Acordo garante obra do metrô em Porto Alegre

Dilma anunciará no sábado modelagem acertada entre União, Estado e Município

Metro_São_PauloEstá definida a modelagem de como será dividida entre União, Estado e prefeitura a nova parcela de investimentos para o metrô de Porto Alegre, que será anunciada no sábado, na Capital, pela presidente Dilma Rousseff (PT). A divisão vai confirmar os percentuais que vinham sendo tratados, com uma parcela maior a fundo perdido e o restante em empréstimos a serem tomados pelo Estado e a prefeitura. Assim, do total dos valores (aproximadamente R$ 2 bilhões), em torno de 70% serão investidos pela União a fundo perdido e os outros 30% serão de empréstimos a serem tomados pelo Estado e a prefeitura, na mesma proporção: 15% e 15%.

Na tarde dessa quarta-feira, ficou definido também o local do esperado anúncio. Ele ocorrerá na sede da prefeitura, pela manhã. Integrantes do governo do Estado preferiam que a solenidade acontecesse no Piratini, mas foram voto vencido, uma vez que a cerimônia no sábado já vai ocorrer em função das articulações do governo estadual. A ideia inicial era que Dilma fizesse o anúncio ainda amanhã, quando inicia sua agenda no RS, cumprindo promessa feita em sua última viagem à Capital, no mês passado, quando disse que a questão estaria fechada no máximo até a metade de outubro e que viria ao Estado para a comunicação oficial.

Como o governador Tarso Genro só volta do Chile à noite e o combinado era de que o anúncio do metrô fosse feito em conjunto por Dilma, ele e o prefeito José Fortunati, o Piratini se movimentou para que a agenda fosse adiada. A primeira opção sugerida era a segunda-feira, mas a Presidência acabou optando pelo sábado.

União, Estado e prefeitura bateram o martelo sobre a equação global na segunda-feira, na rodada final de negociações em Brasília, com integrantes dos ministérios do Planejamento e das Cidades e os secretários estadual do Planejamento, João Motta, e de Gestão de Porto Alegre, Urbano Schmitt. Desde então, os técnicos fecham o detalhamento das planilhas de custos.

O custo total estimado do metrô é de aproximadamente R$ 5 bilhões. Do montante, o poder público entrará com R$ 3,5 bilhões e a iniciativa privada com R$ 1,5 bilhão. Dos R$ 3,5 bilhões, a União já havia garantido R$ 1 bilhão a fundo perdido, em 2011, quando o custo total projetado ainda era de R$ 2,4 bilhões, e a contrapartida do Estado e da prefeitura de R$ 750 milhões.

Correio do Povo



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20 respostas

  1. Acredito que o prefeito Fortunati deve ter parado para pensar o quanto algumas pessoas ao seu redor são interesseiras. E irá se afastar de algumas relações tóxicas que insistem no desperdício do dinheiro público com obras faraônicas e inacabadas. Afinal quem paga o prejuízo é o contribuinte.

    Agora, quanto ao Piratini (dividendo político = eleição = Tarso) estar disposto a seguir com as negociações ainda hoje e estar disposto a ampliar sua fatia no financiamento do metrô é surpreendente para quem nunca demonstrou maior interesse neste projeto. Além disso, será que a capacidade de endividamento do estado melhorou de ontem para hoje?

    • E.T. (reavaliando o comentário anterior sobre o prefeito e lembrando um personagem que certamente continuaria perambulando por Porto Alegre):

      “Diógenes de Sinope perambulava pelas ruas carregando uma lamparina, durante o dia, alegando estar procurando por um homem honesto. Por acreditar que a virtude era melhor revelada na ação e não na teoria, sua vida consistiu duma campanha incansável para desbancar as instituições e valores sociais do que ele via como uma sociedade corrupta.”

  2. O anuncio só será feito em 2014, próximo da eleição, bem como a ponte do guaiba. Alguém duvidava? O problema é que anuncio dado, não é obra cumprida..

  3. O evento de sábado em POA acabou de ser suspenso.

    Acho que não será dessa vez que anunciam o metrô.

  4. Tira os impostos para esse tipo de obra, que com 5 bi, da pra fazer metrô pra todas as avenidas da cidade.
    haha

  5. • VLT X Metrô em São Paulo: qual é a melhor solução?

    … Segundo Creso Peixoto, especialista em transportes e professor da Fundação Educacional Inaciana, o VLT é herdeiro direto dos bondes de antigamente. “Normalmente, ele circula em pistas ao nível da superfície ou em vias suspensas”, afirma Marcos Cintra, professor de economia e vice-presidente da FGV.

    Usando combustíveis como energia elétrica ou diesel (fora de áreas urbanas), o veículo ganha diferentes nomes quando circula em meio a carros e ônibus (bonde), em faixas parcialmente segregadas (tramway) ou pistas exclusivas (metrô leve). “A qualidade do VLT é ser um sistema limpo e sobre trilhos”, defende Peter Alouche, consultor independente na área de transportes. Limpo, claro, quando é elétrico, e não quando usa diesel.

    Com trilhos construídos na superfície ou em elevados, a implantação do VLT tende a ser uma opção mais barata do que a construção de linhas de metrô. “O gasto para a construção dos túneis utilizados pelo metrô é até 10 vezes maior”, afirma Peixoto.

    Além disso, por ser elétrico, o VLT é mais silencioso e gera menos poluentes do que o BRT (Bus Rapid Transit ou corredor expresso de ônibus), por exemplo. A capacidade de uma composição de VLT é de cerca de mil pessoas – metade daquela oferecida por um vagão de metrô, segundo Alouche.

    “O VLT é interessante para cidades com até 2 milhões de habitantes”, afirma Peixoto.

    Porque aumentar ainda mais o endividamento do município e do estado para implantar este metrô? Com o dinheiro previsto inicialmente daria para se implantar um sistema que atenderia a Linha 1. Desde que houvesse um projeto bem definido e realístico.

    Por acaso o Poder Público sabe que pelo menos 2 grupos internacionais já elaboraram estudos de viabilidade para apresentar soluções compatíveis com os recursos até então existentes? Mas como apresentar estes estudos se a PMI foi elaborada e, provavelmente a próxima também o será, com uma solução que exclui investidores sérios, cujos objetivos não são somente construir, mas operar, manter e expandir o sistema?

  6. Legal essa história de “custo estimado” do metrô. Uma empresa cobra R$ 9,5 bilhões pra fazer com tuneladora e até a FIERGS. Daí, sem apresentar qualquer estudo, nosso prefeito decide que suprimindo o trecho entre o Triângulo e a FIERGS (que não seria subterrâneo) e alterando o método construtivo pra cut and cover, R$ 5 bilhões bastam.
    Vai te enxergar Fortunati, apresenta um projeto decente para o metrô e depois vai buscar recursos, e não o contrário.

  7. Até encontrar uma pedra no caminho… e necessitar de aditivo…

  8. Mas vai ser aquele projeto cagado mesmo? Ou dá tempo de arrumar ainda?

    • Ao invés de convocar empresas pra fazer a obra do metrô, deveria ser feita uma convocação para empresas apresentarem um projeto para o metrô, com estudo de demanda, de traçado, de solo, de método construtivo, em suma, tudo isso que nosso prefeito nem deve saber que existe.

    • Vai ser aquela m… de projeto e pelo que li em uma matéria o trajeto será 30% menor que o “projeto” anterior.(mas parece que estão omitindo essa informação pra não causar ainda mais revolta) Onde irão cortar? Na ponta do centro ou da fiergs? E o pátio de manutenção? Além de uma só linha, será meia linha…
      Que m….

  9. Tomara que seja isso mesmo.

  10. Beleza, já temos 5 bilhões para o Metrô.

    Resta saber se com esse dinheiro será possível fazer a linha completa e com uma boa qualidade. Nada de estações pequenas, sem acessibilidade, sem escadas rolantes etc…

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