ATP prevê sucateamento da frota caso tarifa siga em R$ 2,80
Conforme levantamento realizado pela Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), as empresas de ônibus de Porto Alegre estão operando com prejuízo de R$ 27,8 milhões. Deste total, R$ 6,1 milhões atingem a Carris. O estudo, realizado entre 23 de março e 31 de julho, foi divulgado nesta segunda-feira.
O gerente executivo da ATP, Luiz Mário Magalhães Sá, ressaltou que, caso seja mantido o valor da passagem em R$ 2,80, não haverá condições de renovação da frota de ônibus em 2013. “A cada ano, são colocados em média 170 novos coletivos em operação na Capital. Com o valor da tarifa reduzido não teremos condições de realizar essa mudança,” argumentou.
Conforme Sá, as recentes desonerações foram aplicadas a partir de um valor já defasado e que não seguia os critérios de cálculo assegurados por lei. “Não temos como sustentar o prejuízo por muito tempo. As empresas vinculas aos consórcios Sistema Transportador Sul (STS), União da Bacia Urbana Sudeste Leste (Unibus) e Consórcio Operacional Zona Norte (Conorte), e a Carris estão com dificuldades financeiras”, destacou.
Em julho, o Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa) ingressou com uma ação na Vara da Fazenda Pública da Justiça Estadual, que pede a intervenção do Judiciário para o cumprimento do decreto 14.459, de 2004, que regula o cálculo da tarifa de ônibus da Capital.
Segundo Sá, na versão da área jurídica do Seopa, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) cometeu uma irregularidade e descumpriu a legislação ao acatar, em março, a recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RS) de não considerar toda a frota de 1.701 veículos para o cálculo da passagem (foram retirados 161 ônibus do cálculo). Ele frisou que o valor da passagem de ônibus deveria ser de R$ 3,05 e não o valor de R$ 2,80, cobrado hoje.
Tanto a ATP quanto o Seopa têm a convicção de que a própria EPTC considera necessária a existência de toda a frota para o cálculo da tarifa, pois não autorizou o pedido das empresas de ônibus que desejavam se desfazer de veículos retirados do cálculo. Sá observou que laudos técnicos de especialistas em transporte foram anexados ao processo para sustentar a argumentação.
Além disso, a entidade questiona a legitimidade do TCE/RS em interferir no cálculo tarifário, considerando que existe uma lei própria para isso. A frota de Porto Alegre é composta por 1.701 ônibus que transportam uma média diária de 890.895 passageiros, incluindo os isentos. Desse universo, 604.475 passageiros pagam a tarifa.
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Tadinhos ….
Categorias:Meios de Transporte / Trânsito, onibus
E imaginar que toda essa história começou pelo José, em que o mesmo entende que não deve existir transparência com referência ao custo do transporte público.
Apostou, continua apostando o seu José???????????????
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Quase 28 milhões de prejuízo por uma redução de uns 20 centavos contado todas as isenções? Quer dizer que essa máfia movimenta pelo menos meio bilhão por ano! Quer dizer que em 6 anos movimentou o dinheiro que está faltando para fazer o metrô?
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Isso mesmo. Meio bilhão por ano. Tem como instituir passe livre quando o custo do transporte publico é um terço da arrecadação bruta da prefeitura?
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Por isso que sou contra o passe livre… Se pagando a passagem as contas das empresas já são obscuras, imagina com passe livre com uma quantidade de dinheiro indo para as empresas todo mês sem sabermos direito quanto vai.
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A redução de fato foi muito menor, pois depois das reduções houveram as desonerações.
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