É impressionante essa gente que não quer que seja demolido nada do Cais Mauá. Há partes do Cais que não são tombadas, todo mundo sabe disso. Mas esses grupos insistem em fazer campanha contra essas demolições, na tentativa de sabotar o Projeto de Revitalização do Cais Mauá.
Impressionante! Essa gente faz parte de grupos políticos que estão nem aí para a cidade de Porto Alegre e visa somente aos seus próprios interesses. Isso é politicagem. Isso não é amor pelos prédios, nem amor pela cidade. Podem ter certeza disso.
A velha história: querem a mesmice de sempre na cidade. Querem ir contra o partido do prefeito. Querem ir contra o partido do governador. Que sejam contra quem eles quiserem, mas não mexam nos projetos em curso que vão trazer para a nossa capital ares mais desenvolvidos.
Vejam aqui as pequenas demolições que estão em curso atualmente, em fotos do leitor Norberto Lemos, do dia 07/02/2014:
- Foto: Norberto Lemos
Agora a novidade é uma petição dirigida ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (RS) – IPHAN – RS, com o intuito de parar com as demolições do Cais.
Vejam abaixo a petição:
Why this is important
Nesta semana, teve início a primeira fase da demolição do Cais Mauá – Cais do Porto de Porto Alegre -, complexo este que faz parte do Patrimônio Histórico desta cidade. Apesar de o local constar na lista de bens tombados do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Estadual- IPHAE,-, isto não foi impedimento para a ação. Pedimos a intervenção do IPHAE para o cancelamento da continuidade da demolição, bem como solicitamos a observância da pena cabível, prevista em lei, para os responsáveis por este crime, Segue o depoimento de um cidadão porto-alegrense:
“Esta parte que esta sendo demolida não foi nunca um puxadinho. Na parte de cima da imagem, era o local das balanças que foram usadas tanto pelo porto, como pelo comercio de Porto Alegre, pois ela foi por muito tempo a unica da cidade. Ao lado de baixo da imagem onde se vê uma chaminé, ficava o refeitório (Restaurante) do Porto, que muitos trabalhadores alimentou, mesmo não sendo portuários. Passaram por ali, nos tempos que o porto fervilhava de navios com imensas quantidades de mercadorias, que movimentaram a nossa economia. O Porto de Porto Alegre foi o primeiro porto do Brasil a exportar Soja, produzida no estado, este que foi considerado por muito tempo Celeiro do Brasil.
Este espaço deixou um legado muito grande, que lastimavelmente não foi, e nunca será divulgada, como a maiorias de nossa esquecida historia
Seria até um ato de respeito, se estes espaço fosse em parte preservado, com a construção de algo como um restaurante ou mesmo um local de bares.
Digo isto com confiança, pois foi que meu pai me passou, e me deixou como herança de suas memorias. Ele foi um alto funcionário do DEPREC. dos anos 50 aos 80.
Este cais ao ser demolido, vai deixar muita historia ser colocada abaixo, da forma que será feito. Estas obras de revitalização do porto, estão indo ao caminho contrario do Puerto Madero de Buenos Aires, que fez questão de preservar uma historia que ali foi palco.”
(Paulo Leonardi)
Esta é a consequência da continuidade da demolição do Cais do Porto: a perda irreversível de parte significativa da nossa história. Precisamos impedir que isso tenha continuidade e que outros crimes ao patrimônio local sejam cometidos!
A petição foi criada pela historiadora Anna Paula Boneberg.
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Patrimônio histórico ?
As partes que atualmente estão sendo demolidas não foram tombadas, portanto podem ser demolidas para um maior aproveitamento da área do Cais, com o intuito de nos devolver importante parte da orla. Usufruiremos desta parte do porto como nunca antes. Uma nova era pra cidade se iniciará. Mas eles são contra. E sabemos que esses movimentos são puramente políticos e mais nada. São politiqueiros!!! São contra a cidade, e a favor deles mesmos!!!
O Blog Porto Imagem se posiciona contrário a esta petição e denuncia estes grupos!
Chega dessa gente tentar barrar os projetos que embelezarão Porto Alegre!
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PARA ENTENDER O CAIS:
Estes locais que chamamos de “puxadinhos”, são na verdade, partes integrantes do cais, mas sem valor histórico segundo o Iphan-RS. São locais como o restaurante do porto. Já foram demolidos. O próximo local a ser demolido será o último armazém, ao lado da Usina, para dar lugar a construção do shopping center com telhado verde. Haverá uma praça sobre o seu telhado, onde as pessoas poderão caminhar e chegar até a beira do cais.
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discutir com gente da história não leva a nada.
ja começam com uma lavagem cerebral na escola para levar o povo ao maldito comunismo/socialismo, e ai de ti se discordar.
Tenho amigos e ex amigos dessa área, como comentei esses dias pelo Facebook, acaba que tu não sabe nada, eles sabem tudo e tu é um merd*.
e da pra ver bem só com as informações digamos que editatas, assim como no pontal, agora no cais.
o que posso dizer, chorem, ja estão derrubando tudo o que é para derrubar.
amem
Guilherme, tuas generalizações quanto aos profissionais da História não são bem vindas aqui, já que não se trata da postura dos teus amigos/colegas, comunistas ou não. Assim como outro comentário acima dizendo que os estudantes da PUCRS e UNISINOS são historicamente de esquerda. Meus caros,a verdade histórica não é exata,! Não podemos afirmar que estudantes oriundos destas instituições são de esquerda ou apoiam determinados grupos políticos. Os indivíduos olham e analisam as coisas a partir de suas próprias realidades com influência do meio, mas não só. Estamos discutindo aqui a petição ou a revitalização do cais? Parece-me que ficamos no ponto da petição ou do pessoal. Não se trata de uma petição política,,a principio não há filiação política e nenhum grupo politico envolvido, no entanto, toda ação humana é politica, inclusive as nossas aqui neste blog tentando argumentar e convencer. Vamos focar. O questionamento da petição ao IPHAN/ IPHAE é atentar para a demolição do imaginário cultural do cais na cidade de Porto Alegre. A imagem do cais já faz parte da cidade e não somente os bens tombados. Não é um questionamento de competência e de brilhos acadêmicos. Não é fácil realizar um processo de tombamento e selecionar o que é e o que não é de valor histórico. Os que estão contra a “demolição” do cais, como eu, estão pensando também no sentimento de pertença que não só o porto-alegrense tem com a cidade e com seu cais. Concordo num ponto com João Inácio, sobre a necessidade de discussão pública sobre o assunto. A revitalização do cais é para que a cidade volte-se novamente para ele desenvolvendo sociabilidade saudável neste ambiente e porque esta sociabilidade tende estar afastada da História? Por que esta revelia toda (A modernização de outros portos citados como exemplos não foi respeitado somente o que estava tombado, até porque em muitos lugares não existe ainda nada tombado, mas há consciência histórica e preservação do seu passado sem a obrigatoriedade)? Acredito que possamos entrar num consenso com um olhar mais sensível à nossa história.
Fuga do tema: estou na História da UFRGS e lembro que no dia da matrícula já distribuíam livretos de Boas Vindas com frases de um famoso poeta soviético, junto com programação para a comemoração do aniversário do Carl Marx (citado como “titio”, pasmem), e expressões em meio ao texto como “aproveite o RU, a comida tem preços bem proletários.” Ainda guardo o papel que contém cada uma dessas frases. É de apavorar.
“A História não é exata”, mas vamos evitar de usar frases subjetivas. Eu não coaduno com o pensamento dessa gente. Viu? Já sou um destoante da ideologia deles [atrasada inclusive, já tem 166 anos e muitas águas já sepassaram (mas não em POA né)]. Mas o pensamento é esse que está instaurado. Já li em fontes americanas sobre a UFRGS que as mazelas da ditadura ocasionou uma seqüela esquerdista na universidade. Só vejo provas a favor.
Portanto, o argumento do Guilherme e do João Inácio é verdadeiro, e dou fé.
O Natalia, vai contar tuas abobrinhas pras criancinhas com quem leciona…..
Pois é, defender alguém que faz uma petição dizendo que ela tem idoneidade, que vc a conhece pessoalmente, que é uma pessoa que se preocupa com a cidade, etc, ok. Na minha vida pregressa tive alguns contatos com o pessoal do Iphan e digo: são idôneos, são lentos, sim, talvez enrolados, mas são sérios e idôneos.
Aí a pessoa vem e fala em “calúnia” e justamente acusa um político (pelo qual, por sinal, não tenho apreço e o qual considero um mau administrador) de ser “uma profissional do sexo” (digamos assim, pois o termo foi forte) e que ele fez negócios escusos com x e com y, que vendeu isso e aquilo.E nem fala da razão de ser da petição…. Isso pode?
Estranha a lógica. Completamente incongruente. E ademais, eu disse que não acreditava que ela fosse ligada a partidos políticos e sim que estivesse buscando projeção pessoal (e continuo achando isso, as duas coisas). E que, em última análise, ela está questionando a decisão do Iphan (e não está?). Então, ao invés de dizer que fulano vendeu um pedaço de tal bairro para sicrano seria melhor apresentar argumentos de o porquê da não-demolição dos “puxadinhos”. Simples assim.
Gilberto, sinta-se totalmente à vontade para publicar ou não este comentário. Continuo achando que a Comunicação da Casa Civil deve publicar o quanto antes um esquema do projeto para que a população entenda, de fato, como estão sendo as obras.
Pessoal, vamos manter o nível: qualquer sinal de calúnia ou situação similar, de qualquer dos lados, não hesitarei em deletar os comentários. Até agora está indo tudo bem, mas cuidado.
Gilberto, você está fazendo um desserviço à História de Porto Alegre. A demolição do Cais não foi discutida com a população (o justo em qualquer sistema democrático) e representa sim a execução dos interesses de empreiteira que financiou campanha eleitoral e transformar o Cais em um espaço da elite. É vergonhoso ver nosso prefeito como “a prostituta das empreiteiras”, vendendo partes da nossa cidade a grandes grupos (ex: Bairro Humaitá para OAS e Rossi e o bairro Moinhos de Vento para Goldstein Cyrella). E antes de criticar a Historiadora Anna Bonneberg te digo: É uma profissional competente, uma pessoa de caráter inquestionável e realmente preocupada com nossa cidade. Foi minha colega na faculdade e é uma grande amiga. Ah, e mais uma coisa: leia historiografia de verdade sobre História e Memória, além de entender como é o processo de tombamento de locais históricos. Seus argumentos têm a profundidade de um pires.
Natália Ramos, Professora de História e de Educação Infantil.
Discutir com a população é o justo na Grécia Antiga. Hoje em dia elegemos os políticos para tomarem as decisões por nós que trabalhamos o dia inteiro. Em último caso, em oportunidades especiais como falta de consenso ou polêmica, etc, os políticos escolhem colocar a questão ao público. Portanto, discutir a questão como tu colocas NÃO É uma obrigatoriedade, tampouco falta de justiça.
Transformar o Cais num espaço da elite? Quem é a elite? Na prática o Cais será embelezado e tornado um local de comércio e serviços para a população. Será um local para freqüentarmos diariamente, ou todo final de semana. A prefeitura selecionou um agente privado para a obra, mas não é assim que funciona? Ou tu querias barracões para artesanatos e produtos locais para não ser “elitizado?” Já não temos espaços assim por toda a cidade e até na região como na av. Júlio de Castilhos e a rua José Bonifácio?
Preferes que continue como está? Um Cais fantasma quase não-freqüentado cujas fotos só entram na categoria Natureza Morta?
Até agora ninguém contestou o argumento do IPHAN sobre como caracterizar o tombamento. Neste embate, ficou a EVIDÊNCIA da metodologia e idoneidade deles contra o TESTEMUNHO de uma pessoa. Adivinha quem ganha, se nada mais for adicionado à conversa.
“para dar lugar a construção do shopping center totalmente sustentável, com telhado verde.”
A afirmação acima foi foi descaradamente mentirosa ou feita por ignorância do autor mesmo? Como assim “totalmente sustentável”? O shopping center por acaso vai produzir a própria energia elétrica através de fontes 100 renováveis? Vai tratar o esgoto gerado e reaproveitar a água? Vai oferecer abrigo para a fauna nativa da região? Vai ter iluminação que não cause poluição luminosa e não afete a fauna noturna? Vai ter 100% do lixo gerado reciclado e reaproveitado? Todos os danos causados pela enorme quantidade de materiais de construção serão compensados?
Incrível como a palavra usam a palavra sustentabilidade sem qualquer fundamentação para justificar as iniciativas mais destrutivas e com alto impacto ambiental.
Não precisa tumultuar, pronto ja arrumei. Bastava ter me pedido pra corrigir.
Fauna nativa da região do Gasômetro? Tu te preocupa com a palha enquanto o celeiro pega fogo.
Gilberto, não existe como fazer uma petição A FAVOR De tudo isso que essa petição cretina é contra e colocar link aqui no blog?
Claro que tem, qualquer um pode fazer uma petição. Mas o importante é divulgar para que as pessoas tomem conhecimento e assinem. Mas creio que não seja necessário. O projeto vai sair como tem que sair. Os que não concordam com algo que ja foi decidido que corram atrás.
O problema é eles entrarem com liminar e algum juizeco da laia deles mandar parar a obra, perderem meses, pra descobrir que não vai dar em nada. Isso é também é fácil e acontece toda hora.
Tb tenho este receio. Cabe, com urgência, a Casa Civil esclarecer a população e disponibilizar ao menos um esqueleto do projeto e sua explicação, que seja de fácil compreensão à maioria das pessoas.