mais floridos e tal.
O problema pelas fotos não são as palmeiras, e sim o acabamento das nossas ruas.
Isso devia ser feito nas ruas pra um melhor acabamento, mas não é: http://img.geocaching.com/cache/ec12ca76-ff14-4c3a-b08e-62503f396470.jpg
Um exemplo melhor: http://www.tippcityohio.gov/images/Uploaded%20files/Engineering/typical%20curb%20and%20walk.jpg
Concordo com vc. Este é o grande problema e que deixam as obras de PoA “apagadas”. Pavimento, meio-fio, ajardinamento, tudo peca pelo tosco acabamento.
Os jatos de água do Largo Glênio Peres ficaram bonitos, criativos, mas fica ofuscado pelo piso do entorno. E com o tempo a sujeira piora a situação.
Comparando com Curitiba, as vias públicas são tão “clean” enquanto que nossa PoA tão encardidinha…
Ar sergipano?
sim, paraíba,etc veja o comentário do GersonLondon abaixo.
http://goo.gl/maps/deLBL