Entorno do novo Beira-Rio provoca discórdia

Inter, AG e prefeitura discutem sobre quem vai arcar com os custos de área interna

Inter ainda acredita em acordo sobre a obra   Crédito: Divulgação / AG / CP

Inter ainda acredita em acordo sobre a obra Crédito: Divulgação / AG / CP

O Beira-Rio será um estádio moderno, bonito e confortável. No entanto, ainda não se sabe exatamente como ficará a área que o circunda. Nem o Inter, nem a Andrade Gutierrez e nem a Prefeitura de Porto Alegre querem assumir — e, principalmente, pagar a conta — a obra de urbanização do complexo que será usado na Copa do Mundo de 2014. A estimativa é que iluminar e calçar a área custe cerca de R$ 6 milhões.

As discussões sobre o problema começaram há cerca de um ano e se desenrolam com poucas possibilidades de acordo. A obra não está contemplada na parceria celebrada entre o Inter e a Andrade Gutierrez. Exatamente por isso, a construtora não admite, pelo menos por enquanto, investir seus recursos nela. A Prefeitura de Porto Alegre, por sua vez, argumenta que não pode fazer uma obra sobre uma propriedade privada.

“Estamos falando do pátio do Beira-Rio, que é um estádio privado. A prefeitura não pode e não vai fazer esta reforma. O Inter já sabe disso. Tanto o Inter como a Fifa já foram comunicados, por ofício, que a prefeitura não fará a obra”, afirma o secretário municipal extraordinário da Copa, João Bosco Vaz, que pergunta: “Como é que celebraram um contrato de R$ 330 milhões com uma construtora e deixam uma calçada de fora?”.

O presidente Giovanni Luigi ainda crê no acordo com a prefeitura. Ele diz que o clube não tem recursos financeiros para fazer a urbanização e a iluminação da área conforme os padrões exigidos pela Fifa, principalmente antes da Copa do Mundo. “Vamos resolver o problema”, resume o presidente colorado.

Alguns de seus colegas dirigentes, porém, não enxergam assim. Dizem que o clube irá ceder, além do estádio, o Galpão Crioulo e o Gigantinho para a realização da Copa, desonerando a prefeitura da construção de estruturas temporárias. “Em outras cidades, as prefeituras estão investindo pesado neste tipo de construção. Aqui, não é necessário, pois o Inter irá ceder. Por isso, achamos razoável que a prefeitura faça a urbanização”, argumenta a 2º vice-presidente do Inter, Diana de Oliveira. Ela cita Curitiba, que teve de alugar uma área e construir uma série de instalações próximas da Arena da Baixada, como exemplo.

Correio do Povo



Categorias:COPA 2014, Reforma do Estádio Beira-Rio

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17 respostas

  1. Tb acho que nessa assinatura de contratos( tantos do Inter-B Rio como do Gremio-Arena) deveria ter uma contrapartida como obrigacao de embelezar o entorno e com um projeto digno….reparem naquela area as margens do Guaiba ao lado do CT gremista abandonada e cheia de lixo. Aquilo deveria virar um belo de um parque…..
    Isso a ecoxxiitada nao protesta!
    PS: sou gremista.

  2. Sempre fui, e continuarei sendo, a favor da concessão de isenções fiscais para a construção/reforma dos estádio de futebol brasileiro, bem como acho correto os vultosos financiamentos concedidos pelo BNDES (afinal é para isso que existe esse Banco), mas usar dinheiro público para fazer obras complementares de interesse privado já é demais.

  3. É de chorar essa novela da reforma…

  4. Independente de quem fizer a obra, poderiam, AO MENOS fazer a calçada do primeiro projeto, que encantou a todos e depois nos apresentam e executam esse projeto, que de bonito(e muito, mas sem entorno) nos restou apenas o Beira-Rio em si.

  5. Enfim, os fatos relatados com relação aos recursos que foram utilizados pela Copa do Mundo, vem com mais esse mostrar que os custos que a Pref. Mun. POA, que em boa parte, simplesmente, começou a fazer obras a fim de atender os interesses privados, principalmente e, sobrou mais essa conta para o cidadão que paga impostos.

    Discutem entre eles, opinam, fazem considerações, fingem que está brigando entre si, alegam prejuízos a estrutura da Copa e, no final o erário público paga a conta, essa com dinheiro do cidadão que paga impostos.

    Quem viver verá.

  6. O inter acabou de receber 30 milhões da venda do Fred. Ter dinheiro tem, só não quer gastar. Acho que a postura do inter explica muito: está se lixando pra cidade (o entorno do beira rio).

  7. O inter dormiu no ponto quando assinou o contrato e agora quer que nós paguemos a conta…
    Se o Inter quer algum dinheiro pelo Gigantinho, que a prefeitura faça uma licitação e o inter ofereça um preço pelo aluguel da área. Muito fácil querer que a prefeitura faça uma obra de 8 mi numa propriedade privada, assim até eu quero!

  8. A prefeitura não dá nem conta do calçamento da Andradas e agora vai ter que arcar com as calçadas de um local privado. O lucro dos jogos, do aluguel das lojinhas, dos estacionamentos vai pra quem?

    • Com certeza pra FIFA e pro bolso dos políticos ou melhor dos corruptos brasileiros…estes que sempre foram, sao e sempre serão corruptos e todos sabem disto e mesmo assim continuam sendo eleitos pelo povo brasileiro…

  9. Nao conseguem nem fazer uma calcada e nos tentaram vender o “sonho” megafantasioso da Hype Studios…..ai ai ai

    • Essa Hype tinha é que ser processada. Inventa projeto megalomaniaco pra ser aprovado e depois na prática, nada se confirma, processada eu forcei, mas deviam fazer projeto mais proximo da realidade.

      • Aj, a Hype apenas fez o que pediram… não é ela a culpada…

      • Definição inglês inglês da palavra hype:

        hype 1 (hp) Slang
        n.
        1. Excessive publicity and the ensuing commotion: the hype surrounding the murder trial.
        2. Exaggerated or extravagant claims made especially in advertising or promotional material: “It is pure hype, a gigantic PR job” (Saturday Review).
        3. An advertising or promotional ploy: “Some restaurant owners in town are cooking up a $75,000 hype to promote New York as ‘Restaurant City, U.S.A.'” (New York).
        4. Something deliberately misleading; a deception: “[He] says that there isn’t any energy crisis at all, that it’s all a hype, to maintain outrageous profits for the oil companies”

  10. Quem não tem competência não se estabeleça. Como é que a direção do Inter tem coragem de dizer que não tem dinheiro para construir a calçada e a iluminação.
    Espero que a Prefeitura não banque esta obra. A Prefeitura tem que cuidar da Saúde e da Educação.
    ERA SÓ O QUE FALTAVA NA REPUBLICA DE SÃO PEDRO DO RIO GRANDE DO SUL….

  11. Sem comentários grenal por favor. Vão ser deletados. Já deletei dois. Nem percam seu tempo. Tem tanto Blog do Inter e do Grêmio, procurem um pra postar suas paixões.
    Acho que não entenderam ainda que o Blog não é sobre Grêmio ou Inter. É sobre arquitetura, urbanismo, obras, assuntos relacionados a Copa 2014, estádios, mas não clubes. Comente a obra, o entorno, o custo, os gastos, a demora, a qualidade, a arquitetura, o design, mas não se o Beira-Rio é maior, melhor, que a Arena e vice&versa, e não use palavras como “remendão”.

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