Artigo: Gestão sem foco, administração sem marca, por Adeli Sell

opiniãoQuase seis meses se passaram, e os novos prefeitos não acharam o foco. Nota-se uma movimentação sem precedentes para mostrar serviço. Mas estarão tomando o rumo certo?

Há um corre-corre a Porto Alegre e Brasília, atrás de projetos e verbas, sem terem definido clara e objetivamente o que é prioritário, o que importa para melhorar a vida das pessoas.

A razão primeira de qualquer administração é melhorar a vida de seu povo. E para tal é preciso ter foco, para poder deixar sua marca.

É claro que ninguém governa em linha reta o tempo todo, pois há paradas, desvios, recuos. Mas andando em zigue-zague ninguém sai do lugar. Simplesmente amassa barro.

É chegada a hora, a hora de dar uma parada para uma calibrada, olhar para todos os cenários e ver o rumo a tomar.

É hora de reunir o secretariado, principais gestores e apoiadores para um exame calmo, minucioso e sem passionalismos. Ouvir, ouvir, ouvir. Aceitar críticas. Bom auxiliar, senhor prefeito, é aquele que fala a verdade. Nenhum gestor precisa de bajuladores, porque eles se somam ao natural.

Mas não fique nas constatações. É imperioso tomar decisões, buscar novos caminhos, abrir novas trilhas, seguras, sem dar margem a se atolar por passos mal dados.

Cada governo tem que ter a sua marca. E para deixar uma marca é preciso ter ousadia, foco, planejamento estratégico, acompanhamento das metas propostas, correção de rumo, mudanças nas equipes (se for o caso) e coragem sobremaneira.

Vir para Porto Alegre e ir a Brasília atrás de projetos e recursos é louvável e correto, desde que se tenha um norte a seguir. Recursos existem para bons projetos, para aqueles que sabem onde querem chegar.

Se não tiver pessoas com capacitação no local, buscar uma assessoria ou consultoria é correta, mas fique atento, pois os milagreiros estão aí para vender “facilidades” que não só não levam a nada, mas podem colocar um prefeito numa fria, respondendo processos no futuro.

Mente aberta, coração generoso, com foco na vida de seu povo. E deixe sua marca!

Adeli Sell



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29 respostas

  1. Com esta do Schopenhauer vc Rogério me nocauteou.
    Prometo ler com calma.
    Aqui, to embaixo do mau tempo.
    Vou pensar, já que leio e ouça, apesar do Pablo duvidar, e falarei….

  2. Bem, pelo andar da carroça, está difícil de ajeitar estas melancias.
    Mas vamos lá.
    Temos opções. E estas não são simples de serem tomadas.
    Ser vereador exige passar por um teste. E este nem sempre é claro, como vimos na última eleição. Rodei.
    Faz parte da vida.
    E quando se está prestes a comemorar 60 anos penso em ser mais simples, mais didático.
    Não tenho mais tempo para teses acadêmicas. Ou teria?
    Ler vocês não me embrabece não, mas não queiram que eu fique aplastado diante das duras críticas.
    Quem sabe vocês não vão na festa do meu aniversário no dia 21 de junho, às 20h, no Clube Farrapos. Quem sabe este encontro não tire algumas rusgas de nossas relações?

    • Caro Adeli.
      .
      Quanto ao convite, conforme for o programa que a minha família decidiu para mim, poderei até comparecer, de qualquer forma agradeço o convite e te felicito por participares da turma dos 60 que já entrei a pouco tempo.
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      Mas vamos a correção da correção. Dizes num determinado ponto que não tens tempo para teses acadêmicas, há nesta afirmação uma crítica velada a academia e a uma forma de pensar que tentarei mostrar como incorreta. Começo dizendo que todos nós não temos tempo para teses acadêmicas, porém há uma frase valiosa do filósofo alemão Schopenhauer num de seus artigos que levanta sérias criticas aos falsos eruditos que diz:
      .
      “A mais rica biblioteca, quando desorganizada, não é tão proveitosa quanto uma bastante modesta, mas bem ordenada. Da mesma maneira, uma grande quantidade de conhecimentos, quando não foi elaborada por um pensamento próprio, tem muito menos valor do que uma quantidade bem mais limitada, que, no entanto, foi devidamente assimilada.” (Sobre a erudição e os eruditos – A Arte de escrever).
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      Com esta frase Schopenhauer começa um capítulo intitulado – Pensar por si mesmo – está num pequeno livrinho que se encontra até nos supermercados que indico para leres, ou se já o lesse te indico para releres.
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      Pois bem, porque citei isto, não foi para demonstrar erudição, pois esta parte do livro é exatamente uma crítica aos que se consideram eruditos, mas sim para te dizer que para termos uma opinião, ou seja “Pensar por si mesmo”, não precisamos de teses ou de leituras extensas e demoradas, podemos simplesmente tentar organizar o máximo o que já temos na nossa cabeça e com um raciocínio lógico, porém consistente e sem saltos (que deixaria de ser lógico!), montarmos as nossas conclusões e extraindo ao máximo das nossas experiências vividas.
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      Vamos tentar agora conectar o que escrevi um pouco acima com o que escrevi mais acima, tentando ligar três coisas, o primeiro texto, uma observação geral sobre o teu texto e uma crítica ao último.
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      Não foi por nada que na minha primeira intervenção citei o uso da chamada “ciência pós-normal”, pois como ela serve para o equacionamento de problemas que especialistas não tem solução, ou ainda que tem um miríade de soluções, e com estes dois impasses ou não conseguem achar a única ou não conseguem achar a melhor, e me parecia que este era teu problema.
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      No caso da administração democrática de uma cidade, dever-se-ia adotar uma estratégia semelhante a ciência pós-normal em coisas como o Orçamento Participativo. Este tipo de governança, no início supria as necessidades mais básicas da população a partir de um processo que lembra vagamente a metodologia pós-normal. Várias possibilidades de investimento eram postuladas pela comunidade, eram as mesmas calculadas pelos técnicos da prefeitura e levadas de volta para a mesma comunidade para que ela votasse a que mais serviria.
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      Um processo simples, mas que se esgotava na escolha do que havia em torno da própria comunidade para ser resolvido, como a pavimentação e saneamento de uma rua ou um posto de saúde para a região, logo algo que ficava aos olhos dos que ali estavam.
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      Quando chegou o momento das grandes obras, como a nossa 3ª Perimetral, quebrou-se a estrutura do orçamento participativo, pois achou-se que a população não seria capaz de demandar ou mesmo participar do projeto de uma obra de tal envergadura. Como teoricamente ela não tinha condições para gerir tal demanda, passou-se a gestão e a concepção desta obra a burocracia estatal. Neste ponto é que entra a gerência por um sistema de ciência pós-normal.
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      Especialistas e consultores acham simplesmente que a construção de uma via, como a 3ª Perimetral que foi definida magistralmente na década de 40, necessitaria, sessenta anos mais tarde, de uma simples adequação do traçado a necessidades que são supostas por estes como existentes e reais. A discussão que está sendo levada em outro item deste blog sobre a necessidade de construir-se vias e aumentar-se o tráfego ou não se constrói estas vias e não se tem solução para um tráfego que talvez venha existir, é um problema típico de ciência pós-normal, e a solução deste impasse só é possível resolver se utilizarmos o conceito de comunidades ampliadas de pares, trazendo para um fórum não de especialistas ou de consultores (pares), mas outras pessoas que tem capacidade de visualizar outras saídas e raciocinar em cima de novos problemas que poderão surgir (a comunidade ampliada), ou seja, não se despreza nem se prescinde do trabalho técnico, simplesmente se agrega mais pessoas na decisão.
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      Quando ao ler a tua conclamação a participação de mais pessoas na gestão pública, pensei automaticamente nesta hipótese de comunidades ampliadas de pares, onde o técnico e o científico não são negados nem desprezados, mas o alargamento do círculo de discussão leva a avaliação de outros parâmetros que não estão na realidade dos técnicos.
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      Tentei sistematizar a tua conclamação de ampliação da comunidade na discussão de soluções técnicas, como uma forma de não deixar de fora nenhum dos atores que podem ser envolvidos na solução, porém penso que não olhasse com calma o que tinha escrito e ficasse restrito a pequenos comentários maldosos que coloquei em outros pontos, chamando a atenção da falta de preparo não só do novo edil de uma pequena cidade, mas sim de toda a comunidade política gaúcha, que faz tudo para ficar somente na crítica ao opositor, sem ao menos pensar no que está propondo.

  3. Adeli, meu caro amigo.

    Sabes qual a diferença entre o Adeli Sell ao Pablo, ao Rogério Maestri, ao Felipe X e de muitos outros? Como um bom democrata e bom político, que todos sabemos que tu és certamente dirás:

    – Nenhuma! São todos cidadãos.

    Porém há uma grande diferença. Não é porque o Felipe seja X e o Pablo seja simplesmente o Pablo, pois se fosse somente pela não identificação da pessoa que escreve, eu não colocaria o meu nome na lista. Mas vamos lá.
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    Os comentaristas deste blog são mais ou menos identificados não por seus nomes, mas sim por suas opiniões. Mas que opiniões são estas? São opiniões de jovens que estão ingressando no mercado de trabalho, de pessoas adultas que procuram dentro do tempo que possuem dar uma contribuição ao desenvolvimento da nossa cidade através de críticas destrutivas ou construtivas, mas que pensam nesta cidade. Tem até velhos aposentados que procuram dar também a sua contribuição.
    .
    Mas ainda não respondi. Qual a diferença do Adeli para os outros? Muito simples, nenhum dos que aqui voluntariamente escrevem, tem ou tiveram como profissão remunerada a de dar soluções para a vida do município, ninguém aqui foi “contratado” pela população de Porto Alegre para 24 horas por dia, com um salário razoável, pensar, propor e solucionar problemas de nossa cidade, porém o Adeli foi.
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    Bem podes dizer que o Adeli deve satisfações aos seus eleitores e não a A ou a B, porém não sabes dizer se alguém dos que aqui escreve foi teu eleitor, logo implicitamente como ex-edil desta cidade durante 15 anos, ex-secretário do município durante 15 meses, deves explicações a muitos que te elegeram, e o mais importante, que esperam muito do homem público que te tornasse.
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    Ficaste brabo porque as críticas aos homens públicos em geral, e a ti em particular que escreve o texto, foi cobrada a falta de originalidade, de criatividade e mais outras idades que se espera de quem resolve tomar a peito tão complexa atuação que se necessita de um político.
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    Se um Pablo, se um Felipe X ou mesmo um Rogério Maestri, escrevesse um texto cobrando dos políticos em geral, simplesmente mais trabalho, mais criatividade e mais planejamento sem propor nada de conclusivo, pode-se-ia simplesmente se deixar passar em branco e simplesmente não comentar. Porém quando há a manifestação de um atual assessor do Governador para prefeitos, e que ocupa a presidência de um dos partidos mais importantes da nossa cidade, deve-se cobrar deste homem público algo bem mais consistente do que propostas vazias e sem muita consequência como as que tu colocaste no teu artigo.
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    Tentei até salvar um pouco o teu artigo, dando a uma galinha da angola algumas penas de pavão, porém sem procurar aproveitar a deixa, aceitando ou mesmo criticando ferozmente o que escrevi, o que seria um bom ponto de partida. Porém, tentando justificar o injustificável tentasse defender um artigo que além de estar eivado de lugares comuns tem erros conceituais básicos. Que erros são estes? Pois bem, já que defendes o artigo vamos a eles.
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    Colocas no teu artigo como a arte de governar fosse feita a duas velocidades, uma para pensar e outra para executar. Talvez este seja o grande erro dos políticos em geral, pensam que a vida é feita de distintos períodos, um que as pessoas ficam trancadas num quarto, pensando e refletindo para no outro instante realizarem sem a necessidade de pensar.
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    Na vida aproveitamos as oportunidades, não há uma hora para refletir nem outra hora para executar, não há hora para se escutar nem a hora para se falar. As pessoas não elegeram ninguém para que este de forma esquizofrênica se tranque numa peça e fique seis meses pensando o que o seu município, o seu estado e o seu país precisam. Se um político não tem uma concepção própria desde o início de sua gestão do que é necessário fazer, nem deveria se candidatar!
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    Talvez este seja um problema das oposições em geral no Brasil e em particular em outros países. Ficam tanto tempo procurando achar os erros da situação que quando chegam ao poder não tiveram tempo para pensar nos problemas da implantação de suas proposições.
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    Tem outro erro mais grave que colocas noutra frase. “Cada governo tem que ter a sua marca.”. Infelizmente para se deixar alguma marca é necessário marcar, e para marcar utilizamos ferro em brasa, e para utilizarmos ferro em brasa devemos ter o gado para deixar a marca! Podem imaginar quem deverá ser o gado para ser marcado. Como atualmente as administrações preferem preencher os quadros do seu funcionalismo com seu próprios CCs, que já vem com sua marca, não será o funcionalismo que sofrerá a marcação, sobra logo o que, o povo.
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    Esta ideia de deixar a marca leva que cada administração ao momento que ascende ao executivo, procura mesmo nos programas que estão dando certo deixar a sua marca. Troca-se o nome, trocam-se os agentes e trocam-se as aparências externas deste programa, mas se deixa a marca da nova administração. O resultado é que no lugar de melhorar e de se corrigir os erros simplesmente criam-se outros.
    .
    Por último, a pérola das assessorias e consultorias. Sabe-se de longa data que 90% dessas assessorias ou consultorias externas são praticamente inócuas, pois por melhor que sejam os assessores ou consultores, eles levarão um tempo para identificar os problemas, as falhas estruturais das máquinas administrativas e por fim os atores intervenientes nestas, quando conseguirem isto tudo, e estiverem prontos para começarem a pensar nas soluções o relatório final da consultoria contratada já deveria ser entregue há um mês. Logo, antes disto teremos como resposta desses consultores um show de lugares comuns como foi este teu texto.

    • Isso sim é um Artigo! Português claro, correto, ideias organizadas em parágrafos… Esse é um texto com objetivo e informação a ser passada. Tem introdução, desenvolvimento e conclusão…

      Achei a ideia do “pensar e agir” genial! É bem isso que acontece! Os políticos dizem: “vamos focar na gestão”, “vamos focar na saúde”, “vamos debater até encontrar o melhor…”

      Nada na vida é assim. Temos que ir pensando, agindo, disparando processos, controlando outros… As vezes a melhor decisão é deixar para decidir depois, pois não se pode prever muito além com poucas informações.

      Além disso em qualquer coisa há etapas que são comuns e podem ser iniciadas imediatamente. BRT e metrô são muito bons, mas a fiscalização do transporte coletivo é péssima, as obras não importam nada se não houver fiscalização e ação para conter as falhas. Então? Por que raios não se fiscaliza para valer já? Para que esperar um BRT ou um metrô ficarem prontos para fiscalizar? Veja que foi só quando estourou o protesto e forçou-se a redução das passagens é que a EPTC foi fiscalizar a utilização correta do TRI e as isenções.

  4. Escândalos, obras demoradas e super faturadas, votação para aumento do próprio salário, CC’s pagos pela população, cabides de empregos, corrupção, ministros e secretários sem capacitação técnica para a função.
    Será que é culpa do leitor não acreditar no velho discurso da gestão e do planejamento estratégico? Será que o problema não é bem maior? A gestão do Tarso tem foco e planejamento estratégico?

    • Rafael.
      .
      Estava lendo um texto sobre a economia do Rio Grande do Sul no início do século XX até mais ou menos 1950, durante este período estatizaram e privatizaram a rede ferroviária duas vezes, em todas as vezes porque estava dando errado (privado e público), já haviam PPPs no início do século XX e não deu certo, logo o prlnejamento estratégico não é um problema do Tarso ou do Metatarso, mas sim de problemas mais complexos que exigem antes de tudo inteligência estratégica no sentido amplo da palavra.

  5. Olha, caros(as) leitores(as), podem xingar, podem entrar no campo com as velhas camisas do GreNal, mas eu fiz um artigo simples, para qualquer prefeito, vice, secretário ler e entender que estão marcando passo, como eu digo, caminhando em zigue-zague, portanto amassando barro.
    Falo todos os dias com prefeitos e gestores, é de dar dó. Tudo gira em torno do imediatismo governamental, não há pensamento global, de Estado. E isto que fiquei praticamente só na gestão, não era um artigo para entrar neste tema mais amplo.
    Eu passei este artigo para pessoas que lidam com este dilema, vos digo, tive bons retornos. Mas talvez, para alguns daqui, só lido com cabeças vazias. Eu pensaria melhor antes de escrever isto que li de alguns.
    Mas afinal eu falo, eu me exponho, enquanto outros estão por aí sem falar a que vierem ao mundo.

    • Ahhh entendi! Esse não é um artigo para pessoas normais, é um artigo para prefeitos. Afinal esses sofrem de deficiência mental e tem tempo de sobra para ler frases feitas, lugar comum e superficialidades.

  6. ADELI!

    Quando a ORGANICIDADE CONSTITUCIONAL, chegou no seu limite de REGULAMENTAÇÃO, a Transparência no art. 37, puxou a necessidade de não se fazer PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, já que a nova maneira re relacionamento com a Sociedade Civil (ELEITOR), tem novas ferramentas de relacionamento.
    A Lei das OSCIPs. tem que ser observada e adotada, com responsabilidade, pois o relacionamento entre o setor PÚBLICO e o CIDADÃO, já tem instrumentos, o que falta é a capacidade de PLANEJAR:
    PARCERIAS RESPONSÁVEIS e TRANSPARENTES.
    Eis a QUESTÃO, é que falta.

    Abraços

  7. Adeli, não faltam recursos. Basta ver os milhões em obras! Isso é recurso que não acaba mais! Mas certamente falta foco… isso sim!

    Gasta-se se fortunas em um viaduto que mal vai melhorar os ônibus, entretanto joga-se todo a sistema no lixo por pura falta de fiscalização.

  8. Há um apagão de inteligência dos políticos gaúchos, não sobra ninguém!

  9. Dois anos se passaram e Tarso não encontrou o foco … Poderiam se passar mil anos e nem assim ele encontraria.

  10. Artiguinho enlatado do Adeli.

    • Que comentário mais chinelão Felipe! Tu tem condições de fazer um comentário mais inteligente, analizando e utilizando argumentos. E não chamando de “artiguinho enlatado”. Sem contar que a minha paciência ta começando a entrar no limite pra comentários deste tipo. E logo tu que critica todo mundo ! Manera OK?

      • Gilberto, o Felipe está certo. Me mostre aqui uma frase, somente uma frase que não seja lugar comum. Te atreves?

        “É imperioso tomar decisões, buscar novos caminhos, abrir novas trilhas, seguras, sem dar margem a se atolar por passos mal dados.”

        Que m. é essa?

    • Felipe.
      .
      Não achei tão enlatado assim, poderia dizer que o artigo do Adeli é de alguém que está meio deprimido, e deprimido com razão. É um comentário de alguém que perdeu um pouco a esperança na política municipal (e talvez estadual) é pede uma espécie de pacto político entre as diversas instâncias municipais.
      .
      Ele está pedindo que parem um pouco com os projetos pessoais ou dos partidos que compõe a base do governo e pensem um pouco na cidade. Nada de anormal nisto, pode ser que seja um monte de lugares comuns, porém muitas vezes lugares comuns são conforme a organização entre eles resultem num texto conclusivo.
      .
      Poderíamos dizer que o Adeli em vista de problemas que estão surgindo, pelo que ele chama a falta de foco, ele está propondo uma técnica de análise da chamada “ciência pós-normal”. O que consiste isto? Chegando-se ao paradoxo em que se fazendo corre-se o risco de fazer algo que talvez crie sérios problemas, mas se não fazendo nunca se saberá se havia ou não riscos, e além disto por não fazer certamente se terá outros prejuízos. Para se resolver este aparente paradoxo, criou-se o conceito de ciência pós-normal.
      .
      O termo “pós-normal” significa que além do normal ou seja, de acordo com os procedimentos usuais baseados na ciência normal, insuficientes para resolver o problema, lança-se mão do que se convenciona a chamar a ampliação da “comunidade de pares”, incluindo além de cientistas e especialistas, outras partes interessadas como a população em geral.
      .
      Vejam, é um processo de decisão em que não somente os especialistas ou consultores (pares) entram no processo.
      .
      Não sei se era exatamente isto que ele quis dizer no seu texto, mas foi o que entendi!

      • Bah Rogério, você tirou leite de pedra para concluir isso de um artigo tão insonso. Mas concordo contigo em dois pontos:
        1. “…Adeli é de alguém que está meio deprimido” – A falta de foco do artigo, cheio de frases vagas e lugares comuns mostra muito bem isso. Qualquer pessoa motivada iria diretamente ao ponto e traria uma série de dados, comparações e relações lógicas.
        2. “… ciência pós-normal… fazendo corre-se o risco de fazer algo que talvez crie sérios problemas” – Uma vez que o texto não “faz nada”, no sentido de trazer um problema claro e atacá-lo mostrando os resultados causas e consequência, o texto ficou bem insonso, exatamente como muitos dos nossos prefeitos.

        • Pablo.
          .
          Ele não aceitou a minha ajuda para seguir no seu comentário e salvar o seu texto, saiu atirando pedras contra tudo e contra todos, então como Antonio Carlos Magalhães, passei de Toninho Ternura para Toninho Malvadeza, leia o que escrevi abaixo.

  11. Outra ilusão que não tenho é da eficácia de consultorias!

  12. Sinceramente Adeli, não vejo a possibilidade de numa reunião do secretariado municipal sair alguma coisa que preste (não é uma crítica política, é uma critica a capacidade mesmo), quanto ao futuro de Porto Alegre.
    .
    Agora para falar mais a verdade ainda, não vejo na política GAÚCHA alguém com visão para fazer um planejamento estratégico, é algo complexo demais e exige antes de tudo perspicácia, trabalho, formação e inteligência.
    .
    Olha eu estou falando do PDT, PSDB, PMDB, PT, PSB, PCdoB, PP, DEM, …….. estamos no deserto!

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