Em Porto Alegre, corredor BRT em obras vira estacionamento irregular

Infrações ocorrem na Av. João Pessoa, que liga a região central à Av. Ipiranga, em Porto Alegre

Quem parar no corredor BRT pode pagar multa de R$ 127,69 créditos: Diogo Zanatta / Especial

Quem parar no corredor BRT pode pagar multa de R$ 127,69
créditos: Diogo Zanatta / Especial

Enquanto o Sistema de Ônibus Rápidos (BRT) é concluído, motoristas deram outra finalidade ao corredor ainda em obras na Avenida João Pessoa, em Porto Alegre: o local tem servido de estacionamento irregular de veículos.

Na noite de domingo (5), carros furavam o bloqueio delimitado por cones de sinalização da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e ocupavam a via de maneira irregular, em frente a uma cervejaria.

E esta não foi a única vez. No início de dezembro, o jornal Zero Hora também flagrou a irregularidade na mesma avenida. Na ocasião, em pleno horário de expediente, havia mais veículos estacionados no canteiro de obras do que funcionários trabalhando no local. A conduta é considerada infração grave, e o motorista pode ser penalizado com cinco pontos na carteira e multa de R$ 127,69.

Não adianta dizer que não havia placas indicando que no local não é permitido estacionar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, é proibido transpor bloqueios viários, independentemente de a proibição estar ou não acompanhada de placas de sinalização. Em nota, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) informou que seus agentes já foram acionados para intensificar o monitoramento na região.

O BRT João Pessoa ligará o Corredor Bento Gonçalves ao centro da cidade através da Rua Desembargador André da Rocha. O sistema contará com oito estações ao longo do percurso de 3,2 km que sairá do Terminal de Integração Azenha e passará pela Estação Especial Salgado Filho, Avenida Borges de Medeiros até o Viaduto dos Açorianos. As obras estarão concluídas até março de 2014, mas o sistema só entrará em funcionamento em 2015 — ainda não há nem edital para se iniciar a tão prometida licitação do transporte público em Porto Alegre.

— Esta é uma obra de pavimento relativamente complexa. O avanço está muito atrelado à questão do impacto no trânsito, porque temos alguns cruzamentos com muito movimento. Tem que saber administrar e não congelar a cidade. Essa é a complexidade — afirma o engenheiro Rogério Baú, coordenador técnico das obras de mobilidade urbana da Secretaria Municipal de Gestão.

Portal Mobilize Brasil (Via ZH)



Categorias:BRT, Meios de Transporte / Trânsito

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39 respostas

  1. Uma pista concluída parada ao lado da rua, mas é óbvio que ia virar estacionamento. E eu nem culpo a população, mas a prefeitura que é incompetente e não consegue terminar uma PISTA num terreno PLANO e DESEMPEDIDO. Amadorismo administrativo.

  2. o carro transforma o motorista, sim: até walt disney concorda. http://www.youtube.com/watch?v=TOpkcGAtyFM

  3. Toca-lhe multa neles.

    Lembro que na terceira perimetral foi a mesma coisa, mas acho que na época deixavam estacionar em alguns pontos.

  4. Esse corredor tem tanta coisa errada… estes dias eu fui atravessar na sinaleira que tem ali por esta região. O pedestre já tem que ficar parado entre entulho para atravessar enquanto espera a sinaleira. Mas isso não basta, um carro da polícia deu um fininho em mim por que resolveu que ali, na faixa, era o local adequado para dar retorno.

    • Os próprios operários cometem erros. Fecham o corredor para os ônibus durante a fase de maturação do concreto, para não correr o risco de danifica-lo, mas os caminhões que levam os materiais passam pelo concreto recém seco. É essa a justificativa para rachaduras na pavimentação antes mesmo de o corredor ser aberto. Outro erro (mas de projeto) é não pavimentar nos cruzamentos, para não fecha-los e evitar congestionamentos. Resultado: O asfalto da emenda já está criando sulcos e “lombadas” na divisa com o concreto, coisa que os passageiros sentem no osso, e acaba com a integridade estrutural do veículo.

      • É, a danificação pelos próprios operários tem por tudo. Na ciclovia da beira-rio aconteceu isso também, tem diversos trechos cheios de ondulações por causa dos caminhões.

  5. Tem que multar e pronto. E carro estacionado em local proibido não é guinchado ?

  6. Não tem como por comentários do Disqus aqui?

  7. Bem simples, como ja foi dito: (1) a pista está a muito tempo em obra, (2) a foto foi tirada a noite, e ninguém trabalha a noite, além do mais, ninguém trabalha nessas obras as muito tempo. Ninguém me pareceu safado, falta estacionamento e tem lugar sobrando. Quando a obra recomeçar e o fluxo de transito voltar ninguém vai estacionar. Bem simples assim.

    • Se tens um carro e não tem garagem, isso é um problema particular. Não justifica invadir áreas públicas para estacionar.

      • O legal é não duscutirmos bobagens como esta postagem. Tem tanta coisa boa que precisa ser feita que não é se quer comentada. Quanto isso perdemos tempo discutindo coisas irrelevantes como esta. Qual seria o problema gerado ao usar o local como estacionamento enquanto ele não estiver em funcionamento ou sendo sendo reparado? Se, de alguma forma, incomodar os outros, acho que isso pode ser discutido, mas ainda não vi ninguém falar nada a respeito. As leis/regras são para o convívio pacífico e não para ganhar dinheiro ou punir alguém…

    • Concordo com o Leandro, o resto é radicalismo que não leva a lugar algum.

    • Ah, as calçadas também estão ociosas, assim como os gramados de parques e jardins. Pela tua lógica, vale estacionar em qualquer lugar, desde que já não tenha outro carro estacionado ali.

    • Leandro,
      Acho que não é bem assim, não…

      Moro na Cel. Bordini, rua que ficou quase QUATRO ANOS interrompida para as obras do Conduto Forçado. E que desabou num temporal de chuva intensa ano passado. E que ficou quase OITO MESES fechada de novo… Vou te contar o que os motoristas “super-educados” de POA fazem: gente que iria em prédios comerciais das ruas Marquês do Pombal e Herval, além da Quintino, se “faziam de loucos” e estacionavam na parte da obra que estava parada (e COM ACESSO LOCAL, PARA OS MORADORES). Essas figuras deixavam os carros parados o DIA INTEIRO. Nós moradores não podíamos sair, nem chegar de casa. Caminhões de entrega e mudança tinham que parar NA OUTRA QUADRA, ambulâncias não entravam para atender emergências (E ELAS OCORRERAM, inclusive com o FALECIMENTO DE UMA SENHORA IDOSA, DONA H.). Um HORROR. Quando um desses espertinhos se encaminhava para estacionar aqui, muitos moradores – e até um guardador de carros conhecido aqui da região – gritavam “ó fulano, não estaciona aí que é acesso local apenas, depois ninguém consegue sair nem chegar” E os motoristas – incluindo muitas mulheres jovens e bem-vestidas, davam respostas do tipo: “estaciono onde quero”, “vai te f…”, “vai tomar no c..”, “vai para o inferno”, “F&*#-se!”, etc etc etc. Um motorista de uma famosa lavanderia que fica aqui na rua mesmo estacionou bem na frente da garagem de um prédio. Uma moradora desceu e pediu: “moço, não dá” E ele começou: “sua vagabunda, sua p…” A Brigada Militar e os azuizinhos eram chamados a toda hora, eles até viam, organizavam a coisa, logo iam embora e tudo viria um caos. Houve até quase uma briga física entre um morador da Bordini e um motorista não-morador que se achava no direito de deixar seu carro parado aqui o dia todo. Uma selvageria, uma falta de respeito total. E nós ainda sofremos com a obra mal-feita e interminável. E, pelo menos aqui, os operários trabalharam inclusive aos sábados, mas foi um parto demorado. Te digo, meu caro, o motorista portoalegrense EM GERAL é um animal. Só há um modo de apreender a ser CIVILIZADO, é aplicando MULTAS ALTAS e guinchos. Não tem outro jeito, não adianta conversa, não adianta campanha de conscientização, não adianta nada disso. O pessoal só aprende quando DÓI BASTANTE NO BOLSO. Triste, muito triste, mas é isso.

      • Odeio quando dizem que “o motorista” é um animal, é mal educado, não é civilizado. Faz parecer que um objeto inanimado como o carro seja capaz de fazer uma lavagem cerebral em alguém. Esse motorista “animal” não é só um motorista animal, provavelmente ele também fura fila, colava/cola em provas da escola/faculdade, suborna guarda, joga lixo no chão, tenta levar vantagem a todo custo, e provavelmente, se fosse um ciclista, seria do tipo de ciclista que anda rápido em cima de calçada, mesmo quando com pessoas a pé. Ele não é um “motorista” mal educado, ele é um péssimo cidadão, assim como tem animais como ele com carro, tem gente desse tipo em cima de uma bicicleta, no ônibus, no trem e até a pé. Se ele é um motorista assim, não é culpa do carro (que por incrível que pareça, é inanimado) é culpa do famoso “jeitinho”.

        • Quando digo “motorista animal”, que não respeita nada, estou, evidentemente falando que tal criatura, deve agir assim em outros aspectos de sua vida. Isso é óbvio. Já que estamos falando de mobilidade urbana e motoristas, pensei que tivesse ficado claro meu ponto de vista, sem precisar explicar tintim por tintim, tudo mastigadinho. Mas, pelo visto, como não ficou claro, explico: estes cidadãos, péssimos motorista, é quase 100% certo que são animais que nada respeitam, não apenas no trânsito. E, ademais, existem vários filósofos que já escreveram da relação de humanos e seus carros e em como muitas pessoas acabam mostrando o pior de si, justamente quando estão ao volante. Um desses filósofos que escreveu a respeito foi o Contardo Calligaris. Mas ele não foi o único. Repito: os motoristas de Porto Alegre são, em geral, uns animais. E isto deixa bem claro o nível em nossa sociedade NÃO APENAS NO TRÂNSITO está. Acho que mais claro que isso, impossível…

        • o carro transforma o motorista, sim: até walt disney concorda. http://www.youtube.com/watch?v=TOpkcGAtyFM

        • Em 1941, Walter Lanz tb demonstrava que automóveis tinham o poder de “transtornar” as pessoas. Ou melhor, certos pássaros conhecidos por não respeitarem nada. E que ficavam pior ainda ao volante…

        • São pessoas grosseiras, o poder do automóvel (pelo tamanho, potência, etc) dá mais força a esse traço de personalidade.

    • As salas de aula de muitas escolas não são utilizadas durante a noite, ou durante o período de férias. Que tal eu parar de pagar aluguel e colocar minhas coisas lá por enquanto? Mas antes das aulas começarem eu tiro tudo. E durante o ano letivo… eu passo o dia todo fora mesmo! Só preciso voltar à noite para dormir! Concordam??? ( irônico, é lógico)

  8. Valor muito baixo de multa. Nao resolvera aqui.

    País todo errado.

  9. Ah, brilhante, porque não fazem nada, as pessoas tem direito de ir lá e estacionar em cima. Que se aplique a lei mesmo, motorista porto alegrense só respeita leis de trânsito quando “dói” no bolso.

    • Exato, mas tem que ser beeeeem caro e nao esse valor aí.
      70% dos que aí estacionaram pagam em poucas horas de trabalho esse valor.

  10. Bom galera, olho notícias e discussões aqui quase diariamente, mas não costumo postar. Porém esse assunto dos pisos de concreto do BRT realmente me deixa indignado e gostaria de compartilhar observações que faço quase todo dia, já que moro quase ao lado da Protásio.
    1- Eles bloquearam o corredor em quase 1km entre as ruas Taquara e Montenegro há quase 2 meses, e as obras ainda estão longe do fim. (por que não trancar espaços menores e ir avançando à medida que finalizam o trecho?)
    2- Eles não trabalham todos os dias, já chegou a ficar mais de 1 semana sem obras (parece até que ficam se revezando entre os corredores de BRT)
    3- Eles não trabalham sábados e domingos (estranho para uma obra que já está atrasada e afeta tanto o trânsito)
    4- Nos dias que eles trabalham a jornada é curta, pois demoram pra começar e em torno das 17h já começam a sair.
    5- Estão deixando para trás alguns cruzamentos, como já fizeram na Garibaldi e Santo Antônio
    6- Não trocaram o piso nas paradas João Abott e Santa Inês, sendo que os mesmos são antigos e estão rachados.
    Enfim, desculpa o desabafo grande, mas eu realmente não reclamaria dos transtornos se eu visse que era um trabalho organizado e bem feito, o que não é o caso.

    • Se eu fosse um trabalhador, preferiria trabalhar durante a noite que não é tão quente e é bem mais calmo, mas fácil para manobrar máquinas e mover materiais.

      • * trabalhador na construção do corredor

      • Exatamente. Poderiam trabalhar à noite e aos sábados e domingos, mas não fazem.
        Outro exemplo é a região da Vicente da Fontoura, Lucas de Oliveira e Neusa Brizola, até ali na frente do Israelita. Eles deveriam aproveitar as férias de verão e fazer aquele trecho agora, mas nem sinal. Se mexerem la em época de aulas, vai virar um caos…
        Enfim, não sei se é incompetência ou falta de vontade mesmo…

      • Bah, não pude me conter. Sim. Obras com máquinas pesadas durante a noite?. Vocês são malucos? Muita gente pode argumentar aqui isso ou aquilo, mas não sabem o que é ter uma obra por perto de noite. Eu, que estou morando em BH, e por isso não venho comentando aqui no fórum, voltei das profundezas quando li o que vocês escreveram hahaha. Sofro diariamente com uma obra “interminável” aqui ao lado no Mercado central. Obra que todo dia vai “só” até a meia noite e o barulho é insuportável. Agora imagina ser obrigado a “lacrar” as janelas da tua casa para tentar ler, assistir um filme ou simplesmente tentar ficar um pouco em paz… e mesmo assim o barulho das máquinas ser alto o suficiente pra, ainda assim, te irritar. Agora imagine isso no “aprazível” verão Porto Alegrense.

  11. Que piada essa declaração. O corredor da João Pessoa não possui nenhum cruzamento da Venancio Aires até o viaduto Dona Leopoldina e essa obra se arrasta há uns 6 meses! Bem feito que virou estacionamento. Porque não terminam logo a porcaria da obra? Desde a virada do ano não tem um operário nos canteiros de obras que eu passo. Enquanto isso, passando pelos lotes de duplicação da BR116 entre Guaíba e Pelotas tinha muitos operários e máquinas trabalhando em pleno domingo, entre o natal e ano novo e com calor escaldante. Porque tanta diferença?

  12. Que se aplique a lei nesses safados.

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