Louvo a presidente Dilma quando desonera o povo de pagar imposto dos eletrodomésticos, mas tirar o IPI dos carros de passeio é um erro. As medidas adotadas pelo nosso governo federal que cortam o Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF) e reduzem o Impostos sobre Produto Industrializados (IPI) para veículos novos, incentivam o crescimento das frotas nos municípios e a conseqüente paralisação das cidades, provocadas pelos grandes congestionamentos.
Embora essas iniciativas busquem combater os reflexos da crise econômica mundial de 2008-2009 no Brasil, elas também incrementam a indústria automotiva – que propaga a geração de empregos para os brasileiros. Alerto, no entanto, que esta não pode ser a única ou principal estratégia de geração e manutenção de emprego e renda no país. Esta política beneficia e incentiva as grandes empresas que são menos de 1% das iniciativas de empreendedorismo nacional e apesar de gerarem números importantes de vagas, não representam a maioria.
O país precisa assumir sua veia empreendedora, e reconhecer o papel das pequenas e micro empresas que saltaram de dois milhões de registros em 2007 para sete milhões em 2012. São números robustos que geram emprego, tributos e melhorias nas cidades, onde o impacto da redução do IPI é também mais intenso, uma vez que coloca mais carros nas ruas.
Além de concentrar esforços num modelo econômico não sustentável, a redução do IPI, por ser um imposto compartilhado, onde o município retém 22% da arrecadação, prejudica as prefeituras menos abastadas, que sofrem com a redução das verbas e pressão popular por melhorias no trânsito. Repito: tirar o IPI dos carros garante lucro apenas para poucas empresas. Sem contar que esses novos veículos serão jogados no nosso combalido trânsito em municípios com pouco poder de reação para grandes obras estruturais. Trata-se de um equívoco político e administrativo.
É óbvio que queremos incentivar o emprego. Mas por que não o estímulo de novas vagas em outras áreas? Na energia alternativa, por exemplo. Poderíamos ter carros circulando pelas cidades movidos a hidrogênio ou, até mesmo, energia solar. Ou quem sabe em pesquisas na área de saúde ou da tecnologia da informação?
O correto seria desonerar os componentes dos ônibus, aumentando as alíquotas dos impostos sobre carros de passeio, barateando o transporte coletivo ou até subsidiá-lo como faz a Argentina. Outra sugestão seria reduzir os impostos das bicicletas, uma medida, sem dúvidas, mais salutar.
Finalmente, no momento em que deveriam caminhar rapidamente para cidades verdes, limpas, com poupança de energia, optamos equivocadamente pelo automóvel. É hora de mudar este curso. E isto depende da mobilização da sociedade civil, especialmente dos que lutam pela sustentabilidade.
Adeli Sell – Vereador de Porto Alegre
Categorias:Artigos, Meios de Transporte / Trânsito
Bah só podia ser um vereador do PT,
Quantas besteiras disse o verador Adeli do PT,
Bom esperar o que dele !!!
Herança maldita dos 16 anos.
O pessoal do PT nunca gostou de automóvel mesmo,
Por isso que eles expulsaram a Ford do R.G. do Sul.
Enquanto isso,
Porto Alegre 1,4 milhão de habitantes e apenas 1 prédio com mais de 30 andares…kkk
Ah sim, então teu ideal é uma cidade hiper densa e cheia de automóveis? Socorro.
“”Ah sim, então teu ideal é uma cidade hiper densa e cheia de automóveis? Socorro.”””
Acho que isso e’ a DEFINICAO de “cidade”! nao e’ mesmo? Mas a pergunta e’; se vcs nao gostam de carros, e aparentemente nao toleram que ninguem use carros, prq vcs nao se mudam para o interior??? Aonde o uso de carros e’ mais restrito, tem menas gente, ninguem quer predios e todas as coisas que vcs odeiam???? Se carro e’ ruim, aglomeracao de gente e’ ruim, predios sao ruins e ruas largas e pavementadas nem pensar!!! Eu fico pensando, o prq vcs querem ainda viver em uma cidade???? Vcs tem que se odiar muito pra ficarem ai ainda!
Phil,
1- Definição de cidade, de acordo com o dicionário priberam: “Povoação que corresponde a uma categoria administrativa (em Portugal, superior a vila), geralmente caracterizada por um número elevado de habitantes, por elevada densidade populacional e por determinadas infra-estruturas, cuja maioria da população trabalha na indústria ou nos serviços.”. Viu só? Nenhuma menção a carros ou densidade mínima.
2- Já cansei de te explicar que ninguém aqui odeia carros. Ninguém odeia prédios. Se queres infantilmente dividir o mundo entre nós e eles, preto e o branco, fique a vontade.
E o interior tá cheio de carros também. Caxias bobear tá pior que POA. Valeu, dilma!
Nossa Felipx, que merda né, as pessoas podem comprar carros, esses malditos da classe C…
Classe c? Caxias é riquissima. Que preconceito com cidades do interior.
Para qual endereço posso enviar um artigo contraponto à este?
blog@portoimagem.com
Aguardo o texto.
Se não querem engarrafamentos, parem de fabricar e vender carros, pois até na Europa com transporte coletivo bom, (metro, tram(vlt), e ônibus) eu vi cidades atrolhadas de carros e engarrafadas também. Essa estória de que transporte coletivo bom, tira carro das ruas??? eu não acredito mais em Papai Noel!!
O que acontece é que transporte público bom te da liberdade de escolha. No Brasil a liberdade de escolha está entre comprar um carro caríssimo e ficar trancado no engarrafamento ou demorar 3 vezes o tempo esmagado dentro de um ônibus.
Em qualquer grande cidade europeia você cruza de ponta a ponta em mais ou menos uma hora de metrô, mesmo que a cidade tenha uns 8milhões. Agora experimente ir do Sarandi até o Cristal de ônibus para ver o tempo que dá. Essa situação obriga as pessoas a andarem de carro, trancando mais as ruas e deixando os carros ruins e caros.
Perfeito Pablo. Essa liberdade de escolha também aumenta as possibilidades da população, em termos de opções de ensino, trabalho, comércio e lazer. Quando você tem uma rede de transporte público decente, o empregador passa a ter um pool de potenciais empregados bem maior a seu alcance, ao mesmo tempo que o trabalhador tem mais oportunidades de emprego. É mais eficiente e é melhor pra todo mundo.
Exatamente! Imagine ter a liberdade de ir na melhor padaria de PoA em 15 ou 20 minutos? Ou onde tem feira livre com preços muito melhores? Ou ainda roupas da preferência de cada um?
Isso puxaria a qualidade e diminuiria o preço consideravelmente!
Mais um imbecil metido a machão só-quando-tá-na-internet banido.
Lembro a todos, mais uma vez, que esse blog tem comentários moderados.
a famosa bondade com o chapéu alheio
Ãhan, e o porto-alegrense “inteligente” escolheu o Fortunati que conseguiu inchar o setor público como a esquerda e desregular o setor privado, como a direita, juntando os defeitos dos dois lados.
Pablo não entendi a tua colocação “desregular o setor privado, como a direita” qual direita? Poderias explicar melhor?
Não sei se já divulguei essa notícia aqui…
“Indústria automobilística teve isenção de R$ 1 milhão por emprego criado”
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,industria-automobilistica-teve-isencao-de-r-1-milhao-por-emprego-criado-,894467,0.htm
Para constar: “A reportagem questionou insistentemente os Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) para comentar o assunto, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.”
Lembrando tambem que com a redução, os valores deveriam ter caido mais, e algumas montadoras sequer diminuíram o preço dos carros, o governo sabe disso e nada faz, ficou com cara de idiota, junto com a do povo brasileiro inteiro.
Vide a explicação do Adriel acima.
Uma coisa que podia ser discutida neste artigo: foi reduzido o IPI dos carros mas não houve desoneração do transporte público ou redução de IPI para bicicletas, patinetes e outros transportes alternativos.
Concordo com você Adeli. No meu ponto de vista simplesmente baixar o IPI para promover a indústria automobilistica é um movimento simplista e com resultados positivos no curto prazo, não é sustentável!
Considerando o contexto atual, julgo que o Transporte coletivo deveria ser a “bola da vez”.
Ta louco, isso é tirar onda com a cara do povo brasileiro, é ser um piadista falar isso.
Uma coisa é o lucro das empresas, que é um absurdo no Brasil, ai sim podemos criticar, mas achar bonito o povo pagar 30 mil reais num lixo inseguro como um Uno, ai é ter maldade na cabeça, não tem outra desculpa, mas querer manter impostos e os valores que ja são absurdos, chorar por que tentaram reduzir o preço dos carros por causa desse chororo de bicicletas e transporte publico?
Investe na porcaria do transporte publico, enquanto não tiver isso, não adianta chorar, o povo vai criar dividas até não poder mais pra ter seu lixo 1.0 que custa o preço de um Civic em qualquer outro pais.
O problema não é o incentivo aos carros, até por que isso não existe com os preços que se paga para ter um carro no Brasil, o problema é o governo não investir no transporte publico, é o governo aceitar o lucro das montadoras e quando toma uma prensa das grandes, diminui os impostos por que os importados que tem muito mais qualidade, pagam mais impostos conseguem chegar custando menos.
O governo tem o rabo preso, mas ninguem reclama disso né?
Não adianta, ficam de xororo, só reclamam de carros, por que não pedem algo justo para todos?
Não adianta chorar para deixarem os carros se não existe um transporte publico eficiente.
Chorem pra cima dos sindicatos, do governo corrupto que faz o que as montadoras mandam por que financiam eleições, reclamem dos impostos para qualquer produto, até para o transporte publico, reclamem do preço das passagens, ai sim…
Logo mais vamos pagar 100 mil reais por um Gol, Palio ou Uno e vai ter gente comemorando…. vão achar lindo, vão achar que estão salvando o mundo, enquanto isso, vai ter gente morrendo dentro dos onibus esmagado.
É muita paranoia, isso é tirar com a cara do povo brasileiro.
Carro tem que ser caro mesmo, o ruim é que não investem onde deve.
Ok, então, eu como uma pessoa que gosta de carro e não sou muito fã do transporte publico, por vontade própria, e por não ter o que fazer posso dizer que ja que devem aumentar os impostos para a passagem de onibus e as bicicletas, até por que quanto mais cara a passagem, melhor pra mim, ja que menos pessoas vão usar e mais conforto terei dentro do onibus.
Idiota isso, não?
Ja pagamos absurdos por um carro, o correto não é aumentar mais ainda o preço, alias, deveriamos ter preços justos, ou, ao menos ter os carros com os preços atuais, mas com qualidade…. o certo mesmo era o transporte publico ter qualidade, mais opções, conforto e um preço justo.
Acontece que ter carro deve ser um luxo mesmo, pois o excesso de uso é danoso para nossas cidades, pois gera congestionamento e poluição. Só isso. Se queres tê-lo, pode, mas tens que pagar pelo impacto.
Que se coloque pedágios, parquimetros, então… ou melhor, que se tire os estacionamentos públicos das ruas, assim sobra mais espaço para circulação de automóveis e já gera um desincentivo para as pessoas usarem transporte privado.
Pega o exemplo da Lima e Silva… está sempre congestionada pq permitem estacionar nos 2 lados em boa parte da sua extensão. Até mesmo nos gargalos da rua é possível estacionar em ao menos um lado. Se proibissem o estacionamento nestes lugares, ela poderia ter 2 pistas em toda a extensão desafogando o trânsito. E o mesmo vale para todas as demais ruas e avenidas.
Acho que vão proibir estacionamento num lado para fazer ciclofaixa.
Não sei o caso específico da cidade baixa, mas em geral botar mais pistas só resolve o problema até certo nível. Isso por que depois disso o problema começa a ser outros gargalos, como cruzamento com outra via muito movimentada, afunilamento das alternativas de rota, etc.
Concordo no geral… mas no início onde ele diz que a redução do IPI causa “paralisação das cidades” é errado. Comprar e ter carro não paralisa as cidades, o que paralisa as cidades é andar de carro é isso está intimamente ligado com o nosso péssimo transporte público.
Mas compra carro pra que, se não é para andar e assim causar engarrafamentos?
Melhorar substancialmente o transporte público te impede de andar de carro?
O que é complicado é querer usar carro para tudo, até comprar pão na esquina. Com um transporte público bom as pessoas poderiam usar o carro apenas para passear, por exemplo.
É só olhar o caso de cidades que eram conhecidas como “capitais do ciclismo”, como Osório, por exemplo. Era bonito de se ver, motoristas respeitavam os ciclistas de forma impressionante. Nem parecia Brasil.
Agora, com carro mais barato, a cidade “engarrafou”: os moradores fazem exatamente o que o Felipe comentou: vão na padaria comprar pão de carro, fazem tudo de carro!
E o tamanho da cidade continua o mesmo….
Viajou um pouco demais nos carros de hidrogênio, mas tem razão na idéia geral.
O governo faz isto pq reduzir 0,5% no imposto de toda a economia, apesar de ter as mesmas consequências econômicas, não é tão visível quanto diminuir 10% no imposto de 1 setor só. Marketing puro!
Bem, na verdade reduzir em um setor só é muito mais danoso para a economia pois como a demanda cresce muito rápido, não dá tempo e nem há muitos incentivos para aumentar a produção (já que é temporário) e no fim das contas a redução não é transferida toda para o consumidor. Vira lucro das montadoras “nacionais”.