Fábrica de torres eólicas foi inaugurada em Canoas

Investimento é de R$ 30 milhões e prevê criação de 340 empregos diretos e indiretos

Tamires Souza

RS é o segundo estado do país em parques eólicos.  Foto:  Gilberto Simon - Porto Imagem

RS é o segundo estado do país em parques eólicos. Foto: Gilberto Simon – Porto Imagem

Canoas – A produção de energia eólica gaúcha ganhou reforço com uma nova fábrica de torres eólicas. Da unidade, inaugurada ontem, devem sair até 120 torres de aço anualmente, capazes de fornecer 350 MW de eletricidade. Com o investimento de 30 milhões de reais, 90 empregos diretos foram criados para a região e outros 250 indiretos. “Vai trazer crescimento na arrecadação e também exportaremos tecnologia”, ressaltou o prefeito Jairo Jorge.

A unidade que está em funcionamento foi construída em uma área de 11 mil metros quadrados, ao lado da fábrica de transformadores da Alstom, no bairro Industrial. De acordo com o presidente da empresa no País, Marcos Costa, o primeiro contrato do empreendimento está garantido, para fornecimento de torres ao complexo Corredor do Senandes, projeto da Odebrech Energia. A fábrica canoense é a segunda do segmento eólico da América Latina pertencente a Alstom.Aprimeira, que fica na Bahia, teve a capacidade dobrada alcançando 600MW, uma possibilidade que o futuro pode ser executada na cidade, segundo o executivo.

Expansão da energia eólica

A expansão da energia dos ventos é a aposta da Alstom para os próximos anos. “O Brasil tem apenas 1% da potência instalada, mas rapidamente chegará aos 15%”, projeta o diretor de Energia Eólica da Alstom na América Latina, Pierre François Chenevier. Emcoletiva de imprensa, o governador Tarso Genro afirmou que essa é uma das áreas prioritários para o Rio Grande do Sul, pelas características de sustentabilidade da modalidade. “A médio prazo o Estado poderá ter um aporte de 10% na energia eólica.”

Diário de Canoas



Categorias:Energia, Energia Eólica

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33 respostas

  1. Offtopic: Rogério, lembras quanto vc escreveu sobre o papel das empresas na corrupção? Isso já está começando a aparecer na mídia.

    http://br.noticias.yahoo.com/blogs/habitat/quando-vamos-enfrentar-os-cart%C3%A9is-que-tomaram-conta-202344894.html

  2. Sou completamente à favor de soluções alternativas de energia, uma pena que torres eolicas sao um terror para vizinhos e produzem uma radiação chata. Eu acho que a ciencia tem que evoluir mais nesse aspecto, com soluções menos intrusivas e acho que a descoberta da utilidade do grafeno poucos anos atrás vai mudar esse conceito.

    • Você está falando de radiação eletromagnética?

      • Pablo, acho que o Maurício quis falar da emissão de infrassom, que realmente existem e está levando a países limitar a distância dos aerogeradores as residências.
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        Mas acho que temos ainda um grande potencial hidrelétrico de micro e PCHs que não foram ainda utilizados e que não geram danos ambientais.
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        Há um problema na legislação que impede o desenvolvimento maior das PCHs, enquanto precisamos para instalar geradores eólicos de observações de vento de dois anos, algo que considero completamente fora de propósito, nas PCHs precisa-se os mesmos ritos do que para fazer uma ITAIPU! Fazendo com que o custo e a demora de uma instalação deste tipo, inviabilize a sua implantação.

        • Quanto a haver os mesmos termos para grandes hidroelétricas e pequenas PCHs eu sou realmente contra… não faz sentido algum. Mas estamos muito atrasados na energia eólica, mesmo com o nosso ótimo vento estamos décadas atrás da China. Na China se vê nas estradas a iluminação pública híbrida eólico-solar.

        • Eu vejo o problema do infrassom tão simples de resolver… Temos uma mecânica de excelente precisão que poderia reduzir drasticamente desbalanceamentos e desalinhamentos. Além do mais estamos bem avançados em mancalização eletromagnética inclusive para PCHs.

          Claro que tem que apertar a indústria para que essas tecnologias sejam implantadas na prática.

        • Pablo, infrassom é inerente ao movimento das pás, ele é gerado por vórtices de Kármám ao fluído passar por qualquer estrutura.

        • Então dá no mesmo… Torres de alta tensão para transmissão ou imensas pontes e viadutos como essa da Rodovia do Parque ou a nova ponte do Guaíba também causam… Fora isso até estruturas naturais como os cânions ou montanhas.

        • Pablo, eu poderia te explicar direito e mostraria que não é bem assim, mas aí o Gilberto iria reclamar 🙂 , não vou contrariar a chefia! 😉

        • Um outro impacto das turbinas eólicas é a mortandade de morcegos, que morrem ao passar pelas zonas de baixa pressão causado pelas pás tendo o pulmão estourado. Em termos paisagísticos a minha opinião é que já estamos ficando com uma monotonia quando passamos pelo parque eólico de Osório. Sou favorável a construção em alto mar, longe da nossa visão e que seus infrasons não cheguem aos nossos ouvidos.

        • Alta, alta pressão e não baixa Dornelles. Quando o vento diminui a velocidade ele transforma energia cinética em pressão (Bernoulli, Mecânica dos Fluidos básica). Só não vai começar a discutir!

        • Ahá!!! I gotcha!

          “As the wind moves through a wind turbine’s blades, pressure drops behind them by five to 10 kilopascals (a pascal is a unit of pressure), and any bat unlucky enough to blunder into such an undetectable low pressure zone would find its lungs and blood vessels rapidly expanding and, quickly, bursting under the new conditions.”

          Daqui: http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=wind-turbines-kill-bats

        • Infelizmente tenho que falar.
          Estás certo!
          Também não posso acetar todas!
          E fui errar na mais simples 😦 😦 😦

  3. Pablo, realmente isto é uma fantasia, o que há diferente nas torres é o calculo estrutural das mesmas, pois devem ser calculados para o esforço do vento (dinâmico) e a interação deste com a vibração de um possível desbalanceamento causado pela quebra de uma das pás. Não é tão simples assim o cálculo, pois sendo uma estrutura esbelta a preocupação principal é com a flambagem.
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    Há bastante tempo, para os postes que colocaram no Parque Marinha do Brasil, quem calculou foi um engenheiro sul-africano, espero que os meus colegas tenham ficados espertos e já saibam calcular as torres dos geradores.
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    Não há norma para este tipo de cálculo!

    • Maestri, flambagem é a deformação lateral que ocorre em uma peça estrutural com uma dimensão preponderante às demais por efeito do esforço normal de compressão, no caso da torre de uma turbina eólica o esforço não é normal e sim é lateral, causando deformação por flexão.

      • Caro Dornelles.
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        Não esqueça que dou aula de hidráulica de condutos forçados e um dos assuntos é dimensionamento mecânico de condutos.
        Quando um conduto é submetido a uma força longitudinal ele pode flambar e esta flambagem é calculada a pequenas perturbações, método linear, porém quando há forçantes de grande amplitude se chega a um domínio não linear.
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        Além deste tipo de flambagem temos mais outros dois tipos característicos de dutos ocos, porém não ficarei enchendo o saco do pessoal, mas posso te enviar bibliografia.

      • Dornellinhos, leia primeiro:
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        The Effect of Hydraulic Vibrations on Initiation of Buckling and Axial Force Transfer for Helically Buckled Pipes at Simulated Horizontal Wellbore Conditions
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        http://www.onepetro.org/mslib/servlet/onepetropreview?id=SPE-105123-MS
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        Depois vem discutir!
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        Tem que crescer muito oh menino, antes de falar dos grandes, pega a bicicletinha e vai para casa estudar!

        • Não viaja caro Rogérinho! Fugiste do tema, não temos escoamento nenhum no interior de uma torre de suporte de turbinas eólicas!!! Não sem como que sua mente pode pensar em conduto forçado ao analisar uma torre!

        • Calma Rogério, tu não sabe a formação dele.

          Acho que tu pisou na bola….

        • Gilberto, pior que ele sabe sim qual a minha formação!…ahauahauh

        • Gilberto, não te preocupes, não é briga nenhuma, ele está simplesmente me testando (vendo se escrevi qualquer coisa em cima de nada) e me enchendo o saco. Conheço pessoalmente a figura!

        • Dornelles, só esqueceste de um princípio postulado por Galileu Galilei, se um esforço produz uma força, esta independe de referencial, ou seja, se o fluído está dentro ou fora e produz o mesmo esforço, a reação da estrutura será a mesma!
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          Podes achar isto de forma não axiomática no capítulo capítulo 1 item 6 de A first course in rational continuum mechanics de Cliford Truesdell.

      • Caro Dornelles, então vou as fatos (os outros que aguentem, eu sei exatamente a formação dele 🙂 )
        Primeiro: O fluido passa por fora e não por dentro, e quando se calcula um emissário dentra da água é a mesma coisa.
        .
        Segundo: Uma torre de gerador eólico tem os seguintes esforços.
        .
        Cargas estáticas:
        .
        1ª) A carga longitudinal dada pelo peso da estrutura, tanto o peso do gerador como o peso próprio da mesma.
        2ª) O empuxo sobre as hélices, que são equivalentes a potência que o aerogerador produz, dividido pelo rendimento do sistema, n do máquina hidráulica X n do do gerador, ou seja podes considerar mais ou menos multiplicado por um fator em torno de 1,4.
        3ª) A força de arraste causada pelo vento sobre a torre, que varia com a altura h da torre Fa= (1/2)*RO*Cd*V² do vento*Area do cilindro (área=D*L, onde L=somatório H), o valor de Cd varia em torno de 0,6 até 1,0 conforme o Reynolds causado sobre a torre.
        .
        Cargas dinâmicas:
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        1ª) Diferença de arraste com a passagem da Pás frente a torre, frequência dada por 3 vezes a frequência de giro das pás. Esforço na direção do vento.
        2ª) Vibrações causadas pela excentricidade das pás (ou pior pela quebra de uma delas). Esforço na direção transversal à direção transversal à direção do vento.
        3ª) Vibrações causada pelo desprendimento de Vórtices de Kármám, a frequência é dada por fs=St*V/D, onde St é o número de Strouhal do escoamento, a grosso modo St 0,20 a 0,30 em função do Reynolds, direção transversal ao escoamento. Este termo produz uma força de sustentação que vibra conforme a frequência acima e o coeficiente de sustentação é função do Reynolds e da rugosidade relativa, podendo atingir valores maiores do que a unidade.
        .
        Desprezando outros efeitos menores causados, por exemplo, devido a diferença da temperatura, excentricidade do duto (a torre não é maciça!), temos 3 carregamentos estáticos e 3 carregamentos dinâmicos. Para estes tem-se que calcular a resistência a compressão da torre, as flambagens da mesma em função deste peso e dos efeitos dinâmicos. Digo as flambagens pois são três:
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        (a) Flambagem que todos conhecem (flambagem de um pilar)
        (b) Flambagem das paredes laterais, comportando-se estas como cascas ou placas.
        (c) Flambagem por compressão das paredes laterais (ficando como um conduto corrugado.
        .
        De quebra tem esforos torsores de menor ordem.
        Veja não é tão simples assim, pois todos estes esforços variam com a altura e com o perfil do vento sujeito a camada limite atmosférica.
        Pode mostrar o que escrevi para quem entende de efeito de vento sobre estruturas e entende ao mesmo tempo de solicitações dinâmicas e teoria da elasticidade.

  4. Não achei que “existisse” fábricas específicas de torres para turbinas eólicas, pois essas torres são praticamente as mesas de qualquer outra torre usada em telecom ou construção civil em geral.

    Cabe lembrar que temos a Gerdau e o anúncio da Impsa para fabricação das turbinas.

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