Fernando Soares
Mesmo tendo dezembro de 2013 como prazo estabelecido para a implementação do sinal de internet 4G, Porto Alegre terá de driblar um obstáculo se quiser ter o serviço de forma eficaz. Isso porque a atual legislação municipal dificulta as operadoras de instalarem estações de radiobase. Para permitir a conexão ao sistema de velocidade superior ao 3G é necessário ampliar significativamente a quantidade de antenas para a emissão do sinal.
“Para o 4G é necessário quase que quadruplicar o número de antenas frente ao que existe hoje. E Porto Alegre é a cidade com a legislação mais rigorosa do Brasil em relação à instalação de estações radiobase. Se essa questão regulatória não for resolvida, vai ser difícil termos a implementação eficaz do 4G na Capital gaúcha”, acredita o presidente da Federação Brasileira de Telecomunicações (Febratel), Hélio Bampi, que esteve nesta quinta-feira na Capital para participar de um seminário promovido pela Fiergs com foco no setor.
Segundo Bampi, a legislação é um entrave que vai além do solo porto-alegrense e, por isso, precisa de uma regulamentação nacional. “Nessa modernização de tecnologia, é necessário criar uma lei nacional que desburocratize a implantação das estações radiobase. Se isso não for resolvido rapidamente, vamos ter um retardamento da implantação do 4G em Porto Alegre e em outras cidades”, afirma o presidente da Febratel. Para ele, seria ideal haver uma solução para o tema até o final do ano. Ele lembra que os ministérios das Comunicações e das Cidades já estão tratando o assunto com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
O número de antenas só não precisará ser maior porque as quatro executoras do serviço (Claro, Oi, TIM e Vivo) vão compartilhar a estrutura. “Essa tecnologia precisa antenas próximas umas das outras, a não mais de 300 metros de distância”, justifica João Bettoni, gerente da Anatel no Rio Grande do Sul.
Porto Alegre compõe a segunda leva de sedes da Copa do Mundo de 2014 que terão a tecnologia até 31 de dezembro de 2013, conforme a Anatel. Antes, em abril do próximo ano, as seis localidades que receberão a Copa das Confederações devem ter o sinal. Para os demais municípios com mais de 100 mil habitantes, a previsão de disponibilidade é 31 de dezembro de 2016. A qualidade da conexão 4G, porém, é uma incógnita na opinião de Edgar Serrano, presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Estado. “O 3G, que é o produto atual, funciona muito mal no Brasil. Fico preocupado em relação à qualidade do serviço a ser prestado”, menciona.
A indústria gaúcha já se mobiliza para lucrar com o 4G. Uma das contrapartidas impostas às operadoras que arremataram lotes no leilão da Anatel está no uso de equipamentos e tecnologias nacionais. Entre 2012 e 2014, 60% dos produtos e tecnologias utilizadas precisam ser produzidas internamente. Esse percentual sobe para 65% no biênio 2015 e 2016 e para 70%, entre 2017 e 2022.
Jornal do Comércio
Categorias:Ciência e Tecnologia, Telefonia Móvel
Células de 300m de raio?
Estão brincando não é?
– O que as operadoras querem realmente é meter a mão em dinheiro público para tornar seus custos de manutenção mais baixos. Sim a 4G é mais barata de manter.
– Estão usando ainda essa desculpa de falta de antenas para que não tenham mais que pagar aluguéis umas às as outras. O problema de afrouxar a legislação é transformar a cidade naqueles abacaxis de palitinhos das festas de antigamente. É um horror arquitetônico. A alternativa seria investir em ERB’s com maior potência de alcance, mas sobre isso as operadoras não querem falar.
– Basta fazer a 3G funcionar direito que não precisaríamos de 4G.
http://gigaom.com/2012/04/08/think-4g-is-10-times-faster-think-again/
Porto Alegre é demais…
Há varios estudos que correlacionam a instalação de antenas com incidência de câncer.A saúde da população vem em primeiro lugar.Tá certinha essa resistência!
Então vamos ficar sem celular, tv, internet…
Mas varios outros estudos contrariam esses…
Então o mundo inteiro vai ter câncer, menos Porto Alegre.
Em POA é problemático porque as operadoras querem botar antenas mais “espalhadas” (mais distantes uma das outras) porém com potência maior. E como aqui há uma restrição mais forte no que diz respeito a potência, acaba dando problema de cobertura e qualidade.
Agora, no 4G, pelo fato de precisar de mais antenas, teoricamente a potência de cada seria mais fraca, o que se confirmar irá reduzir o risco à população.
O problema é que proibiram de ter antenas proximas.
Isso é mentira. Não tem NENHUM estudo creditavel que relaciona uso do celular com câncer.
Cara…. As pessoas não pensam…. Tem muitas outras coisas que causam muito mais câncer e ninguém liga. Por exemplo, o corante da coca-cola, o qual já foi banido nos estados unidos.
E fora o câncer, temos um ambiente urbano insalubre, majoritariamente causado pelo diesel arcaico vendido no Brasil e que tem 10x mais enxofre que no resto do mundo.
Então, enquanto não legislamos sobre o mínimo e o concreto, qual o sentido de legislar sobre o imensurável e o abstrato?
Esse povo não sabe pensar.
Nova pesquisa mostra correlação entre casos de morte por câncer e localização das antenas de telefonia celular.
http://www.mreengenharia.com.br/tese_ufmg.php
Como eu disse, não tem nenhum estudo CREDITAVEL. Uma tese de doutorado que não é publicada em jornais internacionais e portanto não é avaliada pelos pares científicos, esta muito longe de servir de embasamento para algo tão importante.
Concordo quanto tu diz que temos outros agentes causadores de câncer (e que são comprovadamente causadores) que ainda não foram proibidos – modo conspiração on – por questões simplesmente comerciais. – modo conspiração off –
Agora simplesmente ignorar outros agentes (no caso, a radiação eletromagnética) porque ainda não se proibiu os comprovados é andar pra trás….
o 3g já é ruim e o 4g vai ser também, se sair.
Tenha paciencia…nao existe estudo agum serio que comprove o que estas dizendo….e uma absurdo….
Por que não se preocupam em instalar 3G?????? Pois 3G pra mim não existe aqui!!! E o 4G será para poucos, muito poucos!!!!
Bah, e eu to louco pra atualizar minha internet, esse 3g não é la grandes coisas… se bem que né… nossas operadoras de merd* não vendem um 3g de verdade, ja que eles aguentam bem mais do que o 1mb que vendem.
Se não mudar a legislação, não teremos 4G em Porto Alegre, temos de escolher; é simples assim. O que não pode é esse mundo de fantasia de certas pessoas que querem os fins (objetivos), mas não querem os meios (como chegar lá) – e isso vale para tudo.
Como tudo em Porto Alegre, enfrenta obstáculos. Isso é endêmico da cidade.