Jornalistas de Zero Hora divulgam manifesto sobre ameaças ao jornal

Capa da Zero Hora de hoje, 24/06/2013

Capa da Zero Hora de hoje, 24/06/2013

Nesta segunda-feira, editores, colunistas, repórteres, fotógrafos, infografistas, administrativos, diagramadores, estudantes de jornalismo e profissionais de vídeo da Redação do jornal Zero Hora publicaram um manifesto sobre as ameaças ao prédio onde trabalham, durante as manifestações ocorridas nos dias 17 e 20 de junho em Porto Alegre. Leia abaixo a íntegra do documento.

Clique aqui para ler o Manifesto dos Jornalistas da Zero Hora.

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Acrescento este comentário do Blog do Prévidi:

OS ARROGANTES DA IMPRENSA GAÚCHA ESTÃO TODOS BORRADOS!!

Li, atônito, de boca aberta, uma seção da Zero Hora que ainda não tinha conferido. É a tal da “Carta da Editora”, assinada por Marta Gleich. Para quem não sabe, a moça é a editora da Zero Hora, e casada com Cezar Freitas, diretor de jornalismo da RBS TV. O casal faz parte do grupo de queridinhos de Marcelo Rech, diretor-executivo de Jornalismo no Grupo RBS. Outro queridinho é o Plenipotenciário, gerente da Rádio Gaúcha, conhecido também como Ciro Martins.

Mas a tal “Carta da Editora” tem como título “A quem interessa o silêncio dos jornalistas?”.

Fui ler porque poderia ser uma coisa séria, mesmo que esse papinho de “silêncio dos jornalistas” me cheirou a coisas de acadêmicos.

Meu Deus do Céu, é uma das coisas mais abobadas que li na vida.

Leiam só este pequeno trecho:

Em momentos como o que se vive no Brasil, cria-se um caldo de cultura em que crescem tentativas de intimidação e coação à imprensa, uma das instituições que asseguram a democracia. Zero Hora, como maior jornal do Estado, virou alvo desses grupos ultrarradicais, que só enxergam a liberdade de expressão e de imprensa como obstáculos a suas causas.

A quem interessa calar a imprensa? A quem interessa inviabilizar um jornal e silenciar seus jornalistas? Zero Hora não é contra protestos ou críticas. Pelo contrário. Incentivamos o diálogo, a pluralidade de opiniões e os questionamentos a nosso trabalho.

Quer ler toda a joia?

http://wp.clicrbs.com.br/editor/2013/06/22/a-quem-interessa-o-silencio-dos-jornalistas/comment-page-1/?topo=13%2C1%2C1%2C%2C%2C13#comment-8760

Poderão conferir que é um textinho recheado de soberba. Daquelas coisas que só o umbigo interessa.

Hoje de manhã recebi um texto de uma jornalista que, evidente, não quer ser identificada.

Mas vai na mosca:

O que todo mundo sabia tornou-se oficial: Zero Hora só disse ontem, claramente, que o objetivo dos manifestantes era chegar ao prédio do jornal, na Avenida Ipiranga, na última quinta. O intuito era depredá-lo e queimá-lo.

Na carta que a diretora de redação Marta Gleish assinou, na edição de domingo, é sustentado que os manifestantes queriam calar a “a voz democrática” do jornal, o que só faz rir quem tem um pouco de discernimento.

Ora, a pergunta a se impor é “por que as pessoas querem depredar e queimar uma empresa nascida no Rio Grande do Sul?” Não será porque ela, nem de longe representa a população gaúcha? Não é o caso de os gestores repensarem suas práticas jornalísticas? Por que o inimigo é sempre o outro? Cadê a tal “imparcialidade jornalística”, que os impede de olhares o próprio rabo?

Há alguns anos o “inimigo” eram os americanos, ou, como se dizia, o “imperialismo americano”. Faria sentido, então, depredar e queimar – dentro dessa lógica – o Mcdonald’s (e tem um bem pertinho da João Pessoa, na esquina da Ipiranga com a Silva Só, na direção contrária à que os manifestantes tomaram, na quinta-feira). Certamente não é apenas porque a RBS corporifica algum tipo de imperialismo, ou porque os manifestantes não gostam do serviço prestado pelos meios de comunicação (e outros meios estão isentos de pichações ou vandalismo, se quiséssemos argumentar).

É sim porque as pessoas não se sentem representadas nem confiam no produto que a essa empresa oferece. Pontos para reflexão, se eles puderem fazê-la.

Já trabalhei na RBS como jornalista, de onde saí voluntariamente, e há pouco tempo fui chamada a ocupar uma vaga na empresa, coisa que, educadamente, como minha mãe me ensinou, recusei.

Não conheço quem goste da RBS, das pessoas das minhas relações. Ninguém tem nada contra quem trabalha lá (como pessoas, pelo menos), mas tem tudo contra a linha editorial, a padronização, a exploração, os salários achatados.

Fica, no fim, a dúvida: a RBS foi protegida pelas forças policias, à custa de todo o comércio ao redor ser depredado. Para eles não houve efetivo.

www.previdi.com.br



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38 respostas

  1. A questão é que RBS, Record, Band, etc., possuem um alcance que nenhum de nós possui. Os seus meios alcançam milhares de casas e escritórios. E depois a arrogância destes meios de comunicação que se apresentam como o critério de tudo, dando opinião sobre tudo (como fazem certos comentaristas esportivos que se acham superespecialistas em economia, religião, meio-ambiente, política, previsão do tempo,…) chega a irritar.

  2. O cara lá em cima falou tudo. O sonho da ala mais radical da esquerda portoalegrense é atear fogo no prédio da RBS. E aí não está embutida só a questão da mídia que quase detém um monopólio. Mas também está representado o ódio ao capital internacional, na figura dos judeus.

  3. Porra de novo aquele papinho de que a polícia deveria estar contendo os vândalos ao invés de estar protegendo o prédio da zero hora.

    Pessoal, nessas manifestações a polícia age em bloco, (polícia de choque), até porque se ela fosse agir separadamente e isoladamente seria linchada pela multidão.

    simples assim…

    Obs: Não estou defendendo ninguém, nem brigada, nem rbs, nem vândalos, absolutamente ninguém, estou apenas falando o obvio, que muitos não conseguem enchergar.

  4. Não me entendam errado, acho uma bobagem essa coisa de querer atacar a RBS em vez de focar nas questões realmente importantes, como transporte público.

  5. Como sempre, os grandes grupos de mídia defendem seus interesses fingindo que eles são interesses públicos. “Calar a imprensa?” AHahAHah é o mesmo papo que lançam quando falam em quebrar os monopólios de mídia que existem hoje!

    • os manifestantes deveriam utilizar a imprensa como aliada, já que ela que detem dos veiculos de comunicação em massa… o “povão que vota errado não tem facebook”… logo ir contra quem informa o povão é cavar a própria cova… no sul, 50% da população tem acesso a internet (não necessariamente participa de rede social).. quantos tem acesso ao canal 12??? tem mais tv do que geladeira no brasil…

      • Discordo. As pessoas devem protestar contra tudo que estiver errado, sobretudo a manipulação de informação. Quem precisa fazer aliança com a imprensa que *desinforma o povão são os políticos, eu fora.

        Quem está cavando a própria cova são eles, mentindo sem parar. (Pior: quando o protesto bate à porte, seguem mentindo).

        Detalhe: eles só viraram “aliados” dos manifestantes depois que seus repórteres foram atacados, antes eram todos vândalos e rebeldes sem causa.

        • Ok, respeito sua opiniao, mas nao va imaginar que videos e texto de raiva a rbs ou ate mesmo centenas de cabeca querendo quebrar um predio va ter mais forca que rbstv, tvcom, diario gaucho, zh, clicrbs, gaucha, atlantida, farroupilha, etc…

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