“Gratuidades devem ser mantidas em patamares aceitáveis”, afirma presidente da EPTC

Samir Oliveira

Vanderlei Cappellari informa que primeiro lote da licitação sairá até dezembro deste ano | Foto: Ivo Gonçalves/PMPA

Vanderlei Cappellari informa que primeiro lote da licitação sairá até dezembro deste ano | Foto: Ivo Gonçalves/PMPA

A prefeitura de Porto Alegre vem realizando estudos para verificar as possibilidades de diminuição do número de isenções fornecidas no sistema de transporte público do município. Os gestores públicos sustentam que as gratuidades encarecem o preço da tarifa e precisam ser revistas.

Para o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, Porto Alegre possui o maior índice de gratuidades do país e precisa revisar os critérios adotados para concedê-los. “Temos que trabalhar para manter um nível aceitável de gratuidades, que não devem ser extintas. Não há nenhum esforço nosso de retirar as gratuidades de quem realmente merece”, afirma.

Ainda sobre as passagens, o presidente da EPTC comenta que houve uma “falha” na divulgação dos resultados da auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre a empresa. Ele observa que a tarifa de R$ 2,60 reivindicada pelos manifestantes foi calculada em uma simulação para o ano de 2012 com dados de 2010.

Nesta entrevista ao Sul21, Vanderlei Cappellari fala ainda sobre a implantação do sistema de ônibus BRT na cidade e sobre a elaboração da licitação para o transporte público – cujo primeiro lote deve sair até o mês de dezembro.

“Não tem outra forma das grandes cidades trabalharem a não ser priorizando o transporte coletivo”

Sul21 – Quais são as alternativas que a prefeitura está buscando em Brasília para reduzir o valor da passagem de ônibus?

Vanderlei Cappellari – O prefeito José Fortunati (PDT) é presidente da Frente Nacional de Prefeitos e eu sou vice-presidente da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP). Estivemos em Brasília participando de uma audiência pública no Senado, onde tramita o Regime Especial de Incentivos para o Transporte Coletivo Urbano e Metropolitano de Passageiros (REITUP), que exonera as empresas de ônibus e coloca a tarifa dentro da cesta básica. É o que de mais justo se tem discutido em termos de redução de custos. Se for aprovado, isso dará uma redução de 22% a 26% no custo da tarifa, porque afeta principalmente as empresas de combustível, que tem um custo bastante pesado na planilha. Estamos trabalhando também para encontrar outras fontes de financiamento. Uma delas seria onerando a gasolina para veículos através da criação de um fundo municipal para investimentos no transporte público. Não tem outra forma das grandes cidades trabalharem a não ser priorizando o transporte coletivo. As frotas de veículos crescem diariamente e não tem como adaptar a cidade na mesma velocidade do aumento da frota. Isso tem trazido grandes impactos sobre o transporte coletivo.

Para ver toda a entrevista, no Sul 21, clique aqui. Vale a pena ler.



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38 respostas

  1. Em Sampa, R$0,70 do custo das passagens é decorrente dos congestionamentos. Imagino que em Porto Alegre, não deve ser muito diferente. Por que então nenhum dono de empresas de ônibus nem o Capelari nunca mencionaram este aspecto? Arrisco que é devido à incompetência desses senhores. Como é que eles não conseguem enxergar ônibus e mais ônibus trancados no trânsito? Esses donos dos ônibus (recuso-me a chamar gente tão sem capacidade de empresários) não estão nem aí para reduzir os custos. Só pensam em repassá-los à tarifa, e ainda embutir um lucro extra sobre esses desperdícios.

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    • Aldo.
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      Talvez alguns deles tenham feito algum emibiei por correspondência, e na aula presencial que deveriam ter apreendido o que é o ponto de equilíbrio oferta-demanda, ficaram no corredor tomando cerveja e comendo coxinha de galinha.
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      Simplesmente não enxergam que a cada dia as pessoas procuram outros meios de transporte, bicicleta, motos, carros particulares ou até vão caminhando. Quanto mais aumentam as tarifas mais ficam atrativos outros meios de transporte, aí….

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  2. Eu sempre digo o mesmo: se querem dar gratuidade que façam disso um programa social em vez de fazer os outros usuários pagar. Por exemplo, distribuição de VT para estudantes e idosos pobres pagos pela prefeitura.

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  3. Hahaha agora todas fotos deles pedalando são com a pista molhada! Andando devagarinho, claro. Acham que isso comprova a aderência??

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  4. “Todo mundo deve perseguir seu direito de ter um automóvel”.

    Realmente,possuir um automóvel é um dos objetivos da vida,até porque carro é liberdade!Pfff

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    • Mas não há problema algum em ter automóvel. Há pessoas que possuem coleções de automóveis e não há mal nenhum nisso, é um passa-tempo legal. O problema é ter o automóvel como única possibilidade real para transporte.

      Não existe solução única para a mobilidade, o que precisamos é de condições iguais e justas para cada modal, e isso não é o que temos. Os governos despejam bilhões em infra-estrutura automobilística e muito pouco em trasporte coletivo (12 para um). Os governos investem menos ainda em infra-estrutura cicloviária.

      O certo é termos a liberdade de usarmos os meios que preferirmos assumindo os custos e responsabilidades de cada um deles. Seria ótimo se as pessoas pudessem usar o transporte coletivo confortavelmente quando quiserem ler um livro ou se locomoverem de bicicleta quando quiserem praticar esporte ou economizar dinheiro, ou ainda circular de carro quando precisam transportar carga ou várias amigos e familiares vão e voltam para o mesmo lugar.

      Hoje em dia temos um monte de gente que goza de plenas capacidades físicas mas fica gerando engarrafamento prejudicando pessoas que de fato precisam usar o carro. Isso acontece porque o sistema dos ônibus é péssimo e infra-estrutura cicloviária é ridícula.

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      • “Hoje em dia temos um monte de gente que goza de plenas capacidades físicas mas fica gerando engarrafamento prejudicando pessoas que de fato precisam usar o carro. Isso acontece porque o sistema dos ônibus é péssimo e infra-estrutura cicloviária é ridícula.”

        É bem isso mesmo!

        Vou até limpar os cookies do meu navegador pra poder positivar mais vezes o teu comentário hehehehe

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    • Cara pode até parecer mentira, mas eu conheço MUITA gente que realmente sonha em ter um carro. Tu pergunta o que a pessoa mais desejaria ter e a resposta é sempre UM CARRO ZERO.
      E esse pensamento geralmente vem de pessoas mais pobres, sem muito poder aquisitivo e muitas nem casa própria tem. Não quero falar mau deles, até pq eu gosto muito de carros e motos, mas não priorizo isso como um sonho.

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  5. Em qualquer país do mundo quando há uma antecipação de receitas, como no caso do TRI, há um desconto sobre o bilhete, e estes descontos são significativos. Somente em Porto Alegre, quando se antecipa receitas ao sistema que ainda reclamam.
    E mais outra, em qualquer país do mundo para se comprar um passe por uma semana, um mês ou daí por diante, se compra em diversos pontos.
    .
    Ou seja, a gestão pública do transporte de massa em Porto Alegre é uma verdadeira calamidade, e um dos responsáveis por esta calamidade é o senhor que aí se apresenta.
    .
    Daqui a algum tempo pode ser que se descubra que a PF está fazendo uma nova operação, aí sobre transporte público, talvez se veja alguns entrando no central.

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    • PF no transporte publico de Porto Alegre (EPTC, ATP, Prefeitura) eu ia gostar muito de ver isso, olha a idéia, Policia Federal!!!!!! Trabalho pela frente….

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    • hahahhaaha imagina o Capellari e o Enio Reis (da ATP) no Central!

      Ia ser bonito de se ver!

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    • Daí tu descobre que esse cara é vice-presidente da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP). Tâmo mal!

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    • Mestre Rogerio,

      Um ex-presidente da ATP não entrou no Central porque o crime prescreveu :

      http://www.espacovital.com.br/noticia-19982-transito-em-julgado-do-caso-guerreiro-reabre-debate-no-gremio

      1. Em agosto de 2000, a ISL do Brasil emitiu três cheques em nome do Grêmio, totalizando R$ 555.799,00. O valor seria supostamente usado no pagamento de multas relativas à contratação de Amato, Astrada e Paulo Nunes, que vieram no Rangers (Escócia), River Plate e Palmeiras, respectivamente. Nominais ao Grêmio, os cheques foram endossados e depositados em contas de terceiros.

      2. Após a falência da ISL, empresa suíça que patrocinava o Grêmio, ficou constatado que os três clubes não haviam cobrado multa nem recebido o dinheiro

      3. Em junho de 2005, a juíza da 1ª Vara Criminal aceitou a denúncia do Ministério Público contra onze pessoas, entre elas Guerreiro.

      A rota dos cheques

      * Três cheques – em reais – foram emitidos pela International Sport Leisure do Brasil, no Rio, em 10 de agosto de 2000, após formais insistências, por escrito, em correspondências assinadas por José Alberto Guerreiro e Martinho Camelo Faria, então vice administrativo do Grêmio. Eram pagáveis no Banco Itaú – nominais ao Grêmio- e foram assinados pelo diretor da ISL do Brasil, Wesley Cardia. Os três cheques somaram R$ 555.799. Com a correção monetária pelo IGP-M, sem juros, o valor corresponde hoje a R$ 1.264.335,87; com os juros legais, chega a R$ 2.585.566,86. Os cálculos de atualização foram feitos pelo Espaço Vital.

      * Depois de emitidos pela ISL Brasil, os três cheques nominais foram endossados, no verso, por duas assinaturas que partiram de punho(s) não identificado(s), colocadas acima dos dizeres carimbados com o nome do Grêmio Foot-Ball Porto-Alegrense . As aparências indicam que esse carimbo foi mandado fazer apenas para esses três atos do endosso, porque seu uso não foi localizado em nenhum outro documento do clube. Nos demais carimbos em uso no Grêmio, a expressão “Porto-Alegrense” jamais aparece em palavras compostas separadas por hífen.

      * Após o endosso, os três cheques foram depositados em contas de “laranjas”, no Brasil. Feita a compensação, o dinheiro foi sacado – pelos próprios “laranjas” – e entregue a doleiros. Estes não lembraram a quem foi entregue o produto final. Os “laranjas” receberam suas módicas comissões.

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      • André.
        .
        Eu nem sabia disto, eu já não gostava do Guerreiro porque a um ônibus dele jogou uma BESTA cor Prata (importante para destacar o tamanho e a cor do veículo) comigo dirigindo no canteiro central da Bento. Diga-se de passagem quando o ônibus parou ele ficou estacionado junto ao meio fio do canteiro e a besta em cima do lado do mesmo.
        .
        Primeiro foi a cara de pau do motorista que alegou que não tinha visto o “pequeno” veículo, depois foi uma luta fazer a empresa desta gentil e honesta criatura pagar o serviço.
        .
        No fim consegui um orçamento para o conserto menor do que a baiuca que ele tinha conseguido, uma oficineca de fundo de quintal que quando viu a besta nem sabia a onde comprar as peças. Para ajudar o pobrezinho mostrei um orçamento da Fossá que dava três vezes o orçamento da minha oficina, com este valor o espertinho fez um deságio de 20% sobre a Fossá e mandou o orçamento.
        .
        Quando mostrei o orçamento que tinha na empresa, os calaveiros que faziam parte do setor de enrolação caíram para trás, como uma oficineca podia apresentar um orçamento tão alto! Depois disto duas semanas depois me chamaram para dizer que a oficineca fazia por menos, neste momento já havia contratado um advogado e eles aceitaram.
        .
        Consertei a besta e ainda levaram um mês para pagar a oficina.
        .
        Gente finíssima!

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  6. Dado a precariedade do sistema de ônibus e o alto valor da tarifa, só anda de ônibus quem tem direito a alguma gratuidade, caso contrário não há vantagem alguma. Eu ficaria surpreso se houvessem muitos pagantes com essa qualidade e preço.

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    • Eu ainda teimo em continuar andando de ônibus (não sei até quando aguento…)

      Tenho carro, mas utilizo as linhas C2 e C3 para ir/voltar do trabalho.

      Recebo desconto em folha do valor integral (em torno de R$ 145,00)

      Gasto mais tempo esperando o ônibus do que realizando o trajeto com o mesmo. Geralmente leva 10-20 minutos para passar e gasto menos de 10 minutos para percorrer o trajeto. Só que, pelo menos uma vez por semana, chego a ficar 30-40 minutos esperando o ônibus (UM PORRE!!!).

      Meu trabalho fica em bairro próximo de onde moro. Não vejo necessidade de utilizar carro. Além disso, me estresso com o trânsito agressivo. Prefiro utilizar transporte público porque tenho mais contato com as pessoas, posso olhar o ambiente ao redor, não me estresso com a falta de educação ou prática de alguns motoristas…

      Porém, confesso que está ficando dificil aguentar o péssimo serviço oferecido… tem garagem aqui perto por 120,00…
      Será que logo, logo serei mais um utilizando veículo particular?

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      • Bicicleta meu amigo, bicicleta.

        Tu é um forte candidato a utilizar uma!

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        • Alex, acho que, sim, se ele mora perto do trabalho, a bicicleta pode ser uma opção, mas não é a solução para todo mundo. Nesse caso, parece sim encaixar-se no perfil dele.

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        • Alex… já pensei nisso e adoraria. Porém, existem avenidas perigosas no percurso e sem ciclovia.

          Também preciso estar bem apresentável ( meu trabalho exige reuniões quase diárias e não posso chegar suado, mal cheiroso, etc).

          As vezes volto a pé (quando me irrito com a demora do ônibus), porém, preciso atravessar avenidas largas (João Pessoa, por exemplo), cujos semáforos para pedestres são um horror: demoram, o tempo é curto, e ainda por cima tem motorista que simplesmente ignora … Ser pedestre nesta cidade é correr risco de vida!!!

          Adoraria que nossa cidade fosse mais humana…

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        • Semiografo:

          Sim, bicicleta não é alternativa pra todos. Por isso defendo integração decente com outros modais.

          Eu adoraria fazer um trecho de bicicleta e outros de ônibus ou trem, por exemplo. Mas aqui em Poa (e em toda RM) essa integração simplesmente não existe.

          Rafael:

          Sobre a segurança, aos poucos tu vai pegando os cuidados necessários. Mas sim, poderia ser mais seguro.

          Sobre chegar sujo ou fedendo, dizem que melhora depois que se ganha certo condicionamento físico, mas também, se a empresa disponibilizar vestiário pra isso já resolve boa parte dos problemas!

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        • O caminho é curto, podes pensar em skate ou patinete também… o nível de suor vai ser mínimo. E se tiver chuveiro no trabalho ou um clube perto..

          Eu levo a muda de roupa na mochila e tomo banho no trabalho.

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        • Bom saber que tão deixando usar o vestiário…

          Tu entra pela garagem?

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        • Eu deixo a bicicleta no bicicletário na garagem e entrou no prédio pela portaria mesmo… não estando de bermuda eles não vêem problema.

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      • Acho que andar de ônibus não é uma alternativa desejável para ninguém. Só anda de ônibus quem tem o orçamento apertado e não tem outra saída para se deslocar, como estudantes e trabalhadores com baixa remuneração. É lamentável que esse público seja submetido a condições tão desumanas de transporte (principalmente quando se anda de pé no veículo lotado).

        Às vezes pegava o Agronomia, que tinha as janelas lacradas porque supostamente teria ar-condicionado, só-que-não 😛 Resultado: o ônibus se tornava uma lata de sardinha sufocante. E isso não foi um dia só. A política de ar-condicionado desativado era constante.

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        • Exageraste, eu ando de ônibus quando chove (daí bicicleta não dá). Como escolhi meu apartamento pensando em transporte coletivo, tenho ampla cobertura e linhas que servem bem para mim.

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        • Eu vou trabalhar sempre de ônibus Semiografo. Chego em 15 minutos. E tenho um ótimo padrão de vida. Não é questão de ter condições financeiras e sim, condições intelectuais.
          Ah, em breve vou começar a ir de bicicleta, assim que a ciclovia da Ipiranga estiver pronta.

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        • “Eu vou trabalhar sempre de ônibus Semiografo. Chego em 15 minutos. E tenho um ótimo padrão de vida. Não é questão de ter condições financeiras e sim, condições intelectuais.
          Ah, em breve vou começar a ir de bicicleta, assim que a ciclovia da Ipiranga estiver pronta.”

          Como assim, condições intelectuais? Se é por isso, eu sou pedestre a maior parte do tempo, moro no bairro onde trabalho. O meu meio de transporte não exige vias novas (ciclovias, por exemplo). Tem que rir mesmo, é um querendo crescer em cima do outro, dizendo que “o seu meio de transporte é mais sustentável que o do vizinho”.

          A gente precisa é de transporte público de qualidade, não esse papinho do tipo “eu sou mais saudável e poluo menos”. Se é por isso, os km que eu ando de carro eu compenso com créditos de carbono andando a pé. Tsc…

          Vamos falar sério, tá cheio de gente que mora nos cafundós da cidade, aliás a grande maioria e não a massa de pseudo-sustentáveis que arrota discurso politicamente correto, mas mora em bairros nobres e bem localizados. Quem mora na perifa não tem muita opção, é injusto condená-los à penúria de se deslocarem de ônibus ou pedalar 10/15km cada trecho.

          O transporte público é ruim e ponto… é só melhorar que naturalmente o carro vai ficar na garagem.

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        • Semiografo, sim, tem muita gente que mora longe. Alguns por falta de opção, condição financeira, e estes precisam de transporte publico. Outros fazem isso por que nunca consideraram usar transporte coletivo e esses que talvez precisassem rever conceitos.

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      • Desculpe, não conheço a realidade do transporte de POA (mas pelo que vejo aqui, é bem ruim), mas essa espera de 10 minutos é normal até em Curitiba (onde moro), que se diz ter o melhor transporte coletivo do mundo. Tem uma linha que eu pego que leva em torno de 30 minutos para passar durante a semana e quase 40 minutos em finais de semana ou feriados.

        Domingo chego a levar 1 hora e 10 minutos para chegar em casa, sendo que durante a semana leva 40 minutos. E nestes 20 minutos, apenas 20 são dentro do ônibus. Os outros 20 minutos eu fico esperando na parada. Detalhe: preciso pegar dois ônibus para ir ao trabalho. Moro no centro e trabalho no bairro.

        Em horários de pico, os ligeirões (biarticulados), passam entre 3 e 5 minutos nos tubos, mesmo assim, onde cabem 250 pessoas, estão, no mínimo, umas 300. As pessoas ficam literalmente expremidas nas portas, tanto é que as vezes a própria porta é que expreme as pessoas para dentro.

        Uma única vez peguei um ônibus em Porto Alegre, e não achei ruim. Foi no bairro Boa Vista (se não me engano), na Avenida Nilo Peçanha para ir até a rodoviária. Foi mais rápido que de táxi. Fui todo trajeto sentado e ninguém foi em pé no ônibus. Talvez tenha sido sorte, não sei. Eram umas 16h mais ou menos.

        Como eu disse, não conheço a realidade de Porto Algre, mas acredito que a implantação de ônibus biarticulados (capacidade de 250 pessoas), em sistema semelhante ao de Curitiba nas principais avenidas de Porto Alegre e RM, melhoraria bastante a situação (além de ser indiscutívelmente mais barato que metrô).

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        • Tu pegou uma linha “barbada” heheeh.

          Se pegar um D43, 343, 353 ou T9 (que vão para a PUC, por exemplo) final do dia, tu paga teus pecados!

          Tem também o T1, T11, 520 (falo das que conheço), que no horário de pico vão extremamente lotados de ponta a ponta do trajeto. E não adianta colocar ônibus articulado de 3 em 3 minutos, lota igual!

          Tem lugares que não adianta mais ônibus, não dá mais conta…

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        • Já grande parte dos ônibus em Porto Alegre são biarticulados, logo não vejo o que possa melhorar.

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  7. Resumindo???? Vão conseguir a tal isenção, reduzir o numero de gratuidade, e não vão baixar a passagem porque vão dizer que ela estava defasada, como tudo no Brasil quando sugerem baixar, mantêm o preço dizendo isso, não consigo ser otimista, não adianta, a passagem não vai baixar.

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  8. Falou o advogado da ATP .

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    • Solução: já que está barato se deslocar de carro, uma alternativa bem mais confortável que os ônibus superlotados, a prefeitura sugere onerar os veículos particulares. Ou seja, fica tudo como está, mas torna-se o ônibus uma opção mais atrativa tornando as outras mais caras. Grande ideia!

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      • Tu foi sarcástico? não consegui captar a idéia.

        Porque: se ficar tudo como está (transporte coletivo horrível) pessoal vai continuar indo de carro, por mais caro que seja.

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        • Alex, não fui sarcástico. Andar de ônibus é ruim pra caramba. Tentei fazer isso durante quase um mês após iniciar o meu mestrado, mas é lento, lotado e fazia com que eu chegasse atrasado no trabalho. Enfim, foi um atraso na vida.

          A crítica que fiz é que a solução proposta pela prefeitura é tornar o veículo individual o mais desinteressante possível para que a porcaria do ônibus torne-se uma opção atrativa para os condutores de automóveis. Só que, para isso acontecer, vão precisar dobrar o preço da gasolina e criar uns dois ou três impostos novos. Eu não troco o tempo de deslocamento e o conforto do carro tão facilmente.

          Como moro e trabalho no centro, o meu dia a dia é de pedestre, exceto quando vou à faculdade. Então, tento balancear a minha rotina com opções rápidas e de bom custo x benefício. Em pleno século XXI, não dá para admitir passageiros em pé em um veículo tão lento, sem ar-condicionado, sem Wi-Fi, sem cafezinho. Ônibus em Porto Alegre hoje em dia não é transporte coletivo, é frete coletivo… somos apenas uma carga sem valor.

          Piorar todo o resto para tornar o ônibus uma opção viável é que não dá para aceitar… é uma proposta, no mínimo, digna de ridicularização.

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        • Concordo contigo. Mas digo mais: pode elevar o preço da gasolina a R$ 5,00, vai ter gente literalmente se fu%¨&*I pra pagar e continuar indo de carro, se o transporte coletivo não melhorar.

          Mas melhorar MESMO e não ficar metendo na cabeça da população que o transporte é um dos melhores quando na verdade é totalmente o contrário.

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