Iuri Müller e Ramiro Furquim

Manifestantes voltaram a percorrer as ruas de Porto Alegre após a marcha de segunda-feira. Mesmo depois da decisão judicial que permite o corte de 115 árvores no Gasômetro, a mobilização permanece | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Mais uma vez, manifestantes marcharam nas ruas de Porto Alegre para protestar contra o corte de árvores próximas à Usina do Gasômetro, medida permitida pela Justiça gaúcha na última semana. Na noite desta quinta-feira (23), em torno de trezentas pessoas – entre estudantes, ativistas ambientais e trabalhadores – se reuniram em frente à Prefeitura municipal e rumaram em direção ao acampamento que, há mais de um mês, permanece na Avenida João Goulart.
Os manifestantes iniciaram a movimentação por volta das 18 horas, quando novos cartazes começaram a ser pintados no chão da Praça Montevidéu. Na última segunda-feira (21), foi realizada a primeira marcha depois que, na semana passada, a Justiça gaúcha decidiu de forma unânime pela liberação do corte de 115 árvores na Avenida Beira-Rio – via que passará por reformas em função da realização da Copa do Mundo de futebol. Desde então, a Prefeitura pode iniciar a remoção a qualquer momento, ao passo que os acampados prometem continuar no local.
Leia matéria completa, no SUL21, clicando aqui.
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Vou me apropriar de um comentário do leitor Diogo :
Vejamos:
1)A Justiça determina baixar a passagem em Porto Alegre. A Prefeitura reduz o preço e ponto.
2)A Justiça determina que as árvores podem ser cortadas. A Prefeitura ainda tem que ” negociar”?
MAS QUEM ESSES PREGOS PENSAM QUE SÃO!?
Categorias:Duplicação de avenidas
MaRcElO POR FAVOR LEIA ISSO:
aqui estão os argumentos para se ampliar as avenidas em poa:
– Poa cresce verticalmente pois esta cercado de morros,rios, e municípios adjacentes, o único lugar que a cidade cresce horizontalmente é na zona sul, por tanto precisamos de planejamento hoje, para amanhã não causar um caos a cidade.
– O número de carros cresce a cada dia imagina daqui a 8 anos com estará nossa cidade.
– Como Porto Alegre cresce na vertical, numa rua onde haviam 10 casas, hoje há 10 prédios e a rua é a mesma precisamos então de viadutos e alargamentos das vias.
– O número de avenidas deve aumentar, não podemos ter o mesmo número de vias que tinhamos em 1950,60,70,80…
– É errado dizer que a avenida que liga o gasômetro a rotula das cuias já duplicado, motivo: mal cabe um carro do lado do outro, imagina parar um ônibus ou caminhão no meio da via, o trânsito para simplesmente.
– As árvores que estão localizadas num aterro não são centenárias, podem muito bem ser replantadas ou plantar novas mudas em outro lugar.
– Pode e deve ser usados os planos do Jaime Lerner, o projeto da marina em frente ao Beira-rio, a construção de parques e quadras esportivas semelhantes ao aterro do Flamengo no Rio, construir uma Roda Gigante na ponta do aterro passando o museu e antes do barra shopping, plantas novas árvores E MESMO COM TODA ESSA REVITALIZAÇÃO AINDA HÁ ESPAÇO PARA PAVIMENTAÇÃO, POR TANTO É UMA QUESTÃO DE BOM SENSO A CONSTRUÇÃO DE VIAS E PARQUES NA CIDADE, O QUE NÃO PODE É O RADICALISMO DE CERTAS PESSOAS.
Obs: Um exemplo que cito é a avenida Carlos Gomes, conseguiu ser ampliada de 2 para 3 pistas , foi construído um corredor de ônibus e foi PLANTADO CENTENAS DE ÁRVORES NOS CANTEIROS CENTRAIS, e hoje há MUITO, MAS MUITOOOOOO, mais árvores nessa avenida no que no passado. OU SEJA CONSEGUIRAM DESENVOLVER A CIDADE COM NOVAS PISTAS E REVITALIZA-LA. Agora imagina se hoje ainda tivessemos 2 pistas que inferno seria, e veja quantas árvores existem hoje plantadas lá….
AGORA IMAGINA SE ESSA OBRA NÃO ACONTECESSE PORQUE AMBIENTALISTAS NÃO APROVASSEM A DERRUBADAS DE 10 ÁRVORES, que na verdade foram re-plantadas e foram plantadas novas mudas… POIS É MENOS RADICALISMO, MAIS DESENVOLVIMENTO E BOM SENSO..
Alguém já tentou ler com cuidado todo o Plano Diretor de Porto Alegre com todas as leis posteriores que o modificaram e com as plantas e figuras?
Não, pois sou uma “pessoa de bem” que não pode perder tempo se preocupando com a sua cidade, pois trabalho o dia todo.
Não posso “perder tempo” questionando os nossos governantes, pois se eles foram eleitos, eles “sabem o que estão fazendo”.
Mas falando sério, ainda não li mas pretendo. Só me livrar “das amarras” do meu TCC que vou me dedicar mais a esse tipo de coisa.
Acho que deveria ter uma passeata dos que são a favor dos cortes das arvores !!!!!
Já tentaram, não teve muito sucesso (nem argumentos):
https://portoimagem.wordpress.com/2013/04/26/avenida-beira-rio-ja/
Mas claro, seu eu tivesse lá teria conversado com todos os manifestantes um a um, e veria que são todos “cultos”, não são massa de manobra e sabem o que estão fazendo lá, como não fui não tenho o direito de expressar minha opinião sobre eles, claro, perfeito…….rsrsrsrs.
Sim, isso que tu tá dizendo que é “normal” se chama preconceito:
preconceito
(pre- + conceito)
s. m.
1. Ideia ou conceito formado antecipadamente e sem fundamento sério ou imparcial.
2. Opinião desfavorável que não é baseada em dados objetivos. = INTOLERÂNCIA
3. Estado de abusão, de cegueira moral.
4. Superstição.
Não entendeste ainda que a tua opinião sobre os manifestantes é irrelevante para a discussão? Estamos discutindo a duplicação da Edvaldo Pereira Paiva, estamos discutindo o futuro de Porto Alegre, um projeto de cidade, não a motivação de alguns manifestantes.
E tem este projeto?
Quando eu digo “projeto de cidade” não estou me referindo a um projeto formal, escrito e detalhado, mas algo ideal a ser buscado e construído aos poucos.
Na minha opinião devemos buscar uma cidade com espaços públicos qualificados, que priorize o pedestre, a bicicleta e o transporte coletivo (de preferência sobre trilhos), como por sinal já prevê o PDDUA. Uma cidade onde as áreas verdes sejam valorizadas e qualificadas enquanto a circulação e estacionamento de automóveis particulares seja cada vez mais restrita.
Criação de ruas com acesso de automóveis somente para moradores, como já existe na Europa, acalmia de tráfego, e outras medidas que voltem a tornar as ruas espaços seguros, que as pessoas possam ocupar para tomar seu chimarrão, onde as crianças possam jogar bola, onde o artista de rua seja valorizado.
Infelizmente ao invés de haver uma discussão sobre o projeto de cidade que queremos a longo prazo, a prefeitura tenta nos empurrar um modelo de cidade ultrapassado, focado numa lógica rodoviarista, que marginaliza os pedestres e a vida em comunidade para priorizar o fluxo de automóveis particulares enquanto o transporte público é sucateado.
Marcelo.
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O problema sempre está nos detalhes.
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Acho uma beleza este discurso “Na minha opinião devemos buscar uma cidade com espaços públicos qualificados, ….” Ou seja, não se define quantos nem onde serão estes espaços públicos, não se define o que venha ser “um espaço público qualificado”. Para uns a quantidade de espaços públicos já é satisfatória, para outros não. Para uns qualificar um espaço público é colocar um estacionamento e uma pracinha com um balanço, para outros é bem mais sofisticado.
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Ou seja, este discurso teórico, beirando o romântico, só serve para criar atritos a cada intervenção pública que se faz.
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As tuas imagens são românticas e indefinidas, falas como estivéssemos num país Europeu há dez anos (hoje não é mais assim), quando tudo “estava resolvido”.
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A Suécia é um belo exemplo do que a ilusão de um país que se considerava feliz, os suecos pensavam exatamente nos ambientes públicos qualificados, enquanto os imigrantes trabalhavam na base da sua economia. O mesmo acontece em outros países europeus, agora durante a recessão os Suecos depois de cinco dias de tumultos na sua periferia, descobriram que o seu país não é tão feliz nem tão igual como pensavam.
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Quem vive na nossa periferia não são imigrantes, são migrantes, mas tem uma característica em comum, caso venha uma crise econômica são exatamente os mais desvalidos e os que primeiro sentem o impacto desta crise.
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Não digo que construção de avenidas seja uma resposta desenvolvimentista que vá proteger todos de alguma crise, nem que ter lugar para tomar chimarrão vendo artistas de rua seja o ideal de felicidade, mas acho que esta discussão mais arvorezinhas ou mais avenidinhas é parte de uma discussão tola maior, ou seja, não se discute o emprego, a verdadeira sustentabilidade de uma cidade.
Eu discordo que o “emprego” seja a sustantabilidade de uma cidade, mas essa é uma outra discussão mais ampla e que não cabe nesta página.
Sob a minha visão de cidade, eu achei que estávamos falando apenas de planejamento urbano, disposição de ruas, utilização de vias, prédios, coisas do tipo, por isso não fiz nenhuma menção à trabalho. Te dei sim uma visão genérica da minha visão, do que eu considero ideal na estrutura de uma cidade. E quando eu digo espaço público, eu me refiro a todos espaços públicos, desde à orla, a Redenção, até a calçada na frente da minha casa. Principalmente as calçadas e ruas, que hoje em dia são negligenciadas como mero local de passagem, acho que precisam ter uma de suas principais funções reavaliada: a rua como espaço para se estar, como local de troca da comunidade, lugar de vizinhos se encontrarem e confraternizarem. Isso fortalece comunidade, aumenta a segurança e deixa as pessoas mais felizes. Estou falando de forma bastante genérica, mas posso dar exemplos práticos, se for o caso. Mas acho desnecessário aqui.
Mas o mais importante de tudo é que eu acho necessária a DISCUSSÃO. O que a população de Porto Alegre quer para a cidade. Como é a cidade onde queremos viver? A discussão em si é importante, para que possamos conciliar pontos de vista e buscar o consenso e acho que não precisa ser uma discussão centralizada, uma grande visão para toda a cidade, acho que poderia ser uma discussão fragmentada em bairros e regiões.
Se vamos começar uma discussão mais ampla abrangendo emprego e outros fatores que afetam a nossa felicidade, acho ótimo e acho que a sociedade precisaria embarcar nesse tipo de discussão também. Mas aí vamos falar de completa revolução social.
Ok, Marcelo, lhe parabenizo pelo seu detalhismo, a expressão correta não seria “replantar” e sim compensação ambiental. De qualquer forma em nenhum momento falei que sou contra, sou a favor da criação do parque com boa iluminação à noite e boa infraestrutura de entretenimento para os cidadãos. Assim como também sou a favor que os cidadãos porto alegrenses tenham educação e não depredem e pichem o patrimônio público como é de praxe. Falar é muito fácil: “ah, eu quero uma orla publica e qualificada e blá, blá, blá” depois de construído e com a infraestrutura necessária, em pouco tempo já está tudo vandalizado e pichado, aí não adianta nada. Vamos ser coerentes e não hipócritas; queremos a orla qualificada, bonita em harmonia com a cidade e principalmente: PÚBLICA, então vamos fazer também a nossa parte como cidadãos civilizados no que diz respeito aos cuidados que temos de ter com ela.
Estamos fazendo exatamente isso, André. Subir nas árvores é proteger a Orla do vandalismo de pessoas com interesses escusos como o sr. Fortunati que recebeu milhares de reais da empreiteira que está fazendo esta obra durante sua campanha eleitoral, do sr. Záchia que coordenava a SMAM que emitiu esta e diversas outras licenças ambientais compradas.
Queremos uma orla e um parque público de qualidade. E isso é impossível com uma via expressa de seis faixas atravessada no meio de tudo.
Marcelo
Estou começando a desconfiar que não há ambientalistas em Poa e sim pessoas que são contra a copa do mundo, pessoas que tem interesse partidário, pessoas mascaradas, pessoas que tem interesses em comum. Mas enfim, fico triste pela cidade que não desenvolve por causa de pessoas más, com más intensões… Mas como eu disse estou apenas desconfiado de algumas pessoas… Vamos esperar pra ver…
Márcio, tu não podias estar mais desinformado. Eu estava ontem na marcha contra a duplicação e encontrei e conversei com muita gente, sem ligação partidária alguma, que estava lá porque acredita que é possível construirmos uma cidade mais humana, que estavam dedicando seu tempo livre para melhorar a sociedade.
Conversei com muitos motoristas parados no trânsito ao longo do caminho, vários apoiavam a causa, alguns não tinham opinião formada, mas foram simpáticos e receptivos aos quais entreguei panfletos com as razões de não querermos as obras, panfletos que paguei com o dinheiro do meu próprio bolso e de uma amiga que colaborou.
Se estás desconfiado, procure ir na próxima marcha.
E desculpa, mas duplicação de avenidas não é sinônimo de desenvolvimento.
Por que esses manifestantes não usam essa energia toda para pedir o desenvolvimento e urbanismo da cidade?
Será que eles não percebem que essas árvores podem ser replantadas em outro espaço e serem melhor distribuídas e ampliadas??
A orla do Guaíba esta jogada e quando alguém quer revitalizar a cidade vem essa gente fazer protesto…
RESPEITO A OPINIÃO DE TODOS, MAS A MINHA OPINIÃO É CONTRA ESSES TIPO DE MANIFESTAÇÃO.
MENOS RADICALISMO, MAIS DESENVOLVIMENTO…
Entendo que há grupos radiciais em Poa, como Ciclistas, Ambientalistas que defendem suas causas e isso é bonito, agora fazer com que os seus manifestos atendam suas necessidades e prejudiquem o desenvolvimento da cidade para a maioria das pessoas dai eu não concordo.
Me diz aí, exatamente como se “revitaliza” a cidade construindo uma via expressa? E de que maneira uma duplicação de avenida traz desenvolvimento?
Bah Marcelo na boa, não vou discutir contigo, tô vendo que és radical e cego… Mais uma coisa, como tu faz pra se deslocar numa metrópole com Poa? tu pula de cipó em cipó pelas árvores da cidade? não né… Pois é, acho que as árvores são importantes, mas há espaço para planta-las em lugar apropriado que não atrapalhe o crescimento da cidade… Queres morar num lugar sem asfalto? te muda pro Acre… Sou a favor do verde, mas tudo no seu tempo e espaço… te localiza meu, tu não vive no mato e sim numa cidade… vai fazer o que com 500mil carros na ruas??
Marcelo se ”revitaliza” a orla do Guaiba com:
O projeto do Jaime Lerner…
Com o projeto da marina em frente ao Beira-Rio…
Com a construção de Roda Gigante na ponta do aterro, logo após o Múseo…
Com a instalação de quadras esportivas (iguais a do aterro do Flamengo)
Com a limpeza na orla, retirando sujeira e árvores rasas e plantando árvores em ordem junto com calçadões (igual a ipanema)…
Com a plantação de mais mudas de árvores em toda extensão da orla…
MAS COMO EU MORO NUMA METRÓPOLE É NECESSÁRIO TAMBÉM DUPLICAÇÃO DE AVENIDAS E DESENVOLVER A CIDADE, NÃO DÁ PRA FICAR ENGARRAFADO NUMA VIA, DESENVOLVE-SE UMA CIDADE SEU MARCELO CONSTRUINDO VIAS DE ACESSO RÁPIDO PARA A POPULAÇÃO, OU VAI ME DIZER QUE O SENHOR NÃO ANDA DE CARRO OU ÔNIBUS?? IMAGINA QUEM MORA NA ZONA SUL, A CIDADE NÃO PODE FICAR ISOLADA SEM ACESSOS RÁPIDOS PARA TODOS OS LADOS
Márcio, pela via que está sendo duplicada a Edvaldo Pereira Paiva, não passa sequer uma única linha de ônibus. Não há um único ponto de ônibus na orla entre o Gasômetro e o Iberê Camargo. Então essa duplicação não vai beneficiar o transporte coletivo, apenas o transporte individual. Se fosse para beneficiar o transporte coletivo e os moradores da zona sul, poderia criar-se um corredor de ônibus exclusivo ao longo da Borges e da Padre Cacique, Diário de Notícias, e por aí vai.
A obra não vai resolver congestionamento, pois quanto mais vias se constróem mais gente opta por se deslocar de carro e a duplicação perde os seus benefícios em até quatro anos. Os congestionamentos voltam a aparecer ali e em outros locais. A solução para os congestionamentos não é construir mais vias, mas ampliar e qualificar o transporte coletivo, as ciclovias e valorizar os deslocamentos a pé. https://portoimagem.wordpress.com/2013/02/20/por-que-a-construcao-de-mais-vias-nao-alivia-os-congestionamentos/
Marcelo: continuo não concordando contigo, eu trabalho dirigindo por toda a cidade, pois trabalho com telecomunicações, e é um caos dirigir em Poa… Toda e qualquer via construída desde que se respeite o meio ambiente é valida, pra zona sul, norte, leste oeste e central, tem lugar para o verde e para o asfalto, por isso sou a favor da urbanização e desenvolvimento… Obviamente que eu queria viver num lugar cheio de árvores e sombras, mas meu amigo isso aqui é uma metrópole, não dá pra viver aqui sem infra estrutura… Outra coisa: tu falou em deslocar a pé, de bike, cara na boa ,mais uma vez te digo: te localiza meu velho, o que tu quer é um mundo de faz de conta…
Marcelo: Não há 1 ponto de ônibus porque não tem espaço físico alouuuuuuuuuuuuu, se parar um ônibus entre o gasômetro e a rótula das cuias o transito para meu velho… A zona sul esta em crescimento é o único lugar da cidade que ainda pode crescer na horizontal, por isso o planejamento agora, para não sofrer no futuro… o restante da cidade de poa tem crescimento vertical porque não há mais espaço, em ruas que haviam 20 casas hoje há 20 prédios, e as ruas continuam as mesmas, dai é lógico que temos que ter VIADUTOS E ALARGAMENTO DE PISTAS.
Em nenhum momento meus argumentos foram dicotomicos, se achas que muitas pessoas querem ver uma revitalização da orla, entramos em um consenso. Conheço essa estratégia de colocar palavras na boca das pessoas pra desqualificar argumentos. Em nenhum momento falei que para qualificar a orla seria preciso desmatar a vegetação que lá existe. Apenas informei que alguns dos argumentos dos que foram contra a projetos de revitalização ia nesse sentido de que se iria “destruir o ecossistema natural” da região; isso sim que é uma falácia argumentativa por parte de quem isso profere, tendo em vista que tudo aquilo foi criado pelo homem, portanto não é “nativo” do lugar. Parabéns, conseguiste encontrar em centenas de manifestantes que tú defendes, igualdade de idéias e pensamentos, realmente acho que tú que é ignorante à respeito das pessoas. O fato deu eu participar de um protesto sobre determinado assunto não quer dizer que vou concordar à respeito de todos os assuntos relativos à Porto Alegre igualmente à você. Tú falas que “todos” os manifestantes são “cultos” e sabem o que realmente estão fazendo lá, com base em que tú afirma isso? Conhece todos os cerca de 300 manifestantes que estiveram lá, um a um? Tem certeza?
Se as pessoas foram contra UM PROJETO de “revitalização” da orla não quer dizer que elas sejam contra a revitalização, pode ser que seja apenas aquele projeto que possua falhas ou não atenda suas expectativas. Já pensasse nisto?
A vegetação que está lá é nativa sim, nativa da região de Porto Alegre. Boa parte dela nem foi plantada lá, nasceu espontaneamente, como nasceram em todos os morros e florestas. Fazem parte sem dúvida do ecossistema natural da região, pois oferecem abrigo e alimento à fauna silvestre e isso é fazer parte do ecossistema. Não é o fato de algo ter interferência do homem ou não que define se árvores são úteis ou não se fazem ou não parte do ecossistema, até porque o homem, e todo ser vivo, é parte indissociável do ecossistema e dependemos das árvores para controlar as temperaturas, reter gás carbônico e liberar oxigênio, e dependemos até mesmo dos animais que vivem nas árvores, aves que controlam o número de insetos, insetos que polinizam a vegetação, etc.
O problema é que quando uma pessoa diz que é contra um determinado projeto, já surgem direto outras para apontá-lo de “anti-progresso”, “contra-tudo”, “politiqueiros”, “massa de manobra” até mesmo de “piolhento” e “vagabundo” sem ao menos pararem para perguntar quais os motivos daquela pessoa ser contra aquele projeto em específico, se ela tem ou não razão e se não seria possível adaptar o projeto ou criar um novo projeto que supere estes problemas. Esse comportamento impede um diálogo, uma discussão séria sobre o assunto, pois agora o acusado vai ter que se defender de acusações pessoais, deixando o assunto principal de lado. Isso é o argumentum ad hominem, uma falácia, desonestidade intelectual utilizada até mesmo pelos administradores deste blog neste post mesmo, leia lá em cima o autor do post chamando os manifestantes de “pregos”.
Ok, Marcelo, te serviu o chapéu para ficar tão ofendido? És uma das lideranças que fazem lavagem cerebral nessa juventude ávida por mudar o mundo ou és mais um que serve como massa de manobra? Não sei qual foi o motivo de ficares tão ofendido, se eu disse que acho válido o protesto por parte de quem quer que seja cumprido o que está no plano diretor em relação a área. Quanto ao modelo de cidade que o pessoal que protesta diz querer defender; concordo em muitos pontos no que diz respeito à melhoria e ampliação do transporte público, BRT, metrô, linhas cicloviárias conectadas entre si. Mas o desenvolvimento de uma cidade não passa apenas por isso, passa pela qualificação de nossa orla, que muitos dos que protestam tem a opinião de que ela deva continuar atirada às moscas como está ( e cheia de lixo), para que não seja alterado o ecossistema (sendo que a orla até pelo menos o Cristal foi aterrada, e as árvores plantadas, então não há nada de mata nativa original ali, foi tudo criação do homem); e passa por uma série de outras medidas de modernização e qualificação urbana que se são contra o desejo e não atendem os gostos e necessidades de alguns, não servem. Meu projeto de cidade é uma cidade para os porto alegrenses mas também uma cidade turística e desenvolvida economicamente, tem algum mal nisso? Sou desonesto, demoníaco, conservador, reaça ou seja o que mais do que quem consegue pensar com sua própria opinião e não seja massa de manobra é acusado nessa cidade? Hãm? É fácil, eu conheço muita gente que frequenta esses protestos sim, não cheguei nessa cidade ontem, moro aqui a mais de 20 anos, e sei que qualquer coisa que tú pense diferente do que eles pensam tú já é julgado e rotulado, assim como tú acaba de fazer comigo no post acima Marcelo.
André, por que achas que me ofendi? Não me ofendi com nada do que disseste, apenas acho que falaste coisas infundadas sobre os manifestantes baseado na tua ignorância sobre o movimento. E tu continuas a dizer coisas infundadas que continuam a demonstrar tua ignorância. Participo dos protestos e não conheço uma única pessoa que vá a eles que acha que a orla deva ficar jogada às moscas e cheia de lixo, pelo contrário. As dezenas de pessoas que conheço e que participam e se manifestam contra a duplicação da Edvaldo e da João Goulart são a favor da ocupação da orla pelos portoalegrenses e acreditam que isso possa ser feito preservando a vegetação nativa (que não é original, mas nem por isso deixa de servir de abrigo e alimento à fauna, nem por isso deixa de ser bela e fazer um bem para nossa cidade). Ao contrário de ti, não acredito que há uma dicotomia entre qualificação da orla e preservação da vegetação que lá se encontra. Acho que essa é uma falsa dicotomia, sem fundamento algum. É possível levar mais pessoas à orla, facilitando o acesso à ela, com, por exemplo, linhas e pontos de ônibus que permitam o acesso da população à orla da cidade, despoluição da água do Guaíba permitindo o acesso às água pela população, criação de espaços e infraestrutura de lazer ao longo da orla, tudo isso preservando a vegetação nativa. Tem muito espaço lá, para tudo e para todos, basta ter boa vontade.
E por último, em qual trecho do meu comentário eu te julguei ou rotulei? Por favor, me diz, acabo de reler meu comentário e não encontrei nada disso.
Já por outro lado, tu está julgando e rotulando as pessoas. Por exemplo, disseste que muitos dos manifestantes “são manipulados por lideranças”, que muitos protestam por “modismo”, e por aí vai. Em vez de criticares os argumentos dos manifestantes, estás criticando os manifestantes. Uma falácia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Argumentum_ad_hominem