Frequentadores de praças e parques ficaram assustados após morte de idoso em queda de eucalipto
Moradores de Porto Alegre e, especialmente, frequentadores de praças e parques da Capital estão em alerta após a queda de uma árvore que ocasionou a morte de um idoso, no Parque da Redenção, no sábado. O que assustou as pessoas é que não havia sinais externos de que o eucalipto estava com a raiz comprometida, conforme constatado por técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam). Outro fator preocupante é que a vistoria realizada pela prefeitura é visual. “Não temos equipamento de ultrassonografia ou outro equipamento que possa fazer uma melhor avaliação do estado da planta”, afirmou o supervisor de praças, parques e jardins de Porto Alegre, Léo Antônio Bulling, em entrevista à rádio Guaíba nesta segunda.
Bulling informou que o eucalipto, visualmente, estava sadio. “O caule estava intacto. Não tinha erva de passarinho – que muitas vezes contribui com o peso para a queda do vegetal. A copada estava bem verde. Mas, infelizmente, a base próxima a raiz foi atacada, talvez pelo excesso de umidade ou por um fungo”, relatou.
O supervisor afirmou que será feita avaliação de um grupo de árvores da mesma espécie que fica no Parque da Redenção. “Nós vamos fazer uma avaliação mais cuidadosa para avaliar a raiz desses vegetais”, explicou. Bulling informou que 20 servidores trabalham na redenção e fazem avaliações constantes, inclusive são alertados por freqüentadores do parque. “Quando há risco, a intervenção é imediata”, garantiu o supervisor da Smam. Porto Alegre é uma das cidades mais arborizadas do País. A estimativa da Smam é de que haja pelo menos 1,2 milhão de árvores nas vias públicas.
Ele admitiu, no entanto, que “não existe árvore totalmente segura”. Bulling lembrou que os vegetais sofrem principalmente a ação do vento, embora não tenha sido o caso de sábado. “Não havia vento, estava um dia se sol e o vegetal simplesmente tombou”, lamentou.
Categorias:Meio Ambiente, Parques da Cidade
A queda deste Eucalipto causando a morte de uma pessoa é uma fatalidade.
Pessoas serem assassinadas todos os dias por ladrões que querem seus carros e seus pertences não são fatalidades, já é uma banalidade. Justamente por isso ninguém fica debatendo à respeito.
Bêbados que dirigem e matam muitas vezes mais de uma pessoa não são fatalidades já são consideradas banalidades por isso também ninguém debate à respeito.
Raio que cai e mata, ninguém dá bola, é normal.
Não existem culpados foi uma fatalidade….
Ninguém vai conseguir vistoriar todas as árvores de Porto Alegre, a SMAM não tem pessoal suficiente para isso, mal consegue cuidar dos problemas já tem…..(sem defender)
Agora instaurou-se a paranoia de que todas as árvores de Porto Alegre cairão na cabeça de alguém, já estão até pensando em dar um fim na rua mais bonita de Porto Alegre.
Tem mais bandidos para matarem pessoas nesta cidade do que árvores caírem em cima de alguém, mas com bandidos ninguém se importa, já é uma banalidade….
Podem me negativar porque na maioria das vezes a verdade incomoda….
Sabe-se que durante a noite o parque da Redenção se torna terra de ninguém; esse “ninguém” usa o ambiente do parque para necessidades físiológicas, tipo mais comum: urinar nos pés das árvores, o que também fazem os cães que ali passeiam com seus donos durante o dia. Além do terreno impróprio, não seria essa a causa do apodrecimento do eucalipto que caiu? Excesso de “adubagem” diária com urina (Ureia), e por décadas seguidas? “Em 1975, A. H. Free publicou seu livro Análise de Urina na Prática Clínica Laboratorial, apresentando alguns dos nutrientes críticos encontrados na substância [na urina], incluindo nitrogênio de uréia, uréia, nitrogênio de creatinina, creatinina, nitrogênio de ácido úrico, amônia, nitrogênio, sódio, potássio, cálcio, magnésio, cloro, e sulfato e fosfato inorgânicos.” http://planetasustentavel.abril.com.br/…/ Quem sabe alguém pergunta aos técnicos da prefeitura. Posso estar errado, mas a urina agindo no solo impróprio pode ter sido a causa da queda.
Eucalipto adapta-se muito bem a lugares secos, não é mesmo? Mas toda aquela região da redenção é um banhado com uma casquinha de cascalho. Não é um lugar para eucalipto.
Não sei não.
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Acho (não tenha a mínima certeza) que eucaliptos são até utilizados em terrenos lamacentos para secá-los. Espero que alguém que conheça que elimine a dúvida.
No ClicRBS de hj o secretário da SMAM colocou a culpa na falta de gente… mas falou-se também da qualidade do solo que é um banhado com uma fina camada de saibro e também o fato do eucalipto não ser nativo, o que facilita a incidência de pragas;
Só para contribuir para a cidade coloco aqui alguns artigos sobre a utilização de métodos não invasivos para a inspeção de árvores VIVAS (ou estruturas de madeira antigas).
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Porém me parece que o pessoal técnico da prefeitura já deve saber da existência desses aparelhinhos, porém o difícil é convencer os “brilhantes e técnicos” secretários do meio ambiente que é importante comprar algo deste tipo e não contratar mais dois CCs!
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Realmente me parece que é algo relativamente novo, entretanto já é feito.
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Tenho alguma experiência nisto porque utilizamos no NECOD-IPH-UFRGS um ecógrafo médico (que não seria o caso, devido a baixa penetração que o mesmo tem) para analisar o depósito de sedimentos em modelos.
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Estes dois trabalhos são dos mesmos autores, que comparam métodos de inspeção não invasivos e chegam a conclusão que a ultrasonografia é o mais adequado.
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Clique para acessar o trees.pdf
Clique para acessar o 2003%20NICOLOTTI%20ET%20AL%20Journ%20of%20Arboric%2066-78.pdf
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Este outro artigo vai na mesma linha, apresentando inclusive dois fabricantes do equipamento dedicado a isto, me parece que a geringonça não deve ser muito cara.
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http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S096483050800084X
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Os fabricantes são:
Sylvatest
http://www.sylvatest.com/
Rinntech
http://www.rinntech.de/
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http://www.arbortools.hk/index.php?option=com_content&view=article&id=5&Itemid=11
Seria bem complicado, mesmo com equipamentos, duvido que qualquer cidade do MUNDO tenha tanto controle para saber da saude de TODAS as arvores.
E como eu ja disse, mesmo que soubessem, iriam escalar as arvores na hora de cortar.
Não precisavam controlar todas as árvores, poderiam fazer por amostragem no caso de uma rua em que as árvores tivessem sido plantadas na mesma época. E árvores pequenas não é necessário.
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Agora, precisa ter conhecimento técnico para isto!
Negativam até sugestão de testar por amostragem! Talvez não saibam o que é amostragem 🙂 🙂 🙂 🙂 🙂 🙂 .
Oi. (Vamos ver se negativam?)
Estive em Belo Horizonte em janeiro de 2011 e, enquanto eu caminhava no Parque Municipal, a “redenção” deles, caiu uma árvore e matou uma mulher na hora. Situação similar a que ocorreu aqui. Isso pode ser considerado uma fatalidade sim. Acho bem complicado e quase impossível um órgão público analisar todas as árvores da cidade (todas, por que qualquer uma pode cair). Considerando que Porto Alegre tem mais de 1,3 milhão de árvores só nas vias públicas, fora as dos parques, imaginem o tempo que levaria pra analisar todas elas!!!! E sem equipamento ainda!!! Creio que nenhuma cidade do mundo faz isso (estou chutando). Não tenho informações pra saber com certeza, mas acho pouco provável este tipo de fiscalização.
Gilberto
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Já tem prefeituras fazendo a inspeção de árvores através de métodos não invasivos, veja:
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http://www.ovale.com.br/regiao/arvore-e-examinada-por-ultrassom-em-s-jose-1.435514
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Esta notícia achei por acaso olhando o nome do equipamento e parece que o preço do Kit completo é de R$80.000,00 (aqui no Brasil).
Mas aqui no Rio Grande tudo vira politicagem.
Do meu ponto de vista isso foi uma tragédia e não deve haver culpados.
Todo mundo sabe que os órgãos públicos são incompetentes, mas não podemos culpá-los por esse terrível acontecimento do acaso. A árvore não apresentava nenhum problema externo em sua estrutura. Ao que parece, somente com um equipamento moderno de ultrassom seria possível detectar o problema que atingia a árvore.
Convenhamos, duvido que exista alguma prefeitura no Brasil ou até mesmo no planeta que efetue vistorias com equipamentos de ultrassom nas árvores de locais públicos. Existem destinos melhores e mais urgentes para se investir o dinheiro público.
Tens razão.
O problema é a sequência de erros que as prefeituras cometem, isso acaba deixando-as como alvo, assim como o estado, o governo federal, etc…
O chato mesmo é que se tem um projetinho meia boca se arranca cento e poucas árvores, mas e a manutenção das que estão aí? Olha o exemplo ali nos corredores do “brt” da protásio que morreram todas as árvores da volta
Yuri, podes até duvidar, mas existe, leia o seguinte press release:
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http://www.ovale.com.br/regiao/arvore-e-examinada-por-ultrassom-em-s-jose-1.435514
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Ou seja, não é coisa de primeiro mundo! É só ter pessoal técnico para indicar a compra de equipamentos, neste caso R$80.000,00, infinitas vezes mais barato do que uma vida!
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E já tem aluguel do equipamento R$5.000,00 por mês.
Em Novo Hamburgo não usam ultrassom e parece que nem mesmo os dois olhos, ao menos em torno do arroio da Avenida Nicolau Becker. Ao meu ver DESCASO TOTAL!!!!
Me parece do interesse de todos investir em equipamentos que ajudem a detectar a saúde delas..
É o caso igual ao do incêndio em Santa Maria. Todo mundo sabe que existe maneiras de prevenção, mas não estão preocupados pois “até hoje nunca aconteceu nada” e aplicam o dinheiro em outro lugar (ou não). Até que algo acontece e fica todo mundo correndo atrás.
Isso é óbvio. Porto Alegre é, de longe, a cidade que eu conheço com maior número de árvores com erva-de-passarinho e similares. Dá pra contar nos dedos as ruas cujas árvores são saudáveis. Lamentável a tragédia.
– CCs + Investimento
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