Após confrontos, 13 pessoas foram levadas ao Presídio Central

Secretaria da Segurança Pública concede entrevista coletiva sobre recentes manifestações. Com a fala, o comandante-geral da Brigada Militar, Coronel Fábio Fernandes. Crédito: Claudio Fachel/Palácio Piratini/CP
A cúpula da Segurança Pública do Rio Grande do Sul disse, em entrevista coletiva nesta terça-feira, que criminosos com antecedentes por furto, roubo, tráfico de drogas e até estupro estão entre os detidos após a manifestação em Porto Alegre. “Estamos percebendo uma infiltração maior de agentes infratores dentro do movimento popular”, disse o secretário Airton Michels ao referir-se ao grupo que tem usado a massa que protesta de forma pacífica pelas ruas da Capital para saquear lojas comerciais.
Do total, 65 pessoas foram presas – 13 delas foram autuadas em flagrante por roubo, furto qualificado e roubo a pedestre e estão no Presídio Central. “Além disso, duas dessas pessoas cometeram roubos contra os próprios manifestantes”, ressaltou o chefe da Polícia Civil gaúcha, delegado Ranolfo Vieira Jr. Entre os detidos também estão 17 adolescentes.
Para o governo do Estado, a mobilização popular é pacífica, mas dá margem para que criminosos se aproveitem da numerosa passeata para cometer crimes e conseguir escapar. “Estamos ampliando as nossas ações no intuito de prender pessoas. Há um número significativo no meio dos manifestantes, além daqueles anárquicos, de saqueadores e criminosos”, ponderou o comandante Geral da Brigada Militar (BM), coronel Fábio Duarte Fernandes. Ele admite que colocará um efetivo maior de PMs nas ruas, mas sem comprometer a segurança no resto da cidade.
As autoridades de segurança do Estado voltaram a reforçar que a prioridade é preservar e proteger a integridade física das pessoas. “O resultado da ação policial foi o mais eficiente e profissional possível”, avaliou Michels. “Inclusive houve divergências entre os manifestantes, aqueles que queriam a manutenção de uma passeata pacífica, e aqueles que queriam objetivos criminais e tentavam tirar proveito desse manifesto”, destacou. “Pela natureza de como eles (criminosos) agem, acabam sendo agentes propiciadores de perigo para a integridade física das pessoas”, completou.
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Os vândalos significam. Eles não são um componente não-simbólico do protesto ou uma espécie de ruído aleatório decorrente das tempestades solares. Os vândalos se manifestam sim, mesmo inconscientemente, mesmo que compareçam às manifestações acriticamente, pelo simples intuito de roubar.
Existe uma fala aí que pode ser lida pelos letrados, pelos cultos e pelos governantes. Mesmo quem não sabe racionalizar que aí existe uma sintaxe, é permeado por um discurso. O vandalismo é o jeito mais fácil de definir esse tipo de protesto, mas sem dúvida há muito mais a ser lido.
Obviamente, como morador do centro, acharia horrível se depredassem a fachada do meu prédio ou invadissem a minha casa, mas não consigo me furtar a reconhecer de que algo está sendo dito aí. Há uma maior urgência no discurso dos vândalos. As palavras são lentas, a agressão física aos totens é o argumento mais visível.
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Da mesma forma que um BM sem identificação merece ser julgado.
E sem mimimi “vamos investigar”
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Pessoas que andam mascaradas só podem ser bandidos. Deviam prender todas as pessoas que estão com máscaras no movimento. Estou dizendo isso desde o começo destas manifestações…..
Cambada de sem vergonhas se aproveitando e pelo jeito vai piorar, pobre das pessoas que trabalham e perdem seus bens por causa destes maus elementos…
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Concordo!
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Pois é, to achando que deviam proibir manifestação de máscara. Não é proibido o anonimato no Brasil? Então!?
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Concordo. Independente de ser pano preto cobrindo o rosto ou mesmo a máscara do Guy Fawkes, deveria ser proibida a participação com máscaras, pelo simples motivo de segurança e identificação. Quem garante que um vândalo delinquente não vai estar com a mascara “bonitinha” e permitida tambem???
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Fui sem máscara em todos os protestos. Porém, confesso que fico com receio de falar com algum mascarado, que seja pra pedir as horas, e uma câmera pegar, pra depois o nosso serviço de (des)inteligência dizer que eu tava conspirando junto com o vandalismo.
Tem alguns relatos que rolaram no face de manifestantes que ficaram como cartas marcadas dos protestos e foram perseguidos depois, intimados e etc.
O cúmulo da democracia, creio eu, seria o voto ser secreto, mas ser vedado o anonimato em protestos.
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Eles provavelmente não estão nem aí. Vão comer de graça por uns dias e depois nas ruas de volta.
Por isso que as coisas não funcionam por aqui.
Essas bandidagens não tem solução, vão sair e continuar roubando. Não venham me falar que fazem isso por falta de oportunidades. A cidade possui o nível de desemprego mais baixo do país, se não acha é porque não procura e é vagabundo.
É uma pena, a polícia poderia limpar esses estrumes da cidade.
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Um cara que é identificado, nessa situação, já com antecedentes, deveria perder os direitos como cidadão. Perder qualquer bolsa auxílio que recebe.
Mas aí nos beliscamos e percebemos que por cometer essas coisas eles recebem o bolsa prisioneiro. Complicado.
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O deputado federal Fernando Francischini apresentará um projeto de lei para proibir a concessão do auxílio-reclusão para parentes de presos condenados por crimes hediondos como estupro, homicídio e tráfico de drogas.
Para Francischini, delegado licenciado da Polícia Federal (PF), não faz sentido o governo federal premiar a família de um criminoso e deixar familiares das vítimas sem nenhuma proteção social ou financeira. “Acho um absurdo que a família de um pai morto pelo tráfico, por exemplo, fique desamparada enquanto a família do preso que cometeu o crime receba um auxílio previdenciário de R$ 590,00, maior até que o salário mínimo aprovado pelo Congresso”, disse Francischini.
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Amanhã mesmo já estão todos soltos, fazendo tudo de novo. Por quê não aproveitam e protestam contra estas leis frouxas do Brasil também? Taí uma boa pedida!!
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Se são criminosos mesmo e se ficarem presos, depois que os protestos acabarem, Porto Alegre será uma das cidades mais seguras do país.
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