Ônibus novamente não circulam em Porto Alegre
Porto Alegre inicia nesta segunda-feira a terceira semana de greve dos rodoviários. Neste 15º dia de paralisação, mais uma vez os ônibus não circulam pelas ruas da Capital. A situação deve ficar assim pelo menos até o resultado da nova reunião de mediação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), marcada para as 11h.
Antes mesmo de marcada a reunião no TRT, os trabalhadores já tinham assembleia acertada para as 19h30min no Ginásio Tesourinha. A expectativa é de que os empresários apresentem uma nova proposta nesta manhã. Na última quinta-feira, a Seopa propôs reajuste salarial de 7,5%, R$ 19 de vale-alimentação e plano de saúde gratuito para funcionários e dependentes.
Nesta manhã, os rodoviários voltaram a fazer piquetes desde as primeiras horas em frente às garagens das empresas. No domingo, o Tribunal Regional do Trabalho cassou a liminar que havia determinado aos grevistas a liberação da saída dos ônibus das garagens em um prazo de 48 horas – a contar de sexta-feira passada. A decisã ofoi da desembargadora Maria Cristina Schaan Ferreira, plantonista da 1ª Seção de Dissídios Individuais do TRT.
A magistrada acatou mandado de segurança impetrado por Alceu Weber, da Comissão de Negociação de Greve dos rodoviários. Ele justificou o pedido alegando que “o piquete é da essência da greve e reconhecido em lei, destinado a transmitir a toda a categoria a decisão amplamente majoritária de fazer a greve”.
“Os piquetes são instrumentos legítimos de convencimento na adesão à greve”, discorreu a desembargadora, em parte de seu exame. Ela também salientou que os rodoviários requeriam nova reunião de mediação e que o eventual uso de força policial poderia acirrar os ânimos entre as partes.
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O Google nos informa que a referida desembargadora mora num dos endereços mais exclusivos de POA, a rua Eng. Olavo Nunes, na Bela Vista, bairro parcamente servido por transporte coletivo, aliás. Fazendo um exercício de imaginação, creio que a referida autoridade não saiba o que é um ônibus ‘ao vivo’ e talvez não tenha nenhuma pessoa de suas relações que o use (talvez a empregada, vá se saber…). Assim, sem saber como vivem os trabalhadores no mundo real, ela, talvez, tenha imensa dificuldade de entender as agruras deste mundo mundo real. Pelo texto oficial emitido pela desembargadora, percebe-se uma clara pendência aos grevistas, ignorando todo o cenário de caos sócio-econômico ao redor (o direito de ir e vir, o direito ao trabalho, o sacrifício da população justamente na pior onda de calor registrada em POA, etc etc). Ainda exercendo meu direito à imaginação, creio que a desembargadora talvez creia-se ela própria uma agente da lei muito conectada aos movimentos populares e ao direito da população.
É uma pena que ela não viva no mundo real. É uma pena que ela desconsidere o sofrimento da população, aquela que muitas vezes não está ao abrigo de nenhum sindicato, recebe por dia trabalhado e está tendo seus ganhos corroídos. A letra fria da lei – que no caso brasileiro serve à interpretação e gostos pessoais de cada magistrado – e os prédios altos da Bela Vista estão, aparentemente, cegando essa senhora.
Mas isso é só um exercício de imaginação.
Talvez as coisas sejam piores ainda….
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Esquerda caviar.
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“o piquete é da essência da greve e reconhecido em lei”
E a Constituição, não vale nada?
Onde é que essa pessoa se formou em direito?
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Em algum cursinho do MST/CUT só pode.
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E o Fortunati dormindo….ou em férias com a esposa em NY.
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Proibir os outros de trabalhar agora é legítimo?
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Obstruir o direito de ir e vir é coisa dentro da lei?
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Cadê a polícia? Cadê o governo?
Já virou palhaçada isso.
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Quem quiser fazer greve, que faça.
Agora, trancar a saída e apedrejar quem quer trabalhar: isso não é greve.
A greve é ilegal. Tem que dar uma camaçada de pau nessa vagabundagem.
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