Terminal BRT do Cristal terá estrutura em folha coroa

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A partir de maio de 2014, deverá estar em funcionamento em Porto Alegre o sistema de circulação expressa Bus Rapid Transit, iniciativa da prefeitura local. O BRT será instalado nos já existentes corredores de ônibus, os veículos serão gradualmente substituídos por modelo apropriado às plataformas baixas de embarque e desembarque. Responsável pelo projeto, o escritório Debiagi Arquitetos foi encarregado da concepção de seis terminais, que somam cerca de 71 mil metros quadrados e são capazes de atender 130 mil usuários por dia, além de 52 estações. Estas serão conformadas por pares de módulos, com 12 x 2,5 metros de área de projeção cada, perfazendo a extensão de um ônibus articulado, mas passiveis de crescimento conforme a demanda.

Na primeira etapa de implantação, as estações serão cobertas e fechadas com vidro apenas na parte posterior, a fim de receber qualquer tipo de ônibus. Já na fase seguinte, será acoplado um terceiro módulo, dotado de bilheteria, catracas e sanitário, e o fechamento envidraçado contemplara todo o perímetro, instalando-se então portas automáticas. Por fim, na terceira etapa, será implantado o sistema de climatização.

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O principal terminal do sistema é o Cristal, concebido para terreno de 12 mil metros quadrados. Sua localização em área bastante aberta da região sul da cidade (Hipódromo do Cristal) permitiu “criar uma estrutura alta e esbelta, com formato que, visto de cima, lembra uma folha de árvore”, comenta o arquiteto Jorge Debiagi, autor do projeto. São duas superfícies curvas de grandes dimensões, totalizando 180 metros de extensão e alturas distintas (15 e 20 metros), consideradas adequadas ventilação generosa.

Essa cobertura é constituída por telhas de aço galvanizado, sobre as quais há uma manta de politetrafluoretileno (PTFE), tecido translúcido importado, capaz de repelir a sujeira graças a um sistema ionizada – razão de sua ampla utilização nas coberturas de ginásios e estádios de futebol. O conjunto suportado por pilares de concreto armado de distintas alturas, formando reticula de 12 x 16 metros e com coroamento metálico em forma de árvore, que permite a diminuição do vão das estruturas.

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O projeto do terminal Manoel Elias prevê um nível de industrialização maior do que o do Cristal. Para o terreno de 12 mil metros quadrados e formato trapezoidal, o arquiteto propôs uma grande superfície coberta, constituída por sete plataformas com 66 metros de extensão e seis metros de largura, acopladas umas as outras. A geratriz é uma peba composta basicamente por um pilar cô­nico metálico com coroamento luminoso, para assegurar o destaque especial ao conjunto, e por uma cobertura arqueada, também constituída pela membrana de PTFE. Uma plataforma de maior largu­ra abriga todos os serviços de apoio, enquanto uma passarela metálica faz a transposição da Avenida Potásio Alves para o terminal.

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Ficha Técnica

Sistema BRT e terminais de integração
Local: Porto Alegre, RS
Data do início do projeto: 2010
Área construída:12.000 m² (Terminal Cristal); – 12.000 m²
(Terminal Manoel Elias); 18,000 m² (Terminal Salgado Filho)
Arquitetura: Debiagi Arquitetos -Jorge Decker Debiagi (autor);
Clarice Castro Debiagi (coordenadora), Patricia Berenstein,
Joana Giugliani, Rodrigo Baialardy, Mauricio Fortes, Gabriela
Saur e Samille Machado (equipe)

Reportagem: Ledy Valporto Leal

Revista Projeto Design – 8 de Fevereiro de 2013

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Categorias:BRT, COPA 2014, Obras da Copa 2014

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32 respostas

  1. Outra da hauptbahnhof http://mevoyaeuropa.com.ar/wp-content/uploads/2010/09/berlin-innen-1.jpg

    Ps: a foto de cima ficou com o link cortado, copiar e colar.

  2. Berlin mandou beijos

  3. Projeto muito mal pensado. Onde está um amplo espaço reservado para os mendigos e drogados? Também não há uma paredezinha sequer para os nossos artistas notívagos picharem. Muito antidemocrático esse projeo. Menos mal que tudo nao passa de rênder.

  4. Vão criar uma parada fechada de vidro mas sem ar condicionado? Isso não faz sentido. Por essas que se pode analisar a seriedade e a competência de quem está planejando a licitação. É ÓBVIO que as pessoas simplesmente não suportarão ficar dentro dessas paradas entre outubro e maio. Isso considerando que a tal 3a etapa realmente ocorra, o que nunca se tem certeza aqui no Brasil.

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