Entrega deve ocorrer às vésperas da Copa do Mundo; um projeto ainda não foi iniciado
Felipe Prestes
Todas as dez obras da Matriz de Responsabilidade de Porto Alegre para a Copa do Mundo devem ser concluídas em maio de 2014, a apenas um mês antes do início do megaevento, segundo dados da atualizados da Secretaria Municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégico. As ações tinham datas de conclusão bem anteriores às atuais previsões.
Os trabalhos no entorno do Beira-Rio estão entre aqueles aguardados para às vésperas da Copa do Mundo. Com custo de R$ 119,2 milhões, incluem a duplicação da avenida Beira-Rio, que liga o centro à sede dos jogos, e a criação de um corredor de ônibus na avenida Padre Cacique, responsável também pela mesma ligação.
Os trechos 1 e 2 da duplicação da Beira-Rio estão concluídos; o trecho 3 e o corredor da Padre Cacique estão em pleno andamento. O principal entrave é o trecho 4 da duplicação da Beira-Rio, entre a Rótula das Cuias e a Usina do Gasômetro, porque o corte de 101 árvores gerou revolta em moradores da região e ambientalistas. Posteriormente, uma decisão judicial impediu o corte. A prefeitura reverteu a decisão judicial no dia 16 de maio, porém ativistas resistem acampados próximo às árvores. Segundo o vice-prefeito, Sebastião Melo, a administração municipal pretende realizar os cortes até o fim do mês de maio.
Também devem ser concluídas apenas em maio de 2014 duas obras importantes para a zona norte de Porto Alegre: a duplicação da avenida Voluntários da Pátria, que se tornará uma alternativa para quem deseja deixar a capital gaúcha de carro ou de ônibus, além do prolongamento de dois quilômetros da avenida Severo Dullius – cuja intenção é desafogar o trânsito no entorno do aeroporto.
Com custo de R$ 95,3 milhões, a duplicação da Voluntários da Pátria deveria terminar em junho de 2013. As obras no trecho entre as ruas da Conceição e Ramiro Barcelos estão em andamento. O trecho 2, compreendido entre a rua Ramiro Barcelos e a avenida Sertório, está em processo licitatório, aguardando a abertura das propostas. O prolongamento da Severo Dullius, com custo de R$ 83 milhões, também estava previsto inicialmente para junho de 2013. Agora, o início da obra é que deve ocorrer nessa data.
O conjunto de obras da Terceira Perimetral já teve conclusão prevista para junho de 2012. A avenida, que corta Porto Alegre de norte a sul, até o aeroporto Salgado Filho, terá mais quatro trincheiras e um viaduto – o valor total é de R$ 194,1 milhões – para dar maior fluidez ao tráfego. As trincheiras nos cruzamentos com a rua Anita Garibaldi e a avenida Ceará estão em andamento, bem como o viaduto sobre a avenida Bento Gonçalves.
A obra da trincheira na Avenida Cristóvão Colombo, por sua vez, só aguarda o final do plano de desvio de tráfego para ter início e a trincheira no cruzamento com a avenida Plínio Brasil Milano já tem contrato de execução assinado.
A previsão inicial para a conclusão da duplicação da avenida Tronco era dezembro de 2012. A obra era a mais problemática em impacto social, pela necessidade de remoção de 1,4 mil famílias. Atualmente, os trabalhos seguem em todos os quatro trechos. A avenida será importante via de acesso ao Beira-Rio com 3,4 quilômetros duplicados, além de um corredor de ônibus e uma ciclovia.
No entorno da estação Rodoviária de Porto Alegre, o viaduto da avenida Júlio de Castilhos está em plena obra, com a execução das fundações do viaduto. A estação de BRT, por ser muito próxima à obra do viaduto da Júlio de Castilhos, tem seu início de obra programado para o mês de junho de 2013. Segundo a prefeitura, iniciar as duas obras ao mesmo tempo inviabilizaria o trânsito no local. O valor total deste conjunto de trabalhos é de R$ 31,5 milhões.
A troca do pavimento dos corredores de ônibus nas avenidas Bento Gonçalves, João Pessoa e Protásio Alves para que suportem o peso dos ônibus articulados do sistema BRT será concluída em setembro de 2013. Porém, a segunda parte das três obras, ligada à construção de grandes terminais ainda não foi licitada. O valor total dos três corredores e terminais é de R$ 246,7 milhões.
Outra ação de mobilidade urbana relacionada ao transporte público, o sistema de monitoramento dos corredores das avenidas Padre Cacique, Tronco e Terceira Perimetral, com valor de R$ 14,4 milhões, ainda não começou. A prefeitura afirma que primeiro é preciso concluir as obras nestes locais.
PORTAL 2014
Categorias:COPA 2014, Obras da Copa 2014
Tenho a impressão de que essas obras estão meio caras, sei lá. Deve ser material muito bom!
Com alguma frequência passo pela Tronco e só vejo obras em um trecho, será que estou meio louco!!
Essas obras são uma ilusão, todas as obras nessa cidade são feitas apenas para carros.
Amigo postou na Facebook:
“Extra! Extra! Fortunati afirma que as obras dos BRT ocorrerão também DURANTE AS MADRUGADAS para acelerar o processo!
Ah… Não vai ser? Os trabalhadores… Os moradores… Não é como no estádio que é iniciativa privada… É, faz sentido…
Bom, pessoal, foi engano, vai continuar expediente de seis horas mesmo, tenham um bom dia!”
“Porém, a segunda parte das três obras, ligada à construção de grandes terminais ainda não foi licitada.”
Nenhuma novidade até aqui. E é bem provável que acabem deixando pra depois da Copa, pela desculpa que não daria tempo até ela.
E outra, pra que monitorar o corredor da terceira perimetral? não tem corredores mais importantes pra monitorar? mal passa ônibus por ali….
É uma meta muito otimista… tomara que dê certo.
Esse é o último estágio antes de admitirem publicamente “as obras pra copa não ficarão prontas a tempo”.
Pela velocidade padrão de obras em POA, desde que começaram tarde todas as obras, era evidente que nenhuma ficaria pronta. E isso que eu já contava como prazo final junho de 2014, quando já tiver chegado a meia dúzia de turistas que virão.
Conviveremos em meio ao caos por um bom tempo ainda.
Por mim pelo menos, que se dane a Copa. Me preocupo mais é com a qualidade e com o real impacto no dia-a-dia da cidade.
Sim, concordo, a copa era uma desculpinha, que não vão nem conseguir usar mais, já que não ficará pronto. Mas nunca imaginei turistas indo pro estádio pela tronco por exemplo, até porque, a maioria dos hotéis da cidade ficam nas zonas central e norte, o fluxo não viria da 3ª perimetral, muito provavelmente.
Me preocupo com a Tronco…
Os corredores de ônibus das av. Tronco, Padre Cacique e 3ª perimetral já não é feito de concreto? Então porque eles também não viram corredores BRT? (Mesmo que seja o nosso BRT “fake” como muitos o chamam)
BRTrash!
Perdão pelo erro grotesco de português os corredores já “são” feitos de concreto e não “é”.
E mais um agora esquecendo da vírgula…