Arquivos e documentos podem ter sido perdidos no incêndio no Mercado Público
Entre os espaços consumidos pelo fogo dentro do Mercado Público, dois em especial guardavam parte da história de Porto Alegre. Em uma das salas funcionava a sede do Projeto Monumenta – programa de recuperação do patrimônio cultural urbano, executado pelo Ministério da Cultura e financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Lá estavam arquivos, plantas e análises dos projetos que estavam em andamento e daqueles que já foram concluídos, inclusive do próprio Mercado Público e da Praça da Alfândega, recentemente entregue à população.
Muito emocionada, a arquiteta do projeto, Dóris de Oliveira, resumiu o momento de tristeza: “Participei do restauro do Mercado Público. É devastador ver as imagens. Nosso acesso só será liberado depois da perícia, mas pelas imagens e fotos, não sobrou nada”, comentou, compartilhando o sentimento com a responsável pelo projeto em Porto Alegre, Briane Bicca. A expectativa é recuperar parte das informações pelo backup. “O sentimento que reconforta agora é ver o carinho e a manifestação de apoio da população. Mostra o quanto o Mercado é importante para a cidade”, assinalou.
Outro espaço devastado pelo fogo foi o Memorial do Mercado, que também ficava no segundo pavimento, em frente à avenida Júlio de Castilhos. O local foi inaugurado em 1999 e reunia e preservava a história do Mercado Público Central, sendo referência aos seus visitantes. No espaço também eram promovidas exposições temáticas e ações educativas. Possuía um acervo documental, iconográfico, além de hemeroteca sobre a História do Mercado.
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Arquivos históricos devem ser guardados em locais especiais, à prova de fogo, humidade, traças, etc. Não no mercado público, pelo amor de Deus!
Belas fotos do mercado hoje http://www.sul21.com.br/jornal/2013/07/segunda-feira-de-ressaca-no-mercado-publico/
Guardar material desta natureza em um local “pouco seguro” como o Mercado Público é lamentável. Mas estamos no Brazil né, fazer oq.
Estamos em 2013, plena era digital. Em momento algum pensaram em digitalizar aquele acervo? O descaso, ou incompetência, chega a esse ponto?
Independentes de ter o acervo digitalizados se os registros são históricos devem ser guardados. De qualquer forma o Mercado Público não é um lugar adequado para guardar registros históricos, a não ser que houvesse alguma sala para visitação pública para conhecer esses registros.