Governador Colombo repete Brito e tenta montar cluster automotivo em Santa Catarina

Joinville, centro do novo polo em SC

Joinville, centro do novo polo em SC

Dia 13, o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, embarcará para Munique, onde visitará a sede e se encontrará com a diretoria da BMW para tratar da instalação da primeira fábrica da empresa na América Latina, em Araquari.

Da Baviera, seguirá para Stuttgart, tendo agendada visita à Mercedes Benz que também pretende instalar montadora em SC.

No feriado de quarta-feira, os executivos da montadora alemã no Brasil trabalharam. Fizeram nova visita técnica a terrenos às margens da BR-101 catarinense. Estiveram na região entre Barra Velha e Garuva. A Mercedes está decidida sobre instalar unidade no Brasil, mas ainda não sabe onde, se em Juiz de Fora, em Minas, onde fabrica caminhões e já teve uma fábrica de carros, Rio de Janeiro ou São Paulo. A opção da BMW por SC balançou a Mercedes, que também para seus produtos mais requintados e de maior valor necessita de fornecedores de alta qualidade que também se instalariam para atender aos projetos da Audi na Grande Curitiba e da Geely/Volvo em Imbituba.

Deste movimento perseguido pelo governador de Santa Catarina – montar um cluster automotivo no Estado – é que tratava o projeto Antônio Britto quando conquistou a GM, Navistar e Ford para o Rio Grande. O projeto foi abortado no início do governo seguinte do sr. Olívio Dutra, PT, que mandou a Ford embora.

Políbio Braga

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Enquanto isso no RS …. 



Categorias:Economia Estadual

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54 respostas

  1. Falta pouco para SC ser um pólo automotivo. Falta muita vergonha na cara deste governador gaúcho subalterno da Dilma, que só dá para o governo federal e recebe migalhas em troca. Um bípede comendo grãos na mão da poderosa.

  2. Se eu fosse governador do Estado priorizaria a pesquisa em alguns pontos chaves da tecnologia do futuro.
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    Energia solar (atualmente é uma bost..) mas a chance de crescer é imensa, principalmente associando nanotecnologia com eletrônica.
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    E também na tecnologia de acumuladores de energia, como o comentário que o Simon colocou no outro post sobre carro elétrico.
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    Estes dois pontos são básicos.
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    Agora tem outros pontos que não deveriam investir, como na tecnologia de aerogeradores, pois a possibilidade de obter ganhos neste tipo de máquina é de 2% a 5% (no máximo), já estão no limite de conversão.

  3. Quando alguém diz que “o Olívio mandou a Ford embora” você pode ignorar tudo que foi escrito, porque mostra como é simplória a noção de política que esta pessoa tem.

    Quem levou a Ford embora do RS foi o PSDB, foi o FHC a prorrogar uma MP, o estado do RS foi roubado.

    Mas enfim…

    Camaçari na Bahia, é atualmente uma das regiões mais violentas do país, superando a média nacional. A verdade é que essas empresas automobilísticas são as “Companhias Bananeiras” do atual século.

    • Idem, para quem diz que quem mandou a Ford embora do RS foi o FHC/PSDB.

    • Mas, só para não passar batido mais uma desinformação, a prorrogação do regime automotivo, durante o governo FHC, se deu depois da eleição do Olívio, o mesmo que em campanha prometia não cumprir os contratos assinados pelo Brito e, principalmente, depois do chá de banco que os negociadores da Ford receberam, já durante o governo que exterminou qualquer chance de futuro para o RS.

      • Julião, brilhante, mataste a charada.
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        A prorrogação do regime automotivo se deu exatamente para ralar o Rio Grande do Sul e o governo Olívio!
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        Parece que agora começas a entender o que é política de estragar o governo dos outros.
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        Agora não foi por chá de banco que os negociadores desistiram, foi por $$$$+$$$$+$$$$

      • Sendo mais claro ainda: a prorrogação do regime automotivo, a fim de que a Ford se instalasse na Bahia, foi CONSEQUÊNCIA da expulsão da montadora do RS, e não o contrário, como os petistas pretendem reescrever a história para esconder suas cagadas.

        • Julião.
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          É só analisar a linha de tempo, o processo de negociação estava avançado, inclusive com gastos que estavam sendo feitos pelo governo do estado (vide o processo antes referido), quando de uma hora para outra, saiu da cartola do FHC uma proposta irrecusável do governo federal de isenção de tributos federais e outras vantagens.
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          O movimento de FHC, capitaneado pelo Toninho Malvadeza, foi extemporâneo e com o claro objetivo de dar vantagens quantitativas a instalação da fábrica na Bahia, ou seja, um movimento para prejudicar o Rio Grande do Sul e beneficiar componentes de sua base política!
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          Não há o que questionar, ninguém tinha expulsado ninguém.

  4. Julião meu amigo.
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    Existe um índice que se está utilizando muito na comparação entre a viabilidade de combustíveis ele se chama EROI (energy returned on energy invested), ou seja, um índice desmonetarizado que relaciona a energia que se obtém a partir da energia investida.
    Por exemplo, se lá no início do século XX se produzia 100 barris de petróleo com a energia de 1 barril de petróleo (depósitos em terra, pouca profundidade, ….) o EROI era de 100. A evolução do EROI de combustíveis para automóveis petróleo é mais ou menos a seguinte:
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    ANO………………EROI
    1990……………….35…..(petróleo do oriente médio)
    2007……………….12…..(petróleo do oriente médio)
    Óleo de xisto……..5
    Novo petróleo…….8…..(novas descobertas)
    1970……………….30……(Óleo e gás norte-americano)
    2005……………..14,5….(Óleo e gás norte-americano)
    Álcool de cana….. 5
    Biodiesel………..3 a 1,7
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    Em resumo, quando o EROI aproxima-se da unidade, não há preço que o sustente, pois gasta-se quase a mesma energia para produzi-lo do que a energia gerada, é mais ou menos como um cachorro correndo atrás do seu rabo.
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    Se continuarmos somente com o petróleo em águas profundas ou em ambientes hostis, como o Alasca e Polos, o EROI vai para em torno de 3 a 5, ou seja, se o preço sobe a produção também e é um circulo vicioso, e não virtuoso.

    • Rogério traz dados e negativam ele. Se trouxesse mentiras positivariam?

      • Pablo, as pessoas são assim: se tu “prova” que elas estão com uma idéia errada, elas são automaticamente contra (ficam na defensiva).

        Agora tu imagina quando um dia, alguém tiver coragem de tomar uma medida onde mexeria nos empregos das montadoras, “forçando” o pessoal que tá a 20 anos no mesmo emprego e função a ter que fazer algo diferente, em outro setor?

        As pessoas gostam de rotina!

      • Pablo.
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        A diferença do que está escrito acima é que são dados copilados de artigos técnicos com revisão por pares, agora muitas vezes é mais importante escrever um “EU ACHO QUE” do que escrever algo concreto.
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        E o pior de tudo é que quem negativou tem consciência clara e límpida de que o que escrevi está certo, porém vivem na ilusão.
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        Há mais de dez anos uma dessas grandes corretoras internacionais previram que o preço do petróleo atingindo valores acima de 100US$ o Barril, o que eles erraram é que não previram uma recessão tão duradoura como esta, que não fez o petróleo passar de 100.
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        Outro exemplo de como as pessoas gostam de se iludir, são os norte-americanos que estão fascinados com o petróleo do xisto betuminoso, os preços mais competitivos com tecnologias de ponta na extração deste tipo de mineral é em torno de US$30,00 a US$25,00 por barril, ou seja considerando que isto é praticamente energia, dá um EROI de 3 a 4 (fui bonzinho e coloquei 5 na minha tabela), ou seja o petróleo dai da mina já com um preço de US$30,00, agregando o transporte, refino, distribuição, pode quase chegar a um EROI de 2,5 a 3.
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        Até o Citigroup fez uma publicação ufanística, do tipo ninguém segura este país, prevendo que os USA se transformariam em exportadores de petróleo, e agora está dando com os burros n’água.
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        O mais interessante é que todas as previsões ufanísticas estavam baseadas num comportamento de poços como dos depósitos convencionais e está se vendo que não é bem assim.
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        O assunto é interessante e explica em parte o deslocamento de indústrias eletro-intensivas e as montadoras para o Brasil, eles estão atrás de energia e de água, e o que venderemos para eles é isto!
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    • Rogério, você já deve ter visto, mas aqui tem algumas imagens da extração do óleo a partir do xisto

      • Não foi possível incorporar o vídeo com o tempo onde começa as imagens, então tem que abrir no youtube e ir para 59:37

        • Pablo.
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          O que aparece no filme é outro aborto da tecnologia moderna, é a extração de petróleo das areias do Canadá (tar sands ou oil sands).

        • Achei que fosse a mesma coisa…

        • Na Wikipédia há no item http://en.wikipedia.org/wiki/Oil_sands um filminho a direita do texto que mostra a evolução de uma das explorações destas areias. Deixa o pessoal aqui do meio ambiente no chinelo!

        • Pablo, é a mesma merd@ mas não a mesma coisa.
          Das areias de Alberta no Canadá se extrai alcatrão e depois se refina. De cada duas toneladas de areia se extrai um barril de petróleo de alcatrão. O problema é o processo de refino e transporte do mesmo.
          Já o xisto betuminoso é uma rocha sedimentar de grão fino que contêm querogênio (uma fase anterior ao petróleo), o problema principal está na extração devido a baixa permeabilidade da rocha e depois na transformação em combustível líquido (mais difícil) ou gás mais fácil.
          Necessita na maior parte das vezes de fraturamento hidráulico (quebra da rocha) e perfurações horizontais para sua extração. Após o querogênio deverá se refinado.

      • Olhei por cima, mas o que mais me impressiona é a quantidade de casas em Las Vegas, cada pessoa deve consumir a energia de uns vinte brasileiros e de uns dois mil africanos.
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        São verdadeiros cancros do mundo, e olha que nos staites tem ótimos lugares para viver sem aquela orgia de desperdício de energia (até rimou).

  5. O Tarso sonhou com a BMW e a Mercedes e acordou com a Dongfeng Motor Corporation rsrs.

  6. Enquanto o governador de SC toma cha com a Merckel, o aTraso fica socializando com os lideres do Hezbollah e OLP na Palestina.

    • Políbio Braga, é você?

    • Gerson
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      Se tu acompanhasse o site do jornal Econômico (jornal conservador português) verias que os portugueses preferiam tomar chá com o “presidente” da Coréia do Norte do que com a Ângela Merckel, esta senhora depois do Hitler está sendo o Alemão mais odiado do planeta.
      .
      Acompanhe que verás o que leva a associação com a Merkel!

  7. Não vejo nenhuma destas montadoras aqui instaladas anunciar a produção de um modelo elétrico. Isto é só para os exigentes países de origem.

    • Aqui, diferente do restante do muno, não há incentivo (fiscal ou comercial) para fabricação venda de veículos com esta tecnologia. O governo federal prioriza o álcool.

  8. Pobre, Rio Grande!

    Aliás, pobre não, BEM FEITO!

    Teve a oportunidade e preferiu investir no atraso.

    • Julião.
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      A indústria automobilística tradicional tem os seus dias contados, não sei porque se descabelar todo por uma indústria que depende essencialmente do petróleo que no máximo em 10 ou 15 anos atingirá preços que inviabilizam esta indústria tradicional.

      • Pois eu penso o contrário, quanto mais caro está ficando o petróleo, mais perspectiva de valorização terá a indústria automobilística, pois terá pela frente todo um futuro de investimentos a fim de converter a frota para motores mais econômicos ou movidos a combustíveis alternativos.

        • Eu acho que agora é o momento do Brasil investir em tecnologia nacional para desenvolver automóveis com fontes renováveis de energia.

          Teríamos que dar a cara a bater e investir pesado nisso, pois se hoje montamos lego, num futuro próximo vamos inverter este paradigma.

          O brabo é que não existe político com coragem suficiente para auxiliar algum empresário na parte política. E não temos empresários com dinheiro suficiente para enfrentar a concorrência desleal das montadoras que possuem poder absoluto em seus interesses.

          Em linha com isso, o Brasil criou uma linha de dependência das montadoras em razão do alto volume de mão de obra empregado, o que antigamente era muito maior e hoje num número menor. Assim o poder de barganha está com as montadoras que ao demitirem funcionários geram uma demanda social muito forte para o governo, que de forma equivocada não tem coragem para bater de frente com as montadoras.

          São diversos erros de governança que foram criados desde há época da ditadura até os dias de hoje… velha política para novos tempos.

        • Bom Julião, concordo contigo. Mas tu acha que a intenção dessas montadoras é a produção no Brasil desse tipo de tecnologia? Acho brabo…

        • Pois é, o problema vai ser se livrar dessa “dependência social” que os empregos das montadoras gerou. Isso tá virando uma bola de neve.

          Aos que entendem mais do assunto, o que poderia ser feito no médio e longo prazo?

  9. Me parece que a indústria automobilística está transferindo para o Brasil uma indústria que está estagnada no resto do mundo (exceto China e Índia), e quando vejo o passivo ambiental que está sendo criado nestes dois países começo a refletir sobre o assunto.

  10. Se não for a custo de zilhões de reais em isenções, é um ótimo projeto.

  11. Saindo da discussão Ford, GM, BMW etc. etc. e etc. Acho que o Brasil já está com montadoras demais. Não estou falando como ecopata, mas sim dentro de uma lógica de mercado, este não há para a quantidade de montadoras que aqui existem.
    Talvez o que se tenha é uma série de importadoras que montam sistemas prontos no Brasil.

    • Com certeza! O certo é projeto de carros e de processo de fabricação de carros e não montadores de Lego. SC perdeu a Stark, que é uma empresa que projeta e fabrica automóveis e está atraindo montadoras de Lego

      • O que há é que países como a Alemanha estão com problemas de falta de energia, falta de água e falta de muita coisa, transferem as bombas para nós e ficam com o Filé.
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        O mais importante de tudo é que com todas estas montadoras não há uma UMINHA nacional. Todo o desenvolvimento, toda a parte mais sofisticada (maior valor agregado) e aqui ficamos dobrando chapa, soldando e vendendo aço a preço barato. E fica toda a galera dizendo:
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        – Mais montadoras, montadoras é o progresso…..

    • Sim, deveria importar, só que há cotas de importação. Se o carro não for uns 90% nacional o governo soca ainda mais imposto.

  12. Desde quando o PT e Olivio Dutra mandaram a Ford embora as chances do RS de se tornar em um centro automotivo desapareceram, infelizmente. Bom para Santa Catarina que soube aproveitar as chances, e de nao votar em PT’s da vida.

  13. Temos de dar graças a Deus de termos a GM. E agora com os petralhas no governo de novo, bom, ja sabem né?

  14. A Ford não foi expulsa, ela descumpriu o acordo após as negociações e se mandou porque apareceu uma oferta melhor. Não tenho certeza, mas acho que está correndo uma ação na justiça contra a Ford por esse descumprimento.

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