EPTC colocará gradil nos corredores de ônibus

Iniciativa tem como finalidade evitar atropelamentos em Porto Alegre

Pedestres passam no meio da via ao descer do ônibus nos corredores  Crédito: Vinicius Roratto

Pedestres passam no meio da via ao descer do ônibus nos corredores Crédito: Vinicius Roratto

A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) colocará gradil nas laterais dos corredores de ônibus de Porto Alegre. A iniciativa tem como finalidade evitar atropelamentos em função do aumento da velocidade dos ônibus e das passagens irregulares por dentro da via das pessoas. “A preocupação é grande. A colocação do gradil é uma medida extrema para garantir a segurança dos passageiros”, explicou o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari.

A movimentação no corredor de ônibus do Instituto de Educação General Flores da Cunha, na avenida Osvaldo Aranha, exemplifica a preocupação. Em poucos minutos é possível acompanhar dezenas de pessoas que descem na estação, mas no momento de atravessar, ao invés de utilizar a faixa de segurança, passam no meio da via ou entre os ônibus.

A situação é ainda mais preocupante porque em alguns corredores de ônibus, em função da instalação dos BRTs, o pavimento foi substituído de asfalto por concreto, como nas avenidas Bento Gonçalves e Protásio Alves. Assim, o veículo desliza com mais facilidade e pode fazer com que a velocidade aumente. Na cidade, os ônibus devem andar na velocidade definida das vias, que tem média de 60 km/h. Nas estações, a é menor, de no máximo 30%. Mesmo assim, alguns motoristas estavam trafegando bem acima do permitido.

Correio do Povo



Categorias:Meios de Transporte / Trânsito

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46 respostas

  1. A principal função dos gradis será evitar o embarque sem passar pelas futuras estações fechadas (e por isso climatizadas), onde será feita a cobrança.

  2. O BRT de Porto Alegre não passará de um engodo. A velocidade média ficará em torno de 20 km/h, isso se tudo der certo. Então, pouco diminuirá o tempo das viagens. Qual a vantagem então? Ora, como não conseguirão tornar o ônibus mais atrativo, irão infernizar ainda mais a vida do pedestre e do ciclista. Deste modo, muitos serão obrigados a tomar ônibus, pois as outras alternativas ficarão ainda piores. Maquiavélico!
    Uma das peças chaves deste plano é justamente a instalação de gradis, além do aumento da velocidade máxima, que pouco influencia na velocidade média. Mas, com isso, obriga o pedestre e o ciclista a aumentarem seus trajetos e a mofar esperando nos semáforos para pedestres.

    • Que BRT? Não começaram uma única estação de embarque ainda, até agora nada me indica que algo vai ser feito além de pistas de concreto nos corredores existentes.

      Ah, e uma falsa pista na Padre Cacique, começando no nada e terminando em lugar algum.

  3. Corrigido.

    Engraçado, quando acabaram com os bondes, a desculpa era que eles atrapalhavam o trânsito, porque ocupavam muito espaço nas ruas e avenidas etc.

    No caso dos bondes não sei se ocorriam tantos atropelamentos, não sei as estatísticas daquela época, mas como morrem pessoas atropeladas por ônibus!

    Vou além deste assunto se me permitem. Estamos em 2013, século XXI pessoal!

    No mundo o transporte coletivo como bondes, VLTs, trens, metrôs e balsas convivem na Europa, nos EUA, Canadá e Ásia, eles fazem parte da paisagem!

    Por quê só aqui tem só ônibus e aviões para transporte público nas cidades e entre elas? Por quê não estes mencionados também?

    Lembro que não foi só o bonde, balsas que foram criminosamente extintos.

    Acabaram com os trens que transportavam não só pessoas a grande distância, também
    transportavam os bens de consumo que hoje são transportados pelos caminhôes!

    A desculpa é que eram deficitários no caso da RFFSA, mas até o Trem Prata criado em década após a extinção desta, que ligava o Rio de Janeiro à São Paulo, o governo permitiu que o monopólio da indústria aérea praticasse o *Dumping, para quebrar a concorrência!

    “Esta prática para quem não sabe, não é o caso do mantenedor deste Blog, o Dumping, é a prática comercial que consiste em uma ou mais empresas de um país venderem seus produtos, mercadorias ou serviços por preços extraordinariamente abaixo de seu valor justo (preço que geralmente se considera menor do que se cobra pelo produto dentro do país), por um tempo, visando prejudicar e eliminar a corcorrência de produtos similares concorrentes no local, passando então a dominar o mercado, impondo preços altos. É um termo usado em comércio internacional e é reprimido pelos governos nacionais, quando comprovado.”

    Esta técnica é utilizada como forma de ganhar quotas de mercado.

    Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio do Brasil, considera-se que há prática de dumping quando uma empresa detém um produto a preço inferior àquele que pratica para o produto similar nas vendas para o seu mercado interno(valor normal). Desta forma, a diferenciação de preços já é por si só considerada como prática
    desleal de comércio.

    Não estou incluindo obrigatóriamente o governo brasileiro desde a ditadura, caso mais recente após o regime militar só para ilustrar, lembram-se da GOL? A passagem de R$ 1,00, (Hum real) a volta do destino escolhido?

    E aí, os madatários no Planalto Central fizeram algo contra esta prática?

    É claro que não! Estranho, muito estranho não acham?

    O resto da história todos sabemos, o Mário Andreazza e a fomentação de rodovias, não que não fossem necessárias, mas só o rodoviário pra escoar a produção e transportar os passageiros terrestres? Sem falar no genocídio que testemunhamos nas estradas brasileiras, é um banho de sangue!

    Não estaria na hora dos usuários protestarem para terem estes meios de locomoção bem mais baratos, e não os poluentes queimadores de combustível fóssil continuem a ter exclusividade na exploração do transporte público?

    Como neste país tudo é manipulado para o lucro ilícito duma dúzia de corruptos que tem livre acesso ao poder, o governo direciona o que deve ser, e não interessa se é mais caro e de menor qualidade para o povão, tem que ser assim e assunto encerrado!

    Tem gente graúda ficado rica com este cartel!

    Bem, parece que quando o povo mete bronca, eles, os que mandam na Bastília brasileira se borram!

    Projetos de anos a favor do povo engavetados parece que foram aprovados a toque de caixa para comprovar, bastou a queda de popularidade de 73% para 30%,

    Está na hora de irem às ruas para terem estes transportes também?

    • “Por quê só aqui tem só ônibus e aviões para transporte público nas cidades e entre elas? Por quê não estes mencionados também?”

      Lobby forte do petróleo e seus interessados (já citei nome de um “consultor” fortemente interessado nisso aqui, o mesmo que “matou” o aeromóvel lá na decada de 80).

    • Só para lembrar algo do passado. Os bondes de Porto Alegre, possuíam uma espécie de cesto de madeira, que quando o motorneiro percebia alguém caído nos trilhos e não dava tempo para parar, este cesto era acionado e recolhia o infeliz. Provavelmente o sujeito ficava todo quebrado, mas não era cortado em pedacinhos.
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      Este era o veículo que todos achavam ultrapassado! Tinha até um equipamento rudimentar para dar segurança ao pedestre.
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      Procurei nas fotos antigas e não achei nenhuma que mostrasse corretamente, Em outros locais haviam dentes que trituravam mais quem caíam a frente do que qualquer coisa, mas aqui os nossos bondes possuíam este equipamento.

    • Ricardo.
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      Tentando contribuir com o teu texto, o que temos aqui é também erros propositais nos cálculos econômicos para justificar o transporte rodoviário.
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      O maior erro está no lançamento dos custos da via no meio de transporte. Por exemplo, quando se calculava o aparente déficit do transporte ferroviário, lançava-se no custo da passagem ou do transporte de cargas o custo de manutenção da via, ou seja, toda a manutenção dos trilhos e demais componentes ficavam por conta da Ferrovia, quando se usa o transporte rodoviário estes custos (exceto nas vias com pedágios) é pago por todos os contribuintes.
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      Agora alguns vão dizer, mas os automóveis também utilizam as estradas. Ledo engano, em questão de desgaste de uma via de transporte o desgaste é proporcional a quinta potência do peso por eixo, ou seja, se um caminhão ou um ônibus passa e o peso por eixo é 3 vezes o peso por eixo de um automóvel normal (estou sendo bonzinho!) terão que passar 250 automóveis para produzir o mesmo dano. Em resumo, se os caminhões ou ônibus fossem pagar proporcional ao USO DA ESTRADA, a tarifa dos mesmos (por eixo) deveria ser 125 vezes maior do que a tarifa de um automóvel.
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      Conclusão final: Além de tudo que falaste, o transporte de cargas ou de ônibus é TOTALMENTE SUBSIDIADO PELO TRANSPORTE INDIVIDUAL E PELO CONTRIBUINTE EM GERAL. era necessário restabelecer um novo cálculo sobre o transporte ferroviário, passando o custo da via ser mantido por todos (como é rodoviário).

      • Grato pelas informações bem colocadas.

        O triste desta história é que os políticos não estão nem aí para todos estes dados, e por causa destas, as estradas acabam por terem suas vidas úteis diminuidas.

        Abraço!

      • Esses dados são muito esclarecedores. Obrigado, Rogério.

      • Esse é o tipo de informação que deveria estar sempre publicado nos jornais, numa cartilha dominical em todos os jornais do tipo “Cálculo e Demonstrativo da Transparência Pública, dos Impostos, Contribuições e Demais Cobranças” para que as pessoas sempre soubessem de forma atualizada os custos em que incorrem e forma de cálculo dos mesmos!

        • Renan, já viste algum meio de transporte por via férrea noticiar no jornal? Eu não. Agora automóveis e caminhões….. Por isto que estas informações não são divulgadas, todos do meio sabem.

  4. Ontem atravessei a Aureliano pela faixa de segurança que tem logo após a segunda sinaleira (sentido bairro-centro, na esquina com a EPTC) e, para, minha surpresa, dei de cara com as tais cerquinhas.
    .
    A conclusão que cheguei é de que aquela faixa de segurança não serve para nada, pois o pedestre atravessa a avenida e fica embretado no outro lado – o que o obriga a dar meia-volta ou atravessar no meio dos carros e motos…

  5. O pior, e é só parar pra tentar atravessar a rua nesses gradis e verá, é que o brete formado pelos mesmo não comporta todas as pessoas que ficam 3 minutos esperando pra atravessar a rua. NÃO COMPORTA.
    Será que vão botar gradis em toda a cidade pra evitar acidentes?

    • E o que é aquele brete na Protásio, defronte à Av. Neusa Brizola, entre as paradas do colégio Rio Branco e a da Vicente da Fountoura!?
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      Se uma pessoa obesa tentar usá-lo, não vai conseguir, pois ele é MUITO estreito!

  6. A ridícula “política de gradis” da EPTC ataca novamente.
    Colocam essas grandes para impedir as pessoas de caminhar. Nas saídas de paradas de ônibus e faixas de segurança, DEVIDO AOS GRADIS as pessoas se aglomeram, apertam e ficam confinadas para esperar até 3 MINUTOS PARA ATRAVESSAR A RUA!
    Colocam grades, mas não fazem rampas. Colocam grades e confinam as pessoas mas deixam-nas esperando vários minutos para atravessar a rua em 5 SEGUNDOS.
    Em Porto Triste a prioridade nunca é as pessoas!
    Pra que fazer os ônibus andar a 60 km/h nos corredores?

    • Pra chegar no local no prazo estipulado? 60km/h é uma velocidade urbana meu filho, aceite isso. AInda mais num local isolado como num corredor de ônibus.

      • Não necessariamente, Adriano. Diversas cidades mundo afora reduziram o limite para 50 km/h para aumentar a segurança. Honestamente acho que ao menos nas paradas o limite devia ser mais baixo.

        Mas enfim, acho que o ponto dele é que há muita coisa que pode ser feita para reduzir a violência. Inclusive educar os pedestres e por que não multá-los? Apertar a fiscalização contra motoristas que tem extensas listas de infrações?

        E em último caso, sim, instalar instalações físicas, mas uma coisa pensada de acordo com o mobiliário urbano, não umas cercas de canil como fazem.

  7. Amem.

    O que vejo de pessoas se arriscando nos corredores..

    Vish….

    • Ontem ainda atravessei a Salgado Filho lá por fora do gradil me irritando com ele ainda, pois me impediu de alcançar a botoeira da sinaleira. Baita solução.

  8. Há um erro grave no texto, se todas as ruas dentro da cidade dever ter no máximo 60km/h jamais a velocidade média poderá atingir 60km/h.

    • matematicamente sim, mas a lei permite uma flutuação em torno do limite …10% não?
      entao teremos amostras a 58, 61, 60, 59, 63…

      • Agora sério, eu controlo a velocidade média do meu carro, se atinjo 30km/h num tráfego livre, estou lá de satisfeito.
        Mesmo com corredores exclusivos, com sinaleiras sincronizadas (o que é impossível com a forma da malha) e com as paradas para pegarem passageiros, se atingirem 45km/h ou num dia excepcional 50km/h é de jogar foguetes.
        Esta é a vantagem de um metrô ou mesmo de um VLT numa pista segregada, podem ter aceleração constante (característica dos motores elétricos) e no caso do metrô, podem tranquilamente atingir uma velocidade de 80km/h (ou mais). Neste último caso, velocidades médias em torno dos 60km/h não é sonho.

        • Com paradas a cada 500m, a máxima velocidade média possível do brt é 25 km/h, o que seria espetacular se fosse atingido. A velocidade média dos táxis em PoA é de 20 km/h. Eu nunca cheguei a 25 km/h de média entre um abastecimento e outro -aprox, 300 km. E o VLT de Paris tem velocidade máxima (não média) de 24 km/h.

        • O Trensurb, com paradas a cada 2 km e velocidade máxima de 90 km/h, pode chegar a 45 km/h de média. Metrôs com 60 km/h de média não é sonho. É delírio, infelizmente.

  9. Eu só gostaria que publicassem estatísticas de antes e depois da instalação dos gradis. Honestamente duvido (opinião, nada mais) que resolva alguma coisa, e é mais um obstáculo para os pedestres nas nossas péssimas calçadas.

    • Felipe.
      .
      Tu devias adotar o codinome Hardy, Hardy era aquela hiena que acompanhava o Lippy o leão e vivia dizendo:
      – Oh dia! Oh azar!
      – Lippy, isso não vai dar certo…
      Nunca vi um cara mais pessimista.

      • Tens algo de útil para adicionar a discussão, tipo estatísticas? Por que acreditar cegamente na EPTC é que não vou, ainda mais quando instala um troço horrível destes.

    • O número de mortes no trânsito estava caindo desde a lei seca, mas voltou a subir na última análise.

      Acho que essa medida das cerquinhas está relacionada à não indicar onde o radar móvel estará. Essas são medidas para reduzir o número de mortes.

      Estou sentindo falta de campanhas educativas, isso sim. Campanhas educativas são bem mais “cordiais” do que as cercas.

      • Minha dúvida é se realmente funciona. Deixar de divulgar o radar móvel tenho certeza que vai ajudar, inclusive comentei isso na divulgação desta medida, apesar do Rogério não lembrar.

    • Se as pessoas não tem capacidade mental pra se dirigir a um faixa de pedestre ou sinaleira pra atravessar uma rua, ela tem que ser tratada como gado e ser cercada até chegar ao lugar seguro de travessia. É uma pena que a maioria da população tenha que ser tratada assim, e a outra parte tenha que sofrer por isso.

      • Pela mesma lógica quem não sabe dirigir pode perder a carteira ou ter a velocidade limitada a 10 km/h? Ah sim, os motoristas que sofrem né?? Quem morre são os pedestres!

      • José, uma olhada rápida no CTB teria te prevenido de falares uma bobagem dessas. Atravessar na faixa de pedestres é obrigatório apenas se houver uma a menos de 50 metros de distância. Quem caminha pela cidade sabe bem como elas são raras.

  10. O índice de atropelamentos nos corredores é absurdamente alto… Uma medida necessária é a correção das sinaleiras, para que essa passe imediatamente para o amarelo para os carros assim que for pressionado o botão e o tempo de verde já tiver sido suficiente (maior que o tempo mínimo de verde aberto).

    O que ocorre hoje é que mesmo que o verde para os carros esteja aberto a horas, ao apertar o botão para atravessar a sinaleira demorará outros 90s para abrir para os pedestres.

    • Também tem que ser corrigida a falta de sincronia. Mesmo em avenidas de alto fluxo muitas vezes temos que atravessar até o meio e esperar novamente um tempo absurdo no canteiro central para chegar ao outro lado.

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