Impasse impede operação do Pisa

pisa

 

Jornal Metro – Porto Alegre – 29/05/2013



Categorias:Despoluição do Guaíba, Lago Guaíba, Meio Ambiente, Programa Sócio Ambiental

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39 respostas

  1. Enquanto eles discutem , milhões de litros de merrdaaa no guaiba, com o troço pronto, que patético

  2. Não intendo como tudo tem que ser tão difícil por aqui, é simples se tem um projeto se segue o projeto, se no meio do caminho entro uma variável nova que se altere o projeto nos órgãos competentes e se conclua o novo projeto, simples assim.

    • Júlio, se no meio da construção tu achas uma solução melhor e mais barata, vais seguir o projeto?

      • Rogerio mas foi isso que falei, ou pelo menos tentei, se segue o projeto, se tiver alguma variável nova no caso desse projeto uma redução de custo por ter uma solução melhor se faz as alterações nos órgãos competentes neste caso seria uma nova aprovação no DAMEE e DEP talvez não tenho certeza e se conclui com o novo projeto.

        ficou meio confuso mesmo o que falei mas eu sou totalmente a favor de se fazer o melhor projeto com menor custo.

  3. Mais uma vez temos em Porto Alegre um problema de organização.
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    Se o DMAE diz que aumentou o grau de tratamento do esgoto, o lançamento poderá ser feito mais próximo a margem, porém por outro lado o que a tem é um projeto anterior com um lançamento no canal, da mesma forma que é lançado “in natura” no canal frente a usina do Gasômetro.
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    Em termos globais o mero funcionamento da estação de tratamento provoca uma melhoria altamente significativa da qualidade da água no Rio Guaíba, independente do grau de poluição residual que ocorrerá ou não no fim do emissário. Ou seja, troca-se 2m³ a 3m³ de esgoto “in natura” no Rio Guaíba, pela mesma quantidade em volume com um grau de remoção de carga poluente de em torno de 90%.
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    Qual o problema então? O problema é simples, um projeto foi aprovado, porém este mesmo projeto foi modificado e não foi aprovado, logo o que se necessita é a aprovação deste mesmo projeto, pois a população próximo à região de lançamento do emissário está descontente com o lançamento 1 km mais próximo das margens.
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    Agora, qual é o caminho para aprovação deste novo projeto?
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    Também é simples e poderia já ter sido feito. É possível simular as duas situações em programas já existentes, por exemplo o modelo IPH-A, um modelo de correntologia com qualidade de água acoplado, que inclusive já está aferido tanto para o Rio Guaíba e Lagoa dos Patos e comparar as hipóteses.
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    E como se compararia as hipóteses?
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    Também é simples, se o emissário anterior com 2800m lançava o esgoto tratado com um determinado grau de qualidade de água (por exemplo com a redução de carga poluente em 80%) e o DEMAE afirma que a qualidade de água melhorou (por exemplo com 90% de redução de carga poluente), era só simular as duas situações.
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    Uma simulação com o emissário maior com determinado grau de tratamento do esgoto (por exemplo 80%) e o emissário menor com outro grau de tratamento de esgoto (por exemplo 90%). Se a segunda hipótese, emissário menor com melhor tratamento resulta num grau de poluição nas margens menor, automaticamente pode ser aprovado pois conserva-se a qualidade de água nas margens com um ganho de 10% no global, se por outro lado aumenta a poluição o emissário deve ser prolongado.
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    Agora, através da minha experiência no acompanhamento da modelagem do Rio Guaíba e Lagoa dos Patos feita por outros profissionais aqui do IPH, acho que tanto com a hipótese de emissário curto ou emissário longo, eu optaria por um tratamento mais elaborado como o DMAE afirma ter neste momento, pois com a correntologia da Lagoa dos Patos e Rio Guaíba é fortemente influenciada pelo seiche que há na Lagoa dos Patos e dos ventos sobre ela, com o emissário mais longo nada me garante que esses 1000m a mais o rio tenha capacidade de auto-depuração para melhorar significamente a qualidade da água nas margens.
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    É interessante que no projeto original (que eu participei!) não havia nenhuma consideração sobre o comprimento do emissário ou da qualidade da água resultante nas margens, simplesmente adotou-se o prolongamento até o canal mais como um Ícone do que como uma solução, agora quando se fala em diminuir este emissário se alerta os gansos e todos ficam ouriçados.
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    Uma coisa é certa, a cada dia que se adia o início do sócio-ambiental, prejudica-se 98% da população de Porto Alegre em nome de 2% que poderão ou não ser prejudicados. Se os ambientalista de plantão soubessem fazer cálculos veriam que 100% do esgoto não tratado sendo lançado na Ponta da Cadeia é muitas vezes pior do 10% ou 5% (considerando o grau de tratamento) sendo jogado a 1800m da costa ou 2800m.
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    Falta um mínimo de bom senso tanto no DMAE que não consegue fazer valer a lógica e da FEPAM que não quer entender a lógica.

    • Concordo 100% com o Rogério, a opção, ainda que não aprovada, é infinitamente melhor do que o que temos hoje.
      Mas concordo também com o Felipe, se há um processo, este deve ser seguido.
      Acho que a solução aqui é a FEPAM arregaçar as mangas e trabalhar para aprovar este projeto ASAP. No entanto discordo do Felipe no sentido que projetos não podem mudar (ainda mais para melhor) ao longo do tempo… nem na nossa área de informática funciona assim… por isto inventaram os “métodos ágeis”.

  4. Que dificuldade de se fazer algo correto…

    • É cultura do “não dá nada!”

    • Correto e mal feito ? Quer dizer que um projeto não pode ser nunca reavaliado durante o seu desenrolar ?

      • Claro que pode, mas deve obedecer o planejamento. Vai me dizer que decidiram essa modificação só na hora de entregar e não comunicaram todas as partes? Tanto se fala em gestão mas isso não é gestão de projeto em nenhum lugar do mundo!

      • Vamos supor que você vá a um restaurante, peça um prato e não há, que te comuniquem e te permita opinar. Agora simplesmente te entregam um “equivalente”? Poderia ser até melhor, mas com o mínimo de planejamento (ou gestão) significa comunicar. Não é mesmo?

        Pense um pouco e deixe a política de lado.

      • Correto não é a mesma coisa que mal feito. Correto é fazer como combinado, ou comunicando, ou entrando em acordo… Vai me dizer que isso é correto?

      • Pode ser reavaliado com certeza, mas a não ser que seja um fato novo motivado por força maior, mostra-se incompetência na concepção do projeto. Aí é dar chance para a burocracia cair em cima.

  5. Mesmo havendo tratamento dos resíduos a água ainda apresenta poluição. É incrível a dificuldade do poder publico em planejar, gerir e entregar projetos, desta forma é justificada a ação da FEPAM, pois se foi aprovado X que se entregue X e não Y. Aliás, uma praga bem brasileira, não cumprir o prometido.

  6. Falta de projeto! Como que mudam no final da execução uma construção em MIL METROS? Tá certa a Fepam de não autorizar, se não houvesse consequência nenhuma despejaria-se a agua na orla mesmo…

    • Em Brasília despejam o esgoto tratado na “orla” do lago Paranoá.

      • Em São Paulo despejam esgoto sujo no Tiete. Não é porque alguem faz que significa é correto.

        • Em Brasília é correto. O esgoto é TRATADO e posteriormente lançado no lago. O lago é balneável e utilizado pela população sem problema, eu mesmo já tomei banho no lago.
          Não falei em jogar esgoto, aliás, nem em POA fala-se em jogar esgoto, que com certeza é incorreto, fala-se em jogar esgoto após TRATAMENTO.

  7. O pessoal da Fepam deve estar querendo um troco por fora pra liberar. Quem duvida?

  8. Deixa eu ver se entendi, apresentaram um projeto, entregaram uma outra coisa e agora acham ruim que a FEPAM quer que seja entregue o que foi acordado? Esse Brasil não tem jeito mesmo.

    • Leu o texto todo Felipe???? O projeto vai despejar ESGOTO TRATADO, OU SEJA ÁGUA TRATADA há 1,6 km da costa. Antes era 2,6. Mas como a água vai sair mais limpa, o projeto foi modificado, sem QUALQUER problema para a qualidade da água do Guaíba!

      • Não importa, Gilberto. Foi apresentado um projeto, a FEPAM aprovou e agora entregaram outra coisa, não é isso?

        Mais uma vez, baixas o nível da conversa com um “leu o texto todo”.

      • Além da falta de caráter dos envolvidos, em querer executar algo diferente ao que foi a aprovado, temos que o tratamento não é 100% eficiente, e em termos de carga (não concentração) ele pode se equivaler ao que os arroios da zona sul (Salso, Capivara, Cavalhada, Manecão/Varejão, Lami, Guabiroba) lançam hoje, pois a ETE da Serraria estará recebendo uma grande parte de esgoto da região central de Porto Alegre. E em casos de problemas e manutenção da ETE em que ela não conseguir tratar o esgoto este será lançado em uma enseada sem capacidade de mistura adequada.

        • Caro Dornelles, tu deverias saber que não existe tratamento de esgoto para cidades que tenha 100% de eficiência e se jogar 100% do esgoto não tratado a 1600m, 2600m ou 3600m é tudo a mesma coisa, o importante é não jogar.
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          Porém o que é certo mesmo é que hoje em dia se lança 100% do esgoto sem tratamento e se a eficiência do sistema, por uma catástrofe for de 50% ainda estamos no lucro.

        • Prezado Maestri, descordo que seja a mesma coisas, tu como um bastante iniciado em correntologia deverias saber que a capacidade de mistura tem grande variabilidade em função do campo de velocidades, assim lagar o efluente em uma enseada ou no ponto de maior velocidade de escoamento tem diferença em termos de qualidade na margem.

          E não vi onde eu disse que o tratamento é 100% eficiente.

          E por fim, não vamos tratar o caso como o bode podre colocado na sala, temos que construir um sistema de saneamento que atinja os objetivos previstos no programa.

        • Dornelles.
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          A quantidade de esgoto que gera a cidade do Porto Alegre não tem campo de velocidades dentro do Rio Guaíba que consiga dispersar ao ponto que torne imensas regiões em torno do lançamento livre de esgoto.
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          Ao se colocar atualmente o esgoto na Ponta da Cadeia este vai poluindo dezenas de quilômetros tanto a jusante como a montante (inversão de fluxo), quanto a localização exata do fim do emissário não sei dizer se ela está ou não numa região estagnada, pois realmente o fluxo no Guaíba não é tão evidente assim, pois dependendo da direção do vento e da fase em que está o seiche ambas as margens podem ter velocidades significativas.
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          O que se deveria fazer é uma simulação correta, o IPH-A daria resultados consistentes, eu tenho uma versão que procurei rodar com o Guaíba com alimentação constante, mas não é algo que se possa fazer de forma ligeira e consequente.

        • Maestri dá uma olhada nisso
          http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/63189
          O aluno não analisou o ponto de lançamento do efluente da ETE, ao menos concluiu e o efeito do vento é desprezível. Pelas imagens é possível perceber que junto ao canal de navegação exite uma melhor dispersão dos poluentes.

        • Dornelles.
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          Há algumas grandes falhas neste trabalho, primeiro o aluno pegou o software desenvolvido pelo Alejandro (IPH-A) (99,99% Alejandro 0,01% outros em que me incluo) e simplesmente referencia-se a ele como se fosse um software institucional, quando na verdade é o produto do trabalho de um só e inclusive ele pega a batimetria que foi lançada Alejandro sem dizer nada (pelo mesmo um agradecimento).
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          Há outros defeitos, como por exemplo bloquear as vazões nos outros rios porque ele não identificou corretamente que haveria neste caso inversão de corrente.
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          Um outro problema no uso do modelo foi a inclusão de condições de contorno impróprias, como o caso acima que é pouco grave, porém se tu olhares nas páginas 46 a 48 verás que não há nenhuma referência a condição de contorno de jusante A LAGOA. Devido a isto ele simplesmente não acha nenhuma importância no vento. Explico melhor.
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          Na Lagoa dos Patos há por razões meteorológicas uma oscilação de pressões de norte-sul que tem um ciclo diário, junto com esta oscilação de pressões temos uma variação de vento diária de forma mais ou menos cíclica. Esta variação de pressões causa uma oscilação de nível de norte-sul que é chamado um seiche, e o mais interessante é que a Lagoa quando se retira a forçante (o vento) ela oscila naturalmente num período de 23 horas e 50 e tantos minutos (quase 24 horas) por efeito da aceleração de Coriolis (se tira o termo de Coriolis perde o período). Logo a variação do vento sobre o Guaíba vem sempre em conjunto com o seiche da lagoa (não necessariamente em fase). O efeito deste seiche, principalmente em baixas vazões são o que regem o movimento do Guaíba assim como as inversões de fluxo no baixo Jacuí, Sinos, Taquari e Gravataí.
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          Poderia falar mais sobre outros problemas e quais seriam a soluções, mas o resto do pessoal já deve estar estourando o 5@)O, e além disto deveria fazer críticas a outra pessoas que publicamente gostaria de não fazer. Porém vou te dizer algo importante, este programa está tão bem estruturado que é possível roda-lo a partir de um Pendrive de baixa capacidade.

  9. Qual é o problema de desague de água limpa?Não entendi a reivindicação.

    • Se não há problema, por que já não era assim desde o projeto?

      • Tu leu a notícia? Economia de 8 milhões de reais aos cofres públicos me parece uma ótima justificativa. E tu questionar o porque não ter sido previsto antes no projeto demonstra uma falta de noção acerca do funcionamento de grandes obras e de engenharia.

        • Não importa! Aprovou uma coisa e entregou outra? Se não há problema, por que raios não disparou o processo de aprovação da modificação há muito tempo atrás?

          Acho que é você que não conhece como funciona as grandes obras de engenharia. Se há uma modificação, ela deve entrar no planejamento e disparar o projeto de aprovação! Onde está o follow-up desse projeto?

        • Pablo este é o problema, mais uma vez falta de organização no município, este encurtamento do emissário já deve ter sido resolvido há bastante tempo, deveriam ter se agilizado.

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