O prefeito José Fortunati recebeu nesta quarta-feira, 3, o parecer técnico elaborado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RS (Crea-RS), a pedido da prefeitura, sobre a ruptura do Conduto Forçado Álvaro Chaves-Goethe, durante a forte chuva que atingiu Porto Alegre no dia 20 de fevereiro deste ano. O relatório elaborado por uma comissão de especialistas aponta as causas dos dois buracos abertos na rua Coronel Bordini, próximo à rua Marquês do Pombal, e propõe medidas para evitar novos danos.
Com o resultado da análise, Fortunati determinou a revisão de toda a obra. “Nós vamos contratar imediatamente uma empresa especializada, conforme orientação do Crea, para que faça o levantamento, não somente do trecho que rompeu, mas de todo o conduto. Aí tomaremos as providências junto ao consórcio que realizou a obra para que os consertos sejam realizados sem custos para o Município, pois essa obra está no prazo de garantia legal”, anunciou o prefeito.
O parecer técnico foi apresentado durante ato público na sede do Crea-RS. O prefeito ressaltou que o estudo foi elaborado por alguns dos melhores especialistas da área, coordenados pelo engenheiro André Luiz Lopes da Silveira, diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Ufgrs. Silveira explicou que a análise feita a partir dos documentos fornecidos pela Prefeitura de Porto Alegre, relatos de testemunhas e visita ao local. A conclusão foi de que a ruptura foi provocada por uma série de fatores: problemas na concepção da obra e elaboração do projeto, na execução, fiscalização e gestão, além do grande volume de chuva num curto período (70mm em uma hora).
“Detectamos problemas pontuais, que podem ser corrigidos após um estudo geral e criterioso de todo o Conduto Forçado Álvaro-Chaves. É uma obra de grande complexidade e importância. Grande parte da estrutura não foi comprometida e as obras existentes podem ser aproveitadas na sua integralidade. Os reparos a serem feitos representam uma fração pequena”, explicou o engenheiro que coordenou o parecer técnico. (fotos)
O vice-prefeito Sebastião Melo e o diretor-geral do Departamento de Esgotos Pluviais Tarso Boelter também participaram do evento. O presidente do conselho, Luiz Alcides Capoani, ressaltou que Fortunati agiu da forma correta após o incidente ao solicitar o apoio do Crea-RS. “Estamos cooperando com a prefeitura para que os problemas no Conduto Álvaro-Chaves sejam resolvidos o mais rápido possível e não tenhamos mais transtornos naquele local”, declarou Capoani.
Projeto e obras – O prefeito também esclareceu alguns pontos sobre o projeto e as obras do Conduto Álvaro Chaves. Todas as etapas, desde o estudo em 2001, projeto, licitação e execução da obra em 2005, tiveram a aprovação junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento, que financiou a maior parte, aprovou alterações do trajeto dos dutos subterrâneos e acompanhou todo o processo. “A prefeitura tomou todas as medidas legais, técnicas e de acompanhamento da obra. Mas aconteceram problemas, detectamos agora as falhas e vamos trabalhar para devolver a tranquilidade aos moradores e a segurança à região do Conduto”, disse Fortunati.
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Mais uma reportagem a respeito http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=120683
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Caros senhores.
Semanas atrás elogiei a estratégia do nosso Prefeito Fortunatti, no que não fui seguido por muitos, agora no seu discurso quando da entrega do Parecer do CREA, mais uma vez ele valeu de uma sutil insinuação que só não foi percebida pelos nossos jornalistas porque estes são meio lentos.
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No seu discurso ele ressaltando que não era da sua gestão começou a citar em ordem cronológica todas as licitações que haviam sido feitas para o Conduto Álvaro Chaves, como não tinha me atido aos aspectos legais dos processos licitatórios, nem sabia de algo que poderíamos chamar “uma ligação perigosa” (ou conflito de interesses).
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Fortunatti habilmente citou a concorrência para o projeto com data e com a vencedora do certame, a consultora Beck de Souza Engenharia Ltda., logo mas quase sem respirar ele citou a próxima concorrência que foi feita para fiscalizar o projeto e a obra, e por mais surpreendente que pareça, foi ganha de novo pela Beck de Souza e pela Magna Engenharia.
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Todo os componentes da comissão do CREA, não tinham se atido a detalhes deste tipo, ou seja, uma empresa agindo como fiscal do seu próprio trabalho, mas a Raposa do Guaíba, como denominei o nosso prefeito comparando-o com o General Erwin Rommel, o maior estrategista da segunda guerra, a raposa do deserto, o nosso Prefeito habilmente coloca em pauta uma ligação perigosa;
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Começo a admirar o político Fortunatti, que por hábeis palavras lança uma sutil coincidência para que outros investiguem os fatos.
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Parabéns Fortunatti, dois a zero para tua estratégia.
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Obrigado pelos esclarecimentos técnicos.
Em relação ao político Rommel, está habilmente tirando o seu da reta. Só que esses ele não pode acusar de baderneiro então está sendo sutil.
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Felipe.
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Como diz o livro sagrado, dai a Cesar o que é de Cesar, dai a Deus o que é de Deus.
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Vamos falar sério, quanto a passagem de ônibus, que pessoalmente acho o maior erro que a prefeitura está fazendo neste momento, o nosso prefeito e assessores estão utilizando argumentos para desqualificar genuínas reivindicações do povo da nossa cidade.
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Agora quanto ao conduto Álvaro Chaves, pela cronologia das suas diversas etapas de implantação, o atual prefeito não tem a mínima culpa até o momento. Podemos atribuir culpas a gestão Tarso-Verle, as gestões Fogaça, mas ao Fortunatti nada (até agora).
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O que vi é que a forma elegante que ele achou no seu discurso quando do recebimento do parecer, de se isentar de qualquer culpa foi fazer uma criteriosa retrospectiva de toda a história do Conduto, chamando a atenção de um fato que estava passando despercebido por todos.
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Agora, estava todos os órgãos de imprensa de Porto Alegre presentes no ato, e se não escutaram e não entenderam o recado do Prefeito foi porque não tiveram ouvidos para tanto, mas quem estivesse prestando atenção na fala do Prefeito, teria entendido o recado.
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Te entendo, faz sentido.
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Rogério,
O Fortunatti não foi Vice do Fogaça???
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A muito tempo atrás havia um quadro humorístico no programa do Jô Soares que exatamente traçava o que é um vice, é alguém que fica esperando o titular morrer!
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Resposta a pergunta do Pablo acima.
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NÃO. Vou tentar explicar.
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Se um conduto, ou rede de condutos é feita para uma chuva de intensidade X (período de recorrência de 5 anos, por exemplo), se ocorre uma chuva de intensidade Y (maior do que o período de recorrência de 5 anos), simplesmente toda a água desta chuva não passará pelo conduto. Entretanto, EM NENHUM MOMENTO DEVE-SE ESPERAR QUE O CONDUTO ROMPA.
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Trocando em miúdos, um sistema como o da Álvaro Chaves pode receber uma chuva muito maior do que a prevista, o que vai acontecer é que ele simplesmente “engolirá” somente parte da chuva, deixando o resto pelo meio do caminho, mas JAMAIS, JAMAIS MESMO, ELE DEVERÁ RUIR.
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Amadorismo na Prefeitura RULEZ
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Oba, botar a culpa em todo mundo para que ninguém tenha culpa.
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A culpa é nossa, é por isso que quem vai pagar somos nós.
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Caros Felipe e Pablo.
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Como participante da comissão do CREA, vou dar alguns esclarecimentos:
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Primeiro: A comissão levantou problemas técnicos.
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Segundo, a comissão não fez um laudo com objetivos de processo judicial ou administrativo (não era a sua função).
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Terceiro, cabe agora os poderes constituídos a partir dos dados da comissão procurarem os culpados e se necessário fazerem as suas próprias perícias.
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Quarto e talvez o mais importante que ninguém notou (ou fizeram que não notaram): O principal acusado por muitos foi inocentado, São Pedro.
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Pois é, aquele “é claro” ficou péssimo… Não me conforma uma obra feita para passar água, mas se passa de mais se desmancha… Não há como restringir a entrada de forma que o fluxo não seja o suficiente para estragar? Se não da conta, que alague, não estrague uma obra cara dessas.
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Pablo.
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Uma obra de drenagem pluvial, isto sim que ficou claro, não deve, não pode se desmanchar quando a chuva é maior do que seu período de recorrência.
Se assim fosse as drenagens das ruas, que são dimensionadas para vazões com período de recorrência de no máximo 5 ou 10 anos, a cada 5 ou 10 anos deveriam ser refeitas.
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Drenagem refeita a cada 5 ou 10 anos? Isso é bem pouco… De qualquer forma acho que nunca foram refeitas em PoA.
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Pablo.
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Não sei se não entendesse ou estás sendo irônico, mas NENHUMA REDE DE DRENAGEM É FEITA PARA DURAR CINCO OU DEZ ANOS!
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Uma rede de drenagem deve drenar uma chuva com determinado tempo de recorrência, se a chuva é maior, a água escorrerá pelas calçadas ou empoçará em determinado local, mas jamais ela deverá ruir.
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Isto ficou claro no parecer do CREA.
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E digo mais, através de cálculos preliminares (sujeitos a retificação) ficou a impressão (não digo a certeza, pois exigiria refazer o projeto por completo) que o conduto rompeu com uma vazão correspondente (ou somente um pouco maior) a vazão de projeto. Logo, o que está certo é que estavam errada muitas coisas.
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Na verdade não entendi direito… Vc disse que uma obra de drenagem, por exemplo um sistema de boca de lobo, tubulações, conexões… são dimensionadas para 5 ou 10 anos. Que em 5 ou 10 anos devem sofrer manutenção (ou ser refeitas). É isso?
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Resposta abaixo.
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Mandei um comentário abaixo e ele está aguardando moderação.
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Mais uma observação: Parecer técnico não é laudo judicial.
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