Porto Alegre conhece os números da atividade turística em 2012

Dados foram apresentados durante lançamento Boletim Estatístico Municipal  Foto: Samuel Maciel/PMPA

Dados foram apresentados durante lançamento Boletim Estatístico Municipal Foto: Samuel Maciel/PMPA

A taxa média anual de ocupação da hotelaria de Porto Alegre foi de 58,76% em 2012, o que representa uma queda de 3,95% em relação a 2011. A exemplo do que ocorreu no segmento em todo o país, o resultado foi influenciado pelos efeitos da retração econômica mundial, o baixo crescimento do PIB brasileiro (apenas 0,9%), a queda de 1,8% no PIB do Rio Grande do Sul e também pelo crescimento da oferta de unidades habitacionais para hospedagem, na ordem de 511 apartamentos ou 1.022 leitos. Mesmo com a variação negativa na ocupação média, a procura por hospedagem na cidade aumentou 2,47% no ano passado. (fotos)

Estes e outros números de monitoramento da atividade turística foram apresentados nesta terça-feira, 7, pela Secretaria de Turismo da capital gaúcha no café da manhã de lançamento da nova edição do Boletim Estatístico Municipal do Turismo em Porto Alegre (BEMTUR) composta de dois volumes: o resultado do 3º quadrimestre de 2012 e os números consolidados do ano. O encontro, realizado no Hotel Plaza Porto Alegre, reuniu imprensa e os parceiros do projeto. O BEMTUR é produzido a partir da sistematização de informações geradas pela Prefeitura de Porto Alegre, por meio da Secretaria de Turismo e da Secretaria da Fazenda, e dos parceiros Porto Alegre e Região Metropolitana Convention & Visitors Bureau, Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre (SindPoa), Infraero e Veppo, empresa concessionária da Estação Rodoviária local.

Ainda sobre o desempenho da hotelaria, o Boletim destaca que, com exceção de fevereiro, os demais meses do ano tiveram seus picos de ocupação associados aos eventos realizados na cidade. Se considerada isoladamente, a taxa média de ocupação dos hotéis durante os eventos que ocorreram no ano chegou a 61,94%. Novembro, com taxa de ocupação de 67,3%, e outubro, com 61,15%, foram os melhores meses, ambos embalados por uma sequência de eventos entre shows, competições esportivas e congressos científicos. “O setor hoteleiro está diretamente vinculado ao destino, e a atratividade de Porto Alegre é fortemente ligada à quantidade de eventos que ocorrem na cidade”, analisa o diretor da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-RS), Abdon Barretto Filho. Segundo ele, “os dados organizados no BEMTUR são importantes não apenas para a definição de políticas públicas para o setor mas para as decisões estratégicas das empresas, pois o Turismo é um fato econômico”.

Mais estrangeiros – Em 2012 cresceu também o número de pessoas que utilizaram os cinco Centros de Informação Turística (CITs). O número de visitantes brasileiros aumentou 69% e o de estrangeiros, 41%. Os sul-americanos seguem respondendo por quase a metade (47%) dos estrangeiros atendidos, mas as maiores altas do ano foram de turistas da América do Norte, Central e Caribe (52%), da Oceania, Ásia e África (51%). Se considerado o período de 2010 a 2012, o maior aumento acumulado foi de visitantes da Europa, na ordem de 63%, com destaque para espanhóis e portugueses cuja presença cresceu 96%.

Chama também atenção no BEMTUR o crescimento na procura pela Linha Turismo, city tour oficial da capital que transportou 77.039 pessoas, o maior fluxo desde 2003. O número representa um aumento de 56% no fluxo absoluto de passageiros, em relação a 2011, e foi possível com a incorporação de dois novos ônibus à frota e ampliação da oferta de roteiros em 144%. Houve incremento também, na casa de 28,72%, no número de isenções: foram 5.777, das quais 70% vinculadas à Escola Social de Turismo que oferece o city tour aos participantes de quase todos seus programas de qualificação e, pelo projeto Cota Social, a estudantes das escolas municipais e crianças atendidas pela rede social da cidade. Em 2011, o total de isenções somou 4.488.

Fluxo aéreo – O fluxo de passageiros no Aeroporto Internacional Salgado Filho aumentou 5,4% em 2012, em relação ao ano anterior, com 8.261.355 passageiros. No setor internacional foram 654.848 passageiros (8% do total), o maior fluxo desde 2003, 50% superior a 2010 e 15,05% maior que em 2011. No setor doméstico foram 7.606.525 de passageiros, 4,64% a mais que em 2011. A oferta de voos, no entanto, foi diferente: houve uma redução de 10,11% nos pousos e decolagens internacionais em relação a 2011 e de 2% nos voos domésticos.

“O balanço geral do ano mostra que o problema não é a falta de demanda por viagens aéreas, porque o fluxo de passageiros aumentou, mas sim a oferta de voos que foi reduzida especialmente com a readequação da malha feita pela TAM e Gol, afetando principalmente as rotas internacionais atendidas por essas duas aéreas brasileiras”, afirma o secretário de Turismo de Porto Alegre, Luiz Fernando Moraes, que coordenou a apresentação dos dados. As empresas com bandeiras de outros países que operam no Salgado Filho (Copa Airlines, TACA e TAP) mantiveram inalteradas suas frequências de voos. “O aumento de passageiros no Salgado Filho, na capacidade hoteleira da cidade, a maior procura por leitos, o público recorde no Linha Turismo e o maior número de estrangeiros nos centros de informações turísticas mostram o vigor econômico e o crescimento da atividade turística em Porto Alegre”, analisa Moraes.

Prefeitura de Porto Alegre



Categorias:Economia da cidade, Rede Hoteleira, TURISMO

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16 respostas

  1. De nada Gilberto, um abraço.

  2. Desculpem a ortografia. Estou escrevendo em um (pessimo) teclado de celular.
    Eh dificil inclusive editar, depois, pra corrigir.

    Mas da pra entender o que eu escrevi.

  3. Acho ridiculo usarem a palavra TURISMO pra essas pessoas que vem ca. Eles usama palavra turismo querendo dar a entender, querendo passar um ar, ima impressao, de que sao turistas que vem pra ca. Mas nao sao. Eles tem a obrigacao de deixar clarissimo que eh “turismo” de eventos. Isso ficou bel claro quando ele disse “a quantidade de pessoas que vem. Porto Alegre esta diretamente ligada a quantidade de eventos”
    Leiam essa frase mil vezes: ela fala muita coisa.

    Sim, eh otimo que nossa cidade tena muitos seminarios, evento. Nao a duvida.
    Mas as pessoas que vem pra ca vem so porque o evento esta sendo aqui. Se o medico Pedro tivesse um congresso em Cuiaba, ele iria pra la, apenas porque o congresso vai ser la.
    Grosso modo, as pessoas nao pensam em Poa como uma opcao pras ferias ou feriadao. Ninguem pega seus filhos e diz: “Vamos conhecer Porto Alegre!”
    Nao. As pessoas vao pra Fortaleza, Floripa, Rio, Buenos Aires.

    Portoanto, NAO HA TURISMO EM PORTO ALEGRE.
    NAO HA TURISTAS EM PORTO ALEGRE

    Ha so gente que vem pro seminario, passa o dia inteiro no Centro de Eventos sa Puc ou outro, e volta pro otel ou aero. No maximo, vao a uma currascaria .

  4. Turismo em Porto Alegre. Esse eh um assunto que me entristece profundamente. Nossa cidade ja tem tanto pontecial e, com eles, poderia ter tanta coisa muuuuuito legal.
    A coisa mais surreal eh que a maior propaganda que a cidade faz de si, o por do sol, nao ha como ser asistido. Sei de varias pessoas de fora que vieram pra ca e disseram ter ouvido falar toda a vida sobre o por do sol de Poa, e queriam ansiosamente ve-lo.
    Tambem poderiamos ter maravilhosos mirantes com infra de lazer, nos morros.
    Poderiamos, NO MINIMO, ter um polo hoteleiro proximo a orla, com vistas deslumbrantes… ou seja, estar no hotel, em si, ja seria uma atracao.
    Nem falo na nossa orla, que poderia ter atracoes, lazer, quiosques e muita gente, muita vida.

    • Polo hoteleiro na orla? Seria muito bom, mas esquece…. O destino de uma tentativa dessas seria, no mínimo, os empresários dispostos a investir serem “enxotados” da mesma forma que fizeram com o empreendimento do Pontal do Estaleiro. Tem uma turma por aqui totalmente sem noção. Triste…

  5. As empresas aéreas estrangeiras mantiveram seus vôos internacionais, enquanto as brasileiras readequaram suas malhas (= cancelaram vôos partindo de Porto Alegre). Dedução lógica: empresas brasileiras não tem capacidade para concorrer com as estrangeiras ou, por uma visão estreita, perdem mercado.

    • Carlos.
      .
      Falar em empresário brasileiro com visão estreita é redundância. Aqui qualquer negócio que não dê o retorno do capital investido em menos de cinco anos é considerado um mal negócio.
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      Se pegares alguma empresa estrangeira que disponha dinheiro de fundos de pensão, por exemplo, as taxas de retorno aceitas por estas empresas são muito menores.
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      Qualquer empresário de porte médio, quando junta algum dinheiro a primeira coisa que ele investe é num automóvel importado, depois numa enorme casa na praia (num condomínio a beira da estrada longe do mar).
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      O raciocínio do nossos “grandes empresários” foi moldado no tempo de uma inflação de 20% ao mês, logo naquela época se lucravam 19% ao mês estavam todos faceiros.

  6. Enquanto a cidade nao oferecer atracoes turisticas decentes e construir um centro de convencoes de grande porte que atraia um maior numero de feiras, nada vai mudar….

    • Gerson.
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      Se fizer um centro de convenções de grande porte, vai faltar leitos. Quando há mais de dois congressos médios em Porto Alegre hoje em dia falta leitos.
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      Só para fazer uma pequena conta, o último congresso de cardiologia em Salvador teve 5.000 inscritos, para os 8.000 apartamentos que havia em Porto Alegre não dá nem para pensar num evento deste tipo.
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      Só para dar o exemplo da posição de Porto Alegre em relação a outras capitais.
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      Dados de leitos de Hotel em 2011 (fonte IBGE)
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      São Paulo………73.488
      Rio de Janeiro….45.416
      Salvador……….22.366
      ….
      Florianópolis…..20.060
      ….
      ….
      ….
      Porto Alegre……14.625
      .
      Atenção, Canela+Gramado tem 18.000 leitos.

  7. Leiam:
    .
    http://www.imovelclass.com.br/ler.php?id=2162
    .
    Lá mostra que há um medo dos hoteleiros mais antigos de perderem mercado e pior (para eles), terem que baixar seus preços.

  8. Tem erro neste cálculo, se a taxa de ocupação caiu de 63% para 59% e o número de leitos cresceu em 1022 em 2002, como a cidade tinha aproximadamente 16000 leitos isto significa que houve um crescimento de 6,3% da oferta, logicamente o número de turistas aumentou.
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    O que há é que com maior disponibilidade de leitos o preço tenderá a diminuir, não continuando com valores absurdos como era no passado.
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    Se eu quiser reservar agora um hotel no centro de Paris (três estrelas) agora mesmo acho preços de R$180,00 para duas pessoas, é o preço do Plazinha, que já foi quatro estrelas lá por 1950!
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    Os hoteleiros no Brasil tem que cair na real, como num hotel o custo maior é o salário e os salários dos empregados é aproximadamente 20% do salário de qualquer funcionário em Paris, as tarifas aqui deveriam ser no mínimo 1/3 das tarifas de um hotel em Paris.

  9. “maiores altas do ano foram de turistas da América do Norte, Central e Caribe (52%)”
    Tipo o que? de 2 passou pra 3?

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