Jornal Metro – Porto Alegre – 07/08/2013
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Categorias:Outros assuntos
Tags:BR 448, ponte estaiada, ponte estaiada da br-448, rodovia do parque
Queria ver esses passos largos sendo dados nas estruturas de transporte sustentáveis e eficientes.
Queria saber se quem negativou pensou um pouco na matemática da coisa.
Quero saber se quem negativou realmente acha que super rodovias expressas são realmente a solução sustentável e eficiente para o problema da mobilidade urbana.
Como venho propondo desde sempre nos comentários deste blog, digo que NÃO. Não é sustentável, não resolve o problema e não é um uso eficiente dos recursos (parcos) dos quais a metrópole dispõe.
Talvez caiba explicar a todos o desperdício que essa obra configura, utilizando de uma ferramenta que todos com ensino fundamental poderão entender, a matemática:
custo total: R$ 1 bilhão
comprimento: 22,3 Km de rodovia
custo por quilômetro: R$ 44.8 milhões
largura: 3 faixas por sentido (só em alguns trechos, mas vamos abstrair)
capacidade de cada faixa: 2000 veículos por hora
capacidade total da via: 6000 veículos por hora
lotação média dos veículos: 1.5 (sendo bem generoso)
passageiros transportados: 9000 por hora
Mas números soltos dificilmente dizem alguma coisa. Para dar um ponto de partida para comparação, vamos falar dos custos e capacidades das outras opções:
Metrô:
capacidade: de 25.000 até 50.000 passageiros por hora
custo por quilômetro: entre R$ 200 milhões (cut-and-cover) e R$ 670 milhões (shield)
Aeromóvel:
capacidade: de 10.000 até 25.000 passageiros por hora
custo por quilômetro: entre R$ 30 milhões (ref. aeroporto via simples) e R$ 50 milhões (ref. projeto Canoas via dupla)
VLT/Bonde:
capacidade: de 10.000 até 25.000 passageiros por hora
custo por quilômetro: entre R$ 30 milhões (ref. Múrcia) e R$ 60 milhões (ref. Cuiabá)
Ou seja: com as alternativas mais pesadas de transporte coletivo, o custo ficaria 4 a 5 vezes maior, mas a capacidade seria 7 vezes maior. Com as alternativas mais leves, o custo ficaria essencialmente o mesmo, mas a capacidade seria de 2 a 4 vezes maior.
E claro, olha que eu nem discuti a possibilidade de NÃO construir outra linha de transporte metropolitana, e simplesmente aumentar a capacidade latente do Trensurb. O Trensurb hoje atende 20 mil passageiros por hora; sabe-se que um commuter train bem implementado, com veículos maiores e viagens mais frequentes pode chegar a casa dos 50.000 passageiros por hora. Isso obviamente iria requerir investimento em infraestrutura e veículos, mas eu tô pra dizer que não custaria nem cinco quilômetros dessa extravagância monumental.
Mas enfim, toca a fazer mais asfalto que é o que esse povo tosco merece.
Fora o consumo de espaço, subtraindo-se a possibilidade de usar o espaço consumido com atividade econômica, cultural ou de lazer. Em outras palavras, no lugar de uma autobahn poderia haver escritórios, comércios, restaurantes, praças, empresas…
Quanto é que custa um terreno em uma cidade? Estamos dispostos a usar esse terreno para transportar apenas uma quantidade pequena de pessoas?
Não precisava nem ser subterrâneo, uma linha de superfície já seria útil. Porém nem essa nem a ERS 010 incluíram isso no projeto. Afinal, fazer a terraplanagem pra rodovia e pra ferrovia ao mesmo tempo sai mais barato que as duas em separado. Fora que a da ERS 010 se conectaria à linha Fiergs – Rua da Praia e a da 448 poderia virar subterrânea em algum momento antes de chegar no Gravataí e passar por baixo da AJ Renner, se conectando à linha 1 na estação Farrapos, embora ali fosse desaguar mais gente na linha 1.
Pois é: com toda esse trabalho necessário para a rodovia do Parque, já poderia se aproveitar para fazer uma linha férrea paralela, voltada a serviços intermunicipais de maior alcance. Eu não reclamaria. Pela ERS-010 também seria uma ideia muito interessante, se o relevo permitisse.
Mas nessa poço de criatividade e modernidade chamado engenharia gaúcha, não se falou nem uma linha desse tipo de ideia até agora.
Exato Fmobus, eu me pergunto, se um simples estudante de engenharia consegue pensar numa proposta dessas, como que um departamento/secretaria responsável por isso não consegue? Fora que pra se desafogar o transito entre dois pontos não basta apenas construir estradas alternativas, mas também meios alternativos, como linhas de trêm/metrô, BRT, VLT, quiçá até teleféricos onde a topografia permitir, ciclovias, melhores condições para o pedestre circular, enfim mobilidade urbana é isso, e não só construir rodovias.
´Brilhante !
Não há muito o que comemorar, visto que esta obra vai solucionar somente parte do problema da BR-116…
Os congestionamentos nas proximidades de São Leopoldo irão continuar insuportáveis.
Já deveriam estar entregando uma rodovia paralela até Portão no mínimo…
O que fizeram nos cinquenta anos atrás que não pensaram nisso! O slogan agora é 50 anos em 14! Sem levar em conta a crise que está rebentando o tão cantado ‘primeiro mundo’! A gerentona que se vire, não é verdade?
Se imenso vão da ponte será um ótimo lugar para favela… Exite algum plano sério de urbanização abaixo desse vão?
Se deixarem a ideologia de lado, basta entregarem a área a iniciativa privada que sai algo útil ali e não vira favela.
Um dos restaurantes mais caros de NY fica embaixo da ponte do Brooklin: River Café
É, mas o brooklyn é dentro da cidade, duvido que há interesse ali.
E se fosse instalados aqueles silos abaixo dos viadutos?