MPC pede que TCE suspenda pagamento de obra da Copa na zona Sul da Capital

Auditoria constatou sobrepreço de R$ 2,8 milhões em corredor de ônibus ligando as avenidas Padre Cacique e Edvaldo Pereira Paiva

Uma auditoria do Ministério Público de Contas (MPC) constatou sobrepreço de R$ 2,8 milhões em parte dos itens de uma das obras de mobilidade para Copa de 2014. na Capital. O apontamento se refere ao corredor de ônibus que vai ligar as avenidas Padre Cacique e Edvaldo Pereira Paiva. As quatro obras para o Mundial na zona Sul da cidade foram orçadas em R$ 119,2 milhões.

Nesta sexta-feira, o procurador-geral do MPC, Geraldo Da Camino entrou com um um pedido de cautelar, para que os pagamentos sejam suspensos até que a dúvida seja sanada. “Ainda não há nenhum juízo sobre o caso, o pleno do Tribunal de Contas deve julgar esse pedido e suspender ou não os repasses”, disse Da Camino, sem detalhar em quais itens da obra foi constatado o sobrepreço.

A avenida Edvaldo Pereira Paiva começou a ser duplicada no trecho entre a Usina do Gasômetro e a Rótula das Cuias, em uma extensão de 5,8 quilômetros. A obra envolve a construção de uma ponte sobre o Arroio Dilúvio, que está concluída e deve ser entregue à cidade em março, além do alargamento das pistas da avenida Ipiranga, entre a Borges de Medeiros e a Edvaldo Pereira Paiva.

Rádio Guaíba / Correio do Povo



Categorias:BRT, COPA 2014, Obras da Copa 2014

Tags:, , ,

16 respostas

  1. Haverá reclamações com referência ao não pagamento de superfaturamento?????

    Incrível que é o segundo episódio que envolve obras da Copa do Mundo, imagine se o TCE não estivesse atento.

    Com a palavra o Sr. Pref. Fortunati.

  2. Por que somente agora querem barrar a obra?
    Faz tempo que estes valores estavam disnponíveis para análise. Agora que a obra começou, querem barrar!
    Para mim, puro interesse político por trás!

  3. Vou bater na mesma tecla e espero que todos ouçam antes que arrebente a corda.
    .
    Falta em todo TTOOODDDOOO serviço público brasileiro (municípios, estados e união) quadro técnico que se responsabilize (responsabilize mesmo) pela elaboração tanto na elaboração dos termos de referência ou projetos básicos, isto é essencial para a colocação de obras em licitação.
    .
    Chamo a atenção que se os Tribunais de Contas ou o MP querem transparência nas licitações públicas, não adianta interferir somente quando já se está em construção, deveria se analisar a qualidade destes dois itens.
    .
    Achei a poucos meses um projeto que meu pai que era engenheiro da secretaria de obras públicas lá por volta de 1946, ele dentro dos poucos recursos que havia na época fez um projeto completo (sem estrutural) de uma barragem no interior do estado que foi construída e está de pé até hoje.
    .
    Os projetos das primeiras barragens da CEEE eram feitos por engenheiros da CEEE, e eram excelentes projetos.
    .
    Atualmente o que há são estudos de viabilidade econômica que são lançados como projetos básicos!
    .
    Me lembro que por volta de 1977 a CORSAN (posso falar agora que já está todo mundo aposentado ou já passaram desta para a melhor), lançou uma licitação para um grande sistema de recalque a partir de um estudo de viabilidade econômica do Eng. Prof. Werner Franz Schnardorf, ele tinha no seu estudo de viabilidade previsto um conduto de 400mm ou 500mm de ferro fundido de 20km de comprimento. Na época apareceu um novo tipo de conduto o Polyarm que era composto de fibra de vidro, reforçado com resina polimérica e areia por fora para dar rigidez, era forte, ultra-leve e bem mais barato. Logicamente a empresa adotou o tipo de conduto, tinha tudo do melhor.
    .
    No dia da inauguração colocaram em carga o conduto e para surpresa de todos quando desligaram as bombas o conduto se rompeu ao longo dos seus 20km.
    .
    Por que? O conduto era mais barato, tinha o mesmo diâmetro que o de ferro fundido e parecia até mais resistente as pressões. Mas se rompeu.
    .
    Não vou explicar o porquê, pois cairia num assunto técnico, mas se fosse encomendado ou fosse feito um projeto executivo ou mesmo um projeto básico bem executado, tinham visto o problema do tal novo material. Não fizeram e tiveram que colocar estruturas de proteção que transformou o mais barato no mais caro.
    .
    Alguns podem dizer, não é possível contratar firmas de projeto para a execução dos mesmos? Não, a contratação das firmas de projeto passa pela 8666, que impede o direcionamento das concorrências, e devido a isto qualquer firma com seu currículo turbinado por algumas pessoas que assinam cartas que participarão do projeto (e depois não participam), o gestor público tem que aceitar. Aí sai qualquer coisa (com o Rachid participando na folha de pagamentos).

  4. Este sobrepreço é resultado de projetos incompletos feitos pela prefeitura, se a moda pega, praticamente todas as obras da Prefeitura ficarão inconclusas.
    .
    Falei sobre isto há mais de seis meses, e como estava o oba-oba da campanha eleitoral e do resultado desta, ninguém reparou. Agora que todos estão mais calminhos leiam, anotem e lembrem-se:
    .
    A MAIOR PARTE DOS PROJETOS DA PREFEITURA DEMORARÃO MUITO MAIS DO QUE O PLANEJADO PELO MESMO PROBLEMA.

  5. Agora é aquele momento em que boa parte daqueles que vivem de mimimi sobre corrupção tentam diminuir o problema afinal é uma OBRA! hehe

  6. Será?

    Sei la, não acho 2,8 milhões um absurdo, ainda mais se for seguir como as outras obra nos corredores que me parecem ter qualidade.

    Tenho medo é de ter politicagem para tentarem fazer com que a obra NÃO saia…

  7. Aham, a ponte está concluída sim, só na notícia mesmo. E faz duas semanas que não vejo um trabalhando para terminar o serviço.

Faça seu comentário aqui:

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

%d blogueiros gostam disto: