Empresa Gaúcha de Rodovias assumirá 14 das 28 praças no Rio Grande do Sul

EGR deverá assumir 14 das 28 praças de pedágio no Estado Crédito: Pedro Revillion / Palácio Piratini / CP
Após muita polêmica e reviravoltas judiciais, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) deverá assumir 14 das 28 praças de pedágio no Rio Grande do Sul – um total de 821 quilômetros de estradas. A estimativa de arrecadação é de cerca de R$ 180 milhões em 2014. “Para o ano que vem, se estivermos com todas essas praças, a nossa previsão de arrecadação é de cerca de R$ 180 milhões. Hoje, nós estamos arrecadando cerca de R$ 4 milhões por mês nas três praças comunitárias que já temos”, explicou o diretor-presidente da EGR, Luiz Carlos Bertotto, em entrevista à Rádio Guaíba nesta segunda-feira.
Em fevereiro deste ano, a empresa pública assumiu a gestão dos pedágios comunitários Campo Bom, Coxilha e Portão. Nesta semana, a EGR assumirá outras quatro praças: Boa Vista do Sul, Cruzeiro do Sul, Encantado e Flores da Cunha. A previsão é de que o pedágio volte a ser cobrado nos próximos dias. “Nós achamos que até quarta-feira estamos assumindo isso, mas vai depender um pouco da burocracia para fecharmos o contrato e não haver dúvidas depois. Mas a EGR está pronta para assumir essas praças”, explicou Bertotto.
Segundo o governo do Estado, o valor das tarifas será pelo menos 26% inferior aos preços praticados pelas concessionárias para carros particulares e 30% menor para caminhões – dependendo da quantidade de eixos. Veículos de passeio, por exemplo, pagarão R$ 5,20 e a maior taxa cobrada será de até R$ 18,50.
Na última sexta-feira, foram liberadas as cancelas em nove praças de pedágio administradas pelo consórcio Univias. A arrecadação foi suspensa nas rodovias estaduais dos polos de Caxias do Sul, na Serra, e Lajeado, no Vale do Taquari. As cancelas foram levantadas nas quatro praças da concessionária Convias: na ERS 122 entre Farroupilha e Caxias do Sul, entre Caxias do Sul e Antônio Prado e entre Caxias do Sul e Nova Milano; e na RSC 453 entre Caxias do Sul e Nova Milano.
Também foram liberadas as cinco praças da concessionária Sulvias: na ERS 130 e na ERS 129, entre Lajeado e Guaporé; na RST, entre Estrela e Garibaldi; na RST 453, entre Lajeado e Venâncio Aires; e na ERS 128, nos entroncamentos com a BR 386 e RST 453.
Algumas praças inclusive serão extintas, como a de Farroupilha, prometida pelo governador Tarso Genro (PT) na última sexta-feira. Para Tarso, o fim do pedágio, além de “liberar o direito de ir e vir das pessoas”, também representa “uma guinada muito grande nas políticas públicas do Estado”. “Estamos modulando agora as relações público-privadas, tendo como cuidado o predomínio do interesse público e não o privado,” ressaltou. Nessa região, a previsão de faturamento é de R$ 52 milhões, conforme o governador.
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Se alternássemos a gestão pública com a privada a cada poucos anos é que seria o ideal, o problema não é tanto a gestão, são os maus hábitos, e maus hábitos se adquire com o tempo.
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Nos próximos anos todos verão como será correta a administração estatal, após acontecerá o mesmo que aconteceu com a privada, uma privada!
Acho uma vergonha ter que pagar meia duzia de pedágios para ir de Poa a Rio Grande. Alguns custam R$9,00! Tu gasta praticamente mais com pedágio do que com gasolina e anda quase o caminho todo por uma via simples.
Na Europa e USA não há pedágios em estradas com via única, simplesmente porque o movimento sendo pequeno e o custo fixo alto, termina-se pagando o pedágio simplesmente para o custeio da administração.
Serviço público não tem que dar lucro, tem que ser eficiente. Coisa raríssima no Brasil.
Os contratos do tempo do Britto davam lucros abusivos, escorchantes, pornográficos e sei lá mais o que para as concessionárias, além do caixa 2, 3 e 4 de muitos partidos e de enriquecer alguns políticos. Cobravam preço de estrada de 6 pistas (em cada sentido) nos EUA, em estradinha de pista simples e nem mesmo precisavam fazer a manutenção do acostamento. Sem dúvida uma das maiores roubalheiras já observadas ao sul do Mampituba.
Por outro lado, como a coisa publica no Brasil é péssimamente administrada, vamos ver quanto tempo vai durar a conservação das estradas. Tenho 99% de certeza de que o $$ vai pro caixa único.
A promessa de campanha não era a extinção dos pedágios?
Já pagamos IPVA para o governo, que não é aplicado nas estradas. Agora os pedágios, que também não vão ser aplicados.
Tenho até medo do que pode acontecer…
Resta saber se esta grana vai mesmo para a manutenção das estradas pedagiadas ou se vai cair na vala comum do caixa único para ajudar a tapar os rombos do governo.
Pois é, esse é o meu medo.
Isto é lucro ou é bruto?
Sempre desconfio da capacidade do estado em gerenciar qualquer coisa sem ser de forma deficitária. E olha que é obrigação ter lucro no mínimo maior do que os impostos que as concessionárias privadas pagavam antes para o estado, caso contrário, teria valido mais a pena retirar este imposto e renegociar os contratos.
Dinheiro que provavelmente vai para o bolso de políticos corruptos, deixando as estradas esburacadas…
Exatamente.
Sou contra a cobrança abusiva, mas não confio na gestão pública destas praças de pedágio.
Exemplo? RS 122. Está com vários trechos esburacados.