Entrega de projetos do Metrô será em abril

Investimento total do projeto é orçado em R$ 4,8 bilhões para as obras  Foto: Divulgação/PMPA

Investimento total do projeto é orçado em R$ 4,8 bilhões para as obras Foto: Divulgação/PMPA

A comissão técnica da prefeitura e do Governo do Estado, que está trabalhando na avaliação do projeto do MetrôPoa, realizou uma reunião para discussão e deliberação do pedido, feito pelas empresas que estão trabalhando no projeto, para prorrogar o prazo de entrega dos estudos e projetos. A data definitiva ficou para o dia 10 de abril de 2014.

Conforme solicitação das empresas, a necessidade de prorrogação se justifica em função do maior detalhamento de planilhas, cálculo dos investimentos na execução da obra e custos de operação e manutenção, estudos de demanda de passageiros e matrizes de risco, entre outros estudos que abrangem as áreas de engenharia, econômico-financeira e jurídica.

Após a data, a comissão técnica avaliará os projetos recebidos para subsidiar o futuro Edital de Licitação e Minuta de Contrato da Parceria Público-Privada (PPP), que irá definir o vencedor da PPP, responsável pelo projeto executivo, obra, operação e manutenção do Metrô.

Será qualificado o projeto de metrô subterrâneo mais adequado, observando critérios como menores custos de implantação e de operação, maior durabilidade e confiabilidade e menores impactos de obras, ambiental e urbanístico. O projeto deve considerar as mais modernas tecnologias e soluções disponíveis no mercado do transporte coletivo, métodos construtivos, tipo de trem, sinalização, segurança, acessibilidade e informação ao usuário, concepção de terminais, estações de integração com ônibus e outros modais.

Investimentos

O investimento da Prefeitura totalizará R$ 1,385 bilhão, somando R$ 690 milhões em financiamento para a execução da obra, R$ 195 milhões para as desapropriações e R$ 500 milhões em 25 parcelas de R$ 20 milhões, como contraprestação do serviço durante a operação. O Governo do Estado fará aporte de R$ 1,080 bilhão em financiamento, o parceiro privado com R$ 1,303 bilhão e o Governo Federal destinará R$ 1,770 bilhão a fundo perdido. O investimento total do projeto é orçado em R$ 4,8 bilhões para execução das obras.

R$0,69 bilhões – Prefeitura Municipal
R$1,08 bilhões – Governo do Estado
R$1,77 bilhões – Governo Federal
TOTAL de Aportes Públicos – R$3,54 bilhões

R$1,30 bilhões – Aporte do Privado

TOTAL do investimento na obra = R$4,84 bilhões

Critérios de seleção

  • Disponibilidade: maior disponibilidade do serviço (horário de operação e frequência);
  • Eficiência: menor tempo de viagem e etapas do processo de deslocamento (informação, acesso, pagamento, espera, deslocamento, transbordo e desembarque);
  • Acessibilidade: deslocamento, acesso às estações e aos serviços internos, incluindo bilhetagem, embarque, desembarque e interligação com outros modais;
  • Atendimento: infraestrutura de atendimento, estrutura física e equipamentos para interface e informação ao usuário;
  • Conforto: melhor infraestrutura de assentos, ruído, iluminação, climatização, vibração, facilidades ergonômicas, sanitários e oferta de comércio e serviços;
  • Informação: recursos de informação dinâmica e estática, visual e sonora, nos veículos, estações, acessos, no entorno e à distância.
  • Segurança: planos de emergência, ações preventivas, dispositivos e equipamentos com o objetivo de minimizar os riscos de acidentes.

Prefeitura de Porto Alegre



Categorias:Metro Linha 2

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34 respostas

  1. A respeito dessa polêmica sobre o Trensurb ser ou não metrô, achei uma reportagem feita em 1985 que talvez esclareça um pouco, ao mostrar como o sistema era visto à época da inauguração. O título é o seguinte: “Linha avançada – Metrôs chegam ao Recife e a Porto Alegre”.

    “Construído ao longo dos últimos cinco anos ao custo de 370 milhões de dólares (1,5 trilhão de cruzeiros) o metrô de Porto Alegre liga o Mercado Público à cidade de Sapucaia do Sul, distante 27 quilômetros. Suas 25 composições com quatro vagões cada, e as quinze estações intercaladas no trajeto, em nada lembrar o velho trem de subúrbio que corria naquela mesma faixa até poucos anos atrás. ‘Acabamos com as passagens de nível, aumentando a segurança’, diz o engenheiro Franklin de Castro Faria, 42 anos, diretor de operações da Trensurb, a sigla para Trens Urbanos de Porto Alegre, empresa estatal que opera o metrô de superfície.”

    Veja, 13 de março de 1985, página 63, edição 862. http://veja.abril.com.br/acervodigital/home.aspx

  2. Gostei da posição das estações.

    Achei interessante também o pedaço que irão desapropriar do terreno do Bourboun “caixote” Wallig”.

    Nas demais desapropriações, são postos de gasolina, garajões ou prédios caindo aos pedaços. Vai até fazer um favor pro visual da cidade.

  3. É uma vergonha ver a proximidade entre trensurb e metrô e não achar isso um absurdo. Por que não deslocar para a Cristóvão Colombo? whyyy ???

    • Provavelmente, depois que terminar o tempo de concessão ao parceiro privado, esse trecho será compartilhado. Mas para isso é essencial que as duas linhas e frotas tenham as mesmas especificações. Aliás, nunca entendi porque desde a criação da linha 1 da trensurb, já não à fizeram subterrânea sob a Farrapos, aliás, entendo, custo, mas se fosse feito naquela época seria bem mais barato do que hoje, fora que abrir a Farrapos naquele tempo causaria menos transtorno que agora.

      • Não fizeram a linha subterrânea porque o trensurb foi feito com uma merreca, simplesmente adaptando trilhos de antigas ferrovias.

        “fora que abrir a Farrapos naquele tempo causaria menos transtorno que agora.” Essa frase pode ser dita em qualquer tempo que será verdadeira.

    • Porque o Brasil, RS e Porto Alegre são muito ricos. Dinheiro não é problema…

    • Na verdade, o Trensurb é que está mal localizado, já que passa por uma região (Av. Castelo Branco) que não existem moradores.

      • Trensurb não é metrô, é trem interurbano, equivalente aos S-Bahn.

        • O Trensurb é um metrô, como qualquer outro qualquer.

        • ãhan, é metrô sim, um metrô de superfície que liga cidades diferentes e não há integração com ônibus de PoA. Só em PoA mesmo para Trensurb ser metrô.

        • Tudo é trem, mas Metrô (trem urbano ou metropolitano) ≠
          Trem regional, Trem interurbano, Trem de grande velocidade

        • Por isso! O Trensurb não foi concebido para o município de Porto Alegre. O Trensurb foi concebido conectar o Vale dos Sinos.

          Não tem nada a ver dizer que o Trensurb está no lugar errado e que agora, depois de anos atendendo o Vale dos Sinos, que antes dele a BR era um inferno 10x pior q agora, ele deveria ser um metrô para atender Porto Alegre.

          Esse argumento cheira muito mais a uma tentativa da Prefeitura de Porto Alegre não assumir que o trajeto pela Farrapos não é a melhor opção para as pessoas. Muito fácil dizer que agora, depois de mais de 20 anos, o Trensurb está no lugar errado e que esse trajeto é que está certo.

        • Trensurb é metrô sim. Trens interurbanos tem características diferentes da Trensurb. Uma ou no máximo duas estações por cidade, igualmente, uma ou duas portas em cada lateral dos vagões, mais bancos, trens mais rápidos.

          A linha atende à uma região metropolitana, com distância média de menos de 2 km entre as estações, tempo de espera baixo no horário de pico (3 minutos), totalmente elétrica e segregada, várias portas (e largas) por vagão, pagamento antecipado da passagem, embarque em nível etc.

          Quanto à distância, existem linhas do metrô de Londres que chegam a ter 70, quase 80 km de distância, sendo que a linha 1 da Trensurb tem singelos 43 km, e inclusive atendem cidades da RM de Londres, tanto Underground (que também sobe para a superfície em certos trechos) quando Overground e Dockland Railways. Se você vai desclassificar o sistema que originou o termo metrô, eu não sei mais o que é metrô.

        • Tudo bem, usei o termo errado, mas me responda se o Trensurb foi concebido para um sistema de transporte para cidade de Porto Alegre ou para conectar o Vale dos sinos?

        • A respeito dessa polêmica sobre o Trensurb ser ou não metrô, achei uma reportagem feita em 1985 que talvez esclareça um pouco, ao mostrar como o sistema era visto à época da inauguração. O título é o seguinte: “Linha avançada – Metrôs chegam ao Recife e a Porto Alegre”.

          “Construído ao longo dos últimos cinco anos ao custo de 370 milhões de dólares (1,5 trilhão de cruzeiros) o metrô de Porto Alegre liga o Mercado Público à cidade de Sapucaia do Sul, distante 27 quilômetros. Suas 25 composições com quatro vagões cada, e as quinze estações intercaladas no trajeto em nada lembrar o velho trem de subúrbio que corria naquela mesma faixa até poucos anos atrás. ‘Acabamos com as passagens de nível, aumentando a segurança’, diz o engenheiro Franklin de Castro Faria, 42 anos, diretor de operações da Trensurb, a sigla para Trens Urbanos de Porto Alegre, empresa estatal que opera o metrô de superfície.”

          Veja, 13 de março de 1985, página 63, edição 862. http://veja.abril.com.br/acervodigital/home.aspx

        • Pablo, no meu entender, assim como no teu, o Trensurb é um trem regional, a exemplo do RER Paris (Rede Expressa Regional).

          Por metrô, entende-se o sistema de transporte ferroviário que abrange uma metrópole, mas não uma região metropolitana.

          Veja o que diz no hitórico da empresa Trensurb:

          “A Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A. foi criada em abril de 1980, através do Decreto nº 84.640, para implantar e operar uma linha de trens urbanos no Eixo Norte da Região Metropolitana de Porto Alegre, atendendo diretamente às populações dos municípios de Porto Alegre, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo.”

          Em Paris existe a rede de metrô, que abrange todo e somente o município e o RER liga a capital às cidades da região metropolitana. As cidades mais distantes são ligadas pelos intercity.

          Em Sampa é a mesma coisa: trem urbano (CPTM) para interligar cidades da região e e o metrô para atender a cidade de São Paulo.

          No Rio não é diferente: o trens da Supervia e as linhas do MetroRio.

  4. Não teria como por algumas estações nesse caminho que leva até a área de manutenção e usar como linha normal?

    Iria beneficiar diversas pessoas.

  5. Que pensam vocês a respeito desta linha? Se você fosse projetá-la, na sua opinião, qual seria a melhor rota para a linha 1?

    • Eu afastaria ela mais do trensurb no trecho centro-cairu. Fica meio redundante. Fora isso, ela tá certa em passar pela Assis Brasil. Eles até consertaram a posição das estações lá, que foi algo ridículo no primeiro projeto.

    • Acho que essa rota está perfeita, só projetaria desde o início uma melhor conexão com o Trensurb, ou estabelecendo que a linha do trem metropolitano acabe pela estação Anchieta e dali seguindo o metrô, ou faria trilhos compartilhados (ou trilhos extras) entre trem e metrô até o centro, de qualquer forma extinguindo o ramal do trensurb que passa na Castelo Branco.

      • O Trensurb foi construído para ser um trem interurbano (equivalente aos S-Bahn) não para ser um metrô. Me admira quererem construir um metrô, que deveria ser um backbone, em uma região que os ramais sairão só para um lado, se é que sairão… não ficaria surpreso, conhecendo a EPTC, de simplesmente não haver nenhuma conexão por ônibus para a Independência, Cristóvão ou 24 de Outubro a partir do metrô.

    • Eu penso que deveriam externder esta linha até imediações da Av. Ipiranga via Borges.

  6. Alguém tem algum link para a locação mais precisa da posição das estações? É bastante difícil, por este mapa, ter um ideia de quão perto estão previstas para estar desta ou daquela casa/edifício.

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