Dá para esperar algo lá no mirante, ou melhor, na BOCA Santa Teresa, em uma cidade que age assim ?

Esta semana este blog postou a matéria O ex-belvedere do Morro Santa Teresa, o mirante que Porto Alegre rejeita, pode ter fácil solução , em https://portoimagem.wordpress.com/2012/11/15/o-mirante-que-porto-alegre-rejeita-o-do-morro-santa-teresa-tem-solucao/

Mas, tristemente,  os atos que assistimos nesta cidade mostram somente o caminho contrário:



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114 respostas

  1. OK. Agora eu vejo mais de uma centena de comentários mas e ação, cadê? Eu me incluo nessa. Por que nao criar http://www.omorronaoedevoces.com.br?
    O fato aqui é que,
    1. Esses protestantes estao sendo levados pela emoção. Culpa de quem teve a ideia de fazer isso e ignorar eles. Primeiro se apresenta a solução pra eles, se deixa claro qual o papel dessas pessoas que estão lá, invadindo ou não.
    2. Se ouvesse alguem inteligente o suficiente do lado de cá, haveria como criar um meio termo melhor para a cidade, ao invés de simplesmente chamar uma população inteira de “contra”.

    • Quando eles dizem “O Morro é nosso”, isso te inclui, Maurício. É só ver os cartazes deles que dizem “O morro já tem dono: você!”. Então o correto, se vais criar um site, seria colocar o endereço como http://www.omorronaoenosso.com.br

      • Não, eles queriam dizer que o Morra era deles mesmo, da GENTALHA.

      • Marcelo, se o morro é do Mauricio então ele pode transitar por qualquer local público do morro a qualquer hora, não é? A resposta para essa pergunta é “sim” ou “não”? Se for não, eu acho que o morro não é dele.

        Agora, se ele quiser passar num shopping, ele pode fazer isso durante 16 horas do dia pelo menos.

        Qual dos dois locais ele poderia considerar mais “dele” portanto? O morro ou o shopping?

        Só para ficar claro: o “nosso” do “omorroenosso” não inclui a nós. Inclui apenas as pessoas que invadiram aquela área e querem assegurar a continuidade de seu estilo de vida insustentável. Ou melhor, sustentável pelo esforço dos outros.

  2. E todas as favelas que foram removidas e as pessoas foram para lugares melhores ? Nao faltam exemplos disso em Porto Alegre. Pra que tem que viver na favela?

    • Eu acho que faltam exemplos, sim. O único exemplo decente que conheço é a vila dos papeleiros, cujos moradores foram estabelecidos em casas decentes no mesmo local que se encontram.

      Lugares na extrema periferia do município, não são lugares melhores.

      Se queremos uma cidade segura, precisamos de uma cidade inclusiva.

      • Tu pode começar a inclusão acolhendo pessas da favela na tua residência. Não é difícil e garanto que tu não seria o primeiro a fazê-lo.

      • Eu não consigo entender isso de “ter que ficar onde estão”. Eu não tive condições financeiras de continuar morando na área onde moro e me mudei pra 12km de distância. Porque raios o invasor tem que ter direito de escolher onde vai ganhar uma casa? E DE GRAÇA! Sem ter feito nada por isso! Não se pode legalizar o ilegal… uma cidade ou país não evolui assim. É como disseram, deixem como está e em 50 anos teremos uma favela carioca tomando todo o morro. Aí nunca mais!

        • Senti um certo remorso pela falta de sensibilidade dos outros à sua remoção forçada de seu endereço anterior. Eu sinto muito por você ter se mudado sem vontade, mas nem por isso deixarei de ser solidário aos moradores do morro que ocuparam um local que no passado não interessava nem ao governo e nem às construtoras. Existe uma dívida histórica com essa população, que ficou há margem de políticas públicas por décadas. Veja bem, é uma visão estreita achar que as favelas são depósitos de zumbis – traficantes, viciados em drogas, ladrões.

          Tem muita gente que mora nelas e serve o seu café na Padre Chagas, faz a faxina na sua casa, registra as suas compras nos supermercados, entrega a sua pizza quentinha. Você gostaria que essas pessoas lhe atendessem de má vontade, justamente por terem de acordar mais cedo para viajar aos postos de trabalho? Eu quero mais é o padrão de vida aumente para as camadas mais pobres, reduzindo os índices de violência, arejando a economia (sim, é melhor que 500 pessoas comprem carros populares do que um único indivíduo comprando um iate).

          Sério, pensando em termos macroeconômicos, quem realmente ganha com a remoção desses “invasores”? Levando em conta de que esta terra foi invadida por europeus, pressionando os índios para áreas cada vez mais restritas, em certa instância somos todos invasores. Eu não ganho nada. Ganho o quê? Um mirantezinho bullshit com ares de Padre Chagas com um arranha-céu que vai dar muito lucro para uma construtora qualquer e meia dúzia de vereadores? É isso? Cadê o espírito liberal? Quem é contra a manutenção dos moradores do morro não pode se denominar liberal, na boa, isso é discurso caduco a la Arena.

          O morro é nosso sim, e quero que pobre tenha condições de melhorar de vida, de abrir um boteco no alto do morro com microcrédito, que receba treinamento, que a violência não seja colocada embaixo do tapete – que seja vencida de forma inteligente, liberal, capitalista no melhor sentido, no sentido que beneficia a nós todos, sem distinção, sem privilégios.

        • Bah, quanta bobagem. Nem perco meu tempo discutindo contra esses argumentos.

        • Isso se chama COITADISMO e impossível discutir com os coitadistas, aqueles que estão transformando a sociedade brasileira num inferno, onde certas pessoas conforme sua “condição social” tem mais direitos e, principalmente, mentos obrigações em relação ao resto da sociedade.

  3. É vamos aguardar mais uns 50 anos, até entrarmos em um acordo. Já vivemos o bastante e nada mudou mesmo. Por que a pressa? Nossos filhos talvez recomecem o debate, mas a gente pode pelo menos querer fazer com que o morro Santa Teresa não fique igual aqueles morros do Rio de Janeiro, quase impenetráveis, horríveis e cheio de necessidades. E os mais abastados procurem se encantar com as modernidades fantásticas e arquitetônicas das outras cidades (Que todos, sem exceções querem ver e usufruir) modernas, lindas e o resto deslumbra as saudosas malocas, puxadinhos, becos mas tudo bem pintadinho.

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