Impasse entre Prefeitura e Iguatemi (atualizado)

iguatemi-poa-expansão-01O projeto de expansão do Shopping Iguatemi corre sérios riscos.

O impasse reside nas contrapartidas exigidas pela prefeitura ao Iguatemi para que quase duplique sua área bruta locável até 2014. O maior problema nas contrapartidas é o prolongamento da Av. Anita Garibaldi no valor de R$ 9 milhões. Também outros alargamentos de ruas próximas e até desapropriação de parte do Country Club.

O Iguatemi não se pronuncia, reinando o silêncio.

Mais informações em breve.

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Informações do dia 02/03/2013:

Após ver a informação sobre as queixas de empresários sobre a necessidade de contrapartidas na obra de ampliação do Iguatemi  e outras na Capital, o procurador-geral do município de Porto Alegre, João Batista Linck Figueira, enviou nota à coluna da Maria Izabel Hammes. Segundo Figueira, no caso do Iguatemi existe um termo de compromisso de 2007 em vigor, “no qual eles se comprometem a fazer o prolongamento da Anita (a Rua Anita Garibaldi até a João Wallig)”.

Conforme o procurador, em setembro de 2010 o shopping requereu que a obra da Anita não fosse executada, apesar da existência do termo. “É isso que está sendo chamado de obstáculos impostos pela PGM. Ou seja, o cumprimento de algo já ajustado”, diz Figueira.

Na nota, o procurador afirma que “a questão, portanto, não é ‘pedágio’ para construir em Porto Alegre, muito menos excesso de compensações. Trata-se, isso sim, de responsabilidade com o processo de aprovação que precisa ser motivado, olhar o entorno, responder para os cidadãos como se resolve o impasse de circulação já existente àquele entorno, que é sabidamente conturbado”.

Para além do caso do shopping, acrescenta que “a mitigação não é negociável, pois implica minimizar a oneração de um sistema que será afetado pelo empreendimento”.



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44 respostas

  1. Deveria ser uma exigência da prefeitura essas melhorias

  2. Qual é o limite da contrapartida? A Prefeitura também não deveria dar uma contrapartida? Talvez as contrapartidas sejam realmente pedágios. Talvez as contrapartidas estejam muito elevadas e se tornem extorsão. Talvez as contrapartidas sejam incompetência de órgãos públicos ou falta de planejamento.
    Porque para o Arena não houve contrapartidas do empreendedor, com abertura ou alargamento de ruas ou até asfaltamento de ruas totalmente esburacadas, já que lá o foco era mobilidade?
    Há pouco tempo atrás estava para sair o Shopping Alto Norte na Assis Brasil, junto ao Shopping Lindóia. Havia uma serie de contrapartidas a serem dadas pelo empreendedor: mais um trecho da terceira pista da Assis Brasil, abertura de duas ou três ruas que contornavam o Shopping, prolongamento da Av do Forte até a Rua Ouro Preto (cerca de 100 metros), dentre outras. O shopping não saiu e parece que aqueles 100 metros de uma rua essencial para o transito da região nunca sairá do papel. Tem algumas ações da prefeitura que não dá para entender. Se o Shopping demorar 15 anos para ser construído, vamos esperar 15 anos para que aqueles 100 metros de rua seja feito.
    A Av. Grécia foi feita toda pela iniciativa privada, parte do Carrefour e maior parte pelo Zaffari. Houve um problema na desapropriação do terreno da fabrica da Taurus e até hoje a “contrapartida” da Prefeitura não ocorreu. Esta lá a Av. Grécia, uma obra de R$ 8 milhões, feita totalmente pela iniciativa privada, inacabada, dezenas de sinaleiras desligadas, e todo o sistema viário incompleto.
    Nos últimos 4 anos, devido ao boom imobiliário, surgiram milhares de apartamentos, com valores de mercado bem acima da média venal dos imóveis antigos, como conseqüência a arrecadação da prefeitura com o IPTU deve ter sido desproporcional. Onde esta a contrapartida da Prefeitura, para todo o imposto que esta sendo agregado, já que não percebo obras estruturais. (não confundir com obras da Copa com outra rubrica).
    Não sou contrário as compensações e mitigações, porém deve ter um meio termo. A cidade não pode depender só delas. O planejamento da cidade não pode se apoiar em contrapartidas da iniciativa privada.

  3. Se bobear, com 1 mês do valor do estacionamento (quiçá menos) eles pagariam essa obra de 9 mi.
    Vocês acham que eles vão deixar o Barra ser o maior shopping de poa? Esse status também gera lucro.

  4. É, só em Porto Alegre mesmo, vão fazer uma baita obra, gerar milhares de empregos, muita grana em impostos, e ainda assim precisam pagar pelo que a prefeitura deveria fazer.

    hahaha

    Ou proibe de fazer, ou deixa fazer, não deveria ter meio termo, até por que duplicar uma ruazinha qualquer não vai mudar em NADA.

    • Caro Guilherme
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      Vamos colocar os devidos pingos nos is.
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      Primeiro estruturas centralizadas de comércio como grandes shoppings NÃO SÃO ESTRUTURAS GERADORAS DE EMPREGO! É só fazeres uma análise macro. Se o volume de vendas na cidade cresce um pouco acima da inflação, com o PIB da cidade, e nos shoppings há um aumento de vendas bem acima deste PIB, é simplesmente porque em outros lugares não está se vendendo.
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      Segundo, grandes estruturas como shoppings e supermercados são estruturas EMINENTEMENTE ECONOMIZADORAS DE CUSTO DE MÃO DE OBRA, isto é o princípio delas.
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      Terceiro, para a cidade a implementação de Shoppings é um tremendo mau negócio (coisa que os brilhantes administradores desconhecem), pois há uma troca de qualidade em termos de tipo de negócio. Enquanto o comércio descentralizado é caracterizado por proprietários locais, que compram e vendem na cidade, e deixam seus lucros por aqui, os grandes shoppings são dominados por redes nacionais ou internacionais (vide Zara, por exemplo) que compram nacionalmente ou mesmo internacionalmente em centrais de compras localizadas fora da cidade, levando estes empregos e todo o retorno destes para fora da cidade, logo torna-se um péssimo negócio para ela.
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      Quarto, além de todos os malefícios citados, se por ganho de escala houvesse para o consumidor uma transferência desta economia ao preço dos produtos ainda poder-se-ia imaginar que os shoppings trazem algum benefício para alguém, mas todos estão cansados de saber que os preços dos shoppings são bem maiores que preços fora do shopping.
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      Quinto, que o processo de concentração do comércio em shoppings leva que os lucros obtidos no aluguel e na comercialização fique concentrado nas poucas administradoras destes, levando a uma concentração maior de riquezas.
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      Sexto e último, enquanto continuar duas mentalidades nesta cidade, a de concentração do comércio e a total desindustrialização da mesma, processo que já começou há muito tempo, vide
      http://revistas.fee.tche.br/index.php/ensaios/article/viewFile/1167/1525
      Porto Alegre vai crescer como cola de Cavalo, e depois todos ficam pensando que edifícios altos, viadutos baixos e metrôs ainda mais baixos vão resolver um problema estrutural que existe nesta cidade, discutindo-se somente a importância dos cortes das árvores, das ciclovias e nada sobre o emprego.

      • E isso tudo teria que tipo de mudança, duplicando ou não uma ou duas ruas na area do shopping?

        Lembrando que qualquer grande rede de lojas e marcas, ficando ou não num shopping, de qualquer forma o dinheiro vai pra fora, vai para os donos da marca/rede.

        Isso só vale para empreendimentos locais, muitos deles pequenos, mas com o preço do metro quadrado nessa região, ninguem iria se prestar a abrir um mini mercado por esses lados, sem contar que a população prefere ir aos shoppings, com ar e segurança.
        Não adianta tentar acabar com as coisas pra evitar que a população não va, se é a preferencia do povo.

        Os shoppings pagam impostos para a cidade e o estado, ja é uma arrecadação, e economizando ou não, pelo tamanho, são milhares de empregos.

      • Guilherme meu caro.
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        Procure ler com mais cuidado os conceitos acima emitidos. Estou falando numa visão macro e não em nível de lojas de marca ou mini-mercados. O que coloquei podes mostrar para algum economista e ele confirmará o que está escrito.
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        Moras numa cidade e queres que ela progrida, os impostos que os shoppings pagam a cidade e o estado continuarão recebendo, pois as pessoas vão gastar de uma forma e outra os seus salários, logo shoppings não aumentam arrecadação (talvez diminuam um pouco a sonegação), mas o que estou falando é sobre todas as atividades e os chamados empregos indiretos que os shoppings diminuem.
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        Para ficar mais simples para ti vou colocar um exemplo, lojas ZARA:
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        Se olhares nas etiquetas das roupas das lojas Zara (eu fiz isto!!!), verás que 90% dos produtos vem de outros países, Tailândia, Vietnam, Portugal, Índia, etc..
        Se olhares o número de empregados por metro quadrado verás que é no mínimo três a quatro vezes menor do que qualquer loja média de comércio local.
        Se procurares saber o salário médio destes poucos empregados que dispõe esta loja e cotejá-los com o salário médio, mais o pro-labore do proprietário (que é um salário) verás que é muito menor.
        Se olhares os preços dessas roupas importadas dos países que lhes deram origem, verás que talvez o preço de venda atinja no mínimo 10 vezes o preço de compra.
        Se perguntares a alguém a onde são feitas as compras desta instituição comercial, verás que não é em Porto Alegre.
        Se perguntares quem é o proprietário das lojas Zara, provavelmente algum funcionário te dará respostas vagas sobre o dono do tipo, é uma rede Espanhola, ou seja, não sabem.
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        Agora se tudo isto é compensado para ti pela a possibilidade de comprar uma roupa de marca (fabricada na Tailândia!!!), e se a maioria da cidade de Porto Alegre pensar desta mesma maneira, realmente, merecem.

      • Eu to me lixando o que você (Rogério M) pensa ser melhor para a cidade ou que vai gerar mais ou menos emprego.
        A questão aqui é há uma demanda por comércio centralizado que eles estão tentando suprir de forma legítima! Se é necessário ou não contrapartida isto é outra história, teria de estudar para saber como acontece em outros lugares do mundo.

        Gerar PIB é um argumento que não vem ao caso pois PIB não mede a qualidade do que é investido. Dá para ter PIB grande só cavando e depois tapando os mesmos buracos ou fazendo trabalhos burocráticos, sem nada produzir. O que interessa é se o que está sendo produzido presta ou são apenas “malinvestments”. E para mim, forçar o mercado a fazer algo que a demanda é menor (espalhar o comércio), é indicativo forte de malinvestment.

        Comércio unificado aumenta o conforto, segurança e diminui os deslocamentos.

        Realmente construir algo não significa que estará gerando emprego novo pois este dinheiro se fosse investido em outras áreas também estaria gerando os mesmos “benefícios”. A questão é qual dos investimentos trás maior retorno a sociedade? Normalmente o que há maior demanda e o que os empresários estão correndo para investir seu dinheiro.

      • Caro Adriel.
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        Foste me criticar e apresentaste exatamente um reforço ao meu argumento. Falaste da falácia do PIB, que até certo ponto concordo, mas falaste também da qualidade dos investimentos e da diminuição de deslocamentos.
        Agora vamos a uma pequena crítica a tua abordagem.
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        Como vários economistas modernos há uma confusão entre as soluções micro e soluções macro. Na tua crítica olhas pelo lado micro do investimento, o investimento do empresário e na minha estou interessado na macroeconomia da cidade. Plagiando um pouco o teu desaforo estou pouco me lixando para como o empresário vai maximizar seus lucros, se ele tiver lucros para mim já basta. Estou mais interessado como a cidade pode maximizar o seu desenvolvimento, e este desenvolvimento estou falando de forma qualitativa e quantitativa, ou seja, considerando a melhoria de qualidade de vida da população.
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        Noções como a apresentada por ti, que o importante é a maximização dos lucros do investidor, são um dos motivos da crise sistêmica que passamos nos dias de hoje. Tanto se enviou fábricas para a China, para diminuir os custos de produção, que se gerou um exército de desempregados na Europa e uma queda do nível salarial nos Estados Unidos. Está ficando mais claro a cada dia que o melhor para o lucro das empresas está muitas vezes longe do melhor para os países.
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        Parece que confundes o maior lucro para a sociedade num investimento privado com o maior lucro para o empreendedor. A construção de um shopping aumenta o número de empregos temporários numa cidade a curto prazo, e mata muitos empregos permanentes a longo prazo, é este o ponto.
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        Quanto a mobilidade parece que não leste o post do Gilberto, a questão é diminuir os deslocamentos, e não sei como que um forte comércio local descentralizado, que permita as pessoas satisfazerem grande parte de suas compras perto de suas residências, possa piorar as condições de tráfego, não sei como grande parte dos compradores se deslocando para um só lugar pode economizar deslocamentos.
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        Outra coisa, quanto a demanda por comércio localizado, não sei se é a realidade atual da cidade, se observares bem, dezenas de grandes lojas estão aparecendo na cidade, estas sim uma evolução ao pequeno comércio local.
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        Quanto a grandes cidades, posso dizer que das poucas que conheço na Europa, não há esta concentração de grandes shoppings, na França, por exemplo há as chamadas zonas industriais, que em zonas periféricas das cidades concentram comércio de baixo preço.

      • Perfeito Rogerio, precisamos adensar em outros locais, não dá para uma cidade de 1,5 milhão de habitantes ter todos shoppings em uma região. Se querem fazer isso, vai ter impacto na infra e requer compensação.

      • “A construção de um shopping aumenta o número de empregos temporários numa cidade a curto prazo, e mata muitos empregos permanentes a longo prazo, é este o ponto.”

        Errado, é quanto a esta falácia que eu bati na minha primeira resposta.
        A construção de um shopping apenas migra o emprego. Mesmo que no longo prazo o somatório seja negativo, isto não quer dizer que seja ruim.

        Há uma teoria econômica que diz que o desemprego SEMPRE tenderá a zero pois sempre haverá alguém oferecendo sua mão de obra por um salário cujo valor acabará chegando a um ponto que haverá empregador. Claro que isto só funcionaria perfeitamente se não houvesse salário mínimo.

        Ou seja, mesmo que o shopping crie menos empregos do que destruiu, as pessoas oferecerão sua mão de obra em outros lugares, é assim que sempre funcionou. Desemprego é um sintoma de excesso de leis trabalhistas, e não de progresso.

        O ponto aqui é que centros de compras grandes são mais interessantes para os consumidores. Em Pelotas todo mundo reclamava que o BIG tiraria emprego dos mercadinhos… não só a maior parte dos mercadinhos continuam existindo hoje, como a construção dele deu um UP geral naquela região da cidade, aumentou a concorrência entre os supermercados, qualificou o setor, melhorou o atendimento, facilitou para o consumidor encontrar produtos diversificados,… hoje em dia ninguém fala mais sobre os “problemas do BIG”. O seu argumento me lembra muito ao dos xiitas que se opunham a contrução dele, anos atrás.

      • Falaste da concentração…

        Realmente seria mais interessante espalhar os shoppings pela cidade. Eu acredito que está começando a faltar área física para isto ou a legislação está barrando. Ainda temos vários bairros sem centros comerciais relevantes. A expansão do Iguatemi vejo mais como um sintoma do que como um problema em si.

        Quanto a França. Posso falar sobre o que achei de Paris.
        Primeiro, lembremos que é uma das cidades mais caras da Europa.
        Quando a visitei como muchileiro (sem carro), me lembro que a única coisa que encontrei no centro da cidade foram mercadinhos pequenos últrafaturados. Tudo absurdamente caro. Não precisa ser nenhum gênio para deduzir que os Franceses devem ter criado uma lei para proibir comércios grandes ao menos no centro da cidade, o que poderia baixar o custo. Este tipo de lei é um dos responsáveis pelo alto custo de vida da cidade. Aqui felizmente temos um Zaffari no centro.

      • “Desemprego é um sintoma de excesso de leis trabalhistas, e não de progresso.” – isso é a coisa mais absurda que já li. Os EUA de hoje que o digam. Poderia desenvolver tua idéia?

      • Dei uma pesquisada e não há consenso nessa relação entre desregulamentação e redução de desemprego. O que parece ser consenso é que em países que fizeram isso a desigualdade aumentou e muito, como nos EUA e Inglaterra.

      • Caro Adriel
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        Esta tua teoria do ajuste do salário evitando o desemprego sem a intervenção do estado NUNCA funcionou, somente há uma aproximação natural de taxas de desemprego quando ocorrem pontos singulares na economia de uma nação como guerras, emigração excessiva e outras situações temporárias.
        Já há muito tempo sabe-se que não é assim, mas numa situação também singular, os de pensamento liberal pensaram em desonerar a produção baixando salários, o que foi feito em toda a Europa, e deu no que deu.

      • Felipe.
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        Na realidade quando há uma desregulamentação o desemprego diminui até determinado ponto, mas ao mesmo tempo a massa salarial diminuiu seu peso em relação aos ganhos de capital, criando uma tendência de diminuição na economia por falta de consumo, ou seja diminui o consumo dos assalariados que não é compensado pelo consumo dos detentores do capital (por mais ricos que fiquem os ricos eles não vão consumir mais batatas, cebolas e outros produtos básicos).
        .
        isto se vê claro na reação da economia aos problemas de crise de hoje em dia, todos os países que adotaram política de rigidez nos gastos aumentaram a sua crise, já países como o Estados Unidos, que aumentou os gastos públicos a economia reagiu (as custas do endividamento e emissão de moeda não lastreada).

      • Sim, quanto mais difícil é contratar e demitir, maior o desemprego, isto é lógico. Dinamarca mesmo com todos os impostos há pouca regulamentação trabalhista e baixo desemprego.

        Salário mínimo significa o mínimo que uma pessoa poderá oferecer sua mão de obra em troca de um emprego mais estável. O que ocorre é que quem não consegue produzir até este valor (jovens e pessoas inexperientes ou de baixa qualificação) acaba ficando a margem da sociedade, ou desempregado ou vivendo de bico. No entanto, infelizmente bico aqui no Brasil é contado como emprego segundo o IBGE, diferentemente do DIEESE, por isto a diferença gritante entre os índices:
        http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1471

        A taxa de desemprego do Brasil, tirando a maquiagem, quase sempre foi superior a dos EUA e Europa.

        Você me perguntou o que as regulamentações influenciam no emprego. Eu respondo: a minha irmã adoraria contratar um funcionário extra para a farmácia dela. Eu aposto que quase todos os que hoje estão desempregados aceitariam trabalhar lá inicialmente por menos de um salário para adquirir experiência e depois que estiver rendendo mais poder pedir melhor salário. No entanto, as leis proíbem isto. Ela teria que arcar com o prejuízo nos primeiros meses de ter de ensinar este funcionário e depois correr o risco dele se mandar quando já tiver aprendido.

      • Felipe X, quanto ao seu argumento da desigualdade nos EUA que tem “aumentado”, veja este vídeo por favor:

      • Adriel, a frase “melhora no atendimento” e a palavra “BIG” (sobre a marca de hipermercado) não combinam!

      • kkk, pior que tens razão, o atendimento do BIG e Nacional costuma ser uma droga.
        Mas no interior, onde não há Zaffari, a referência já costuma ser baixa então, qualquer coisa que incentive a concorrência já está valendo. Mas acho que o BIG de Pelotas até que não é dos piores…

    • *mochileiro

      Continuando. Falar que importar prejudica a economia também é outra grande falácia. Para importar mais, primeiro é necessário ter exportado mais pois é com este dinheiro que as importações serão pagas.

      Importar mais faz o dolar ficar mais caro, o que acaba incentivando as exportações e no médio prazo se equilibrando.

      Ou seja, importar e exportar é um processo de substituição da aquisição direta de produtos nacionais onde exportamos o que somos mais competitivos e importamos o que somos menos competentes em produzir. Na média, com dolar flutuante (o que hoje em dia não é mais por causa das intervenções do BC) as importações e exportações tendem a se equilibrar. O emprego nacional perdido com as importações é compensado pelo crescimento do emprego nas exportações.

      No final, o país ganha em produtividade e competitividade em comparação com um país fechado.

      • Adriel
        Outro erro, Portugal durante centenas de anos teve esta relação de troca com a Inglaterra, vendiam produtos primários e importavam industrializados, consequência a grande potência do século XIV ao século XVIII, tornou-se o país mais pobre da Europa.
        .
        Mas tudo isto são discussões econômicas que poderíamos ficar semanas discutindo e no fim o Simon nos expulsaria por excesso de chatisse.

      • Rogério, você é keynesiano, eu não vou perder meu tempo discutindo com quem acredita que inflação e outros estímulos governamentais como por exemplo crédito fácil é bom no longo prazo. O futuro uma hora chega e a bonança acaba.
        O problema é que depois, ao invés de reconhecer os erros, ficam colocando a culpa nos liberais feios e bobos que deixaram a bolha estourar ao cortar gastos, reduzir a inflação ou os incentivos ao crédito, quando a coisa já estava mais do que insustentável.

        Vou deixar aqui um texto só para não me acusarem de ad hominem, mas infelizmente sei que não lerás, ou se ler, não vai adiantar nada pq a fé é maior do que os fatos:
        http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1527

  5. Acho que não corre risco e a contrapartida não é em relação a esta obra, há 2 anos eles já deveriam ter executado conforme li hoje na ZH.

  6. Considerando os valores dos imóveis que vão construir ali, acho que estão tentando criar barulho na mídia para pagar menos.

  7. Façam mais ou menos como ocorreu com o JK Iguatemi de São Paulo! Desculpem as msgs a conta gotas, que to com sono e as idéias nao vieram de uma vez…

    • Felipe.
      .
      São Paulo não é exemplo para nada em termos de planejamento Urbano. Não conheço muito bem, mas acho que pior do que São Paulo, em matéria de Urbanismo somente a cidade do México.

  8. Faz a obra e depois toca pressão, simples! Vão ter que liberar o funcionamento, principalmente pela arrecadação gerada e pelos empregos a mais !!!

  9. Não é possível que as duas partes nao possam chegar a um bom acordo sem que tenha que ser modificado o projeto de expansão!!!

  10. Putz grila, e agora meus caros?!?!? Será que fud.??? O Fortunati, vamos negociar ai vai …

  11. Se for pra gastar tudo isso em contrapartida (que na verdade eu não acho algo tão ruim), que, no mínimo, gastem de forma inteligente, e não nessas obras baseadas em planos diretores defasados de décadas atrás.

    • VOP.
      .
      Na realidade o que ocorre é que o chamado plano diretor dos nossos dias, não é plano diretor, é algo que em função da necessidade de caixa da prefeitura, e de outras caixas, que não declinaremos aqui (o nosso setor jurídico não é tão forte!), que permite qualquer coisa em qualquer lugar.
      .
      Com este plano o desenvolvimento urbanístico vai se concentrando em lugares específicos em que o mercado já está montado, fazendo com que as construtoras concentrem seus lançamentos em determinadas regiões.

  12. Essas contrapartidas já viraram extorsão:

    – Oh, só pode investir nessa cidade se você fizer obras públicas (que já deveríamos ter feito, mas fomos incompetentes ou não tinhamos dinheiro para isso).

    • Claro, O impacto do adensamento absurdo daquela região nós que paguemos, mas o lucro é privado. Há outras regiões mais carentes de investimentos que terão menos contrapartidas.

      • Nada mais justo, se o investimento é privado, o lucro será privado. Mas não será só privado, já que é parte desse lucro será desviado para sustentar a máquina do Estado.

        Investimentos em obras públicas devem ser feitos com recursos públicos, que advem de em grande parte de impostos cobrados sobre esses empreedimentos privados. Essa é a funçao do estado. Se é para a iniciativa privada construir ruas e praças, melhor extinguir o Estado.

      • Extinguir o estado? Nossa, essa foi extrema. A prefeitura pode muito bem julgar que é de interesse público estimular os investimentos em outra área, só quis dizer isso.

      • Julião.
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        Talvez o que a maioria não entenda é que muitas vezes a densificação de determinadas regiões geram a necessidade de criação de macro-estruturas publicas que ultrapassam em muito ao investimento localizado, vamos a exemplos.
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        Quando se densifica determinadas áreas a retificação de vias de transporte próximas ao empreendimento simplesmente transferem os problemas viários para zonas um pouca mais distantes, pois com esta atração que se cria para esta área estimula o tráfego de zonas mais distantes para um mesmo ponto. Por exemplo se tivéssemos shoppings médios ou até grandes em outras áreas pessoas que moram nestas áreas fariam suas compras próximo a sua moradia não necessitando se deslocar.
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        O Gilberto postou algum tempo um magistral texto denominado, Por quê a construção de mais vias não alivia os congestionamentos, que com algumas modificações poderia demonstrar o problema da “geração de trânsito”. Sugiram que leiam para compreender parte de minhas críticas
        https://portoimagem.wordpress.com/2013/02/20/por-que-a-construcao-de-mais-vias-nao-alivia-os-congestionamentos/

        Outro exemplo, para não ficarmos só no trânsito, é o impacto na drenagem pluvial, densificando em determinadas regiões não é só a drenagem local que fica prejudicada, mas também estruturas de macro-drenagem que custam muito e na maior parte dos casos dão somente soluções parciais.

    • Julião, infelizmente não é tão simples assim.
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      Acho que o correto seria a Prefeitura não permitir o aumento da área do Iguatemi e não exigir contrapartidas, explico o porquê.
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      Na região do Iguatemi, num raio de dois quilômetros temos três grandes Shoppings, O próprio Iguatemi e os dois da rede Bourbon está se criando um centro de atração em que mesmo com obras pontuais se transfere o problema viário de acesso para regiões um pouco mais distantes. Ou seja, está se criando um problema viário em nome de não sei o que.
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      Com a mudança do plano diretor ainda no governo Collares, Porto Alegre abandonou a concepção de limitar o crescimento em determinadas áreas, e por mais um problema de preguiça intelectual dos empreendedores, todos pensam em construir exatamente em áreas que eram (passado) boas em termos de circulação e qualidade de vida.
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      Inclusive podemos dizer que o plano diretor resultante tinha um fim arrecadatório, ou seja, permitia uma densificação em áreas que anteriormente não era permitido e que já havia uma estrutura pública dimensionada para uma taxa de ocupação menor, que na visão de pseudo-urbanistas da época, não envolveria maiores despesas ao poder público, porém o que está se vendo não é bem assim.
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      Se densificarmos ainda mais os níveis de investimento deverão ultrapassar o retorno que estes investimentos dão a prefeitura, e por consequência toda a cidade deverá pagar por obras que beneficiarão (?) parte da população.
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      O Barra Shopping ousou em criar um investimento em outra área que não estava sendo utilizada, se no futuro houver algum problema pontual a ser resolvido na região os investimentos serão bem menores, já na região da “grande Bela Vista” é ao contrário.
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      Eu venho insistentemente dizendo, se densificarmos ainda mais na região próxima ao Iguatemi, grandes obras deverão ser feitas para não transformar por exemplo a Av. Anita Garibaldi e a Nilo Peçanha em engarrafamentos eternos.
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      Na realidade o que não existe nesta cidade é um plano Diretor, o que há são “negociações” pontuais do executivo e da câmara de vereadores para aumentar um índice aqui e outro ali, isto não é plano diretor.

    • Assim, a cidade tem uma estrutura X, que comporta o que está de acordo com o plano diretor para a região. Então vem um investidor e quer construir um equipamento que vai atrais muito mais gente praquela região, e que a partir daquele momento a estrutura urbana não vai mais comportar a demanda. Porque a cidade tem q gastar o dinheiro público para que um investidor privado possa ter lucro? Se o investidor vai construir um shopping, ele vai ter q dar as contra partidas, não existe almoço de graça meu querido. Em todas as cidades funciona assim, eu, e tu não temos que pagar obras para que um investidor possa ter um shopping sem problemas. A cidade deve se preocupar em manter a estrutura necessária, isso não é necessário pra cidade. Não sou contra shoppings, mas não devemos esperar que o estado arque com tudo, é do interesse do Iguatemi fazer essa expansão, não da cidade nem da prefeitura. Acho q existem obras mais importantes e impactantes que um shopping.

      • A questão é o limite dessas contrapartidas, e não se elas devem existir ou não. Por outro lado, essas obras públicas beneficiarão os cidadãos que buscam esse centro de atração e não somente o própria centro. Uma cidade é formada por pessoas e a soma de suas necessidades que formam o interesse público. E o Estado, por natureza, existe para atender o interesse público, por isso, quando milhares de pessoas buscam um shopping não temos um interesse privado, mas público que deve ser atendido pelo Poder Público.

        Além disso é da essência das cidades a concentração. E é essa concentração que gera riquezas. Uma cidade que impede a concentração, está lutando contra seu próprio desenvolvimento. Porto Alegre, ao impedir que empreendedores invistam aqui, colocando entraves cada vez mais altos para satisfazer aqueles que entendem que o Estado tem valor em si mesmo, está brigando contra seu próprio desenvolvimento.

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