Matéria volta a pauta na sessão plenária da Câmara de Vereadores da próxima segunda

Sem quórum do plenário, votação foi suspença na tarde desta quarta-feira
Crédito: Ederson Nunes/CMPA/CP
A polêmica em torno do projeto de lei do Executivo que permite a conclusão de obras em prédios inacabados no Centro Histórico de Porto Alegre levou a oposição a retirar o quórum do plenário, o que suspendeu a votação na tarde desta quarta-feira. A medida concede incentivos especiais para que empreendimentos imobiliários que se tornaram esqueletos possam ter a obra finalizada. A proposta começou a tramitar em setembro do ano passado.
Emendas como a restrição da iniciativa apenas ao Centro Histórico e a liberação do estudo de impacto ambiental para agilizar as obras já haviam sido aprovadas quando a sessão foi suspensa. Vereadores de oposição sustentaram que, com essa segunda emenda, a Prefeitura praticamente “rasga” o Plano Diretor da cidade. A previsão pe de que a votação seja retomada na segunda-feira.
O texto permite, ainda, que os projetos iniciados sejam implantados sob as normas do Plano Diretor de 1973, que já sofreu duas mudanças, em 1999 e 2010.
Um dos projetos prevê a construção de um hotel de 13 andares na rua Duque de Caxias, ao lado do Museu Júlio de Castilhos. Lideranças contrárias à medida dizem que o Centro pode perder as características, além de colocar em risco o prédio histórico de um dos museus mais tradicionais do Rio Grande do Sul, recém reformado.
Categorias:Arquitetura | Urbanismo, Plano Diretor, Prédios
Liberação do estudo de impacto ambiental para agilizar as obras?
Os caras levam décadas para tomar uma atitude e agora estão com tanta pressa que não se faz necessário estudo de impacto.
Não sou um do contra e nem concordo que o Centro perderá suas características, mas acho que o pessoal tem que parar com essa mania de cachorro pequeno ao pensar que de devemos dar incentivos à construtoras. Nenhuma construtora é entidade social, elas não estão fazendo favor nenhum ao reformar o esqueleto. Isso é negocio e gerará um bom lucro.
Apoio veemente a reforma desses prédios, mas que se faça da forma correta.
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Acho que esses prédios deviam ser utilizados pelo governo (o IGP precisa ser todo reformado pra poder ser reaberto, http://www.radioguaiba.com.br/Noticias/?Noticia=509096 , entre muitos outros orgãos que estão em predios em más condições ou sem o espaço necessario)
Ou por programas de habitação.
O que não da pra fazer é beneficiar as construtoras que nunca se interessaram em concluir aquilo por conta própria.
E se tá com IPTU inadimplente, mais fácil ainda, executem essa divida.
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A questão é que NÃO TEMOS OPÇÕES, se nenhuma construtora quer, vai continuar assim, se elas querem apenas com essas mudanças, só assim para resolver.
Ou é isso, ou segue igual, ate então não temos escolha.
Quem sabe um dia apareça uma construtora que aceite?
Pode demorar meses, décadas, ou nunca acontecer.
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Como eu disse acima, eles não querem porque acham que vão conseguir uma barganha. Se tivessem certeza que não tem barganha, fariam o que pode ser feito — a saber, construir de acordo com o plano diretor.
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Eles preferem o esqueleto…. Incrivel, isso merecia um protesto, mas pra o que presta a juventude nao faz nada….
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O esqueleto da praça 15 está lá há sessenta anos! A prefeitura há muito tempo tentou regularizar a situação, e não consegue. Ela não tem o poder de simplesmente mandar demolir.
Existe uma lei que pode dar um jeito a esses monstrengos que agridem o centro há décadas, e tem gente que é contra! Que privilegie construtoras desde que resolva essa situação! Essa é exatamente a questão: dar incentivos para que finalmente essas vergonhas sejam sanadas! Que rasgue o plano diretor se é para melhorar a cidade! Ou alguém acha que a situação precisa continuar assim por mais 15 gerações?
Achei uma graça dizer que o centro pode perder a característica se esses prédios forem liberados. Claro, pode perder a característica de ser decrépito e decadente.
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Mas Gil, não é questão de não querer resolver o problema. Muita construtora pode muito bem resolver essa pendenga de qualquer prédio, basta querer investir e seguir o plano diretor atual.
Só que a ganância é tanta que eles não querem lucrar algo como 100%, querem lucrar uns 600%, 700% ou mais.
É questão de coerência e justiça. Porque eles poderiam construir HOJE seguindo o plano antigo e todos os outros que construiram/constróem no centro seguindo o plano diretor atual não podem seguir o antigo também?
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Então vamos deixar o esqueleto assim, afinal, alguma construtora pode lucrar se for recuperado. Além do mais, são alguns prédios só, é questão de inteligência. Já se tentou, já passaram décadas, e não foram recuperados. Quem quiser pode se candidatar a recuperá-los.
Esse é um racionício viciado: eu sou contra o capitalismo, o lucro, as construtoras, portanto qualquer coisa que façam é uma coisa má. Como pode ser uma coisa ruim recuperar um prédio que está há 60 anos enfeiando o centro? Só quem tem o olhar deformado com lentes ideológicas pode achar isso.
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Que se dê uma mensagem bem clara aos nossos queridos empreiteiros de que não tem choro nem vela — obra em 2013 é seguindo Plano Diretor 2013.
Se essas obras estão incabadas (ou não-inciadas, como é o caso de algumas), é porque faz sentido economico deixá-las assim até que uma administração fortunática ceda. Se os empreiteiros tivessem certeza, ou forte convicção, de que ninguém vai passar a mão na cabecinha deles, já teriam feito alguma coisa com aqueles terrenos há anos.
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Padrão CP de jornalismo: “votação foi suspença”.
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Esses prédios inacabados já pagam um imposto IPTU considerável e muitos são inadimplentes. O projeto visa privilegiar empreiteiras que comprando os esqueletos “ganham” índices de construção aproveitando a norma de 1973. É lógico que os opositores tem toda razão quando dizem que rasga o Plano Diretor da Cidade, além de desfigurar construções históricas. Se quiserem usar o espaço, destruam os esqueletos que já estão ruindo e construam de acordo com a legislação atual. Na época, essas construções foram autorizadas pela prefeitura e tinham tempo para conclusão. O projeto não deixa de ser uma prevaricação legalizada.
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Concordo. A realidade de quando esses edifícios começaram a ser construídos e a atual são totalmente diferentes. Para que fazer as coisas sem pensar? Que analisem novamente a finalidade desses espaços, é o que há de inteligente a ser feito.
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Sinduscon negativando a fú hehehe
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Então que deixe como ta.
Ou tu acha que sem algum incentivo, alguem vai se prestar a investir nisso?
No maximo em regiões mais nobres, mas no centrão?
Duvido.
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aquelas areas são altamente valorizadas. se nao tem capital para finalizar o predio, vende.
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