PF fará levantamento de possíveis danos ambientais na segunda-feira

Suposto esquema de corrupção teria fraudado liberação de licenças

Suposto esquema de corrupção teria fraudado liberação de licenças  Crédito: André Ávila

Suposto esquema de corrupção teria fraudado liberação de licenças Crédito: André Ávila

A Polícia Federal inicia na próxima segunda-feira o levantamento dos possíveis danos ambientais provocados pela liberação fraudulenta das licenças no suposto esquema de corrupção investigado na operação Concutare. A PF suspeita que a rapidez na concessão das licenças ou desconsideração dos estudos de impacto ambiental teriam causado prejuízos ao meio ambiente.

Uma força-tarefa foi montada com dez peritos da PF, alguns vindos do Rio de Janeiro, São Paulo e Goiânia, por serem especializados na área de crimes ambientais. Ao mesmo tempo, a PF realiza a análise de documentos e computadores apreendidos nas casas e escritórios dos 18 suspeitos. Uma perícia contábil também deve ser realizada.

Depoimentos

Nesta terça, o secretário estadual do Meio Ambiente, Carlos Nidesberg (PCdoB), exonerado do cargo, foi um dos cinco suspeitos que prestaram depoimento na Polícia Federal. O advogado Eduardo Campos disse que pretende ter acesso às gravações das escutas telefônicas em que apareceriam supostamente seu cliente. Ele constatou que o inquérito reúne muitas interceptações telefônicas. “Ainda é cedo para buscar a soltura via judicial do meu cliente”, observou, acrescentando que vai aguardar os próximos dias para traçar uma defesa.

Dezessete presos na Operação Concutare foram levados ao Presídio Central de Porto Alegre, onde recebem o mesmo tratamento dos demais detentos. Os detidos foram divididos em duas celas da galeria destinada a pessoas com curso superior, a qual conta com 65 vagas. Antes de chegarem, havia 25 pessoas na ala. Como são presos provisórios, eles não tiveram contato com pessoas da família, apenas com seus advogados, que tinham o direito de levar roupas e objetos pessoais.

O 18º preso na operação dormiu na carceragem da Superintendência Regional da Polícia Federal (PF) no Rio Grande do Sul. Em razão de o depoimento dele ser muito importante, foi ouvido até tarde da noite de segunda-feira e por isso permaneceu na sede da PF.

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Correio do Povo



Categorias:Corrupção, Meio Ambiente

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18 respostas

  1. Acredito que o Ministério Público deveria suspender temporariamente todas licenças emitidas na gestão dessas pessoas, para evitar mais danos ao meio ambiente, até que sejam finalizadas as investigações.

  2. Quero saber quando eles irão revogar essas licenças. Se elas foram emitidas de forma fraudulenta, não deveriam ser emitidas então deveriam perder o valor.

  3. Que nojo ter esse berfran como colega de profissão. Envergonhando a classe.

  4. Ta’ explicado aquele oba-oba da retirada de areia dos rios. Os idiotas fazendo um escarceu por causa de meia duzia de arvores que seriam replantadas em numero 10 vezes maior, enquanto o verdadeiro grande crime ecologico estava acontecendo ali perto, no rio Jacui e adjacentes.

    • Pode ter certeza q a investigação só começou por causa de denúncias. E essas denúncias provavelmente vieram das pessoas que você chama de “idiotas”

      Ou seja, quem é o o real idiota da história?

    • As manifestações realizadas não foram feitas unicamente com o propósito de proteger a natureza, mas de proteger o ambiente urbano, a qualidade de vida. É mais do que defender o patrimônio ambiental, é lutar por cidades mais humanas.

  5. “A PF suspeita que a rapidez na concessão das licenças ou desconsideração dos estudos de impacto ambiental teriam causado prejuízos ao meio ambiente.”

    Só espero que a PF e o MPF tenha mais do que suspeitas e indícios subjetivos para terem feito uma operação dessas com tanto estardalhaço.

    • O fato da quadrilha ter cobrado dinheiro por fora para liberar de forma rápida as licenças ambientais não quer dizer que elas foram usadas para prejuízo do meio ambiente. Se a obra/intervenção está completamente de acordo com a legislação e procedimentos, mas o solicitante dessa licença ambiental pagou para agilizar o processo, não haverá prejuízo ao meio ambiente.

      Além disso, se alguém tem uma área de terra onde ocorre erosão em larga escala e decide fazer uma intervenção para conter essa erosão com a plantação de várias espécies de árvores, provavelmente precisa de uma licença, mesmo que o objetivo final dessa licença seja para próprio benefício do meio ambiente.

      Resumindo, a corrupção na expedição dessas licenças não indica, necessariamente prejuízo ao meio ambiente. Provavelmente sim, pois a se a licença é obtida em troca de dinheiro, ao invés de questões ambientais, por que se preocupar com questões ambientais.

      Assim, concluo que você interpretou mal ou fora do contexto a declaração, a não ser que você esteja descontente com a operação da PF.

      • Não, estou falando em provas concretas (escutas, papeis, depoimentos…) e, principalmente, na comprovação de nexo causal entre as liberações de licenças e atos dos acusados.

        • Então o teu problema foi má interpretação mesmo, pois o nexo causal da frase está entre “rapidez na concessão das licenças” e “prejuízos ao meio ambiente” não entre rapidez na concessão das licenças” e “atos dos acusados”

        • Julião.
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          A legislação ambiental é nova e com muitos erros, muitas vezes é exigido todo um rito para coisas que realmente não precisam, nestes casos a concessão da licença pode ser rápida.
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          Imagine o seguinte cenário. Se implante a inspeção veicular, chegam dois fucas 1975 para a inspeção, um flamante, limpinho, sem barulhos estranhos e sem bater pino, o outro é um daqueles caindo os pedaços que para frear o motorista se cuida para não colocar o pé no furo e pisar no chão.
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          Tu achas que os inspetores terão o mesmo cuidado com o primeiro do que com o segundo?

        • Então, podem anotar: ninguém será punido por rapidez na concessão de licenças. Precisa muito mais do que isso.

  6. Repito : eu acredito na inocência do ‘Pardal Faturador ” .

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