
Tubulação que rompeu é de fibrocimento e data aproximadamente de 1970 Foto: Maria de Lourdes Wolff/Divulgação PMPA
Neste feriado de quarta-feira, 1º de maio, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) dá continuidade às obras que realiza no corredor de ônibus da avenida Assis Brasil, zona Norte da Capital. A tubulação que rompeu é de fibrocimento e data aproximadamente de 1970, instalada sob as placas de concreto do corredor de ônibus, o que torna o serviço complexo e demorado. Após o primeiro conserto, realizado no domingo, 28, foi detectada uma nova fuga devido à fragilidade do cano. Para solucionar o problema, ainda na segunda-feira foi preciso desmanchar uma tubulação do DEP localizada abaixo da rede de água. A reconstituição desta rede foi feita durante esta terça-feira, 30.
As equipes do Dmae trabalharão no feriado para concluir o envelopamento que protege a rede de água das vibrações provocadas pelo trânsito intenso de ônibus. A obra terá continuidade durante a semana com a melhoria da pavimentação que será feita pela Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov).
Na quinta-feira, 2, iniciam-se os serviços de repavimentação quando a Smov vai aproveitar que o corredor está bloqueado para substituir placas de concreto próximas ao local onde o Dmae realiza seu trabalho e que apresentam rachaduras ou desníveis no corredor da avenida. Com esta iniciativa, parte da via receberá um melhoramento, facilitando o tráfego do transporte público no local.
Para a realização dos serviços, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) autorizou o bloqueio do corredor de ônibus da avenida Assis Brasil, com a avenida Bogotá, sentido bairro-centro, zona Norte da Capital. As linhas de ônibus estão sendo desviadas para a via, junto dos veículos. A alternativa para evitar a região é a avenida Sertório. Para minimizar os impactos na fluidez, os estacionamentos serão proibidos enquanto durar a obra da Assis Brasil com Bogotá. A sinalização foi reforçada e os agentes da EPTC intensificam o monitoramento na região.
Informações sobre os serviços do Dmae podem ser obtidas pelo telefone 156, opção 2.
Categorias:Infraestrutura, Meios de Transporte / Trânsito
Acho que essa era a última grande avenida da cidade que não estava em obras.
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Como me pediram, e tendo noção sobre o assunto tenho obrigação profissional de divulgar alguns fatos por mais desagradáveis que forem, logo vai lá um pequeno texto, se o Simon achar conveniente ele poderia colocar este texto em destaque, agora se assim o fizer, por favor, não precisa colocar a minha titulação:
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O problema do cimento amianto em termos de saúde pública é algo indescritível no Brasil. Fabricantes que utilizam este tipo de produto conseguem barrar no congresso nacional legislações que impedem a extração e do amianto, a fabricação e o uso do mesmo.
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O cimento amianto não é mais utilizado em construção civil, entretanto tanto instalações que usam este material, tanto como divisórias como em condutos continuam em uso.
O malefício que causa este produto, em suas diversas fases citadas anteriormente pode ser vistas nos seguintes artigos científicos:
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The use of asbestos-ciment pipe for public water supply and the incidence of cancer in selected communities in Uta. Sadle, TERRY D. et al Journal of Community Health Vol. 9, No. 4, Summer 1984.
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A 37-year observation of mortality in Chinese chrysotile asbestos workers. Wang, X. et al Thorax. An international Journal of Respiratory Medicine
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The Asbestos Cancer Epidemic. LaDOU, Joseph Environmental Health Perspectives • VOLUME 112 NUMBER 3 March 2004.
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Há inclusive uma revisão bem mais atualizada sobre o cimento amianto de 2013, intitulada:
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Health risk of chrysotile revisited. BERNSTEIN, D. et al Crit Rev Toxicol, 2013; 43(2): 154–183
que procura entender a forma que age este produto.
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Também há um artigo de opinião publicado na Folha de São Paulo em 18 de agosto de 2012, de Fernanda Giannasi, intitulado: O Brasil deve banir o amianto? SIM: Não há maneira segura de usar o amianto.
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Neste artigo há parágrafos reveladores como: “Goiás é hoje o único Estado produtor do chamado amianto branco ou crisotila. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial, o segundo exportador e o quarto utilizador.”
Ou
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“Há um forte grupo parlamentar de deputados e senadores goianos, a “bancada da crisotila”, que impede sistematicamente que o debate sobre proibir a fibra cancerígena avance no Congresso. Alguns dos mais proeminentes políticos pró-amianto frequentaram recentemente o noticiário, como o ex-senador Demóstenes Torres, o deputado Carlos Leréia e o governador Marconi Perillo.”
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Diga-se de passagem, que esta articulista, Fernanda Giannasi, já sofreu processos por difamação de fabricantes de produtos que utilizam amianto, sendo citada em trabalhos internacionais de saúde pública.
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Em termos estaduais e municipais deveriam ser feitas leis que não só impedisse a entrada de materiais com amianto (pastilhas de freio de automóveis), como obrigasse tanto prédios públicos como privados retirar este material de suas dependências.
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Fica claro no primeiro artigo, onde os autores comparando cidades em que havia condutos de cimento amianto e outra que não, que há uma correlação a um nível de significância razoável entre câncer em crianças e uso de condutos de cimento amianto.
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Todos fazem vista grossa ao problema do cimento amianto que ainda existe tanto em redes públicas de distribuição de água como em divisórias de escritórios privados e até em salas de aula de universidades.
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Se faz uma campanha muito grande contra o cigarro, principalmente no chamado fumante passivo, entretanto o cimento amianto, que as correlações são bem mais claras há uma verdadeira cortina de fumaça.
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Discute-se muitas coisas baseadas no princípio da precaução, como a legislação das antenas dos celulares, porém o caso do amianto não é uma coisa que se deva agir porque se acha que pode ser que produza problemas, mas deve se agir porque é CERTO QUE ELE CAUSA PROBLEMAS, mas como o seu efeito é cumulativo e de longa período, vai se retirando as redes aos poucos, afinal a nossa vida é barata.
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Outra coisa, não há nenhuma legislação municipal, estadual ou federal, que obrigue a inspeção de imóveis para a retirada de placas e elementos de isolamento de prédios públicos ou privados.
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Todos somos fumantes passivo dos escapamentos dos carros também e ninguém tá nem aí.
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Tudo que é cumulativo (ou seja, não gera problemas imediatos, e sim a longo prazo) quando tu cita que é prejudicial vem os céticos de plantão dizendo que é mentira.
Cito casos como:
– O próprio amianto;
– Radiação não ionizante (telefonia celular e redes sem fio em geral)
– Alumínio (sim! o alumínio do seu desodorante “seco” e de diversos produtos em geral, como panelas, recipientes, etc).
Resta a quem é bem informado a se precaver…. porque tentar ajudar os outros por vezes se torna inútil.
Grato pelas informações Rogério.
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Vou fazer um comentário técnico sobre várias substituições de condutos que estão sendo feitas em Porto Alegre. Em 1970 utilizou-se condutos de fibrocimento, porque eram mais baratos, todos estão sendo substituídos por motivos de rompimento (tem o motivo ambiental e de saúde pública, mas não vou falar para não criar pânico).
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Poderiam na época terem colocados condutos de ferro fundido com revestimento interno, mas escolheram o mais barato. Agora mais uma vez estão colocando o que é mais barato, PEAD, mas ninguém fala que estes condutos tem um tempo de vida da mesma ordem do que os condutos de fibrocimento que estão sendo retirados (de 30 a 40 anos conforme a temperatura). Logo chegamos a conclusão que a cada 30 ou 40 anos devemos trocar todas as reder de água e esgoto que foram feitas com este material.
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Rogério
Falei mais sobre os motivos ambientais e de saúde pública, por favor….
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Legal vai ser refazer tudo de novo quando cavarem para o metrô.
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Felipe X , tu esperas que haja planejamento em Bovinópolis ?
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Não, mas sou um idealista e espero que um dia, eventualmente, mude.
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Estacionamento deveria sair para sempre de toda Assis Brasil entre Triângulo e Obirici.
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