Primeiro veículo comercial do tipo no país deve ser inaugurado em junho

Modelo fabricado no Rio de Janeiro é transportado por via terrestre durante cinco dias Crédito: Divulgação / Trensurb / CP
O primeiro aeromóvel comercial do Brasil finalmente está a caminho de Porto Alegre. Fabricado no Rio de Janeiro, o veículo deve chegar à capital gaúcha neste sábado. O embarque, de caminhão, ocorreu na última terça-feira. Com capacidade para 150 passageiros, ele irá integrar a linha de 998 metros localizada entre a Estação Aeroporto do Trensurb e o Aeroporto Salgado Filho, com inauguração prevista para o mês de junho.
Em cinco dias, o veículo será transportado por 1,6 mil quilômetros, desde a fábrica de Três Rios, no Rio de Janeiro, até Porto Alegre. O serviço é executado pela Pacheco Logística, do Grupo Darcy Pacheco. Com cerca de nove toneladas, a estrutura será conduzida pela estrada por um cavalo mecânico e uma prancha de seis eixos, com 21,5 metros de comprimento.
Segundo o gerente responsável pela operação, Newvani Cirolini Correa, veículos com este porte somente têm autorização para circular nas estradas durante o dia, a uma velocidade máxima de 70 km/h. “Pela nossa experiência, não é um transporte que apresenta dificuldades. Porém, pelo que representa para o Estado e o país, por ser o segundo aeromóvel do mundo, ele se torna muito importante. A nossa responsabilidade é muito grande”, afirmou Correa. A empresa também será responsável por colocar o veículo sobre os trilhos, ainda no sábado, na Estação Aeroporto do Trensurb.
A partir da próxima semana, o aeromóvel irá passar por um período de testes. A chegada do primeiro veículo — conhecido como A100 — estava inicialmente prevista para novembro do ano passado. Mas, segundo o presidente da Trensurb, Humberto Kasper, o veículo não foi trazido na época porque as obras necessárias para a criação da linha ainda não estavam concluídas.
O início das operações e a inauguração oficial ainda não têm data, mas, segundo a Trensurb, o veículo deve entrar em funcionamento no final do mês de junho. O investimento é de R$ 33,8 milhões, com recursos do governo federal. O ministro das cidades, Aguinaldo Ribeiro, deverá visitar as obras no dia 18 de abril.
O aeromóvel foi fabricado pela T’Trans Sistemas de Transporte. Segundo o presidente da empresa, Massimo Giavina-Bianchi, o segundo veículo, com o dobro da capacidade (o A200, para 300 passageiros), deve ficar pronto em dois meses. Ele ressalta que a fabricação ocorreu com tecnologia 100% nacional, e que o custo do sistema é de um terço do monotrilho e um sexto do metrô tradicional.
“Isso tudo além de ter um investimento menor e não ser poluidor”, afirma Giavina-Bianchi. O empresário acredita que o aeromóvel de Porto Alegre poderá servir de incentivo para a adoção desta modalidade de transporte em outras cidades. “O potencial é muito grande. É preciso ver o sistema funcionando. Esta pode ser uma vitrine e estamos muito animados com isso.”
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Vamos comparar dois tipos de transporte:
Ônibus Double-deck – http://www.cetsp.com.br/media/20548/nt119.pdf
104 passageiros sentados + 60 em pé =164 passageiros
peso: 11.500kg
Potência do motor acionador: 177CV
Energia: combustível fóssil
Custo: 160.000 reais
Aeromóvel:
150 passageiros ( em pé)
peso 9;000kg – No estudo da UFRGS, o peso para 300 passageiros era 8,7t
Potência do motor acionador: 500HP
Energia: Elétrica – a mais nobre
Custo: 34 milhões de reais
Do estudo da mecânica da UFRGS para o que se mostra hoje, a relação peso morto/passageiro, já mudou de 29 para 60kg por passageiro.
E ainda não está funcionando, sabe lá quantos passageiros de fato poderá transportar…
Até funcionar, o peso morto talvez supere o de um ônibus, derrubando a tese da racionalidade do motor estacionário. Aos poucos, a verdade vai transparecendo…
http://www.mecanica.ufrgs.br/mmotor/amprojeto.htm
Os veículos podem transportar até 600 passageiros (veículo A-400)
uhu
Eu tenho curiosidade em relaçäo à capacidade maxima do sistema. Por exemplo, o monotrilho paulistano vai ter 7 vagöes e capacidade para 1050 passageiros. Seria possìvel tal numero com o aeromovel? (Perdoem a acentuaçäo, mas é meio ruim de escrever pelo celular)
Acredito que há um limite bem mais baixo para o Aeromóvel. Quanto à monotrilhos ou trens, basta a locomotiva ter força, o trem pode ter o comprimento que quiser, há trens de carga que podem chegar a 5km de comprimento com várias locomotivas espalhadas ao longo dos vagões.
No caso do Aeromóvel, a propulsão está apenas na pressão na aleta traseira e vácuo na aleta dianteira. Acho que não é possível transferir potência em vagões intermediários, pois o sistema de válvulas teria que fechar e abrir de forma muito rápida com o movimento do Aeromóvel.
De qualquer forma, qualquer veículo muito grande em ambiente urbano é bobagem, seja trem, metrô ou ônibus. Imagine a energia gasta para acelerar 7 vagões cheios de gente, para ter que frear depois de 1km ou pouco mais? É muito mais inteligente distribuir em 2 trens de 3 vagões cada em intervalos de tempo menores, por exemplo.