Inventário bairro Petrópolis: moradores ganham primeiro round

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Fonte: Jornal Zero Hora impresso

Obs.: Estou publicando matéria do Jornal Zero Hora excepcionalmente por tratar-se de utilidade pública e de interesse pessoal do responsável pelo Blog.

Esclareço que a foto utilizada pela Zero Hora se trata de casa da década de 40 e  já foi adquirida pela prefeitura.  Portanto ela não tem mais proprietário privado.



Categorias:Arquitetura | Urbanismo, Patrimônio Cultural

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34 respostas

  1. Tem que pedir indenização na Prefeitura em índices construtivos, vende os índices, recupera os 50% da perda, ganha uma boa grana, reforma o imóvel ou gasta o dinheiro no que quiser.

  2. 364 imóveis inventariados em um único bairro!? Estamos em Roma ou os critérios estão distorcidos?

  3. Ricardo,
    estás enganado quanto ao IAPI, lá nunca houve demolição em massa para erguer novos edifícios. O Bairro ainda encontra-se com a morfologia original, independente das descaracterizações de fachada ou acréscimo de pavimento. Ainda existe sol no IAPI e nenhum lote foi vendido e somado a outro para transformar-se em um espigão como vem ocorrendo no Petrópolis.
    Aproveito para concordar totalmente com a opinião do Pablo quando diz:
    “Os imóveis no Bairro petrópolis são caros justamente por ser um bairro residencial, arborizado, calmo, com calçadas adequadas, com pouco movimento de carro. Ao construir-se mais e mais prédios a região deixa de ser calma, calçadas são reduzidas para alargamento de ruas, árvores dão espaço a entradas de garagem, começa a ter tráfego intenso de veículos… E o bairro deixa de ser valorizado”

    Da mesma forma, é por isso que o IAPI vem se valorizando,
    um oasis em meio a um mar de concreto e torres novas a cada dia no Passo D’Areia.

  4. Alguem sabe se isto que estao fazendo no Petropolis tem algo a ver com o que aplicaram no IAPI ? (a a uns 20 anos atras)
    Pergunto isso porque no Iapi, apesar de proibido, as pessoas DESOBEDECEM TOTALMENTE.
    As pessoas modificam completamente as casas. Fazem dois andares. Demolem. Fazem tudo, e nunca aconteceu nada.

  5. Tem dois lados esta história uma dos proprietários que muitas vezes tem de pagar horrores de imposto,não sei se o municipio dá algum abatimento por tombamento histórico e o outro que os bairros vão mudando suas caracteristicas nem sempre para melhor.

  6. Acho tão engraçado a dicotomia quase esquizofrênica de alguns aqui.

    Ora defendem a verticalização e abolem o sistema de “subúrbio” americano, mas ao mesmo tempo defendem essa manobra ridícula da prefeitura, que vai de encontro com o que defendem, já que não ocorre o “adensamento”, fazendo, em tese, a cidade se expandir cada vez mais e afastando o trabalhador do seu local de trabalho, obrigando a usar muitas vezes o transporte induvial. Cansei de ler isso aqui.

    De qualquer forma, muito estranho essa atitude do executivo. Travam um bairro todo, e, enquanto isso, deixam o bairro Auxiliadora ter todas as casas antigas destruídas para virarem lojas, foram o número gigante de prédios sendo construídos. Um peso, duas medidas?

    Cheira mal essa história.

    • Bem lembrado! Ainda a poucos dias tinha uns aqui criticando o “modelo americano” com bairros planejados afastados do centro já que incentiva o uso do automóvel e blah blah blah… exatamente os mesmos que agora condenam a verticalização do bairro Petrópolis. Aí fica a dúvida: qual a solução para eles?

  7. Um pensamento-pergunta bem conspiratório e persecutório: uma vez o imóvel listado como Estruturação ou Compatibilização pelo EPHAC, é possivel reverter essa decisão? E é possível reverter caso você tenha muito dinheiro? Seria uma bela manobra das empreiteiras e construtoras (cujas alianças políticas são notórias) afim de temporariamente desvalorizar os imóveis da região?

  8. Qual o prêmio que você ganha por um dia ter investido um bom dinheiro para construir uma casa bonita (quem sabe até contratando um arquiteto famoso) para sua família?

    Nenhum, aqui em POA você é punido com a desvalorização de 50% do valor do seu imóvel pela prefeitura.

  9. Se eu tivesse grana pra comprar uma casa dessas, a ultima coisa que eu faria era derrubar ou modificar.

    No máximo dar uma modernizada, mas nada de absurdo.

    • Aproveita a promoção então, todas elas estão com 50% de desconto!

      • 50% de desvalorização…. E qual a porcentagem de prejuízo das construtoras com o inventário? E também nas comissões de corretagem que terão limitada a venda de pombais no bairro? Perdurando a medida, as casas em questão e o entorno se valorização muito no médio prazo esta é a realidade.

        • “E qual a porcentagem de prejuízo das construtoras com o inventário? ”
          O que uma coisa tem a ver com outra? Se elas perdem então quem teve o imóvel inventarias ganha, é isto?

          “Perdurando a medida, as casas em questão e o entorno se valorização muito…”

          Que prova você tem disto? Ainda que fosse verdade, o proprietário perde um direito legítimo de poder fazer modificações no SEU imóvel. E não teu, dos vereadores, ou do resto da “sociedade”.

        • BTW, ainda bem que moro num “pombal”, assim nosso poder público não vai querer tombar ou inventariar a MINHA residência. Ao menos tão cedo.

  10. Vejo uma grande semelhança entre o fim dos bondes em PoA e a derrubada das casas antigas.

    Hoje vemos que o final dos bondes foi um atraso, pois com uma simples reforma teríamos uma linhas de VLT que é um transporte limpo, silencioso, barato, confortável…

    Será que não estamos condenando bairros a se tornarem o “entorno do Viaduto da Conceição” em nome do “progresso”, “andar para frente”, “avançar”… ?

    • A sim… uma decisão do poder público (fim dos bondes) tem tudo a ver com a derrubada de casas antigas (decisão individual dos proprietários) até pq esta última duraria para sempre sem precisar pagar um preço caro pela sua conservação…

  11. Zero Hora tem essa frescura de não permitir reprodução do conteúdo?

    • Sim, Fernando, como o Blog Porto Imagem tem uma audiência bastante significativa, eles devem ter achado que iriamos concorrer com eles, imagina, uma empresa gigantesca, que tem dezenas de patrocinadores, iria concorrer com um simples Blog.
      A editoria geral da ZH entrou em contato comigo por e-mail solicitando pra não usarmos mais suas matérias. Acolhi seu pedido. Eles foram educados e argumentaram com razão.
      Já o jornaleco Jornal do Comércio nos enviou uma notificação extra-judicial nos impedindo de usarmos também. A concorrência deve ta forte hein!!!
      Enquanto eles dificultarem as pessoas de comentarem nas suas matérias, os Blogs serão imbatíveis. Ninguém quer ta fazendo cadastro, informando seus dados pra comentar.
      Da uma olhada agora na ZH e ve quantos comentários tem cada matéria…. (se tu encontrar um vai ser muito)
      Ja o Correio do Povo não nos falou nada e até entram em contato eventual pra corrigir certas matérias, enviar erratas, etc.
      Os Blogs ajudam os jornais a serem mais lidos. Até por que sempre informamos as fontes, com link para o Jornal. Isso é difusão de informação. Errado está o veículo de imprensa que impede isso. Mas temos que respeitar.
      Em relação ao Jornal Metro, temos uma liberação do seu editor-chefe, que até frequenta aqui o Blog assiduamente.

      • Desvirtuando-se do assunto, acho que o maior problema da ZH são os comentários livres. A política de comentário deles é extremamente restrita, meus comentários nunca passam pelo crivo e nunca é publicado. Basta ver o grande acesso ao ClicRBS e notícias praticamente sem comentários.

      • Se não me engano nos EUA tu podes copiar até X% da matéria audio-visual de outra empresa para fins de criticar. Por isto que é comum a divulgação de conteúdo metendo o pau na outra emissora.

      • Impressionante que ainda em 2014, em plena era de compartilhamento, haja empresas de comunicação querendo restringir o acesso a seus conteúdos. Parabéns ao Correio do Povo e ao Jornal Metro pela postura aberta.

        • Fazem isso justamente em razão da perda (de audiência/acessos/assinaturas) para a mídia digital. Hoje, ao contrário de 10 anos atrás, não dependemos apenas do que é trazido por jornais impressos, revistas e televisão.

  12. Revolta da vacina

    Ao invés de se unirem para derrubar o inventario deveriam cobrar dos vereadores maiores incentivos aos proprietários.

    Podem ter ganho um round, mas estamos vendo o inicio de uma batalha que ira durar tanto quanto as Casas da Luciana de Abreu…os proprietários vão se ferrar porque os imoveis vão cair no limbo da insegurança jurídica por 10, 15 anos…ninguém ganha com isso

  13. isso aí, vamos demolir tudo e colocar espigão em tudo. tadinhas das incorporadoras, heroínas do capitalismo sendo oprimidas pela ditadura comunista do Fortunati, né?

    • Ninguém vai dizer o que tenho que fazer com meu imóvel. Não quero que seja construído prédio onde é minha casa, mas quero ter o direito de vendê-lo pra quem eu quiser, pelo valor que realmente ele tem.

      • Incrível como as pessoas defendem coisas só pq não é com elas… O dia que baixarem um decreto que as prejudiquem, mudam na mesma hora o discurso.

        • Nascido e criado no Petrópolis, meus pais com casa no Petrópolis, eu com casa no Petrópolis e defendo o inventário porque entendo que é o melhor para mim e para a coletividade, no meu entendimento pois, o inventário atendeu ao interesse privado (meu caso) e público, preservação e qualidade no bairro e na cidade, com certeza não atendeu ao interesse privado da construção civil e da especulação imobiliária , diga-se construtores e corretores. Excepcionalmente, desagradou a alguns proprietários, s.m.j., pessoas que ainda não fizeram uma reflexão mais acurada da questão ao ponto de sopesar corretamente os benefícios privados e públicos desta ação por parte da Administração Municipal.

        • Bom para ti! No entanto o que é melhor para ti não necessariamente é o melhor para os outros, capiche?

      • Acho que existe um equívoco nesse raciocínio de “meu imóvel”. O que você acharia se usassem uma área perto do tua casa para construir um presídio?

        Se você não se importaria, tudo bem, mas se você se importa, isso mostra que não é só porque é teu que pode-se fazer o que quiser sem interferir no ambiente ao redor. Alterações no teu, influenciam o entorno e vice-versa.

        O que estamos discutindo é justamente esse limite de “fazer o que quiser porque é meu”. Da mesma forma que mudar o que há em um espaço de terra que é teu altera o entorno, o entorno altera o “teu pedaço de terra”.

        Os imóveis no Bairro petrópolis são caros justamente por ser um bairro residencial, arborizado, calmo, com calçadas adequadas, com pouco movimento de carro. Ao construir-se mais e mais prédios a região deixa de ser calma, calçadas são reduzidas para alargamento de ruas, árvores dão espaço a entradas de garagem, começa a ter tráfego intenso de veículos… E o bairro deixa de ser valorizado.

        Por que não se constrói prédios residenciais bem altos na Marcílio Dias ou Floresta?

        • Meu caro Pablo, para isto que serve o chamado Plano Diretor. É este que determina áreas para construção de presídios, indústrias e outras coisitas.

          No meu dicionário desvalorizar 50% do valor de um imóvel sem nenhuma discussão e compensação e por razão fútil é simplesmente ROUBO!

        • Pablo, A função social da propriedade cumpre o papel de inibidor das distorções jurídicas originadas na degenerada e ilegítima utilização da propriedade. O objetivo das regras e leis como os planos diretores é manter ou repor a propriedade na sua destinação normal, de forma que a mesma seja benéfica e útil a todos, e não apenas ao proprietário. No entanto, no mundo dos fatos, as necessidades humanas são infinitas e os bens naturais capazes de atendê-las, não. No caso dos imóveis urbanos, a necessidade de utilização racional do solo nas cidades faz com que haja um interesse coletivo no seu aproveitamento, e a intensidade desse aproveitamento seguem regras de mercado. Ainda me pergunto: o patrimônio tombado que demanda recursos do proprietário ou da administração pública para sua manutenção e que não possui função além de preservar o aspecto estético urbano é de interesse do coletivo?

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