Compensações ambientais da Beira Rio começam neste sábado

Primeira área a receber mudas será o parque Maurício Sirotsky Sobrinho Foto: Gilberto Simon - Porto Imagem

Primeira área a receber mudas será o parque Maurício Sirotsky Sobrinho Foto: Gilberto Simon – Porto Imagem

O parque Maurício Sirotsky Sobrinho (Parque Harmonia) será a primeira área a receber as compensações ambientais decorrentes da obra de modernização da avenida Edvaldo Pereira Paiva (av. Beira Rio). Neste sábado, a partir das 10h30, 60 mudas de árvores serão plantadas pela prefeitura no parque. O prefeito José Fortunati e o vice Sebastião Melo acompanham o plantio.

Ao todo, para compensar a remoção de 115 vegetais, está previsto o plantio de 401 mudas, além do projeto de arborização e paisagismo da avenida que deve viabilizar mais 2 mil árvores ao longo do trecho duplicado. Todas as mudas plantadas pela Prefeitura são nativas, ao contrário da maioria das que estão sendo removidas, classificadas tecnicamente como exóticas e invasoras.

Além do Parque Harmonia, as compensações serão realizadas nas avenidas Oswaldo Aranha (100 mudas), Jerônimo de Ornellas (10 mudas), Independência (20 mudas), nas ruas Washington Luiz (10 mudas), rua da República (8 mudas), Lopo Gonçalves (8 mudas), Santo Antônio (60 mudas), Garibaldi (5 mudas), no viaduto Otávio Rocha (26 mudas), no Centro Histórico (14 mudas) e no Parque Farroupilha (80 mudas).

Obra trará benefício a todos

Com extensão de 5,8 quilômetros, a duplicação da Edvaldo Pereira Paiva permitirá a qualificação da conexão entre o Centro Histórico e a Zona Sul. Somente no trecho que envolve as avenidas João Goulart, Edvaldo Pereira Paiva e Loureiro da Silva, o volume de tráfego é de 46.212 veículos por dia. Além de facilitar o acesso à zona Sul, a obra permitirá a complementação do anel viário da I Perimetral e da radial que envolverá a III Perimetral, Av. Tronco e acessos da Região Metropolitana. Além de duplicada, a Avenida terá ciclovia em todo o seu percurso. As obras de duplicação abrangem também a construção da ponte sobre o Arroio Dilúvio, o viaduto estaiado junto à Pinheiro Borda, e o corredor de ônibus na av. Padre Cacique, no padrão BRT.

Prefeitura de Porto Alegre



Categorias:Duplicação de avenidas

Tags:,

43 respostas

  1. Gostaria de saber pq não existe uma área reservada pra um pré-plantio dessas “mudas compensatórias”, onde elas pudessem crescer longe de vândalos até um tamanho onde fique difícil de quebrar, mas ainda fácil de serem transplantadas pra outros lugares. Plantar mudinha direto na rua é f***.

  2. Me dá calafrios só em pensar no carnaval de espécies que irá brotar ali sem nenhum profissional paisagista para olhar o todo e coordenar…

  3. ^^ Falou tudo, Rafael!!

  4. Essas compensações ambientais em Porto Alegre são aplicadas sem nenhum critério. Simplesmente plantam um monte de qualquer coisa em qualquer lugar que caiba.
    Apenas para cumprir a lei. Este parque, assim como a redenção, já tem árvores suficientes, talvez precisa até cortar algumas ( caso da redenção ) O que precisa é qualificar os espaços com paisagismo adequado. Cidade arborizada precisa ser sinônimo de matagal ?

  5. “Obra trará benefício a todos” – enfiaram o BRT ali para disfarçar, mas é em outra rua. Essa obra só beneficia quem quer passar voando por ali de carro.

    • Tem gente que não gosta de olhar para a cidade, fazer o que? Vai obrigá-las a andar a 40 km/h porque tu não gosta da pressa delas?

      • Eu acho que 40km/h é uma ótima velocidade para o perímetro urbano. De acordo com diversos especialistas em trânsito isso também reduziria o número de acidentes, e até o Capellari concorda com isso.

  6. “Obra trará benefício a todos”

    Ciclovia vai ser implantada na calçada, ou seja, pobre pedestre. O mínimo necessário para a ciclovia são 2,5m, somando o 1,5m de separação da pista (se não tiver a norma obriga ter guarda-corpo que nem a da Ipiranga). Lá se foram 4m.

    Vai ser legal ver a pista atual ser transformada em 3 vias sentido centro-bairro. Mais outra nova pista sentido bairro-centro, mais um estacionamento para os carros (com mais outra via somente para acessar o estacionamento). Quero so ver onde vai caber, no que restou da calçada, tanta gente que vai sair dos carros estacionados ao longo da via, pq obviamente em cima da ciclovia todo mundo sabe que não pode andar.

    • Exato, e ao menos até agora, fizeram uma pista de largura média em asfalto que suponho que será a ciclovia. Até aí tudo bem, mas como de costume não há calçada para os pedestres à vista.

      E ainda acho que se é para dar vazão ao eixo centro->zona sul deviam fazer é um VLT ou aeromóvel.

      • A parte nova da av Ipiranga até o Ibere eu duvido que a prefeitura não vai fazer uma calçada do lado da ciclovia. Aí já é o cúmulo. Essa parte antes nem calçada tinha (era de areia) por incrivel que pareça.

        O grande problema é a parte da calçada do Gasômetro até um pouco depois da ponte da av Ipiranga. O projeto original era previsto a ciclovia ao longo da calçada. Mas já naquela época (isso antes do PT, se nao me engano no tempo do Collares) viram que é impossivel colocar pedestre com bicicleta (ou retirar espaco de pedestre). Só quero ver o nível de inteligencia dos técnicos da SMOV/EPTC. Pq certamente se ocorrer acidente eles serão chamados para responder.

    • 4 metros para uma ciclovia. Ri dessa.

      • Que baita comentário Adriano, cada vez mostra o nível do pessoal do blog.

        Da uma pesquisa nas normas tecnicas, ou somente lê de novo com mais atenção, não são 4m de ciclovia. São o minimo de 2,5m de ciclovia mais o 1,5m de separação entre a ciclovia e a pista. E 2,5m para o numero de pessoas que pedalam naquela região é pouco. Na parte “nova” pode notar que tem o espaco reservado.

    • Leandro, não achas que existe espaço suficiente para construir uma ciclovia em vez de ciclofaixa?

      • Perguntaste para o Adriano mas vou responder: em alguns trechos, sem aumentos do aterro acho que não tem espaço não. Aquela avenida é elevada em relação a orla em si em alguns trechos não deve ter a largura necessária.

      • Não é local para ciclofaixa (construir junto a pista, sem separação) pois a velocidade é de 60km/h – e na prática o pessoal anda bem acima disto. Ainda mais se for bidirecional.

        Tem que ser ciclovia (ou seja, tem que ter separação física da pista de rolamento).

        Claro que tem espaço para construção da ciclovia. Como a parte da pista que sentido Centro-Bairro vai ser aumentada de 1 faixa para 3, obvio que tem espaco sobrando para colocar o 4m do minimo. Ainda pode ser “aterrado”, tem espaço.

        O problema é a EPTC querer fazer na calçada existente (e a SMOV deixar). Obviamente (qualquer leigo sabe – desde do tempo do Collares) que o numero excessivo de pedestre inviabiliza o espaço que sobra.

        A outra opcao é fazer um passeio compartilhado (ou seja, sinalizar que a calçada mostrando pros pedestre que tem o fluxo de bicicletas), mas vejo problemas com esta solução:

        – A lei do Plano Cicloviário é claro: tem que ter ciclovia e/ou ciclofaixa. Alias, nao tem justificativa falar que nao tem espaco pra ciclovia.
        – Se uma bicicleta atropelar o pedestre (que vai) os tecnicos que autorizaram o passeio compartilhado vão responder na justica por cada atropelamento (qualquer pessoa sabe que nao se junta um auto fluxo de pedestre com bicicleta).

        A solução é aumentar a calçada (ou fazer que nem nas cidades mais evoluidas (como Floripa e Rio de Janeiro) que tem uma ciclovia no lado – rebaixado em relação a calçada. E não é pedir muito.’

        • Legal teu post.Aqui em poa querem fazer o contrário do civilizado: nos renders da avenida tronco a ciclovia aparece no nível da calçada com caneletas para passar cadeirantes. Isso mesmo, Quebra mola na ciclovia!!!

    • Tens toda razão Leandro Leite, POBRE PEDESTRE….

  7. Por favor, imploro, façam corredores verdes com a MESMA espécie de árvores!
    Que tal ipês, plátanos ou bordô vermelho para dar um pouco de cor?
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Bordo

    • Concordo contigo 100%. Mas dessa lista acho que só Ipês, pois há uma implicância (que nunca entendi) com “espécies exóticas”.

      • Felipe, le um pouco sobre ecologia, mas a ciência ecologia. Não a pseudo-ecologia que se vê por aí. Aí tu vai entender qual a importância das árvores nativas e o porque da recomendação de não utilizar-se as exóticas. Isso é científico e não questão de moda. De qualquer forma vou ver se dou uma pesquisada mais a fundo e trago pra nós no blog…

        • E o jerivá, muito criticado por aqui, ao contrário de uma série de outras palmeiras, é uma árvore nativa!

        • Gilberto, não respondeste minha pergunta, que era uma recomendação eu já sabia. Não sei o que tu considera pseudo ecologia, mas a prefeitura não entende muito disso também, pois acha que os jerivás são exóticos (ao menos na hora de derrubar) e não são.

          • Como te falei, vou fazer um post sobre isso. Mas como não quero chutar, farei um post com pesquisa e bem embasado.
            Mas te adianto o seguinte: o conceito de exótica não é tão simples. Uma árvore pode ser nativa da mata atlântica (Brasil, RS), por exemplo, mas se ela nunca ocorreu na região de Porto Alegre, ela é exótica para Porto Alegre. Então, se ela é usada na arborização da cidade, ela com certeza pode representar um perigo ecológico para a vegetação original da cidade. E, sim, as cidades também tem sua “ecologia”, não só as florestas são consideradas na hora de se empregar as regras das exóticas e nativas. Comecei a me interessar por este assunto agora, nos últimos dias, e vou pesquisar melhor, com mais exemplos. A cidade no Brasil que mais está adiantada nestes estudos é São Paulo. Vou trazer alguns exemplos de lá, pra entendermos o que acontece aqui também. Sem falar que vou usar na minha pesquisa uma obra muito boa e exemplar no mundo inteiro: o Atlas Ambiental de Porto Alegre, que tenho em casa. Pseudo-ecologia é o que os políticos que se passam por ecologistas seguem. Eles criam regras que servem pra eles e que, geralmente, nada tem a ver com a ecologia de verdade. É política pura. Ta cheio deles em Porto Alegre. Este termo em especial acho que fui eu mesmo que comecei a usar para designar certas pessoas. Mas não quero entrar neste assunto agora.

        • Gilberto, fico no aguardo da pesquisa e vou ler com certeza. Em relação ao termo, acho que ele não tem nada a ver com o debate agora e acho que não ajuda em nada esse tipo de “classificação”.

          • São pessoas que se passam por uma coisa e são outras. Eu abomino pessoas assim. Numa gestão são as boazinhas e na outra são as do não. Mas não te preocupa que não vou falar mais… aqui neste post.

        • Usar estes termos a esmo só estimula essas Discussões maniqueistas que temos aqui as vezes..

      • Ajudando o Gilberto a responder, as árvores (e a vegetação) nativas são as que estão mais em sintonia com o ecossistema local, logo contribui para o equilíbrio geral, mantendo afastadas potenciais pragas e oferecendo abrigo e alimento à fauna local. Além disso, elas possuem competidores naturais, evitando que elas mesmas transformem-se em uma praga.
        Claro que o ecossistema natural de uma cidade já está totalmente alterado, mas a tendência mundial é que, como a urbanização é inevitável, tente-se pelo menos mitigar os estragos.

      • Utilizar árvores exóticas na arborização urbana pode trazer, sim, alguns problemas, mas creio que não são maiores que os benefícios (principalmente na parte estética e de preservação da identidade histórica da cidade, depois explico melhor se precisar), caso contrário os países desenvolvidos (no geral!) não estariam utilizando árvores exóticas até hoje. Não acho que eles são mais burros ou menos avançados nesse assunto do que a gente.

      • Felipe X, as exóticas são belas árvores, só que a erva de passarinho prolifera nelas. A SMAM não quer mais retirar a erva de passarinho então a árvore morre sugada pela erva e quando a erva de passarinho não tem mais a seiva da árvore para se alimentar ela também morre…..

        • Todas as exóticas? Para mim isto é uma redução que exclui as não nativas mas que conseguem se adaptar bem ao nosso ecosistema.
          Quase todas as frutas,, verduras e cereais que plantamos hoje são exóticos. No entanto alguns se adaptaram bem aqui.

        • Adriel, sim todas as exóticas infelizmente. Luto com a SMAM por causa disso e eles não querem retirar.
          Bem que eu gostaria que não fosse assim, mas eu fico louca quando vejo uma árvore infestada pela erva de passarinho ainda mais quando ela se encontra nos caminhos que percorro, porque eu sei que vou vê-las serem sugadas até a morte.

    • Com certeza cara! Imagine Guapuruvú? Essa é nativa

  8. Achei que era compensação ambiental DO Beira-Rio, devido a construção daquele estacionamemto escroto na ORLA do Guaíba.

    Onde estão os melancia nessas horas?

Trackbacks

  1. Uma Vergonha para Porto Alegre 2 | Luizmuller's Blog

Deixar mensagem para Felipe X Cancelar resposta