EPTC suspende edital para compra de no breaks para sinaleiras

Empresa testará nova tecnologia para manter funcionamento de semáforos sem energia

EPTC suspende edital para compra de no breaks para sinaleiras Crédito: Bruno Alencastro / CP Memória

EPTC suspende edital para compra de no breaks para sinaleiras
Crédito: Bruno Alencastro / CP Memória

A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) suspendeu, nesta segunda-feira, a abertura de um processo licitatório para a aquisição de equipamentos destinados a manter os semáforos ligados, mesmo com falta de energia elétrica. A medida foi tomada em função de os no breaks utilizados estarem apresentando uma série de problemas, como admitiu o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari. “Nos casos de falta no fornecimento de energia pela concessionária, o no break acabava desregulando a programação do semáforo”, disse.

Por conta disso, uma empresa gaúcha já apresentou um novo equipamento, em fase de testes até o fim do mês em 12 cruzamentos de Porto Alegre. Cada um deles custa em média R$ 11 mil, mas consegue manter o semáforo funcionando, mesmo sem energia elétrica, por até seis horas. Além disso, o tempo de vida útil é de cinco anos.

Antes de cancelar o edital, técnicos da EPTC testaram os equipamentos das empresas que haviam se candidatado ao certame. Todos os eletrônicos, porém, apresentaram falhas. O preço médio de cada um era semelhante ao que deve ser testado.

A necessidade de troca do atual modelo ganhou força depois que 304 sinaleiras entraram em pane devido à queda ou ao excesso de carga nos equipamentos, decorrentes da incidência de raios, além da falta de isolamento dos materiais nos meses de outubro e setembro do ano passado. Devido à chuva, os semáforos desligaram ou entraram em modo de segurança, período em que o equipamento opera em amarelo piscante.

Correio do Povo



Categorias:EPTC, Meios de Transporte / Trânsito

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16 respostas

  1. Felipe X na minha opinião, energia eletrica, agua e esgoto e estradas tem que ser do estado.

    • Não estou ganhando nada, mas acho que a Veja desta semana todos os brasileiros deveriam ler, o artigo sobre cuba(com letra minuscula mesmo)….

  2. Por um lado, nosso sistema de distribuição de energia funciona terrivelmente mal, e a história dessa matéria está longe de ser o único prejuízo à sociedade que isso traz. Minha conta de luz traz os limites aceitáveis de interrupções: algo como até 10 interrupções por mês, somando no máximo 20 horas, com nenhuma interrupção superior a 10 horas. Francamente, isso é um não-limite.

    Por outro lado, semáforo é sim um brinquedo extremamente caro. Fazendo uma pesquisa rápida no Google, se descobre que nos Estados Unidos a compra e instalação do equipamento pode custar de US$50000 a US$100000 por esquina, e manutenção entre US$1000 e US$2000.

    • Augusto, isto são os limites impostos pelas famosas Agências Reguladoras, as meninas dos olhos de governos liberais. Quem estabelece isto, são burocratas com status de profissão de Estado, que falam todos os dias com as empresas e uma vez por ano com os consumidores.

      • Ah certo… Se o governo não for liberal o controle sobre as prestadoras de serviços é muito mais restrito então?

        Num governo não-liberal as prestadoras de serviço são estatais, sua cúpula é do partido e a qualidade do serviço é nenhuma.

        Num governo liberal as prestadoras de serviço são privadas, sob controle de agências estatais (aneel, anatel, …), e a qualidade do serviço é o que a corrupção permite.

        Alguém vê um outro sistema imune à estes problemas?

        • Gosto da logica em que tudo invariavelmente culpa do governo. É bastante “liberal” até para um republicano.

          Eu que vivo no Brasil e cansei de trabalhar em empresas privadas que prestavam um serviço ruim mas achavam um nicho para explorar até secar, não acho que as coisas são assim preto no branco.

        • Mas voltando ao assunto dos agências, sempre achei uma inutilidade a privatização de empresas em áreas que ficam com um vazio de concorrência, como o fornecimento de energia elétrica.

  3. Cara como Porto Alegre está andando aceleradamente para trás é incrível.

  4. Palhaçada. Sem contar que o que importaria mesmo era instalar sinaleiras mais modernas e funcionais como as de sinal escalonado, que foram criadas no Paraná há mais de vinte anos e que podem ser vistas em Florianópolis em avenidas como a beira-mar norte. Racionaliza completamente o fluxo de trânsito! Pobre atrasada Porto Alegre.

  5. deve ter um videokê embutido, pra custar tanto assim.

    a sem-vergonhice não tem limites.

  6. OFF https://www.facebook.com/vitor.videversus

    Vitor Vieira
    há 4 horas
    MINISTÉRIO PÚBLICO DO RIO GRANDE DO SUL CRIA UMA PROMOTORIA ESPECÍFICA DO TORCEDOR. EU GOSTARIA QUE CRIASSE UMA PROMOTORIA ESPECIAL DO LIXO, PARA INVESTIGAR AQUELES QUE SÃO OS MAIORES CONTRATOS DE TODA E QUALQUER ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL, E OS MAIS CORRUPTOS DE TODOS. MAS, JÁ SEI QUE PODEREI ME SENTAR À SOMBRA E DEIXAR O TEMPO PASSAR……. E PASSAR……. E PASSAR……

  7. 11 mil reais, por um nobreak, bota caro nisto os contatos devem ser banhados com ouro, um nobreak para portão de garagem para 250 aberturas custa 1 mil reais.

    • Eliseu, acho que não é tão simples assim. Vou dar uma opinião sujeita a chuvas e trovoadas e se algum engenheiro elétrico-eletrônico ler o que vou escrever peço que me corrija.
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      Os No-break que existem no mercado, principalmente os de mais alta potência tem problemas sérios quanto a sobre-tensão causada por raios.
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      Compramos há algum tempo um no break para segurar em torno de 25 computadores com seus vídeos, ele trabalha numa rede estabilizada separado da rede de iluminação, ele deveria segurar o abastecimento até que se possa ligar um gerador diesel, como com a tecnologia de tubos de imagem foi substituída por telas planas com menor consumo de energia ele chega a segurar mais de duas horas o sistema (com um número menor de computadores, pois os que não estão fazendo tarefas importantes são desligados).
      Para isto compramos um no break com uma boa especificação que impediu a entrada de marcas menos confiáveis, ficando-se somente com boas marcas.
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      Pois bem, apesar de todo estes cuidados a placa de controle do no break já queimou 3 vezes num intervalo de cinco ou seis anos! Me parece que isto é um problema de engenharia de projeto, estas placas, provavelmente, foram projetadas no exterior onde as redes de alimentação são menos sujeitas a transientes elétricos (melhor aterramento, redes enterradas e outros cuidados). Quando se coloca um equipamento desses numa rede com nosso padrão de cuidados eles devem sofrer mais com as variações bruscas de tensão provocadas por raios, logo a chance de queimar é maior.
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      Talvez (coloco o talvez antes de tudo pois não sou alguém que conheça isto com a devida profundidade) para uma rede de alimentação externa de sinaleiras, a qualidade do equipamento não seja suficiente para o tipo de serviço, e para tanto seria necessário desenvolver um circuito especial para condições mais rigorosas de funcionamento. Um equipamento com características especiais tem dentro dele um custo elevado de engenharia de projeto, além de precisar de componentes mais robustos, logo o custo não pode ser comparado a no breaks comuns que colocamos em nossa casa. É como comprar um automóvel que se fabrica dez mil por ano em comparação com outro que se fabrica 1.000.000 por ano. O custo do projeto fica relevante no primeiro caso.
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      Agora, volto a afirmar, estou tocando do ouvido, não sei ler a música, espero que quem saiba me corrija ou me confirme.

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